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História Nada planejado [+18] Eruri - Ilegais


Escrita por: eruristan3

Notas do Autor


olá, como estão? primeiro, eu gostaria de agradecer pelos 115 favoritos <3
segundo, pedir desculpas, esse capitulo demorou mais do que eu pretendia
mais uma vez: não me matem

Capítulo 16 - Ilegais


Um último beijo ardente foi trocado, Erwin caiu ao seu lado na cama, suspirando alto, mas não perdendo tempo em trazê-lo para seu peito, desse jeito, Levi pôde ouvir seus batimentos voltando ao normal, era um tanto bonito de se escutar. Ele percebeu que Erwin estava sorrindo para o teto.

- No que está pensando? – O loiro pareceu sair dos seus pensamentos e se aconchegou para ficar cara a cara com Levi.

- Em você.

- Estou literalmente do seu lado, Erwin. Nós acabamos de foder.

- Eu sei, é para você ver como não consigo te tirar da cabeça nem mesmo com você por perto. – Ele diz dando um beijo em sua testa. Levi reprime um sorriso.

- No que exatamente você pensou?

- Bom... – Erwin fechou os olhos e riu tímido antes de começar. – Eu pensei em como você se sentiria se eu te levasse para viajar o mundo. Só nós dois.

- Isso parece algo para se fazer algum dia.

- Você iria comigo?

- É claro que sim.

- Levi, eu... Obrigado. – Ele fala o abraçando e voltando a ficar em cima, o beijando carinhosamente enquanto deixa suas mãos vagarem pelo corpo pequeno de Levi. Ele beija seu maxilar, seu queixo, faz uma trilha até a barriga, onde pelos negros começam a aparecer. Ele beija ali também. – Eu quero te levar para tantos lugares, Levi... – O loiro fala respirando forte sobre sua pele sensível.

- Erwin... – Ele choraminga e o puxa rápido para beijá-lo com paixão.

- Levi...

 

- Levi. Levi. Levi.

- Levi! – Ymir grita em seu ouvido, ela era uma nova funcionária do café que o moreno descobriu pouco tempo depois ser também uma aluna da sua faculdade, do curso de cinema. Dois anos mais nova. Ymir era legal, séria e sem enrolação, Levi se identificava com ela em alguns momentos. – Que porra, estou te chamando tem quase dez minutos.

- Foi mal. O que aconteceu?

- O que tirou você do ar?

  Nada, apenas o fato de que Erwin o olhou pela primeira vez em meses, foi de longe, porém Levi notou. Ele ainda era o mesmo, toda a sua altura o glorificando, seu cabelo estupidamente loiro e arrumado, suas roupas que alguém muito mais velho deveria usar, mas que nele ficavam simplesmente perfeitas. Perfeito, Erwin sempre foi perfeito. Mesmo depois do banho ou após acordar, mesmo suado e desgrenhado após transarem. 

  Seu Erwin. Não. De outra pessoa agora, ele se lembrou do que Isabel o contou.

  Por que Erwin o olhou daquele jeito? Seu rosto parecia... confuso, Levi esperava raiva ou indiferença, esperava que Erwin não ligasse mais para ele a esse ponto, mas ainda sim, lá estava ele, indescritível como sempre, lindo como sempre. Levi quis correr em sua direção e implorar por um beijo, um toque, qualquer coisa, no entanto, ele não podia, seria tão egoísta da sua parte agora. O destruir e o pedir de volta. Levi não era egoísta. Ele só queria que Erwin fosse feliz, e estar na sua vida seria o antônimo disso. Então, o moreno pôs sua pior expressão e virou o rosto, segurando lágrimas que talvez viriam mais tarde.

  Levi sabia que sonharia com ele essa noite.

- Nada, coisas da faculdade.

- Oh, não me fale. Esse semestre está uma merda, matérias tão desnecessárias... – Ymir diz suspirando.

- Por que você me chamou mesmo?

- Avisar que não irei vir amanhã, vou ter aula. Se você quiser avisar ao chefe, agradeço.

- Certo.

  Eles voltam ao trabalho, há um silêncio confortável, mas que, para a mente de Levi é simplesmente perturbador demais para aguentar. Hoje ele iria falhar, beber e tomar um banho quente, se isolar, pensar em Erwin e em tudo que poderiam ter se não tivesse cometido um único erro. O castigo que Levi deu a si mesmo sempre que a culpa percorria seu coração e bombeava para todo o seu corpo. O castigo por conseguir perder a coisa mais preciosa da sua vida.

 

 

 

 

 

 

  Erwin estaria mentindo se dissesse que estava completamente satisfeito com o rumo da sua vida. Suas aulas, mesmo boas para quem assistisse, estavam sendo um porre para ele, o loiro não sentia mais tanto prazer nisso quanto achou que sentiria um dia, quando prometeu a si mesmo de que daria orgulho a seu pai fazendo algo que o mesmo também fez. Mesmo com o mais velho apenas pedindo que seu filho fizesse o que lhe permitisse ser feliz.

  Com o que ele seria feliz? Erwin se questiona agora. Ele sabe que é bom no que faz e que provavelmente não se imagina atuando de outro jeito, contudo, algo nunca está certo, e ele está francamente cansado desse sentimento. Não só em relação a seu trabalho. Ian é legal, divertido, inteligente, ele faz Erwin se sentir bem, de certa forma, sendo carinhoso e respeitoso, nada mais e nada menos do que um bom namorado deveria ser, porém, não existe uma conexão real ali, algo como ele tinha com Levi... Levi, a pessoa que ele rezou para nunca mais ver enquanto andava na faculdade, mas que uma hora apareceu para ele de longe. Ainda o mesmo, baixo e carrancudo, suas sobrancelhas tão finas e ao mesmo tempo tão marcantes, seu cabelo preto cortado daquele jeito único. Tudo nele ainda era o mesmo, exceto por uma coisa, um único detalhe: Ele não era mais de Erwin. Nunca foi, parando pra pensar, ele mesmo admitiu, sem vergonha alguma. Então por que ficar com isso em mente de novo? Esqueça, simplesmente esqueça.

  Erwin se estapeou mentalmente quando notou que encarava muito o moreno, e mais ainda quando recebeu um olhar de puro desdém de volta. Aquilo foi ridículo. Ele tem um namorado agora, e mesmo que ainda não se sinta conectado, ele pode tentar. Por isso prometeu a Ian que iria para sua casa, que eles iriam fazer algo diferente hoje, algo que Erwin se culpava demais por não conseguir se sentir à vontade com o outro homem para fazê-lo. Algo que poderia deixar o relacionamento deles mais verdadeiro e menos monótono. Fazer sexo não é tão difícil assim.

  Então ele sai da faculdade numa quinta feira e vai para a casa de Ian. No caminho, ele repensa sobre tudo que o incomoda mais uma vez, e pede a si mesmo para que consiga fazer isso, estava começando a soar ridículo, pelo amor de Deus, e Ian não merecia isso, ele merecia alguém presente que pudesse gostar dele o tanto quanto ele gostava do loiro, e era isso que Erwin pretendia ser e fazer logo.

Seus pensamentos voltam para Levi sem querer, ele imagina se o moreno já esteve com outro alguém, se brincou com outro alguém ou se teve o que mereceu por ter quebrado seu coração em pedaços incontáveis. Erwin tenta afastar sua mente disso, mas é impossível, ver Levi apenas uma vez foi o suficiente para que a imagem dele tomasse conta de todo o seu ser, até mesmo quando liga o rádio para se distrair, há uma canção, a qual Erwin tem certeza de que já escutou antes, mas que agora chama muito mais sua atenção. Ele acaba permitindo que a letra se forme em seu cérebro enquanto espera o sinal abrir.

“Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas

Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, ilegais

Hmm, e eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim eu quero você
Dentro de mim eu quero você
Em cima de mim eu quero você”

  É claro que sim. É claro que no momento em que ele mais pensa em Levi, essa música toca. Erwin se lembra de ouvi-la quando mais jovem, e se lembra de não entender do que se tratava inteiramente, mas agora, bem, é sobre sua vida. Ou era. E como dói escutar isso, dói tanto que ele não percebe como uma lágrima solitária escorre em seu rosto, uma lágrima que ele conseguiu suprimir por todo esse tempo, até porque nunca houve nada para chorar de verdade, ele pensava isso.

  Dói tanto que Erwin se sente paralisar, ele olha para suas mãos no volante, sentindo vontade de fazer o caminho de volta e falar com Levi, e nem se quer tem certeza do que falaria.

  Dói tanto que seu corpo se desliga e ele não percebe que o sinal adjacente ao seu abriu, não percebe como um carro descontrolado vem em sua direção, apenas percebe a última coisa que sua mente lhe mostra: é Levi com os cabelos salgados e um sorriso acanhado daquela viagem que eles fizeram para praia. 


Notas Finais


eu não tinha certeza sobre colocar uma música nessa história, mas essa letra... combina perfeitamente com eles nessa fic! eu sempre escutei, e outro dia quando veio no fone, tive essa ideia
o nome da música é Ilegais - Vanessa da Mata: https://www.youtube.com/watch?v=owuo4aWuGiM
desculpem qualquer erro <3


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