História My Villain - Capítulo único

Fugia pela floresta desesperada. Eu sabia que Darkling estava me procurando desesperadamente. Havia me perdido de Male e sua namorada, a Grisha a qual me odiara quando me viu pela primeira vez. Nem acreditava que ambos estavam juntos, mas sabia que meu coração pertencia àquele do qual estava fugindo. 

Tropecei toscamente em raízes de árvores e caí por um pequeno precipício de barro. Ouvia um cavalo logo atrás. Um ser mascarado me cercava, rondando ao meu redor.

 —  Darkling, seu desgraçado, nunca te darei o que quer.

O homem pegou uma flecha e apontou em minha direção, pronto para me matar quando ouvimos outro cavalo relinchando, uma flecha o atingiu, olhei ao longe, Darkling vinha galopando desesperado. Levantei para correr, mesmo machucada, não poderia deixar que me alcançasse.

 —  Alina, para, por favor!  —  Ele gritava. Não o escutaria, aquele manipulador maldito, tentei correr, mas meu calcanhar deu uma dor tão forte que cai. O general apressou os passos, saiu rapidamente de cima do cavalo e veio me ajudar.

Sem saída. Assim estava. O observei me pegar no colo. 

 —  Me solta, me solta seu desgraçado!

Não falou nada, apenas me montou no cavalo do homem que tentara me atacar, colocou minhas mãos fortemente na corda, a segurou e subiu no seu. Seu toque tenebroso e cheio de luxúria ainda me dava arrepios, mas não poderia ceder aos desejos de meu corpo e minha alma. Precisava lembrar quem ele era. Mais de uma hora passadas, ele começou a falar.

 —  Eu fui manipulado, Alina. Acredite, jamais mataria criatura tão inocente como o cervo.

 —  Acha mesmo que acredito em você? 

Continuamos a cavalgar e encontramos um acampamento. Eram de grishas e humanos, pensei que Darkling seria imediatamente aprisionado, pelo contrário, foi bem recebido como qualquer pessoa de bom coração. Estranhei tudo aquilo, aquelas pessoas sabiam quem ele era?

Quando me viram junto a ele seus olhares brilharam. Fomos servidos de comida e água, a câimbra havia passado. Ao fundo, vi duas figuras conhecidas.

 —  Male!  —  Gritei, ele se virou e correu até mim. Nos abraçamos fortemente. Darkling me acompanhou e para meu total espanto ambos se cumprimentaram.  —  Male, ele é…

 —  Eu sei, Alina. Venha, vamos conversar.

Nos afastamos do local,  Male começou a me falar como Darkling salvou sua vida e de Zoya e que tudo era manipulação de um grupo de grishas e humanos que o usaram para aumentar a dobra e então ganhar poder. Aquele grupo ali era a resistência. Perguntei como um grupo conseguia manipular Darkling, ele respondeu que tinham sua mãe como prisioneira, poderiam muito bem matá-la a qualquer momento, além de um amuleto ao qual poderiam controlá-lo facilmente. Indaguei que a conheci e ela me apresentou o General Kirigan como vilão, porém isso era o que fora instruída a fazer, para que eu achasse que ele era do mal. 

Não conseguia acreditar, não era possível. Darkling era o vilão, sempre seria, manipulou todos, inclusive o próprio Mal. 

“Me faça seu vilão”, relembrava as palavras. Será que no fim, eu estava querendo um vilão? Não, ele cometeu atrocidades sem tamanho, inclusive comigo que tive os chifres do cervo implantados em meu ser, em minha carne.

Voltei quando tudo estava escuro a meu agora cavalo e decidi ir embora. Não acreditava nele, não importa quantos dissessem. Enquanto cavalgada por mais de um quilômetro, percebi que estava sendo seguida.

 —  Não acha que é muito perigoso andar sozinha Alina?

—  Caso não perceba, tenho um companheiro.  —  Falei me referindo ao cavalo.

 —  É claro, são fiéis, mas e se ele também for atacado?

Virei com o cavalo para ele. A escuridão da noite contrastava com sua roupa e olhar. Esse homem mexia comigo demais. Ele me escolhera, isso não podia negar. Enquanto Mal demorou anos para talvez pensar que gostava de mim, Darkling sempre me escolheu desde que nos conhecemos. Fiquei em silêncio.

 —  É mesmo, ainda sou seu vilão, não é?

 — E deveria ser outra coisa pra mim?  —  Saltei do cavalo com o olhar magoado. Ele também havia partido meu coração.

O vi fazer o mesmo movimento e vir em minha direção, até demais. Dei um passo para trás, mas logo recostei em uma árvore, ficando encurralada. Seu olhar negro encarou meu rosto.

 —  Sua boca me dizia uma coisa diferente naquela noite.  —  Sussurrou. Nosso beijo, que poderia ter terminado em algo maior.  —  Aquele dia queria te contar tudo Alina, estávamos sozinhos, mas eu não resisti ao meu desejo em te ter, pretendia primeiro ter você em meus braços, em minha cama, depois contar com detalhes o quanto minha alma estava se corroendo. Mal pude respirar quando o cervo foi morto, tenho pesadelos com seu sangue em minhas mãos.

Tremia ao ouvir suas palavras. Queria não acreditar, mas seu jeito estava extremamente sincero. colocou um braço em cada lado de meu corpo , ao que Fiquei presa entre ele e a árvore. aproximou seu rosto então nossos lábios se encostaram. Tinha esquecido quanto sua boca era sedenta pela minha. Um beijo desesperado e cheio de luxúria. Puxou uma de minhas pernas ao encontro de seu quadril. 

Ele sorriu entre os beijos e correspondi.

 —  Faça de mim seu vilão, mas me ame como te amo.   —  Implorou.

 —  Eu te amo Darkling, sempre te amei.  —  Falei com nossos lábios encostados e continuamos saciando o que nossos corpos tanto queriam. Comecei a desabotoar seu sobretudo preto que o deixava incrivelmente lindo, camisa da mesma cor por baixo mantinha sua personalidade obscura mais tentadora. Logo fez o mesmo comigo, porém o que continha por baixo era apenas meus peitos que estavam enrijecidos com o ar noturno e a excitação.

Como se fosse possível, seu olhar ficou ainda mais preto e não perdeu tempo em descer sua boca de meu pescoço até meus rígidos mamilos.  Sua boca desceu até minha calça, desabotoou com as mãos e tirou com tudo que restava de roupa, então seus lábios tocaram bem ali. Mordi os lábios enquanto olhava o céu estrelado. A boca de Darkling está entre minhas pernas, pensei pervertidamente. Sua língua contornava meu clitóris, descendo para minha entrada. Ficou mais alguns minutos enquanto acarinhava seu cabelo, a cena era incrivelmente sexual para qualquer um que passasse ali, mas estava escuro demais, com exceção da luz do luar.

Subiu sua boca por todo meu corpo e beijou. Senti o meu gosto e quis retribuir. Passei minhas mãos por sua camisa e a desabotoei, revelando seu peitoral definido. Aproximei minha boca e fiz um caminho com a língua até o local que encontrava-se o chamado paraíso. Retirei sua calça e as demais peças e o coloquei duro na boca. Ouvi o gemido de Kirigan que soltava meu penteado para poder segurar meus cabelos. Seu gosto era uma delícia, combinava perfeitamente com ele. Senti seu pré-gozo e parei. 

Não aguentando mais, levantou meu corpo, pressionando contra a árvore, minhas pernas ficaram em volta dos seus e se encaixou em mim, gritei de dor, de tesão, de prazer. Darkling era voraz, selvagem e amava isso, metia forte, rápido enquanto tentava me beijar falhamente, mordendo meu lábio inferior. Me pegou pelas pernas e deitou na grama, por cima de seu sobretudo e continuou o que estava fazendo.

 —  Alina, você é tão gostosa, tão quente.  —  Gemia, isso me inebriava.

 —  Ah! Darkling, meu vilão delicioso.  —  Aquilo foi o ápice para ele, gozando por dentro. O segui, não aguentando sentir aquele calor molhado dele enquanto nos beijávamos violentamente. 

Sua testa estava colada à minha. Estávamos suados, mesmo com o vento noturno. Ele deitou ao meu lado e nos cobriu com meu sobretudo. Beijou minha testa e sabia que era ali que queria estar, nos braços de meu vilão.