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História Nada é Clichê - O Casal de Idiotas


Escrita por: Koha

Notas do Autor


Eu sei que há tenho fanfic até o teto para atualizar, mas contra o bloqueio não se pode fazer nada, né?
Essa com essa fic, tô querendo fazer a mesma pegada de Bad Things, postar todo dia, porque já tenho capítulos prontos e tals

O primeiro capítulo e o segundo capítulo é da Sakura, mas depois vou intercalar com o Sasuke. Espero que gostem, porque tô numa pegada de escrever bad boys que nooossa shshaa

Cada capítulo é um insulto. Começamos com o casal de Idiotas. Quem será que vem depois? Shshaahh

Como sempre, essa é uma fic baseada em músicas. A principal é: I Hate you, I love you, do Gnash. Quero manter bem levinha, mas teremos um draminha de leves :*

Capítulo 1 - O Casal de Idiotas


Eu te odeio, eu te amo. Eu odeio querer você. Você quer ela, você precisa dela

E eu nunca serei ela...


Eu odeio Naruto Uzumaki.

Mais do que odiá-lo, eu odeio a mim mesma por ter gastado quase toda a aula de literatura inglesa o encarando rir e conversar com sua namorada, Hinata Hyuuga. Essa aula nem está na grade dele, e eu o odeio por estar me fazendo assistir esse show.

Digo a mim mesma que não é ciúmes, como meu melhor amigo Sai deixou a entender semana passada. Mas as caixas vazias de sorvete e os episódios maratonados de Friends no meu pequeno apartamento discordam disso. A forma como o lápis está sofrendo em minha mão, também não facilita.

Eu tento prestar atenção nas minhas anotações, tento mesmo. Eu até mesmo coloco a mão levemente na frente do rosto, para não ver sua imagem no canto dos olhos, mas, como se soubesse das minhas tentativas frustradas – e estivesse se divertindo com isso –, sua risada aumenta alguns níveis. O professor Kakashi o direciona um olhar severo, e ele se cala.

Nem sempre eu fui assim, e nem o motivo da minha raiva, se quer saber. Embora Naruto sempre deixasse claro que não tínhamos nada, eu era a única garota que estava sempre com ele nas festas, entre suas pernas e seus braços. Nós éramos quase namorados, mas sem realmente ser.

Afinal de contas, toda garota quer acreditar em romances. Quando um cara te diz que não namora, ou que não pode assumir um compromisso, você aceita porque, tudo bem, em algum momento ele vai querer um relacionamento e você estará lá, como um cachorrinho obediente, no momento exato em que isso acontecer. Mas não é assim, a verdade é que outra garota, mais bonita e menos desesperada que você, aparecerá para fazê-lo se apaixonar.

Obviamente, não por você.

Sério, não seja essa garota. É deprimente, e você provavelmente cai quebrar a cara e acabar como eu: a largada.

Porque desde que a aluna inglesa, Hinata Hyuuga, foi transferida para esse campus, tudo mudou. Começou com mudanças pequenas: primeiro os olhares. Eu deveria ter dado atenção a eles, mas a princípio eles pareciam ter algum tipo de antipatia em comum e ela não era exatamente o tipo de garota dele. Recatada, delicada e sem sombras de dúvida: virgem. Eu me garanti nesses detalhes, achando que conhecia esse cara, até que tudo ruiu.

Algo mudou nas nossas transas, no jeito que ele me segurava ou me olhava – certa noite, ouvi ele chamar o nome dela, em meio ao orgasmo, mas fingi, até o momento em que ele me despachou, que era coisa da minha cabeça. Eu passei a vê-lo com menos frequência do que antes. Tudo bem, eu pensei, é época de provas, eu também pensei, ele deve estar estressado com o jogo, eu continuava dando a mim mesma desculpas esfarrapadas quando ele nem mesmo estava disposto a me mandar uma mensagem tentando se retratar. E conforme sua ausência se tornou frequente, eu não percebia o que estava muito claro para todo o restante da faculdade: ele estava se apaixonando.

O capitão do time de basquete da NYU, conhecido pela lenda de ter uma coleção de calcinhas de todas as garotas que ele pegou no campus, apaixonado pela intercambista inglesa. Quão clichê isso pode ser?

É bem fácil reconhecer uma pessoa apaixonada; ao mesmo tempo em que ela se torna mais humana e menos um carrasco que destrói corações, ela não consegue enxergar a dor que pode causar a uma pessoa, mesmo que essa pessoa esteja a observando há três fileiras, uma aula inteira; tudo se resumia ao jeito que ela colocava o cabelo atrás da orelha, sorria ou corava com alguma coisa idiota que ele dizia. Tenho uma licença especial para garantir isso, porque estou observando eles enquanto eles ignoram o resto do mundo. E pode soar despretensioso – e talvez deva — mas eu sei o motivo pelo qual ele se apaixonou por ela:

Ela não sou eu.

— Você vai à festa da fraternidade hoje? — meu melhor amigo Sai me pergunta assim que me encontra na saída da aula. — Ainda é terça, mas eu tô precisando muito de uma bebida para relaxar. Meus trabalhos estão me matando.

Fico olhando para o casal sensação enquanto eles passam por todos pelo corredor. Naruto pega a bolsa de Hinata, para que ela não carregue peso. Ela agradece beijando levemente seus lábios. Eca.

— Você sempre precisa de bebida para relaxar. — digo, andando pelo corredor abarrotado de gente, antes que ele perceba que estou de mal humor. Sai já me encheu demais sobre essa história na última semana. — Não sei se eu tô afim, na verdade quero terminar um trabalho.

— Você não tá recusando festa por causa do lance com o Naruto, né? – ele balança a franja lisa negra, que eu insisto ter sido banida alguns dez anos atrás, para o lado. Fora isso, Sai é muito bonito, alto e malhado, com a pele branquinha feito leite. Quando não está sendo observador demais e fica calado, é um deus grego. – Você precisa superar isso, Sakura.

— Eu já superei. – balanço a cabeça com essa mentira, desviando de um cara que corre como se fosse tirar a mãe da forca. Quero me virar e xingá-lo, mas mantenho meu olhar em Sai. – Você não quer acordar com uma ressaca na quarta-feira. Vamos deixar para o fim de semana e também, as festas da fraternidade estão passadas.

Eu minto de novo, descaradamente. Embora Naruto não estivesse indo as festas porque passava todo seu tempo com a fada inglesa, ele morava na fraternidade mais importante e badalada do campus e eu não estava afim de encontrá-lo em seu romance inglês.

— Não, preciso sair hoje. Um primo meu foi transferido para cá e eu tenho que levá-lo para conhecer pessoas e coisas do tipo.

— Primo? Eu não sabia que você tinha  um primo. – nós paramos em frente à lanchonete do campus, então eu vou para a fila do balcão com Sai em meu encalço. – Se bem que, eu não sei muita coisa sobre você, além do fato de que você é gay e adora filmes da Disney.

— Tenho dois primos, que cresceram na Austrália. – ele me dá um empurrão com o ombro, se inclinando em minha direção com um sorriso sedutor. – Eu sou bissexual, você sabe muito bem disso. E só porque eu chorei assistindo Frozen, não quer dizer que eu amo filmes da Disney.

A atendente, uma menina baixinha e sardenta que sempre lança olhares tímidos na direção de Sai, reprime um riso, abaixando a cabeça.

— Uma desculpa esfarrapada para fazer orgia, você sabe disso. – eu brinco com ele, só pelo prazer de irritá-lo, muito embora Sai não se importe realmente com a minha implicância. — O que ele fez para ser transferido? Matou alguém?

Pelo meu sorriso e a descontração em minha voz, é óbvio que estou brincando. Mas Sai está sério enquanto faz o nosso pedido, que ele já sabe de cor, e depois de agradecer a atendente com uma piscadela descarada, ele me encara com uma expressão sombria.

— Não duvido, esse meu primo é meio... excêntrico. – nós nos afastamos e nos sentamos numa mesa do lado de fora. Sai arruma a franja e fica com o olhar longe. – Na verdade, eu preferia derreter meus olhos com ácido a ter que sair com ele, mas minha mãe vai me encher o saco se eu não fizer isso.

— Você é tão dramático. – faço uma careta, bebendo do meu café forte e quase sem açúcar. – Leve ele para jantar, sei lá, se ele é problemático, é melhor não levá-lo à fraternidade. Vai que ele acaba se dando bem.

Eu sei, melhor do que ninguém, que as pessoas daquela fraternidade não são boa coisa. Pra alguém realmente se degenerar, não leva muito tempo, é só escolher as pessoas certas para andar. 

Ou as erradas, no caso.

Ele diz alguma coisa, mas eu me perco encontrando Naruto e Hinata, andando de mãos dadas entre várias outras pessoas pelo pátio do lado de fora. Meu cérebro parece ter um sistema automático, que faz meus olhos encontrarem os dois mesmo entre uma manada de corpos. Ridículo! Devo ser alguma masoquista em potencial.

— Pode ser? – olho para Sai, que tem seus olhos apertados em minha direção. – Meu Deus, você está me escutando?

— Claro que sim. – minto, em seguida tomo mais café. — E sim, pode ser.

Ele abre um sorriso, que atrai alguns olhares femininos ao nosso redor. Sai é realmente lindo, e às vezes sua beleza é um problema para mim. Como ele mesmo disse, também tem atração por mulheres, e ele parecia ter algum vicio em flertar; se ele passasse por uma árvore vestida numa saia, piscaria para ela. Além do mais, todo mundo achava que nós éramos um tipo de casal libertino viciado em sexo. Eu não me importo, na verdade estou acostumada a ouvir coisa bem pior. Só que é engraçado, porque mesmo eu reconhecendo a beleza de Sai, eu o vejo quase como um irmão. Ele é o único cara que não me olha como se eu fosse algum pedaço de carne. Isso também não é ruim, mas é legal – ao mesmo tempo que contraditório – saber que existem homens que são confiáveis.

— Tá bom, te vejo no bar do Joe às oito. – ele balança as sobrancelhas e se levanta todo feliz.

— Espera! O quê? – eu quase grito quando o seguro pela não, puxando seu corpo de volta.

— Há! Sabia que você não estava me escutando. – ele aperta os olhos escuros em minha direção, dando um leve empurrão na minha cabeça. – Eu, você e meu primo. Hoje à noite no Joe.

— Eu não vou fazer um ménage com vocês dois. – eu brinco, mesmo que haja um fundo de verdade nisso. Sai olha para os lados, mais como uma mania dele irritante do que para ver se alguém me ouviu.

— Já te disse que te pegava facinho, e mesmo Sasuke sendo um porre, ele dá para o gasto. – ele balança os ombros com desinteresse, mas eu acabo rindo porque sei que ele não está falando sério, pelo menos não na primeira parte. – Mas eu não estou sugerindo isso, só acho que será mais fácil para nós se uma garota bonita como você estiver de mediador.

— Mais fácil para nós?

— Ok, mais fácil para mim. – ele balança a cabeça, rindo daquela maneira sedutora. – Por favor, Sakura. Quebra essa pra mim.

Eu não posso realmente negar algo a Sai, quando foi ele que esteve comigo em todo processo de luto, na primeira semana, do meu não relacionamento com Naruto. Foi bem pesado, para alguém que não estava realmente num relacionamento.

— O que você me pede chorando, que eu não faço sorrindo? – o encaro por cima do meu copo, vendo meu nome escrito errado nele. Sério, quem erra um nome tão simples? — Eu te encontro lá, então.

— Sabia que eu te amo? – ele beija o topo da minha cabeça, me fazendo dar um soquinho em seu abdômen definido. – Fique linda, como sempre.


Notas Finais


Quero fazer algo diferente aqui, contar a história das meninas que são só "piranhas" que o protagonista comeu antes de se apaixonar pela garota certa. A nossa Sakura ainda vai surpreender bastante, e Sasuke... hohhhogogo

Tô sem capa definitiva por enquanto pq tô sem notebook, mas seguimos assim por enquanto;*


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