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História Nada menos que "clichê" - Sixteen


Escrita por: KS_Lightwood

Notas do Autor


Boa Leitura!

Capítulo 16 - Sixteen


Fanfic / Fanfiction Nada menos que "clichê" - Sixteen

Em mais uma noite, dormi de bruços para evitar o incômodo de minhas nádegas surradas e agora o despertador lembrava minha mente do meu compromisso mais recente: Minha primeira aula de natação. Eu poderia adiar devido a situação em que aquela parte minha se encontrava, mas eu havia gasto dinheiro demais com aquilo e era justamente o primeiro dia em que eu começaria, o professor analisaria se eu estaria preparada ou não para enfrentar uma piscina daquela profundidade ou se deveria ir em uma mais rasa, confesso que a angústia em minha barriga era nítida só de pensar, levantei meu corpo nu da cama e fui até o espelho, levantei meus pés para ver o estado que ela estava e até que ela não doía como antes, mas as marcas ainda estavam bem visíveis, a pomada só tinha suavizado, não eram somente assaduras acompanhado de uma vermelhidão, o chicote havia deixado algumas esfoliações que agora ficaram mais visíveis.

- Argh Merda!

Decidi que eu não iria tomar café em casa ou o cheiro poderia acordar Noah e eu não estava disposto a levá-lo comigo, coloquei tudo o que eu havia comprado em uma bolsa esportiva e apenas arrumei minhas roupas e meu cabelo para chegar lá o mais rápido, quando eu estava perto de sair acabo chutando algumas latinhas de refrigerante que ficaram pela a casa, coisa que se eu não estivesse com pressa de sair de casa, já teria acordado o Noah a base de gritos por isso.

- Rachel? Aonde está indo?

Olho então para trás, quase fico chocada com o que vejo, as aulas de natação não eram demasiadamente cedo, começavam as nove da manhã mas eu e Noah havíamos dormido tarde assistindo um seriado na sala, então coloquei o despertador por precaução, também ao tomar analgésicos no trabalho o tempo inteiro por estar com muito trabalho para fazer, resultaram em um sono extra para mim, Laurel não havia mandado nenhuma mensagem para mim, ela não fazia o tipo de pessoa que dava muita satisfações do seu dia para ninguém, ela apenas falava comigo quando eu lhe mandava algo ou então quando obviamente queria sexo, eu também não ficaria procurando até porque eu estava cansada demais para isso.

- O que você está fazendo acordado uma hora dessa?

Noah Levinson acordado antes do horário de almoço, era o próprio milagre.

- Como assim? Eu disse que iria com você.

- Ah não... Não Não Não! - Balancei a cabeça em negativo.

- Qual é o problema da ver você aprendendo a nadar? Está com medo de que eu perturbe você e sua vergonha em público?

A questão não era a vergonha e sim o modo como minha bunda estava surrada a ponto de denunciar minha submissão a Laurel.

- Já disse que não vou com você, pode voltar a dormir.

- Rachel qual é o seu problema?

- Como assim problema?

- Você mudou muito sabia? Desde que tem saído com a Laurel, você omite, mente, não me deixa participar da sua vida, eu não estou reconhecendo mais você!

- Eu não tenho culpa se você não foi capaz de achar que a Laurel não poderia ficar comigo e eu só queria um pouco de privacidade. Pensei que você já tivesse me perdoado Noah!

- Eu fiz, mas você continua repetindo a mesma coisa!

- Eu só não quero levar você comigo, será que agora isso virou um problema? Desde quando virou essa mala sem alça no meu pé?

- Mala sem alça? Eu sou seu marido e seu amigo, apenas quero participar da sua vida e você me tratando como ninguém?

- Você nem ao menos acorda cedo e hoje você até se arruma, eu é que não estou entendendo você, sabia?

Ele chega próximo a mim com seu tom acusador

- Foi você que pegou o meu cartão e gastou nele como uma desenfreada, o mínimo que você poderia fazer era me mostrar o que eu vou ter que pagar.

- Você já sabe o que eu comprei e já sabe o que eu vou fazer, isso não é justificativa, me diz o que você quer!

Ele então olha para mim com olhos pedintes minúsculos.

- Eu só queria passar a manhã com você. Queria fazer algo que não fosse ficar em casa ou trabalhando a uma sala de distância com você.

- Noah...Eu...

- Você não sai mais comigo, você só trabalha ou dorme com a Laurel, eu queria apenas você de volta pelo menos um pouquinho.

- Eu não tenho culpa se você não tem disciplina Noah, e todo o trabalho está ficando comigo.

- Você não me trata da mesma forma que o Peter.

- O Peter é o meu funcionário!

- Você nem o chama de nosso, chama de seu.

- Você é que não gosta dele!

- PARA DE ARRUMAR DESCULPAS! VOCÊ NÃO É ADVOGADA!

Fiquei impressionada com o grito repentino de Noah, ele não me parecia bem.

- O que está acontecendo com você?

Ele virou-se de costas e então caminhou de volta para o seu quarto.

- Eu estou te atrasando para as aulas, vai logo.

Eu não gostava de ver Noah daquela forma, apesar de suas provocações e brincadeiras, seu rosto pedinte e tristonho sempre mexia em meu coração, e mesmo que eu estivesse surpresa com as suas atitudes ou sua crise de carência da qual eu não entendia de onde vinha, decidi que não iria deixar mais um segundo clima ruim se repetir.

- Noah, volta aqui!

- Já disse que pode ir. - Ele bate a porta do quarto

Sigo até o seu quarto e vou atrás dele.

- Vamos logo, eu já estou atrasada.

- Não precisa me levar por pena!

- Não estou te levando por pena, quem vai pagar o meu hambúrguer quando eu saí das aulas?

Ele olhou para mim e balançou a cabeça em negação.

- Interesseira!

- E você está cada vez mais doido, vou chamar o Júlio para acalmar essa sua carência.

(...)

Quando chegamos na Acquapool eu fui apresentada a quem seria meu professor de aulas de natação, ele era muito charmoso, tinha cabelos negros e barba, também belos olhos azuis, suas mãos cumprimentaram a minha e eu sentia sua aliança dourada em seu dedo.

- Prazer, Charles seu professor.

- Rachel, sou nova aqui. Esse aqui é o Noah.

- Quer fazer uma aula com a gente? - Charles o convida.

- Eu só vim acompanhá-la, mas obrigado.

- Já fez alguma aula de natação Rachel ou essa é a sua primeira?

- Já fiz.

- Por quanto tempo?

- Um ano.

- Um ano? Já participou de campeonatos?

- Não, faço natação apenas por diversão e quando eu fiz foi há muito tempo, não lembro muito.

Ele então guiou-me para uma parede repleta de fotos de alunos ganhadores em competição.

- Está vendo isso? São alunos nossos que venceram competições. Se tiver um potencial, não desperdice.

- Acho que não tenho. - Ele olhou para mim desafiante.

- Veremos!

Ele guiou-me então a uma parede atrás dos bancos.

- Noah, sente aqui para assistir e a Rachel vá até aquela parede ali para se trocar. Quero você de óculos, touca, maiô e protetor de ouvidos.

Caminhei até o vestiário e troquei minhas vestes dentro de uma das cabines de lá, Olhei para as minhas nádegas, o maiô cobria uma parte, mas era visível ainda as esfoliações com cores vibrantes marcadas ali, então coloquei um short sem bolso bem curto de malhação por cima para que ninguém visse elas ali, caminhei para as cadeiras de visitante e deixei minha bolsa com Noah, ele olhou para mim e já lhe conhecendo bem, eu decidi cortar o mal pela a raiz.

- Sem piadinhas Noah!

- Eu ia dizer que você ficou diferente.

- Diferente?

- Sim, você tem um corpo bonito.

- Pronta Rachel? Os outros alunos já estão na água. - Charles vem em nossa direção.

- Pronta! Podemos? - Ele olhou para mim

- Agora tire o short!

- Como assim, tirar o short?

- Perdão, mas você não leu as regras?

- Quais?

- Mulheres na aula não podem nadar de short, apenas com o maiô próprio do esporte, assim como homens só podem estar de sunga.

Olhei para a equipe de mulheres dentro da água, aparentemente estavam todas de maiô.

- Está com vergonha de mostrar a bundinha Ray? - Fala Noah.

- Não é isso, é que...

- Não pode entrar de short, sinto muito Rachel vai ter que tirar.

- Mostra a bundinha Rachel! - Provocou Noah.

- Noah, o que eu disse sobre as piadas?

Olhei para Charles, esperava que ele pudesse conversar sem Noah por perto.

- Posso conversar com o senhor?

Ele então guiou-me próximo a entrada do vestiário.

- Não posso te isentar, são as regras.

- Acontece é que eu realmente preciso ficar de short! - Digo Suplicante.

- Sinceramente Rachel não compreendo sua timidez, você já fez natação, sabe como funciona isso.

- Na minha escola eles não eram tão rígidos assim, mas a questão não é essa.

- E qual é?

- Eu...Eu...É..Eu não posso te dizer!

- Mas eu não posso te deixar entrar naquela piscina sem uma boa explicação Rachel e o seu horário já está diminuindo.

Dei uma lufada de ar

- Eu estou toda assada! - Ele olhou para mim confuso

- Eu fiz uma brincadeira uma pessoa e agora minha bunda está toda marcada, eu não posso sair sem esse short ou vou ser alvo de risada.

Vi Charles ficar sem saber o que dizer, ele tentava falar mas sabia que não havia uma reação melhor.

- É muito grave?

Virei de costas e desci um lado do short rapidamente, não me importei em mostrar para ele de modo rápido já que teria que lhe provar a seriedade daquela situação.

- Eu fiz tudo o que pude, mas a pomada só aliviou a ardência e suavizou os machucados. Eu não planejava passar por esse constrangimento, mas fui relapsa em não lembrar que teria uma aula hoje.

- Mas é a sua primeira...

- É eu sei, mas andei bem ocupada com o trabalho, não olhei minha agenda pessoal. Peço por favor que só hoje, faça uma excessão.

Ele fechou os olhos e coçou a testa

- Tudo bem Rachel. Só dessa vez, por favor, só dessa vez. Não faça isso de novo ou você não vai entrar, agora vai.

Andei então a caminho da piscina, Noah olhou para mim confuso.

- O que aconteceu Rachel?

- Nada Noah.

- Noah por favor, fiquei naquela parte sentado, visitantes não podem ficar muito próximos a piscina. - Avisa Charles.

Noah se afastou a contra gosto, com um rosto bem negativo.

- Comece a fazer os alongamentos, estique os braços e as pernas por vinte segundos e depois faça vinte polichinelos.

Charles caminha até o grupo de mulheres que estavam na piscina

- DEZ VOLTAS SEGURANDO A PRANCHA, JÁ!

O apito soa alto e as mulheres se movimentam pela a água, eu começo a fazer os polichinelos enquanto Charles mantinha o seu cronômetro no pescoço, observando as alunas. Ele olha para mim.

- Abaixe e estique as perna direita até onde puder. Faça o mesmo com esquerda.

Devido ao meu atraso, eu me alongava próximo a piscina enquanto as outras alunas nadavam na água, Noah observava tudo a alguns metros de distância e minha ansiedade era enorme, Charles fez o meu corpo se esticar até o último músculo antes de finalmente organizar sua equipe em um lado da piscina, deixando uma vasta área para mim.

- Pode entrar na piscina!

Olhei para aquela piscina gigante que eu nem conseguia ver o fundo, e que com certeza tinha os seus cinquenta metros de cumprimento.

- Quantos metros de profundidade tem isso? - Perguntei nervosa.

- Três metros!

Arregalei os olhos pois nunca estive em uma piscina tão funda.

- TRÊS METROS?

- É uma piscina olímpica Rachel. Você sabe boiar não sabe?

Eu nem sabia meu nome nessas horas, quanto mais a possibilidade de boiar, a piscina a qual eu praticava não chegava a nem ter dois metros o lado mais fundo.

- Eu aprendi, mas não sei se ainda lembro.

- Rachel isso é importante, se não souber precisará entrar acompanhada.

Eu era uma garota de dez anos quando pratiquei aulas de nado pela a primeira vez em um colégio particular e eles não possuíam uma piscina olímpica, as aulas eram feitas em uma casa alugada com uma piscina no fundo que era uma rampa que ia descendo até a parte mais funda conforme você iria andando por ela, demorou meses para eu perder o medo e pular na parte mais funda, podia até mesmo ouvir o meu pai do outro lado da piscina observando minha feição assustada e falando: "Vai fofa, você consegue" havia sido a primeira vez que ele tinha assistido a uma aula minha.

- Rachel? - Charles olhou para mim

Vi as mulheres também olhando para mim, aparentemente eu fui encaixada em uma turma feminina, foi quando Noah foi se aproximando cautelosamente por trás do professor.

- Por que está com medo? Você já não fez isso antes? - Ele diz, o professor olhou para ele.

- Noah volta para o banco! - Digo

- Noah, eu recomendo que o senhor também volte...

Mas antes que o professor completasse a frase, Noah passou em sua frente sem autorização.

- Ela consegue Charles, ela só precisa de um empurrão!

Noah empurra meu corpo com tudo para dentro da pisicina, tudo ocorreu de modo rápido que apenas senti meu corpo caindo contra a água em uma velocidade absurda, quando me dei conta, estava caindo com toda força contra a profundidade da piscina, nessa hora esqueci todos os meus medos pois minha raiva de Noah era bem maior, já que ele havia empurrado-me de uma piscina com três metros de profundidade em seu maior atrevimento, lutei para subir contra a superfície inconscientemente apenas para xingá-lo .

- NOOOOAAAH!

Começo a bater os pés para me equilibrar sobre a água.

- VIU? SÓ PRECISAVA DE UM EMPURRÃO! - Noah disse em desdém.

Todas começam a rir de mim

- FILHO DA PUTA! - Disse em português.

Naquele momento, mesmo nadando desajeitada como um pinguim bêbado sobre a água, eu queria arrancar cada fio loiro da cabeça do Noah.

- O que ela disse? - Pergunta Charles.

- Muito obrigado. É português.

- ARROMBADO DO CARALHO!

- E agora?

- Que eu sou maravilhoso!

Charles olhou ele com certa curiosidade

- Tem certeza? Ela parece brava.

- ELA SEMPRE ANDA ASSIM NÃO É AMOR?

Enquanto isso eu lutava para não afundar na água imediatamente pois aquele nado desajeitado estava cansando o meu corpo.

- VAI TOMAR NO SEU CU!

- Noah pode se afastar da pisicina por favor?

- RACHEL, CONTROLE A RESPIRAÇÃO, DEIXE O CORPO MAIS LEVE E BATA AS PERNAS COM OS JOELHOS MAIS PARA CIMA!

Eu comecei a seguir suas dicas tentando equilibrar-me sobre a água mas vezes ou outra meu corpo oscilava em afundar.

- SEGURE NA RAIA E TESTE SUA FLUTUAÇÃO!

Fui então nadando até o a raia mais próxima que dividia a piscina, segurei nela, Charles se aproximou de onde eu estava.

- Solte a respiração mais devagar assim não vai afundar com facilidade, e use as mãos contra a água, analise o quanto de força precisa fazer para se manter em pé sem afundar e não fique totalmente em pé, nade com as pernas um pouco mais suspensas.

Quando deixei o meu corpo mais leve e observei como poderia ficar mais leve sobre a água, comecei a melhorar a minha flutuação, olhei para o meu grupo e sentia ainda mais vergonha, elas claramente queriam rir de mim, olhei para Noah querendo matá-lo.

- Esqueça o externo Rachel, se quiser ficar nessa turma foque em aprender! Onde está a sua prancha?

- Na minha bolsa.

- Vou pegar.

Ele então se afasta e vai até Noah que retira a prancha de isopor da bolsa e então Charles caminha até a piscina, se abaixa e me entrega.

- Nade com essa prancha até as suas colegas, mantenha os braços esticadas e as mãos sobre a prancha, bata as pernas para cima e para baixo até chegar lá, já fez isso?

- Já!

- Ótimo. Vai! - Ele apitou

(...)

Haviam sido duas hora de desgaste na água, era como se eu corresse uma maratona, mas dentro da água o esforço é maior, minhas pernas pareciam gelatinas e oscilavam o tempo todo como se eu fosse cair a qualquer momento, eu sentei-me no banco como se ele tivesse uma super cola nele.

- Cansada? - Pergunta Noah.

- Ah não, sentei aqui por preguiça mesmo - Ironizei.

- Parabéns Rachel, você se saiu bem e pode melhorar muito. - Diz Charles.

- Imagina, estou um frangalho.

- É o seu primeiro dia, mas depois você fará isso tudo sem nem perceber.

- Qual foi o tempo da Rachel? Eu vi você cronometrando ela. - Fala Noah com o professor.

- Ela tem força de vontade, quando ela aprender a trabalhar com a respiração e ganhar mais resistência pode virar uma boa atleta.

- Vai ficar com as pernas bem saradas também. - Noah deu um tapa contra minha perna molhada e eu gritei.

- EI!

Charles nos olhou

- Da próxima, acho melhor diminuírem um pouco mais nas brincadeiras.

- Que brincadeira? - Perguntou Noah confuso

Charles logo conseguiu desviar sua atenção mas eu entendi a sua indireta.

- Nos vemos na próxima semana, Rachel.

Levanto e pego minhas coisas indo em direção até o vestiário, havia um chuveiro ali e então eu tomo banho nele e hidratando o cabelo, eu estava bem tímida perante aquela nova turma e não quis conversar com ninguém, quando saio do banho Noah já estava próximo ao vestiário vendo o entra e sai de mulheres ali e logo um grupo de homens começava a se aproximar das piscinas.

- Demorou.

- Queria o quê? Precisei hidratar o cabelo, essas piscinas tem muito cloro.

- Você é bem focada quando está nadando.

- Eu sou focada em qualquer coisa que eu queira fazer! - Disse ríspida.

- Por que está assim tão grossa? - Olhei para ele

- Diz você! Me jogou em uma piscina olímpica como se eu fosse um saco de batatas.

- Você havia dito que já tinha nadado antes, pensei que não fosse o problema.

- Eu estava assustada, era a primeira vez que eu entrava em uma piscina tão funda, quando fiz natação só tinha dez anos e eu morria de medo de entrar na parte mais funda da piscina que não chegava nem aos dois metros, tudo porque uma colega mal amada quase me afogou com uma brincadeira idiota.

- Minha nossa Rachel...

- Você nunca pensa em nada Noah, esse é o seu problema.

Eu e Noah fomos calados até uma lanchonete comer, eram onze da manhã, eu não havia comido nada e estava faminta, quando chegamos em casa, olho meu telefone com surpresa por não receber nenhuma notícia de Laurel até aquele momento, queria lhe dizer a situação delicada em que fiquei por causa de sua brincadeira em minha bunda mas acabei optando por dormir que era melhor, joguei-me na cama e não vi mais nada, quando acordei eram seis da noite com uma batida de Noah na minha porta

- Rachel?

- O que é? - Digo sem ânimo

- Me desculpe por ter te empurrado da piscina.

Ele abriu a porta e se aproximou da cama

- Então promete que vai pensar mais antes de agir ok?

- Ok.

- Eu não vou fazer comida pra você, se é o que você veio pedir.

- Não, eu só vim te avisar que o Júlio está sozinho em casa.

- A Laurel saiu de novo?

- Ela não te disse?

- Disse o quê?

- Júlio acabou de me contar que ela viajou. - Arregalei os olhos, agora eu entendia o seu vácuo

- Ela está no México e só vai voltar daqui a uma semana.

- Por que está me contando isso?

- Porque você deveria saber dela, não deveria?

- Eu só sei das coisas que a Laurel quer que eu saiba.

- E você acha normal?

- E o que quer que eu ache? Não namoramos.

- Já que é assim, você deveria dar alguns foras nelas também de vez em quando.

- E por que eu faria isso? Até parece que eu teria coisa melhor para fazer.

- Não acha que ficar comigo é algo bom?

- Não se compara Noah! Você acha que ficar comigo é tão bom quanto o Júlio?

- Bom...Eu confesso que não queria te deixar sozinha aqui.

- Pode ir então!

- O quê?

- É a minha permissão, o que você quer? Pode ir.

- Rachel, eu....

- O quê?

- Acha a Laurel melhor do que eu?

- Por que você está dizendo isso?

- Nada, esquece.

- Mande lembranças ao Júlio por mim.

- Vai ficar bem aí sozinha?

- Com certeza! Pode ir! Não precisa nem ligar.

Voltei para a cama novamente, sem ter o que fazer o melhor remédio para mim era o sono mais uma vez, olhei o celular e lá estava uma mensagem da Laurel Finalmente depois de tantas horas.

"Tive que fazer uma viagem de última hora para o México para visitar meu avô, se eu chegar disposta eu te ligo." - Laurel

- Se chegar disposta?

Eu coloquei o celular de lado

- Agora você me avisa? - Penso alto.

Coloco a cabeça no travesseiro e vou dormir.

Era muito bom passar o final de semana livre e eu aproveito ao máximo para dormir bem, mas como eu já havia dormido muito no dia anterior, acordei no mesmo horário de sempre por falta de sono, depois que tomei café vi que precisaria distrair minha mente com outra coisa vendo que o Noah não chegaria antes do meio dia, então fui arrumando a casa que precisava de uma boa arrumação, aproveitei para colocar a música que estivesse tocando no volume máximo, arrumei a sala, aspirei, explanei, e de quebra fui para o meu quarto, enquanto ouvia um rock brasileiro.

- "E tudo isso é meu e seu, então vamos rodar e rodar e rodar, cantando lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá... Olha o passageiro, olha como ele roda, olha o passageiro, roda sem parar..."

Passei boa parte do tempo ocupada com o meu quarto até ter fome para ir até o meu celular e pedir comida, foi quando avistei duas chamadas perdidas de Laurel no meu celular, abaixei o volume da música e sentei no sofá, discando o seu número.

- Te liguei duas vezes, estava fazendo o quê? - Ela começa

- Bom dia para você também sumida. Estava arrumando a casa.

- Sumida por quê? Eu te mandei uma mensagem.

- Uma mensagem depois que aterrissou no México? - Ironizei.

- Não, eu te mandei assim que entrei no avião, não te avisei antes porque nem eu mesmo sabia que iria viajar antes do meu pai falar comigo.

- A mensagem só apareceu para mim as seis.

- Vai ver por eu estar dentro de um avião, o sinal de celular não estava bom quando eu mandei, e a mensagem só chegou quando eu aterrissei.

- Por que você foi para o México?

- Estou na casa do meu abuelito.

- O que é isso?

- Avô em espanhol. E só por isso eu vim, amo mais ele do que meu pai!

- Nossa, que pesado Laurel.

- Eu e ele temos uma relação melhor do que a que eu tenho com o meu pai, é tudo o que precisa saber.

- O que ele faz?

- Adivinha? - Disse ela empolgada

- Ah Droga, não sei porque ainda pergunto.

- Ele é fazendeiro, isso não é um máximo?

- O QUÊ? ELE É FAZENDEIRO? - Digo espantada

Ouço Laurel gargalhar divertidamente do outro lado.

- Era uma pegadinha, não era?

- É claro que sim, foi por causa dele que me tornei advogada.

- Pensei que fosse por causa dos seus pais, fiquei curiosa agora.

Uma coisa que me levou ao que o Júlio disse sobre ela enquanto eu estive no quarto dele.

"(...) Laurel era um prodígio que eles não davam atenção. Eu sabia que Direito não era para mim e desviei o curso para línguas, nesse mesmo tempo Laurel deu um 'Tapa' na cara deles quando entrou para Direito, te juro que eles não acreditaram e eu também não, ela era tão leviana que achei que não levaria a sério..."

- Você não precisa saber disso agora.

Eu apenas torcia para que um dia Laurel me contasse a história por trás dela e de seu avô.

- Soube pelo o Júlio que você vai ficar uma semana, por quê?

- O Vice Diretor do meu abuelito está doente, ele precisa de alguém que o ajude com os casos dele mas ele não confia em ninguém.

- Espera! Existe mais outro escritório aí?

- Sim. O primeiro da família Cortéz, e meu avô é o Diretor.

- Nossa, você sempre me surpreende.

- E você? Como anda a bundinha da Rachel?

- Você merecia uma surra sabia? Acredita que tive que sentar no gelo por sua causa?

- Eu disse que deveria ficar em casa, não tenho culpa se é teimosa.

- É, mas eu precisava trabalhar e você bem que poderia ter batido com menos força, a propósito o Noah até pensou que fizemos sexo anal.

Laurel gargalhou forte pelo o celular

- Por que você não disse a verdade para ele?

- E dizer que eu fui sua submissa a noite toda? Nem fodendo!

- Olha essa boquinha suja, prisionera. - Sua voz aderiu a um tom mais rouco.

- Para de falar desse jeito, não quero me excitar por telefone.

- Gostaria mesmo de estar aí para te fazer limpar essa boca suja aonde eu quero. - Senti um arrepio imediato.

Meu desejo já começava a acordar entre as pernas então decidi desviar o assunto.

- Também tive que explicar ao meu professor de natação o porquê não poderia nadar só de maiô na piscina. - Ela gargalhou novamente

- Ah Rachel, você é demais viu? Porque não desmarcou?

- Era minha primeira aula e eu não sabia que não podia entrar de short, mas o professor fez uma excessão hoje.

- Queria ver o rosto das pessoas ao ver a sua bunda toda surrada. - Diz ela risos.

- Muito engraçadinha, sem chicotes a partir de agora! - Desdenhei.

- Foi bom, não negue.

- É, mas me gerou muitas dores depois e vergonhas alheias.

- Se tivesse ficado em casa não teria passado por nenhuma, Mas vou pensar em outra coisa então. DIEGO! No jugar agua en mi cuerpo! (Não jogue água em meu corpo)

- Quem é Diego?

- O neto da minha vó de criação, ele teve um filho antes de casar com o meu avô, chamado Pablo, Pablo é o vice diretora daqui mas está com o tornozelo desmitido e sem sair da cama, o Diego é filho dele, uma verdadeira peste, vou fazer uma vídeo chamada. Fica aí!

Ela então desligou a ligação e então eu esperei que me retornasse, quando eu aceito a chamada lá estava e bela imagem da Laurel com um chapéu de sol e óculos escuros em seu rosto, seus ombros desnudos mostrando a alça de seu biquíni, ela soltou um beijinho no ar.

- Gostou do meu biquíni? - Ela desceu o celular pelo o corpo.

Antes que eu pudesse lhe responder vendo o seu corpo ali sentado na espreguiçadeira, Laurel dá mais um grito:

- Diego, No me apuntes con esa pistola! (Não me aponte essa arma para mim)

- Fiquei curiosa, deixa eu vê-lo!

Ela então virou a câmera do celular mostrando um garoto de cabelos negros escorridos dando uma risada infantil, ele estava a alguns metros de Laurel com sua arma de plástico azul apontada na direção dela.

- Quantos anos ele tem?

- Sei lá, uns sete!

Diego acerta um esguicho de água bem na câmera traseira do celular embaçando a visão que eu tinha dele ao longe na piscina.

- Argh! Mais que praga! Pra que eu fui ensinar esse garoto a atirar.

- DIEGO! SI LO VUELVES A HACER TE ARREPENTIRÁS! (Se fizer isso de novo irá se arrepender)

Dei uma breve risada

- Ele só quer chamar sua atenção Laurel, não seja tão rude com o garoto.

- Por favor me distrai antes que eu jogue esse óculos de natação dele na cara dele.

- Laurel não faz isso, o coitado só tem sete anos!

- Defender ele não vai ajudar, é melhor falar outra coisa.

- Você é tão sexy falando em espanhol que me excito só de te ouvir falar. - Ela mordeu os lábios

- Gostei disso. Ainda não me falou o que achou do meu biquíni.

- Eu não posso dizer, minha vontade é de tirar ele com a boca e não de ficar observando.

- Espera!

Ela coloca o telefone de lado e depois de alguns instantes volta a falar comigo.

- O que você fez?

- Procurei uma toalha para botar no meu colo, não posso arriscar que o Diego veja o que eu vou fazer agora.

Ela olhou para mim maliciosa e chupou os dedos na boca.

- Continua.

- Você vai se masturbar aí?

- Shh Fala logo o que eu quero ouvir!

- Eu não sabia que estávamos fazendo sexo por telefone agora.

- Acabei de ter essa ideia. Já estou com os dedos bem no lugar onde você gosta.

Quando eu menos espero, Laurel toma uma esguichada de água bem no meio do rosto ficando molhada, ela olha para Diego com fúria nos olhos.

- Haha No me atrapes! - Ele começa cantarolar.

- Laurel não faz isso!

Laurel não me escuta ela começa a procurar por algo e quando ela encontra vejo o seu braço contra a câmera e um grito de dor logo em seguida.

- AHHHHH - Diego começa a chorar desesperadamente.

- ABUELITO! ABUELITA! - Grita ele em choro.

- LAUREL! - Lhe chamei

- O que foi? - Falou ela dando de ombros.

- Isso foi cruel! Ele só queria sua atenção!

- Pero, qué está pasando aquí? - Ouço uma voz masculina por perto

- ABUELO! Tía Laurel, ella... - Ouço a voz de Diego chorosa.

- Abuelito, o Diego estava correndo pela a piscina e acabou escorregando no chão, eu mandei ele não correr mas ele não parou, agora está aí se lamentando.

Abri a boca surpresa com a sua mentira enquanto olhava suas relações pela a tela.

- Qué te dije de correr por tierra mojada, Diego? - Reclama o avô de Laurel. (O que eu te disse sobre correr pelo o chão molhado?)

- ABO, ES SU MENTIRA! ES SU MENTIRA! - Grita o menino desespero. (É mentira dela! É mentira dela!)

- Diego! Deberías estar avergonzado, mentir es muy feo. - Diz Laurel com um falso rosto inocente (Deveria se envergonhar, mentir é muito feio)

Balancei a cabeça em negação com a capacidade Laurel de ser má com uma pobre criança, eu não deveria rir, mas foi impossível.

- Ella es una mentirosa! - Diz Diego.

- Abuelo, eu estou conversando aqui com uma amiga minha, estou desde cedo avisando a Diego sobre não correr pela a borda da piscina e ele não me escuta, não é Rachel?

Tapei minha boca com a mão.

- No te preocupes tesoro mío, es culpa de Pablo ese inútil que no sabe educar a Diego. No siquiera sé por qué todavía lo dejo en Vice dirección. (Não se preocupe meu tesouro, a culpa é de Pablo esse inútil que não sabe educar Diego. Não sei porque eu ainda o deixo na vice direção)

O avô de Laurel lhe dá um beijo carinhoso na testa e sai.

- Ordené tu plato favorito. Ha pasado la hora de comer, Entre. (Mandei fazer seu prato favorito. Já passou da hora de comer, entre)

- Gracias abuelo.

Olhei para a Laurel

- Você é muito má!

- Eu sou diabólica mesmo.

- Onde aprendeu a ter essa pontaria?

- Fiz curso de tiro! Tenho que ir, aqui são duas horas adiantadas no fuso, já passei do horário de almoço. Quando der eu te ligo.

E ela encerrou a chamada


Notas Finais


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