POV Narrador
Deram início a um beijo intenso. Naquele momento, ambos não davam a mínima se descobrissem sobre eles, queriam apenas se beijar, e estar um perto do outro. Uma das mãos de Aspen estava alisava os cabelos de America, a outra, a puxava para si. Enquanto se beijam, foram pegos de surpresa, por alguém que abria a porta, e conseguiram se separar ainda a tempo de serem pegos no flagra.
- Ames? - Marlee disse, adentrando no apartamento, e vendo ela e Aspen, agora separados, conversando. - Ah! Olá Aspen.
- Oi. - disseram, em coro.
- Eu tenho que ir, Meri. - Aspen anunciou, se recompondo.
- Eu levo você até a porta. - a ruiva se ofereceu para acompanhá-lo.
Discretamente, America pegou a gravata do rapaz, enquanto o levava até a saída de seu apartamento. Encostou a porta, e os dois ficaram para fora.
- Você esqueceu de algo. - ela falou, com um sorriso travesso em seus lábios, em seguida, Aspen se aproximou para beijá-la. - Não. - gargalhou, fraca. - Isto. - e lhe entregou a gravata.
- Ah! Quem liga pra isso? - deu de ombros, brincando.
America pegou a gravata e a colocou perfeitamente no pescoço de Aspen, que a observava atentamente. Logo depois, ela puxou levemente a ponta do acessório, aproximando o rosto do rapaz ao seu, olhou ao seu redor, para se certificar de que ninguém estaria vendo, e o beijou. Suas língua travaram uma batalha, e pelo que dependesse deles, não parariam nunca. A ruiva se apoiou na parede, enquanto enterrava seus dedos no cabelo moreno e categoricamente arrumado, aprofundando o beijo.
Quando o ar se fez necessário, tiveram de se separar, e Aspen finalizou o beijo chupando de leve o lábio inferior de America, que soltou um gemido baixo.
[...]
Na manhã seguinte, America acordou cedo, mesmo sendo seu dia de folga. Se arrumou, e saiu de casa, para fazer compras.
Enquanto parava seu carro em frente ao shopping; outro era ligado, e o motorista se preparava para realizar sua missão. Ele a observou com atenção, à medida de America se aproximava da rua, o carro se aproximava, em alta velocidade.
Assim que o sinal se fechou, a jovem caminhou pela faixa de pedestres, rumando o outro lado da rua. Infelizmente, o carro a atingiu em cheio antes que pudesse terminar seu caminho. O motorista saiu do local tão misteriosamente quanto chegou, sem sequer prestar socorro à moça.
Maxon e James, que estavam indo à empresa trabalhar, acabaram vendo toda a cena, e se espantaram, mas não haviam reconhecido a vítima.
- É America. - o coração do loiro parou diante das palavras do amigo, e em um gesto rápido e impensado, saiu de seu carro e correu entre a multidão de pessoas que estava se formando ao redor dela.
- Não... - ele murmurou, desconsolado ao ver a imagem de America, caída e completamente machucada.
Aproximou-se dela, com lágrimas despencando de seus olhos. O vermelho de seus cabelos se misturava com o vermelho do sangue que escorria por trás de sua cabeça. Seus braços e pernas tinham escoriações e cortes, uns mais graves que outros. Seu rosto estava quase que intacto, contendo apenas um corte acima da sobrancelha. Não havia um sorriso em sua feição.
Naquele momento, não era a sua America.
Segurando o seu rosto com as mãos, deixou-se levar pelas lágrimas, enquanto James ligava para o pronto-socorro.
Minutos depois, America foi levada até o hospital. Maxon queria acompanhá-la, mas seu subconsciente lhe dizia que isso não seria o certo a se fazer.
À medida que America se distanciava do local do acidente e se aproximava do hospital, Maxon se aproximava da empresa. Era óbvio que ele não iria trabalhar, pois não estava em condições; ele tinha de avisar os familiares da ruiva, que àquela hora da manhã, era bem provável de que eles estivessem trabalhando,
- Vai mais devagar. - James exigiu, ajeitando o cinto de segurança, as mãos do loiro eram trêmulas e os dedos estavam cravados no volante. - Dirigindo rápido dessa forma vai acabar batendo em outro carro, isso se não nos matar.
Maxon respirou fundo e diminuiu a velocidade, obedecendo a ordem do amigo, James estava certo.
Ao chegar na empresa, os dois amigos saíram correndo pelos andares do lugar, à procura de algum Singer.
- Viu Shalom, Magda ou Kota? - Maxon perguntou à recepcionista, e batucava seus dedos no balcão, apressado e preocupado.
- Os três estão em congresso, junto com seus pais. - respondeu, ríspida, encarando a tela de seu computador. - O senhor também deveria estar com eles. - completou, seca.
- Em que sala?
- Na mesma de sempre.
- Obrigada.
Maxon saiu sozinho à procura da sala principal de reuniões, e quando a encontrou, entrou nela imediatamente, assustando as pessoas que estavam presentes.
- O que aconteceu com você, Maxon? - questionou Amberly, referindo-se as manchas de sangue que estavam em sua camisa, gravata e paletó.
- Nada, comigo. - murmurou, e parou seu olhar sobre os Singer.
- America... - Magda titubeou, respirando fundo pelo que poderia vir a ouvir.
- O que aconteceu com a minha irmã? - Kota perguntou, se levantando de sua cadeira.
- E-ela foi atropelada. - sua voz falhou, não era tão fácil dar essa notícia.
- O quê? - viu os olhos azuis de sua ex-sogra se encherem de lágrimas. - Ela está bem?
- Eu não sei. - ele respondeu, cabisbaixo.
- Não... Não... Não... - repetia, para si mesma, inconformada com a situação da filha.
- Nós vamos para o hospital. - Shalom anunciou, pegando Magda pela mão, e se virando para Kota. - Você fica. - ordenou.
- Eu não vou ficar aqui. - deu-se por ofendido, e os acompanhou.
Maxon foi liberado por seu pai, para que tirasse o dia de folga em sua casa, e mais tarde, receberia notícias.
O clima do hospital era pesado, a ruiva foi levada à sala de cirurgia às pressas. Seu estado não era bom.
A vida de America estava por um fio.
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