1. Spirit Fanfics >
  2. Mysterious Heart-Nas asas de Aruan Felix >
  3. Starbucks

História Mysterious Heart-Nas asas de Aruan Felix - Starbucks


Escrita por: JuSalvattore

Notas do Autor


não aguentei esperar até amanhã e resolvi postar logo
kakakaka
boa leitura
:3

gente... o link da música que vai aparecer em determinada parte do capítulo, vai estar nas Notas Finais.
se puderem ouvir quando chegar na parte, vai ser bem melhor
kkkkk
beijãaaaao !!!

Capítulo 14 - Starbucks


Fanfic / Fanfiction Mysterious Heart-Nas asas de Aruan Felix - Starbucks

Meus sentidos adormecidos pareciam voltar aos poucos, eu ouvia o som dos pássaros adentrando meus ouvidos. Minha respiração leve me trazia de volta de um sonho escuro.

Abri os olhos, estava deitada de peito para cima. O teto de madeira era-me familiar. Meu quarto.

Tentei me mover, mas meu corpo estava paralisado, começara a formigar e minha respiração faltar. Senti algo pressionar contra meu corpo.

O tormento durou alguns minutos até eu conseguir me desvencilhar.

-Ai...- Sentei-me na cama empurrando os cabelos de cima do me rosto. Meu coração palpitava. Nunca havia sentido isso ao tentar acordar.

Mas que droga foi essa? Respirei fundo em pensamentos.

Olhei ao redor, meu quarto. Meu doce quarto. Que saudades...

A janela aberta... Adentrando os leves fachos de luz do Sol que estava nascendo. Sobre a escrivaninha o despertador tocara 5 da manhã em ponto.

Desliguei-o me espreguiçando, eu ainda estava com a farda surrada do Instituto.

Com os dedos apalpei o pingente. Não, nada havia sido mesmo um sonho. Minha vida havia se tornado uma viagem louca. Pelo jeito, sem volta...

Aruan havia mesmo me trazido... mas, como?

-Ai meu Deus.- Esfreguei os olhos, avistei meu celular recarregando as forças encima da escrivaninha.

O peguei e chequei as mensagens. Chamou-me atenção uma troca de mensagens com a tia Rose, que eu juro que não havia mandado essas mensagens.

Eu havia pedido permissão para ela de dormir na casa de uma amiga ontem, e que iria direto da casa da amiga para a aula hoje.

-Mas eu não mandei essas mensagens... - Arqueei as sobrancelhas olhando para a tela do celular.

O horário das trocas de mensagens batia com um horário um pouco antes do fim da aula à tarde do Instituto.

Mas como? Deve ser por isso que tia Rose não foi me buscar no final da aula.

Quem mandou essas mensagens pelo meu whatsapp?

-Chega...- Cocei a cabeça em tom de angústia.- Cedo demais pra isso...- Levantei-me da cama.

A dor do meu corpo parecia ter passado, do nada. Eu estava me sentindo tão bem, como se estivesse dormido uma semana inteira sem acordar para nada. Seria por causa do líquido avermelhado que o Aruan injetou em mim? Talvez.

Uma risadinha baixa soou da janela. Dei um salto para o lado caindo sobre minha cama. Meu coração disparou.

-Aruan?- Arregalei os olhos. O garoto estava sentado na minha janela, com a calça preta e blusa branca do Instituto com as mangas da blusa apertando seus bíceps, seu cabelo estava raspado nas laterais, uma franja sobre o rosto, degustava um Starbucks por um canudinho verde à sua enorme boca.- O que tu tá fazendo aí?- Eu estava estatelada.

-Gosto de ver você dormir...- Ele insinuou um sorriso de canto de boca enquanto balançava o líquido dentro do copo branco com o logo da Starbucks. O cheiro forte do café exalava.

- Você fala como se já tivesse me visto dormir outras vezes.- Franzi o cenho.- Como subiu até aqui? Segundo andar...-

-Ai guria...- Ele respirou fundo.- Você é movida à perguntas?- Ele chegou o relógio ironicamente.

-Sai da minha janela caramba...- Levantei-me da cama e caminhei rumo à porta. Precisava ir ao banheiro lavar o rosto e torcer pra isso ser um sonho.

-Você acorda sempre de mau humor?- Senti-o firmar seus pés bruscamente no chão de madeira, caminhando lentamente atrás de mim.

Eu estava a um passo de surtar.

Eram 5 da manhã, e tinha um maluco na minha casa.

Abri a porta do quarto, as luzes apagadas e o corredor escuro. Tia Rose havia esquecido de aceder as luzes provavelmente.

-Sabe o que você parece?- Sussurrei baixo sem virar para trás.

-O quê?- Sua voz fria soou atrás de mim. Não posso negar que a cada palavra que ele soltava, meu corpo arrepiava.

-Aquelas vozes dentro da cabeça... que enchem o saco.- Eu me aproximava da porta do banheiro.- Juro que ainda não entendi o por q...- Fui interrompida com o segurar pesado em meu pulso esquerdo.

Ele me puxou contra a parede gélida de cerâmicas brancas.

-Vai me dizer que preferia as vozes dentro da cabeça- Ele estava colado ao meu corpo. Coisas que eu não gostaria que encostassem, estavam encostando. Ele era alguns centímetros mais alto, eu me sentia sufocada com o seu olhar penetrantemente intimidador.

Não respondi, apenas permaneci olhando. Sua mudança de humor repentina me assustava.

-Hein...- Ele insinuou um sorriso, como um predador observando sua presa indefesa. Segurava com a mão esquerda o copo de café. E com o braço direito apoiava o cotovelo na parede, ao lado da minha cabeça.- Vai me dizer que não gosta...?- Ele sugou o canudinho. Bem próximo ao meu rosto.

-De café?- Respondi ironicamente. Óbvio que ele não estava falando do café. Sabe-se lá do que era.

Meu coração palpitava descompassadamente.

-Annabeth?- Uma voz soou no final do corredor e o tec* da luz acendendo no corredor. Era tia Rose no pé da escada, com um vestido branco de dormir e cabelos enrolados em grampos.

Olhei para a frente. Ele havia desaparecido.

-O que faz ai?- Ela franziu o cenho ao me ver recostada na parede.

-É...- Com a boca entreaberta eu a olhava.- A parede tá fria...- Forcei um sorriso amarelado e pus as mãos na frente da blusa disfarçando. Ainda a blusa rasgada na altura do seio.- Me encostei porque tropecei aqui...-

Tia Rose parecia sonolenta, não iria perceber.

-Tudo bem...- Ela me olhava desconfiada.- Vou preparar o seu café...- Ela virara o corpo rumo as escadas descendo-as lentamente.

Respirei fundo quando a vi sumir.

-Merda...- Respirei fundo olhando para os lados do corredor.- Era só uma imaginação fértil...- Sussurrei.- Não tem ninguém com você Anna.- Caminhei rumo ao banheiro.- Calminha...- Segurei a maçaneta gélida da porta do banheiro.

-´Me encostei porque tropecei aqui´...- A voz baixa refez minha fala em tom de deboche numa imitação falha de voz feminina.

-Não acredito.- Revirei os olhos e abri a porta do banheiro acendendo a luz.

-Aliás...- Aruan segurou a porta antes que eu fechasse-a.

-O que?- Franzi o cenho quase batendo o pé no chão. O fitei.

- Sabia que ainda não nos apresentamos?- Ele me analisava com um olhar sarcástico.

Respirei fundo revirando os olhos internamente.

-Aruan Felix...- Ele estendeu a mão enfaixada pela brecha da porta.

-Annabeth Miller...- Respondi hesitando em ao menos tocá-lo. Mas... segurei sua mão, e num aperto de mão patético ele sorriu.- Faça-me o favor.- Bati a porta.

**

 Tomei um banho demorado, sem tentar pensar em todas as coisas que haviam acontecido comigo nos últimos dias. Eu estava para explodir por dentro e por fora. Sinceramente.

Depois de tomar banho, vesti uma farda novinha que estava guardada em um armário de gavetas no banheiro. Queria ver quanto tempo essa farda duraria intacta.

Penteei os cabelos loiros molhados diante do espelho do banheiro, as marcas do meu pescoço haviam sumido, assim como a cicatriz estranha do meu peito.

´´ A cicatriz permanecerá invisível enquanto usá-lo...

Nunca tire-o´´

A voz de Aruan soou em meus pensamentos. Respirei fundo e saí do banheiro penteando os cabelos.

Fui ao quarto e peguei meu celular, minha mochila estava sobre a cama, ao lado um papelzinho dobrado.

Caminhei colocando a mochila nas costas, catei o papel nas mãos e caminhei pelo corredor lendo-o.

Vou te esperar no carro.

Comprei um Starbucks pra você.

Se apresse...

-Besta...- Um leve sorriso involuntário se formou em meu rosto.

- Que sorriso é esse?- Tia Rose sorriu ao me ver chegar na cozinha.- A tempos não via você dar um sorriso tão sincero...-

-Nada...- Desfiz o sorriso catando os pães de queijo em uma sacolinha.

Eram 6:38.

-Preciso ir...- Caminhei rumo à porta.

-Já? Mas eu ainda não terminei de me arrumar.- Tia Rose rebateu com uma expressão admirada.

-Vou com um amigo.- Girei a chave destrancando a porta e abrindo-a.

-Amigo? Que amigo?- Tia Rose me seguiu até o lado de fora.

-Um amigo aí...- Fiz uma cara emburrada e caminhei.

Nossa....

Um Mustang? Sério?

-Esse seu amigo é bem simples não é?- Tia Rose cruzou os braços encarando-me. A brisa da manhã balançou nossos cabelos.

Eu caminhei em direção ao carro, uns 20 metros da porta da minha casa, pelo gramado.

Aruan abaixara o vidro do passageiro e berrou buzinando.

-Iai tia? Lembra de mim?- Com uma expressão completamente oposta, ele sorria jovialmente.

Não acredito.

-Aruan...?- Tia Rose suspirou atrás de mim.- O garoto do hospital?- Ela berrou.- Que bom revê-lo.-

Como ainda lembrava o nome dele?... indaguei comigo mesma.

Ele assentiu com a cabeça e deu um tchauzinho amigável. Entrei no carro.

Era um Mustang azul marinho espelhado.

-Olá.- Ele subiu o vidro fumê automático. Era tudo muito moderno por dentro. Se eu já havia achado o carro do Rafael lindo, esse era mil vezes mais.

-Uau...- Franzi o cenho deslizando a vista por todo o carro, do painel ao teto. Os bancos eram de couro, o painel com diversas luzes e comandos, partida e machas automáticas.

-Tome...- Ele esticou o copo rosa com um canudinho amarelo.- O melhor café...- Ele sorriu girando a chave e apertando o botão vermelho. O ronco do motor era como um touro bravo. O rádio ligou, em uma faixa de rádio aleatória tocava Pony- Ginuwine.

-Não tem veneno aqui dentro não né?- Eu espiava o conteúdo do copo pelo canudinho.

- If you're horny let's do it... Ride it my pony...- Aruan cantarolava junto à musica me ignorando. Puxou um Ray Ban e depositou em seu rosto. - Come and jump on it.- Com o punho serrado ele fazia movimentos no banco.

-Sério isso cara?- O fitei com uma expressão de vergonha alheia.- Quantos lados bipolares tem em voce?-

Ele me olhou com um sorriso de canto de boca.

-Você ainda não viu nada.- Ele me fitou e virou-se para a frente, aumentou o volume do rádio e arrancou.

Eu não sabia o que pensar...

Eu estava no carro de um maluco que sabia da minha vida.

Um doido misterioso.

Que poderia me devorar a qualquer momento.

Que conseguia ler minha mente.

E que injetava coisas em mim quando dava na telha.

E que acabou de dançar uma música saliente do meu lado que diz ´se você está com tesão, vamos fazer´

Que ótimo...

- Ei Dudu...- Aruan mandava áudio por whatsapp enquanto estávamos parados em um sinal fechado do cruzamento.- A gente vai ter companhia pro almoço hoje.- Ele gargalhou. Arregalei os olhos sem olhá-lo. Eu degustava aquele café maravilhosamente dos deuses.- Chama os breaks...- Ele finalizou o áudio soltando o iphone 7 entre as pernas.

-Seus amigos veteranos?- A rainha das perguntas mais uma vez.

-Sim.- Ele acelerou ao abrir o sinal.

Sinceramente, agora que eu percebi... estava indo para a escola com o veterano mais cobiçado entre as meninas.

O que eu estou fazendo da minha vida?

 

 


Notas Finais


link da música:
https://youtu.be/iIQfZABPKuA

sério, é uma das minhas músicas favoritas kkkk
até o próximo cap...
beijooosssss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...