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História Na Ponta do Feitiço ERERI - Capítulo 4


Escrita por: Amante_yaois

Capítulo 5 - Capítulo 4


Notas da autora: Eu sinto muito, amores. Estive num bloqueio horrível, mas consegui contornar a situação e escrever o cap. E apesar de ser curto, comparado aos outros, saibam que dei o meu melhor por vcs. Estou feliz em ver como a história está sendo bem acompanhada, e tbm pela numeração de favoritos que vêm crescendo. Obrigado por tudo, vocês são demais. Boa leitura❤

Era exatamente uma hora da tarde do dia posterior quando Eren chegou na cidade vizinha. Ele estava cansado da longa jornada, e havia comido pouca coisa durante esse curto período. Para alguém como ele, uma fruta não servia de nada. Ele realmente precisava de comida pesada, mas estava sem dinheiro. Por alguma praga jogada a sua pessoa, ele não se lembrou de pegar algumas moedas de ouro e prata, e agora estava faminto em busca de alguma fonte com água.

Com passos firmes ele caminhou por meio das ruas infestadas de pessoas, o que lhe rendeu uma atenção maior para não ser roubado. Segurando a espada presa em sua cintura, ele olhou em volta na tentativa de tentar saber para onde estava seguindo. Aparentemente, esse dia não era de sua sorte. Era dia de feira, e em todas as direções haviam pessoas gritando para todos os lados, o que lhe rendeu uma boa dor de cabeça.

Quando estava prestes a reclamar de tamanha má sorte quando um velho bêbado passou esbarrando nele, ele ouviu uma voz bastante conhecida chamando-o bem atrás. Virando-se para procurar a pessoa, para a sua surpresa, ele viu Reiner com uma pequena menina em seus braços. Franzindo o cenho, ele cerrou os olhos para ter certeza do que estava vendo. Seria essa a sua sorte? Com um pequeno sorriso, logo ele fez seu caminho até o outro alfa loiro que tanto conhecia.

Parando em frente a ele, Eren falou em um tom divertido: "Até vocês tiveram filhos?"

"Finalmente decidiu sair do ninho, Eren? Estou emocionado por você." zombou, tendo em mente que seu amigo nunca sairia do vilarejo sem ter um grande motivo. "Está procurando por algo?"

"Sim." disse de uma maneira determinada, "Estou indo para a floresta encontrar as ervas medicinais que o médico me indicou. A mãe está piorando, e eu preciso fazer algo."

"Eren, você está louco? Você não pode ir para a floresta. Há uma criatura diabólica lá, esqueceu?"

Revirando seus olhos com o comentário do amigo, Eren disse com desdém: "Pouco me importa. Eu preciso das ervas."

"Eren-"

"Se falar mais alguma besteira, é adeus."

Suspirando por saber que não tinha como mudar a mente do amigo, Reiner pensou por um momento antes de voltar a encará-lo nos olhos. "Tudo bem, Eren. Eu não irei."

"Isso é ótimo." dito isso, ele olhou para a menina nos braços do Reiner. "E ela?"

"Annie Braun. A adotamos há um tempo atrás, e agora ela é a nossa filha." disse, todo bobo com a garotinha em seus braços, que por sinal, era bastante quieta e envergonhada. "Bertholdt e eu estamos muito felizes com ela. Era o nosso sonho ter uma família, e agora o realizamos. Veja como ela é fofa, Eren."

Com um singelo e verdadeiro sorriso, Eren se inclinou um pouco para poder ver a garotinha. Antes ele teria um grande trabalho pela diferença de altura, mas a vida adulta lhe beneficiou e agora a diferença entre eles era mínima. Com uma baixa risadinha quando ela escondeu seu rosto próximo a glândula do Reiner com sua aproximação, ele sorriu novamente. "Realmente, muito fofa."

"Né? Morremos de fofura todo dia com ela, Eren. Tenho certeza que essa foi a melhor escolha de nossas vidas." sorriu ao encher o rosto da menina de beijos, não se importando com os chiados que a mesma soltava por causa da vergonha.

Rindo com o amor que o amigo mostrava pela garotinha, Eren sentiu-se feliz por Reiner. Mas sua felicidade não durou muito, pois logo lembrou que tinha que continuar com o caminho. Suspirando, ele olhou para trás, observando o caminho que teria que percorrer. "Preciso ir agora, Reiner."

"Mas já?" franzindo o cenho, Reiner não deixou de se preocupar com o moreno. "Ao menos venha comer lá em casa."

"Por mais tentador que seja, eu não posso. Não posso perder muito tempo em um só lugar. A distância é grande, e eu não sei se a mãe poderá esperar."

"Me sinto péssimo por não poder ajudá-lo de alguma forma, Eren." admitiu, "Não posso deixar Bert e Annie sozinhos."

"Nunca te pediria para vir comigo nessa, Reiner. É perigoso demais, e você têm sua família. Não me perdoaria caso você morresse."

Com um pequeno sorriso que transbordava preocupação apesar de não ser isso que queria, Reiner disse: "Há algo que precise?"

"Sim. Eu preciso de moedas, Reiner. Esqueci de pegar quando saí."

Olhando em volta, o loiro retirou uma pequena bolsa de tecido que tinha escondido dentro de sua blusa. "Sei que aparenta pouco, mas é o que tenho no momento. Use com sabedoria, Eren."

Pegando a bolsinha da mão do Reiner, Eren escondeu dentro de sua blusa. "É o suficiente. Prometo pagar da próxima vez que nos reencontrarmos."

"Irei cobrar esse dinheiro com uma visita sua. Quero que conheça a nossa casa. O Bert iria amar sua visita, não é, Annie?"

A pequena, ainda bastante tímida, assentiu. Seus olhos azuis se encontraram com a feição firme do jovem alfa, "Mamãe vai ficar feliz." disse baixinho.

"Vai? Então passarei lá sem falta." sorriu ao bagunçar os cabelos loiros da menina, voltando sua atenção logo depois para o Reiner. "Possivelmente não tenha o dinheiro quando eu voltar, mas prometo te pagar assim que tiver tempo."

"Eu conheço você, Eren. Ou você acha que empresto moedas para qualquer um? Você é alguém confiável. Agora não perca mais tempo. Vá. Mas com cuidado, por favor."

"Obrigado, Reiner. Eu vou ficar te devendo essa." sorriu ao se afastar, e com um aceno de mão como despedida, ele voltou a sua longa jornada. Dessa vez com dinheiro para que, antes que saísse da cidade, pudesse comer algo. Com uma feição mais alegre, ele cantarolou com cada passo dado. Talvez as coisas estivessem começando a entrar no caminho certo.

- - -


O céu já escurecia quando Eren chegou próximo da saída da cidade. E como estava faminto, decidiu que iria parar na taverna mais próxima e comer algo antes de voltar a prosseguir com o seu caminho e encontrar um local para dormir mais a frente. Entrando no estabelecimento, ele fingiu não notar a forma como todos olharam para ele como se fosse o centro das atenções antes de voltarem com suas normalidades. Indo até o balcão, ele sentou-se no banco e disse: "Uma cerveja e a comida de hoje."

O velho alfa do outro lado do balcão, ainda com sua cara fechada, assentiu e deu as costas a ele para ir pegar o pedido, deixando-o sozinho em seu lugar. Com um baixo suspiro, Eren se inclinou contra o balcão e bocejou. Estava exausto da sua jornada durante o dia e planejava logo encontrar uma área para dormir. Esfregando seu rosto na intenção de afastar seu sono, ele tinha em mente dormir próximo da floresta novamente, já que assim diminuiria o risco de ser roubado durante o sono. E enquanto o mesmo esperava sem nem ao menos falar, foi pego de surpresa quando uma beta sentou-se ao seu lado e sorriu.

"Tudo bem com você? Por acaso é novo aqui? Nunca te vi antes."

Apesar do sono que fazia seu mau humor ir ao extremo, Eren ainda teve a educação de respondê-la com um simples: "Estou de passagem.", não demonstrando interesse em seus avanços.

"Sério? E qual é o seu destino?"

Como se a sorte estivesse do seu lado, o atendente veio até ele com seu pedido, colocando-o em sua frente antes de ir atender outro. E sem dar uma resposta para a jovem moça, ele tomou um gole de sua cerveja antes de dar uma mordida em seu pão.

"Sabe... Meus pais dizem que eu seria uma omega. Mas... Já sabe, né? Eu era do antigo vilarejo próximo a floresta. Estive lá quando o demônio jogou sua maldição."

"Entendo." comentou categoricamente, nem sequer ouvindo de verdade o que a moça falava.

"E então... E você? Não me disse qual é o seu destino." falou ao segurar em seu braço suavemente, mordendo seus lábios para conter um sorriso travesso quando sentiu a tensão do músculo bem definido do alfa em sua frente. "Acho que está muito tenso... Deveria relaxar, sabe? Que tal sairmos depois?"

"Não."

"Sabe... Nossa sociedade vem tendo uma queda de omegas. Ser um escolhedor não é indicado. Devemos tirar proveito do que podemos ter, alfa."

"Posso terminar de comer em paz?" após ter dito isso, ele teve que conter um sorriso quando ela levantou-se arfando de raiva.

"Você é mais um alfa idiota que só quer omegas." falou num tom alto de propósito para que todos pudessem ouví-la.

"Não disse que esse era o meu foco." retrucou

"Apois fiquem sabendo. Com o passar dos anos, a taxa de omegas serão nulas. Não procurem os betas, seus infelizes de pau pequeno!"

Erguendo uma sobrancelha com a explosão da mulher, Eren voltou a terminar sua comida. Aparentemente a sorte não estava do seu lado hoje e sua vontade de ficar um pouco sozinho não seria respeitada, pois logo após a mulher ter saído da taverna, um beta sentou-se ao seu lado.

"Duas cervejas na minha conta." disse em um tom gentil, que transbordava uma aura alegre. Quando o alfa foi buscar seu pedido, ele voltou sua atenção para o Eren. "Desculpe pela Rebecca. Após ter perdido sua dinâmica, ela se tornou alguém bastante instável."

"Sério? Não percebi muito."

"Gostei do seu sarcasmo, cara. Prazer, Lyan."

"Eren."

"Um nome bem estranho... Estranho bom, na verdade."

"O seu é legal."

"Acha?" sorriu, inclinando-se contra o balcão a tempo do alfa voltar com os dois copos. "Obrigado."

Entregando um para o Eren, ele sorriu ao tomar uma longa quantidade, rindo ao suspirar. "Amo cerveja!"

Com um pequeno sorriso de canto, Eren acabou se deixando levar com a conversa do Lyan, que o fez rir várias vezes ao longo da noite. Após pagar pela sua comida e cerveja, Eren levantou-se já se preparando para se despedir quando Lyan o segurou pelo braço. Ele não precisou falar nada, pois somente com um olhar havia conseguido atiçar o Eren a sair de lá com ele.

"Venha. Minha casa é próxima daqui."

E de fato era. Lyan era um jovem beta que trabalhava numa espécie de biblioteca no centro e que vivia sozinho em sua casa. Ele nunca esteve em um relacionamento sério com ninguém, e aparentemente não tinha uma boa relação com sua família. Resultado disso? Era um jovem independente, apesar de ser mal visto por causa dos costumes de sua época. Ao chegarem na casa e entrarem, logo se agarraram em um beijo afoito, motivado pela embriaguez das cervejas que haviam tomado. Afastando-se somente para dizer: "Meu quarto agora.", Lyan o arrastou para seu local favorito, e lá ambos perderam a noção do tempo.

- Levi -


Estremecendo com cada trovoada, Levi se encolhia cada vez mais em sua cama, temeroso com o barulho ensurdecedor do lado de fora de sua casa. A chuva havia começado no início da noite, e naquele momento Levi pensou que passaria logo, mas ela só fez aumentar e agora estava dando trovoada e isso o assustou! Pior, ele estava sozinho. Nem mesmo conseguia manter seus animais de tanto medo que sentia. Não tinha total concentração e todos o que eram feitos, sumiam logo depois.

Quando outro barulho alto ecoou e clareou sua casa, ele gritou e se escondeu embaixo de sua cama ainda enrolado com seu lençol fino e velho. Olhando para o chão através da brecha, ele mordeu seus lábios e fechou os olhos com força, tentando não chorar de medo. Com seus lábios trêmulos pelo pavor, ele conjurou baixinho tentando não gaguejar para não falhar outra vez: "Latebras."

Quando nenhum som foi ouvido, ele deixou com que um pequeno sorriso aparecesse em seu rosto, e apesar do tremor imparável em seu corpo, ele saiu de onde estava. Lutando para permanecer em pé, ele olhou através da pequena janela, se encolhendo quando um relâmpago caiu. Voltando seu olhar para onde estavam os livros, ele engoliu em seco ao ir até lá, na intenção de esquecer a chuva lá fora.

Sentando-se no chão, ele pegou o primeiro que viu e abriu no meio, lendo e relendo o primeiro parágrafo até que pudesse realmente se concentrar e esquecer dos trovões inaudíveis do lado de fora. E foi através da leitura que ele passou uma boa parte de sua noite em claro, caindo no sono somente quando os primeiros raios de solares começaram a aparecer. Infelizmente ter um sono longo não foi algo que o mesmo tinha desde muito pequeno. Nem mesmo em um mundo no qual deveria trazer descanso, ele escapava de seus medos e sempre acordava pensando que eles haviam o encontrado. E por mais que aumentasse todos os dias a força do feitiço que o separava daqueles porcos, mais sentia que um dia alguém conseguiria entrar. E isso o assustava. Ele tinha medo desse dia se tornar próximo toda vez que abria seus olhos.

Cinco horas após ter dormido, Levi se viu acordando ainda exausto, mas sem vontade de continuar a dormir. Resmungando baixinho uma reclamação sobre ainda estar cansado e dolorido, ele pegou o livro do seu lado e levantou-se do chão. Espiando o lado de fora da casa através da pequena janela, ele olhou em volta e suspirou de alívio. Estava tudo bem. Pensou um pouco mais calmo, apesar de que no fundo de sua mente algo retrucasse, garantindo-o que era apenas uma questão de tempo antes que o encontrassem.

Franzindo seu cenho, ele lutou para afastar aqueles pensamentos perturbadores de sua mente. Guardando o livro junto dos outros, ele sorriu ao lembrar que a chuva havia passado há horas e que o sol estava mais vivo do que nunca. "Um banho agora seria perfeito." disse em um tom alto, encolhendo-se com o vazio como resposta.

Suspirando, ele foi na direção da porta para que pudesse ir na direção do pequeno riacho que ficava um pouco distante de sua casa. Com passos suaves, ele andou pelos gramados da floresta, tomando o devido cuidado de não pisar em algo cortante ou até mesmo em uma cobra. Não é como se ele não fosse capaz de se curar através dos seus feitiços, mas aquilo ainda doía como o inferno.

Olhando em volta, ele fez um rápido movimento com suas mãos ao recitar: Nom Solum.", sorrindo quando um lobo apareceu do seu lado. Fazendo um carinho em sua cabeça, Levi riu quando o animal lambeu seus dedos.

Com um rosnar baixo, o lobo deu alguns passos a frente do Levi, parando somente para encará-lo ao balançar o rabo, esperando que o mesmo o seguisse. E foi com um pequeno sorriso de canto, que ele o fez. Esquecendo-se de completo a solidão que o cercava somente com a presença do lobo ao seu lado.

Fechando seus olhos, ele aproveitou a brisa fresca da floresta, respirando fundo aquele ar puro e paz passageira. Voltando a abrí-los, ele cantarolou baixinho, deixando-se levar pelo clima pacífico que o rodeava. O lobo olhou para ele com admiração, mas sem reação alguma e então voltou a caminhar. Esticando-se todo, ele estendeu seus braços para cima, sorrindo com a música que havia acabado de inventar.

Meia hora depois, finalmente ele havia chegado no riacho e com um pequeno sorriso, começou a retirar o vestido que usava. Quando ficou nu, entrou na água com cuidado, tentando se acostumar com a frieza dela. Com a água até sua cintura, ele se abaixou de vez, permitindo-se molhar seu corpo por completo. Voltando a superfície um tempo depois, ele respirou fundo o ar, bastante ofegante pelo tempo que passou submerso.

Virando-se para olhar em volta, riu quando viu o lobo brincando com um pequeno graveto que havia encontrado por acaso. Voltando sua atenção para seu banho, ele foi um pouco para o raso e se sentou por lá, aproveitando para tomar um banho de sol também. Fechando seus olhos quando levantou seu rosto para o céu, Levi suspirou. Deixando seu corpo cair para trás, ele respirou fundo e afundou-se, deixando com que a água o cobrisse por completo.

Abrindo seus olhos por um momento, sentiu-se um pouco mais aliviado de tanta tensão em seus ombros. E foi com essa sensação de vigor, que ele voltou a superfície outra vez. Olhando para seu corpo submerso, ele olhou em volta mais uma vez quando um pequeno som foi ouvido, fazendo o lobo levantar-se rapidamente e farejar o ar. Nesse curto período, ele correu até as rochas mais próximas, usando-as como esconderijo enquanto o lobo olhava ao redor em busca de algum invasor. Felizmente havia sido só um esquilo, mas ainda sim, havia acabado com o clima que Levi tinha começado a ter.

Saindo de seu esconderijo, ele foi até as margens do riacho o mais rápido que pôde. Sua atenção estava voltada ao vestido que uma vez pertenceu sua mãe. Pegando-o do chão, ele nem sequer se importou em enxugar-se e apesar da dificuldade que teve, ele o vestiu. Após o momento que tirou para vestir-se, ele olhou na direção do lobo e disse: "Vamos voltar." dito isso, ele andou na direção de sua casa o mais rápido que podia, não querendo passar mais tempo exposto daquele jeito.

E enquanto Levi fugia do mundo ao seu arredor, Eren se encontrava na metade do caminho para chegar no outro vilarejo vizinho, tendo acordado com os primeiros raios de sol do dia. Seus passos eram longos, mesmo que soubesse que o cansaço lhe pegaria nesse ritmo, ele não parou por um segundo sequer. A noite valeu a pena e o deixou bem mais aliviado, o que serviu para aumentar sua força de vontade de chegar no vilarejo ainda na parte da manhã. Voltando seu olhar para o horizonte, Eren respirou fundo e continuou, deixando de vez a cidade para trás e seguindo um novo rumo.



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