História My teacher and my dreams. - You again?

Todos sentaram na mesa de jantar, eu fiquei sentada ao lado do Paul. Todos jantam, conversa vai, conversa vem... 

- E então, pequena Nina. Uma moça bela igual a ti deve ter namorado, não? - Sr. Wesley pergunta do nada. 

- Hmmm... - Olho para meu pai - Bom, não sei - sorri - por enquanto só estou focada nos estudos. 

- Certo, claro! Mas meu rapaz aqui - se referiu ao Paul - Daria um belo genro, não é? 

- Claro! - meu pai disse sorridente. 

Vocês devem estar se perguntando, e eu e o Paul? Nós estávamos parecendo dois tomates.

 - Pois é, a comida estava ótima, mas chega de papo, é hora de fechar o negócio! - Sr. Wesley se levantou e o meu pai o guiou e acompanhou até seu escritório. 

- Vou arrumar essa bagunça - Minha mãe começou a pegar os pratos. 

- Eu te ajudo. - A mãe de Paul se ofereceu simpática - Crianças, por que não vão dar uma volta enquanto os pais de vocês conversam? 

- Hm, tá. - Paul me olhou e fomos pra fora de casa. - Perdão por meu pai ter dito aquele negócio de genro lá na mesa. 

- Os pais são assim, não sei como meu pai não fez com que você me chamasse para um encontro, porque pelo jeito que ele é. -Soltei uma gargalhada mas Paul me olhou sério. 

- Ei, deveria chamar eu encontro você? - Ele disse muito rápido, ele estava nervoso. - Perdão, mas eu deveria te chamar para um encontro ou... - O interrompi. 

- Que isso, moço? Claro que não, meu pai é assim mesmo. - sorri e ouvi uma música tocar. 

- Meu celular! - Ele tirou o celular do bolso e atendeu - E aí rapaz dos olhos cor de rio que os golfinhos nadam, conseguiu? - ENTENDI TUDO - Mas que ótimo, que isso, cara. Relaxa, parabéns. Sim, to sim. Okay, até mais. Valeu. - desligou e eu fiquei olhando que nem uma boba. - Um amigo meu. - sorriu. 

- Rio que os golfinhos nadam? 

- Uma vez meu amigo namorou uma garota meio burrinha, acho que ela não sabia a diferença de Rio para o Mar. - soltou uma gargalhada e eu ri junto. 

- Meu senhor! - O silêncio tomou conta - Sem querer ser intrometida, mas você parecia empolgado no telefone. 

- Sim - assentiu - Eu estava arrumando um emprego pro meu amigo e deu certo, ele conseguiu! 

- Que bom! - sorri tímida - Quantos anos você tem, Paul? 

- 22 e você, Niniz? - fiz careta. 

- 17, hmmm, Niniz? 

- É, um apelido que acabei de inventar - sorriu. 

- Awnnnn - apertei sua bochecha. 

- Você é legal. - sorri. - Porque geralmente meus pais me levam em jantares em que as filhas das pessoas que ele fecha negócio são crianças ou garotas frescas que fazem de tudo pra ir pra cama comigo. - Fez careta. 

- Entendi... 

- Olha, eu tava muito desanimado pra vir nesse jantar, porque o último que eu fui, me fizeram brincar de Lego com uma garotinha de 7 anos. 

- O tadinho, hmmmmm. Já sei, vamos brincar de Lego? Pra não perder o costume. - disse rindo. 

- Ahhhhh fala sério, Niniz. Sem graça - cruzou os braços. 

- Filhote? - Pai de Paul estava saindo com sua esposa e meus pais pra fora de casa - Já estamos indo! 

- Tudo bem... - disse para o pai dele - Ei Niniz, me passa seu número, não quero perder contato. - me entregou seu Iphone.

- Ah, deixa eu pensar... Okay. - ri e digitei meu número e salvei. 

- Até mais, Niniz. - me deu um beijo na testa e foi se despedir dos meus pais. 

- Senhorita, foi um prazer conhece-la. 

- O prazer foi todo meu, Sr. e Sra. Wesley - sorri simpática e me despedi. 

                XXXX-XXXX

Pra não ter que ficar dando explicações de como foi minha semana e vocês terem que ficar lendo, vou resumir, foi uma bosta, tirando o fato de que o Paul veio me ver no sábado e nós saímos, ele é um grande amigo. Bom, hoje é o primeiro dia de aula, mas ao invés de estar me arrumando, estou aqui contando a vocês como foi minha semana, hilário, não? 

Me levantei, tomei banho, escovei os dentes e fui me arrumar, penteei os cabelos e deixei solto, coloquei um short preto desfiado muito cut, uma camisa manga longa branca com detalhes, fechei os botões da frente, dobrei as mangas até o cotovelo, vesti um all star roxo com branco, eu geralmente não gosto de ficar dando detalhes de roupa, mas como é meu primeiro dia, tô nem aí. Peguei minha mochila, desci, tomei meu café da manhã e papai me levou até a nova escola. 

Oh merda, estava atrasada, ô coisa linda, fui correndo antes do portão se fechar e me esbarro em alguém. 

- Tá me perseguindo ou o quê, docinho? - Aquele rapaz, olhos azuis, voz rouca, que tentação.