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História My Sweet Coffee Boy - O melhor dia


Escrita por: purpurinadoxoxo

Notas do Autor


Geeeeente, que peninha de excluir os comentários de vocês nos capítulos de aviso...

Decidi que vou deixa-los lá hsuahsuahsua <3


Amo vocês, e dessa vez é atualização!!!

AAAAAAAAAAAEEEE VINHAAAADU

E tipo, espero que vocês gostem! Mil perdões por ter desaparecido! <3

Capítulo 7 - O melhor dia


Uma semana correu desde que LuHan havia sido contratado como nosso ajudante e, consequentemente, SeHun entrou em total loucura. LuHan era um rapaz loiro,  mas não tanto quanto Hoseok ou MinHyuk, da minha altura e muito bem apessoado, era quieto e também não conversava muito, talvez por ainda estar se acostumando com todos nós, gostava de sorrir para as pessoas e tinha uma simpatia natural. Nada disso eu havia percebido quando ele chegou na cafeteria a primeira vez, querendo ser atendido pelo rapaz tímido, duas semanas antes.

SeHun evitava entrar sozinho na cozinha, sempre esperava o momento em que alguém entrava para poder ir junto, e nunca deixava suas coisas na pia, sempre na bancada mais próxima, para não precisar chegar tão perto de LuHan. O mais baixo, por sua vez, ficava observando SeHun correr de si, e vez ou outra resmungava algo para ele, que respondia da mesma forma. Por um lado era engraçado, mas aquele clima estava bem estranho e todos nós prevíamos que para estourar um desentendimento faltava pouco. No entanto, tudo corria muito bem até o momento.

Em relação a mim e KiHyun, continuava a mesma coisa. Ele permanecia misterioso e eu permanecia com ele em minha cabeça. Tentava me distrair de várias formas, jogando, ouvindo música, comendo, caminhando para desgastar o que comia, brincando com Maat e até visitando parentes. Acho que nunca pensei em algo da forma como penso em KiHyun, mas isso já está mais do que claro. As coisas não “evoluíram” para nós, não saímos novamente e apenas nos víamos todos os dias na cafeteria. Uma coisa que notei mudar em KiHyun é que ele nunca nem tirava mais seu livro da bolsa que levava consigo, mas apenas ia lá para se distrair, tomar café (pois descobri que seus pais não compram em casa) e conversar. Quanto mais próximos ficávamos e mais nos conhecíamos, mais eu me apaixonava e percebia isso pelo modo como eu me pegava olhando-o, ou para onde eu me pegava olhando. Tudo era coisa que BaekHyun enfiou na minha cabeça, certeza.

 

 

 

~~//~~

 

 

 

Naquela manhã de sábado, todos estávamos ansiosos, apreensivos e animados por conta da apresentação de dança. Hoseok e HyunWoo estavam nojentos de tão confiantes e metidos, além de que foram os que mais inscreveram meninas para a dança, já SeHun e BaekHyun se preparavam para abrir o evento.

—Você vai ficar bem, SeHun. É só uma apresentação de dança. –BaekHyun o consolava pela milésima vez, enquanto revirava os olhos. Os dois estavam parados perto da cafeteira, enquanto eu e os outros dávamos conta de nossas clientes e das deles também.

—Mas está muito cheio e são apenas dez para as sete. –Realmente o local já abriu com gente lá fora esperando para entrar, e conforme ia se aproximando o horário da primeira apresentação, mais gente ainda chegava. –E agora temos até um convidado de honra para presenciar isso. –Referia-se a LuHan, que nem ali fora estava.

—Você quer saber? Vamos subir lá, arrasar e acabar logo com isso. –O menor arrastou SeHun pela gola da camisa e os dois subiram no palco que SiWon improvisou.

Ao ver os dois lá em cima, todas as meninas se aproximaram, algumas sentavam no chão em frente ao palco enquanto outras ficavam em pé ao redor das mesmas. Todos nós fomos juntos, aproveitando o pequeno alívio do momento para assistir à dança também.

—Bom dia a todos! Eu e SeHun-ssi estamos muito contentes por poder abrir este evento com vocês e esperamos realmente que gostem. –Se virou e foi até uma das caixas de som, onde duas sacolas com vários papéis se encontravam em cima. BaekHyun pegou a primeira, sacudiu-a bem, fazendo uma cara de suspense, e abriu-a para que SeHun retirasse o papel da primeira menina a ser escolhida. –YeSun! –Revelou, assim que leu o nome no papel que SeHun lhe mostrava. Uma menina de cabelos alaranjados imediatamente se levantou e subiu ao palco com a ajuda de SeHun, esbanjando um sorriso enorme. Prontamente, BaekHyun foi até a outra sacola e fez o mesmo, revelando o segundo nome. –ChoJin! –Outra menina se apressou em subir ao palco, posicionando-se ao lado de BaekHyun. Provavelmente ela já sabia com quem iria dançar.

Pude perceber a tristeza no rosto de algumas meninas, no entanto logo elas a substituíram por entusiasmo, ao se lembrar que veriam seus oppas favoritos dançando. Não demorou muito até eles se posicionarem e BaekHyun fazer um sinal para que HyungWon desse início a música.

SeHun fazia a dança do mesmo rapaz que eu, enquanto BaekHyun era o que JooHeon faria, Os dois dançavam muito bem, assim como as meninas, todos os movimentos estavam perfeitos. SeHun se movia com grande concentração, com gestos firmes e objetivos, já BaekHyun parecia apenas sentir a música e deixar que a mesma ditasse os passos. Ele possuía uma maneira muito simples de dançar, como se pudesse fazer aquilo de olhos fechados e pernas coladas, tudo parecia muito fácil ao olhar para BaekHyun fazendo. As meninas que estavam com eles dançavam com sorrisos nos rostos e seus movimentos eram bem sensuais, principalmente quando rebolavam na frente dos meninos. Por um segundo me permiti rir, por imaginar que talvez a cliente de SeHun não soubesse que ele na verdade gostava de homens, como BaekHyun. A apresentação acabou e parece que tudo correu na mais perfeita ordem. As meninas abraçaram os dois e desceram do palco após agradecerem os aplausos. Só então percebi que LuHan observava tudo de longe, enquanto se escondia atrás de algumas meninas, e então ele voltou para dentro logo que SeHun ameaçou descer do palco.

—O que acharam? –BaekHyun se aproximou de nós com um enorme sorriso.

—Muito bom, mas nada que não possa melhorar não é mesmo, meu amigo? –Hoseok falou, insinuando que conseguiria fazer melhor, o que deixou BaekHyun com uma de suas sobrancelhas arqueadas.

—Quero ver mesmo a apresentação de vocês. Aguardarei ansiosamente. –Debochou o mais baixo, saindo de perto de nós com o nariz em pé e passos firmes. Hoseok fez o mesmo em direção contrária.

—Complicado ter colegas de trabalho competitivos. –Riu MinHyuk. –Espero que fique tudo bem.

Todos voltamos para nossos afazeres, que eram muitos já que a cafeteria estava lotada. Eu andava de um lado para o outro desesperado com inúmeros pedidos e quando conseguia sentar à mesa com as clientes, meu pescoço doía de tanto que olhava para lados opostos em busca de dar a devida atenção a todas. Estava tão movimentado que rapidamente eram dez da manhã e Hoseok e HyunWoo já se posicionavam no palco e todos se aproximaram para o sorteio das sortudas que dançariam com eles.

—Cho JooHee. –Anunciou Hoseok, sorrindo ao ver a felicidade da escolhida que subia ao palco.

—HaeLee. –Subiu uma menina de cabelos cor de rosa ao encontro de HyunWoo, muito bonita por sinal.

Logo eles começaram a dançar e HyunWoo se mostrou uma verdadeira máquina de dança. Para falar a verdade, os dois dançavam muito bem. Todas as meninas ficaram derretidas com os movimentos deles, como se eles tivessem algo a mais, algo que as deixava daquele jeito. BaekHyun apertava os lábios com tanta força que parecia tentar arrancá-los, e nitidamente seus olhos carregavam um pouco de raiva por estar vendo o quão bem a dupla se saía.

Assim que os dois desceram, BaekHyun fez sua melhor expressão de indiferença e esperou que se aproximassem.


—Viu como se faz, Baekkie? –Hoseok provocou. –É tudo uma questão de charme.

A ta. –Respondeu soprado. –Baixa um pouco a bola, meu bem.

—Cara, e aquela sua cliente hein?! Parabéns. –Comentou JooHeon, para quebrar o clima de discussão que estava prestes a iniciar.

—É, mas vamos voltar ao trabalho, né?! Temos muito que fazer hoje. –HyungWon cortou de vez o assunto e colocou todo mundo de volta no serviço.

 

Depois da dança de Hoseok e HyunWoo até o horário de almoço, o movimento normalizou. Quero dizer, parecia igual ao de dias cheios comuns. Foi o tempo que eu consegui trabalhar mais tranquilamente, sem muita correria e podendo conversar melhor com as meninas.

—Como está sendo seu dia, ChangKyun? –Uma das moças que estava comigo perguntou. –Ansioso para dançar hoje?

—Olha, está sendo bem louco, viu?! –Respondi, fazendo-as rir. –Sério. Esse horário agora está sendo quase comparável a um descanso. –suspirei. –E estou nervoso para dançar mais tarde, confesso.

—Tenho certeza que vai dançar muito bem, Oppa! Voltarei aqui mais tarde para vê-lo, tentarei sair mais cedo do colégio. –Outra menina me encorajou.

—Obrigado, mas se tiver aula é melhor não cabular.

—Até parece que o Oppa nunca matou aula! –A loira ao meu lado esquerdo passou um pouco do chantilly de seu cupcake em minha bochecha, me fazendo ficar surpreso com o ato.

—Ei! –Sorri enquanto me limpava. –Para falar a verdade, só matei aula uma vez pra poder dormir até mais tarde. Porque pra dormir na aula, eu preferi dormir em casa mesmo. –Todas me olharam incrédulas e então começaram a rir.

—Você não parece ter sido um aluno certinho.

 

Continuamos conversando sobre nossa vida escolar e colegial até que o movimento começou a crescer de novo à medida que o horário de almoço se aproximava. Eu podia ver KyungSoo andar nervoso de um lado a outro enquanto JongIn tentava acalma-lo. E finalmente meu horário de almoço chegou.

—Cara, ainda tem mais um turno. –JooHeon respirou longo, antes de colocar a primeira garfada na boca. –Você sabe que a tarde já é naturalmente mais cheio que de manhã, imagina hoje!

—Vamos tentar tirar um cochilo na sala do SiWon depois do almoço? –sugeri fazendo minha melhor cara de cachorro pidão. –Precisamos recarregar as energias.

—Pode crer. –Concordou. –Vem cá, e o KiHyun? –Meu coração deu um salto ao ouvir o nome mencionado.

—Ah, não sei dele não. –Retruquei automaticamente. –Quer dizer, deve estar no trabalho.

—Eu sei. Quero saber se ele vem te ver mais tarde.

—Não. Ele ainda vai estar trabalhando.

—Você queria que ele viesse! –JooHeon implicou, comigo. Com certeza minha expressão ao dizer que ele não se faria presente me entregou. –Claro. Mas pensa que você ficaria mais nervoso com ele te olhando. –Assenti com a cabeça e continuei meu almoço.

Entramos na sala de SiWon e nos esparramamos nas cadeiras, eu na de HyungWon e ele na de SiWon, não nos esquecendo de colocar o telefone para despertar dali a vinte minutos. Eu estava cochilando quando ouvi passos na sala e umas vozes que não demorei a identificar seus donos.

—Tem gente aqui, Hyukkie. –HyungWon dizia baixo. –Deixa pra depois.

—Eles estão dormindo, nem vão ver.

—E se não estiverem?

—Se continuar falando, eles vão acordar. Se me deixar calar sua boca, talvez continuem dormindo. –Segurei meu riso o máximo que pude. Ora, ora. Descobri uma situação onde MinHyuk não gosta de falar muito, não é mesmo?! Eu podia ouvir o estalar do aparente beijão que eles estavam trocando, e isso não foi lá tão agradável, principalmente no meu horário de descanso.

—Chega, MinHyuk. –HyungWon interrompeu o loiro, com a voz falha. –Não é educado. –Obrigado, HyungWon.

—Você é tão certinho. –Suspirou o loiro. –Está me devendo essa! Hoje à noite vou a sua casa cobrar. –E então eu ouvi o barulho da porta sendo aberta e logo em seguida fechada. Abri os olhos e verifiquei se ainda tinha alguém na sala, dando de cara com um JooHeon incrédulo.

—Mereço. –Olhou as horas. –Faltam cinco minutos pro despertador tocar e eu ainda tenho que presenciar isso. –Rimos juntos, nos posicionando novamente para aproveitar os minutos restantes.

 

Saímos da sala e nos entreolhamos ao ver HyungWon e MinHyuk fazendo seus respectivos serviços, e então soltamos um leve riso antes de seguirmos nossos caminhos. A cafeteria estava lotada novamente, e era difícil até de caminhar no local. KyungSoo se aproximava do palco com JongIn, que parecia muito confiante e tentava passar essa confiança ao mais velho. Inutilmente.

Os dois fizeram o mesmo procedimento dos demais e ao fim da dança, KyungSoo parecia que ia desmaiar. JongIn ria do amigo, que tentava não causar alarde para as clientes.

—Cara, você foi muito bem e já acabou. Por que está assim? –Perguntei.

—Foi horrível. Toda aquela gente me olhando em um momento vergonhoso como aquele. –Ficou um tempo encarando o nada, mas logo piscou algumas vezes e parecia ter se recuperado. –Ainda tem muito trabalho a fazer, vamos. –Saiu correndo em direção a suas clientes que o esperavam muito animadas.

 

 

 

Na vez de MinHyuk e HyungWon, tudo correu maravilhosamente bem. Confesso que me surpreendi ao ver um homem alto como o moreno dançando tão coordenadamente, pois estava acostumado com a ideia de que talvez por ser alto ele fosse mais desengonçado. MinHyuk parecia muito familiarizado com a plateia e com a ideia de dançar em público, o que transparecia total confiança.

Aquela fora a penúltima dança do dia, e então um calafrio percorreu todo meu corpo ao lembrar que a próxima e última seria a minha e de JooHeon e quanto mais eu queria que o tempo parasse, mais rápido ele passava e quando me dei conta, já faltavam dez minutos para me apresentar. Oito, cinco, dois minutos. Olhei para a porta na esperança de ver aquele que rouba todos os meus pensamentos, mas nem sinal dele em parte alguma. Suspirei vencido e subi ao palco para sortear a cliente que dançaria comigo, esta que prontamente veio até mim, e eu logo a cumprimentei e compartilhei de sua felicidade ao dançar comigo, afinal era quase como se fôssemos bons amigos. SeHun colocou a música para tocar e então começamos a apresentação, onde para mim a atração principal eram as meninas que dançavam conosco, as “sortudas”, como foram chamadas pelas que assistiam. Ao final da dança, eu olhei esperançoso pelo salão da cafeteria, mas novamente meus olhos não se encontraram com os quais eu tanto ansiava ver.

Desci dali e me direcionei até a mesa para onde todas as clientes foram, voltando direto à dinâmica agitada do trabalho, recebendo elogios de todos os lados.

—Você dança tão bem Oppa.

—Você é tão charmoso.

—O modo como você olhava para as que assistiam...

Estes foram alguns dos comentários que ouvi, dentre muitos outros, bem como JooHeon que também estava sendo bajulado por algumas meninas que o rodeavam. Com o tempo o movimento foi caindo e a cafeteria ficando vazia. O que aparentava até estranheza aos nossos olhos que haviam se acostumado com o grande movimento daquele dia, no entanto estávamos dando graças a Deus. Perto de o relógio marcar o último horário do expediente, eu me pus a espera de KiHyun, que estava atrasado. Faltavam dois minutos para o estabelecimento fechar e nada. Fechamos a cafeteria e KiHyun não apareceu, me restando apenas um olhar confuso e a tarefa de comparecer a reunião com SiWon, juntamente aos meus colegas de trabalho.

—Antes de qualquer coisa, quero agradecê-los pelo empenho de cada um para este dia. Não somente no momento da dança, mas durante todo o tempo de serviço, pois hoje foi um dia extremamente cheio e creio que cansativo para todos, mas vocês conseguiram concluir a missão com excelência. Meus parabéns! –Todos aplaudiram uns aos outros. –Hoje nós faturamos o dobro de um dia normal, pelos breves registros que HyungWon me passou. Vocês foram ótimos. –SiWon iniciou sua pequena reflexão sobre o dia.

Discutimos mais alguns assuntos administrativos e logo fomos liberados para nossas casas. O dia havia sido extremamente cansativo e tudo que eu queria era um banho e minha cama. Ao sair pela porta da cafeteria, me despedi de todos os colegas e me apressei em ir para casa, no entanto uma pessoa me parou a poucos metros dali.

—ChangKyun! –A voz que eu tanto esperei ouvir durante aquele dia.

—KiHyun. –Me virei e o observei se aproximar lentamente.

—Eu quero te pedir mil perdões. Ia pedir ao chefe para me liberar mais cedo, mas acabou que não consegui sair nem a tempo para tomar meu café diário, não é?! –Sorriu de canto, amenizando sua frustração ao dizer aquilo.

—Tudo bem, não se preocupe com isso. –Encostei na parede, olhando pensativo para o chão. Em menos de um milissegundo eu tive uma grande ideia. –Mas, se quiser, eu posso fazer um café pra você ainda. –Ele me olhou confuso, mas logo entendeu o que eu quis dizer.

—Só se Maat estiver em casa. –Ri da condição que ele impôs.

—Claro que ela está. –Me afastei da parede e o chamei para seguir o caminho comigo, que logo me alcançou. –Como foi o dia hoje?

—Interessante. Comecei a ler um livro novo. Fala sobre um viajante que volta no tempo para tentar consertar a história de sua família. Parece ser legal, mas eu sinceramente não quero falar sobre o meu dia. Quero saber do seu, da sua dança.

Passamos o caminho todo falando sobre como a cafeteria estava lotada, como os outros rapazes dançavam, como eu dancei, o que senti no momento, tudo sobre o dia até chegar em casa. KiHyun entrou junto comigo e eu verifiquei estarmos sozinhos ali. O levei até o quarto onde encontramos Maat deitada serenamente em minha cama, até notar minha presença e se espreguiçar me olhando como quem pede carinho, mas não fui a pessoa a chegar primeiro.

—Oi lindinha! Eu já estava com saudades de você. –KiHyun já estava sentado no chão em frente à cama, fazendo carinho em minha gata.

—Pode matar a saudade enquanto eu faço o café. –Sorri para aquela cena tão fofa e que me fazia tão feliz e descei novamente as escadas em direção à cozinha.

Coloquei o café para passar e logo fui procurar minha cremeira, que havia comprado para treinar as latte art. Enquanto esperava a cafeteira fazer seu trabalho e o leite esquentar, elevei meus pensamentos ao andar de cima. KiHyun estava em meu quarto, brincando com minha gatinha.

—Por que você está sorrindo aí sozinho? –Deparei-me com os dois na entrada da cozinha, me olhando com os rostos colados.

—Eu estava apenas me lembrando de uma situação hoje do trabalho. –Menti. Não diria que estava pensando nele.

—Compartilha com a gente. –KiHyun sentou-se a minha frente em uma das cadeiras e colocou Maat deitada em seu colo.

—Tudo bem. Eu estava lembrando de ter escutado uma conversa enquanto tentava cochilar na sala do chefe.

—Você foi cochilar na sala do chefe? –Ele riu, como se eu tivesse feito algo muito fora da lei.

—Mas eu estava no meu horário de almoço. –Assentiu. –Escutei a conversa de dois colegas meus. Eles estavam tendo uma conversa íntima, e eu e JooHeon estávamos debruçados na mesa cochilando.

—Conversa íntima? –Me perguntou, confuso e sério.

—Sim. –Levantei as sobrancelhas. –Eles estavam aos beijos.

—Nossa! Dois dormindo e dois aos beijos no local de trabalho com um milhão e meio de clientes esperando para serem atendidas. –Comentou, me fazendo rir soprado. –Melhor ambiente de trabalho possível.

—Foi bem rápido. Questão de dois minutos.

—Entendi. –Ele arregalou os olhos para o fogão. –Melhor olhar o leite. –Quando virei, o mesmo entornava da leiteira. Consegui contornar a situação e comecei a preparar o café de KiHyun com todo o cuidado. –Mas você já sabia que eles tinham algo ou descobriu ali?

—Eu já sabia. –O respondia enquanto passava o leite na cremeira. –Nós dois sabíamos. Mas bem, naquele momento a última coisa que queríamos era ouvir um casal se beijando bem no meio do nosso sono. –Ele riu.

—É porque você não trabalha em uma biblioteca, aonde pra qualquer lado que você vá corre o risco de se deparar com um casal apaixonado demonstrando seu afeto. –Aquele assunto começou a gerar algumas perguntas na minha cabeça, será que era o momento para externá-las?

—E suas namoradas? –Perguntei, sem olhá-lo, apenas continuei preparando a bebida.

—Namoradas? –Perguntou rindo. –Eu não tenho uma, quem dirá várias. Você por acaso tem mais de uma?

—Sim. Cada dia eu tenho algumas diferentes lá na cafeteria. –KiHyun respondeu com um resmungo. –Mas acho que me apaixonei por uma pessoa. –Lembrei-me da conversa que tive com uma das clientes, onde ela dizia que é melhor arriscar e acabar sendo correspondido ou pelo menos para desiludir. Virei-me para o rapaz que fitava o chão, sério, e demorava a responder.

—Você sabe se ela gosta de você também? –Finalmente alguma coisa saiu de sua boca.

—Não sei, mas eu queria muito descobrir. –Terminei de fazer o café dele e o entreguei, me sentando à sua frente. KiHyun estava muito pensativo, mais que o normal.

—Obrigado. Colocou Maat no chão e tomou o primeiro gole. –Muito bom. Só faltou o bolo para acompanhar. –Brincou. Ele não esperava que eu fizesse um bolo pra ele, estava apenas saudoso de seu momento na cafeteria.

Eu o observava atentamente, notando tudo que uma vez BaekHyun havia me feito reparar e tudo o que já estava mais do que acostumado a olhar, mas naquele momento, naquele instante, algo estava diferente. Havia algo que me chamava, e eu apenas não consegui me conter.

—Me perdoe. –Minhas últimas palavras antes de fechar os olhos e apenas aproveitar a sensação de ter KiHyun tão perto, a ponto de conseguir tomar seus lábios para mim. O gosto do café apenas deixou um marco especial, pois eu jamais me esqueceria daquele beijo. Para minha surpresa KiHyun não se afastou, mas sim correspondeu ao beijo. Naquele momento eu não me preocupei com o fato de que já havia até perdido a prática, ou que era a primeira vez na qual beijava um homem, e apenas fiz como achei que deveria. KiHyun estava seguindo meu ritmo, de forma calma e aproveitável. Era tão bom sentir seus lábios macios, sua língua encostar na minha, seu rosto sendo tocando pela minha mão. Eu não queria que aquele momento acabasse, mas infelizmente KiHyun foi se afastando aos poucos e eu tive medo de olhar em seus olhos, mas sabia que ele tentava olhar nos meus. Então se levantou, quebrando o silêncio que havia tomado o local.

—ChangKyun, levanta e olha pra mim. –Caramba, ali eu achei que ia levar uma bronca no estilo 1950, mas fiz o que ele pediu, ficando de pé e o olhando nos olhos. Sentia minhas bochechas esquentarem de vergonha. –Eu também me apaixonei. –E então, para me mostrar que as surpresas não acabavam, KiHyun me beijou novamente. Dessa vez com mais entusiasmo, mais necessidade, como se ele quisesse muito mais do que eu. Eu me perdia em seu beijo, enquanto o abraçava e sentia seu corpo que nunca estivera tão próximo do meu como naquele momento. Eu poderia ficar ali para sempre, mas ouvi a porta de casa sendo aberta. Como em um passe de mágicas, nós dois já estávamos sentados novamente nas cadeiras, com os olhos arregalados e KiHyun bebendo seu café como se nada tivesse acontecido. Meus pais entraram na cozinha e acharam aquilo supernormal. Era apenas eu tomando café com um amigo.

 

Somente o brotar de um sorriso no canto da boca do mais velho era o que podia nos denunciar.


Notas Finais


Sou feladaput* né?! De terminar justo aqui nessa parte! HSUAHSUAHSUA Amo vocês gente!

Me perdoem por ter sumido e por não ter nem respondido aos comentários, mas vou fazer isso assim que tiver tempo!

Quero agradecer a todos que não desistiram de mim, que me compreenderam e que estavam aguardando a atualização da fanfic! <3
Agradeço aos comentários e por não terem desistido de mim.


Ainda não é o último capítulo ((acho)) então eu ainda vou postar mais um e terminar a fanfic, depois serão apenas os capítulos extra! <3

BEIJÃO DA MARU E ATÉ A PRÓXIMA! <3


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