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História Namorar é difícil! - Amor é uma mistura de febre com demência


Escrita por: HQueenElla

Capítulo 2 - Amor é uma mistura de febre com demência


Fanfic / Fanfiction Namorar é difícil! - Amor é uma mistura de febre com demência

Academia de Heróis - Tia Ella POV'S ON

O calor de 30 graus não era páreo para o imenso poder de gelo contido em Todoroki Shouto... Talvez não o calor, mas Yaomomo com certeza era bem maior que isso. 

Um dos corredores principais da Yuuei estava com alunos da classe 1-A envolta de um Todoroki a cuidar de uma Yaoyorozu quase desmaiada de febre perto do salão principal da escola. 

— E agora? Devemos chamar a Recovery Girl? -Ashido Mina, uma das amigas mais falantes de Momo, indagava preocupada. 

— Ela só pode curar ferimentos, não febre e enfermidades, não adiantaria de nada. -Tsuyu dizia mais complacente na situação- Todoroki-kun, você aguenta fazer isso por mais um tempo? Nós vamos procurar o Aizawa-sensei. 

— É, talvez seja melhor mesmo, não dá para mexer a Yaomomo do lugar até termos certeza de que é seguro, já que os vilões invadiram de novo, provavelmente. -Aoyama falava na sua expressão de sempre, porém, mantendo o tom de preocupação. 

— Iida-kun, você é representante de classe também, certo? -Uraraka o encarou- O que vamos fazer agora? 

— Ashido, Asui, Tokoyami, procurem pelo Aizawa-sensei! -delegou- Midoriya-kun, vamos ficar pra ajudar o Todoroki-kun! 

— Certo! 

— O resto de vocês, se espalhem e procurem alguém da enfermaria ou qualquer outro professor que não esteja ocupado cuidando da frente da escola! Tenham cuidado! 

. . .

Nos braços de Shouto, Momo respirava muito ofegante e com fortes dores pelo corpo, aquilo não era nada bom. Outros dois fatores que não ajudavam: Vilões invadindo pela porta da frente e os professores todos espalhados por vários cantos da escola, afim de impedirem mais invasões internas e mais sequestros. 

— Como ela ficou desse jeito? -Izuku estava preocupado, não gostava de ver ninguém doente, principalmente as garotas. 

— Boa pergunta. -Shouto lhe respondeu, mas na verdade, ele sabia o porquê.

Teimosia. 

Momo estava com febre na noite passada, porém veio pra aula passando mal e não disse nada... Se o próprio Shouto não tivesse percebido durante a confusão nas saídas de emergência, com certeza, a esta altura, ela estaria na enfermaria, machucada tanto pelos outros alunos quanto por sua queda no chão. 

— Tá frio... -a morena resmungou baixo, em seu pescoço havia a mão direita do namorado, que lhe "refrigerava" a pele numa temperatura mínima, para não causar um choque térmico. 

— Aguente um pouco, Yaoyorozu-san... -ouviu Iida dar apoio emocional, engraçadamente fofo, do jeito dele; 

— Todoroki-kun, você já está assim fazem uns minutos, isso não está fazendo a sua mão doer? -Midoriya lhe encarou, o pulso do jovem dicromático estava com leves inchaços. 

— Não é um problema, se a Yaoyorozu não conseguir de fato se mexer e apagar de vez, teremos que levá-la ao hospital. 

— Mas... 

— Do jeito em que as coisas estão aqui, não conseguiremos ajuda dos enfermeiros tão cedo. É o mais seguro a se fazer, e depois, nós já nos metemos numa encrenca bem grande da vez em que fomos resgatar o Bakugou sem comunicar nada. 

— É verdade... E a Yaoyorozu-san estava em recuperação ainda, com ferimentos na cabeça.

— Temos que olhar pelo lado dela também, Midoriya: como representante de classe, uma atitude dessas seria imperdoável numa escola comum, ela deu sorte da situação ter chegado num ponto muito crítico na administração da Yuuei, caso contrário, não só ela, mas nós três também teríamos sido expulsos. 

— A Yaoyorozu-san está se encrencando muito por nossa causa, ela está salvando até mesmo a pele do Iida-kun, que também é representante da sala. 

— Sim.  Entende por que não podemos ir lá pra fora de qualquer jeito? 

— Todoroki-kun, será que se ela desmaiar, irá aguentar chegar no hospital? 

— O Hospital mais próximo é o da Regência, perto da estação, levá-la para lá no meio dessa bagunça é perigoso, mas- 

Os meninos pararam de falar quando viram-na se recostar em Shouto e tentar ficar mais sã, ainda que a febre delirante não deixasse. Momo apertava uma mão no chão e a outra, nas roupas do mais velho, tossiu e tentou focar a visão como podia. Olhou para seu braço. 

— Y-Yaoyorozu-san! -Iida estava com medo de que ela caísse, mesmo com o amigo a segurando pelas costas. 

— K-Kokichi... -arfou quase sem ar-

— O que disse? 

— Yaoyorozu-san, você está muito fraca agora, não pode usar seus pode- Midoriya foi cortado no instante seguinte. 

— Entendi! -Shouto falara ao levantar-se e carregá-la com cuidado em seu colo- Não é para ela fazer uma Kokichi, é para nós chamarmos a Kokichi! 

— K-Kokichi?! A Heroína?! 

— Mas como ela conhece uma heroína dessas? -Iida ressaltou confuso.

— Porque é a tia dela. 

— EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEHHH?! 

 

*

*

*

 

Hospital da Casa de Música e Arte do Império do Japão 

Deviam ser umas quatro horas da tarde, Yaoyorozu acordou bastante desorientada, sua visão fora tomada por um espaço muito branco e iluminado. Forçou o rosto para o lado, logo sentiu uma intensidade menor da luz e quando se acostumou com ela, abriu os olhos novamente. 

— A Bela Adormecida finalmente acordou... 

— Hm... O quê?... -ainda muito sonolenta, Momo encarou melhor o cômodo, estava cara a cara com sua tia- Caramba, minha cabeça... 

— Ah, você tomou um belo chá de teimosia, Momo-chan! 

— A escola... -pensou e no instante seguinte, tentou se levantar, mas sendo obrigada a ficar deitada de novo ao sentir uma dor horrenda nas costas- 

— Hey, calminha aí, Heroína, você está com febre alta, precisa descansar. 

— O que... Aconteceu?... Com todo mundo?... -ajeitou-se nos travesseiros- 

— Bem, você desmaiou de febre enquanto alguns vilões tentavam invadir da Yuuei, porém o Endeavor e mais alguns outros heróis deram um jeito na situação de forma bastante rápida, até... Em vinte minutos, a escola toda já estava ao normal. 

— Endeavor... -pensou a menina- Shouto... 

— Ah, tá falando desse mocinho aqui? -sua tia apontou para um Todoroki sentado numa outra cadeira, mais ao canto do grande leito-

Seus braços estavam cruzados e ele parara de escrever mensagens para alguém. – Ah, ele te trouxe pra cá correndo, você estava muito mal, Momo-chan. 

— Onde... Estão mamãe e papai? 

— Trabalhando, neste momento, estão na Yuuei, ajudando a relatar quantos vilões foram presos. 

— Ah, minha cabeça... -reclamou alto- 

— Quer que a sua adorável titia fique aqui? -ironizou com bastante carinho, Urushijima Kurome, na comunidade heroica, chamada de Kokichi;

— Não precisa se preocupar comigo, tia, eu estou bem. -Momo sorriu de canto- Obrigada por ter vindo. 

— Nha, que bebê lindo! 

— Tia, eu tenho 16 anos, pare de me chamar de "bebê"... -bufou a paciente ficando impaciente;

— Bom, Todoroki-chan, posso deixar a minha Momo aos seus cuidados novamente? -Kokichi se levantou, tal como seu kimono inteiro descera de forma colossal ao chão, a seda preta fazia um bom contorno com os escuros cabelos dela, que sorriu e retirou-se do leito da sobrinha. 

Já mais calma, Yaoyorozu suspirou enquanto via o namorado se aproximar e sentar na cadeira que Kokichi ocupava ainda pouco; achou estranho que ele não tivesse aberto a boca para falar algo que fosse (nem bronca, nem elogio, nem aviso, nem reclamação). 

Ambos se olharam, Momo sentiu um apertar em sua mão, mas não desviou o olhar do dele, estava ansiosa pelo que Shouto diria. 

— Eu sei que te causei problemas hoje. Sinto muito. 

— Agradeça ao Iida e o Midoriya, eles me ajudaram a te trazer para cá sem a gente se meter em confusão. 

— Claro, farei isso. 

— Momo, eu não sei o que pensar. 

— Sei que está bravo, a culpa é minha... -baixou a cabeça- eu não devia ter vindo pra escola se a febre estava alta, mas... 

O que sentiu depois foi um abraço torto e muito súbito. Ficou em choque: quando foi que Todoroki Shouto passou a demonstrar mais emoções? 

Ah é, quando inventou de namorarem. 

— Não me assuste assim de novo... 

. . .

— Shouto... -sorriu minimamente- Desculpe... 

Momo admite que de fato, ele tem um lado muito fofo.

 

 



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