História Na terra dos puros - E agora?

O resto da tarde foi boa. Os aulos pareciam estar se divertindo, maravilhados com o que viam e descobriam. Novas crenças, histórias, culturas.
Por alguns instantes eu até cheguei a esquecer o acontecido, porém eu olhava a minha volta e lá estava ele me olhando e eu me lembrava da visão de uma garota correndo.

Fico feliz que tenha acabado...

Agora eu subia os degraus de volta pra minha casa, Leigh deve estar chegando.
Ao entrar me deparei com a Nina andando de um lado para o outro, nervosa.
Ao me ver ela abriu um sorriso.
- senhora, isso chegou para você! – ela apontava para um pacote sobre a cama.
Era pequeno, com um cartão colado. Puxei cuidadosamente e abri.
Querida Mika
Hoje quando eu te vi, sabia que tinha algo de especial em você. Sei que a idade é um problema, mas eu pretendo esperar.
Espero que goste do presente.
Ass: Lysandre


Nossa!
Coragem. Abri o pacote, e lá dentro avia um colar. Uma pedra de rubis vinha na frente, com o formato de um coração.

- que lindo! – disse Nina – vai usar?
- eu não sei...
Ela fez uma careta de desapontamento.

Ouvimos uma batida na porta, ela se abriu e Leigh entrou de mãos dadas com uma jovem, menor que ele, cabelos longos e brancos. Olhos grandes e castanhos, um vestido curto e moderno.
- licença. – disse Leigh – está é minha esposa Rosa, ela vai te ajudar a se vestir.
Fiz que sim com a cabeça. Ela me seguiu até o quarto de hóspedes, onde me auxiliou. Depois me trouxe um espelho para que eu pudesse me ver.
Estava perfeito, simples e bonito. Para complementar Nina me trouxe o pacote com o colar, na esperança de que usasse.
- senhora, não sei quem lhe mandou mas séria um desperdício não usar algo tão bonito! – disse ela baixinho.

Pior que ela estava com a razão, fiz que sim com a cabeça. Nina me ajudou a colocar.
Como brilhava, e combinou tanto com a roupa. Ele tem bom gosto, até.
Voltei a sala para dar os parabéns ao costureiro e me deparei com Lysandre. Estava parado perto da porta, e ficou imensamente feliz ao me ver usando o colar.
- gostou?
Fiz que sim com a cabeça, caminhando lentamente em direção a ele. Ao me aproximar notei que avia sangue no canto superior dos lábios dele.
- se machucou? – perguntei.
Lysandre riu de um jeito assustador. Fiquei confusa, ali parada diante dele.
Ele se aproximou e passou a segurar o meu pescoço com muita força, apertando bem devagar. Ao mesmo tempo ele me empurrava para trás, toquei seu rosto na parte dos olhos para que ele parasse com aquilo.
Sua fúria ficou maior, e fui jogada para longe batendo a cabeça na parede, cai no chão. Senti o sangue escorrer pela minha roupa, a dor estava forte insuportável, minha vista foi escurecendo aos poucos. Apaguei.