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História Namoro não tão falso - Hambúrguer


Escrita por: depressionfic

Notas do Autor


Voltei! Espero que gostem desse capítulo, meus amores

Capítulo 11 - Hambúrguer


Já era tarde da noite, nesse horário Kiba estaria cochilando em pé no balcão da veterinária, rezando para que seu turno acabasse logo para se jogar em sua cama. Porém ele estava conversando com Kankuro por mensagens, o que resultou em um Kiba sorrindo para o celular, não sentindo nem um pingo de sono.

Um grande cheque-mate para o sono também era a ninhada de gatinhos que havia chegado naquela tarde. Sua mãe os achou em uma caixa no lixo e os trouxe para as doação.

Aquela sim era uma noite feliz para Kiba, não importava se ele teria que trabalhar até às seis da manhã, porque era sua vez de ajudar no turno vinte e quatro horas da veterinária. Assim que sua mãe liberava um dos gatinhos do check up, ele os pegava e colocava em seu colo, mesmo sua mãe ordenando que ele os ponhassem no cercadinho. Mas Kiba não tinha coragem de fazer isso, estava ventando tanto e eles se aconhegavam em seu colo tentando se proteger do frio, era fofo demais.

Ei, adivinha o que chegou hoje na veterinária? Ele mandou a mensagem para o No Sabaku e não tardou para que recebesse uma resposta.

Um leão? Tigre? Uma onça?

Quase. Respondeu mandando uma foto da ninhada de gatinhos em seu colo, mais precisamente de um filhote carente que o escalou até chegar na dobra de seu pescoço e lá se aconchegar.

Hm, preferia um tigre. Para decepção de Kiba, essa foi sua resposta.

O Inuzuka bufou, revirando os olhos, desde do encontro, eles conversaram sem parar durante uma semana e o mais importante: conversar sem precisar fingir. Kiba estava contente por isso, afinal o conselho de sua irmã deu erro, mas agora teria que lidar com o Kankuro reclamão e ranzinza muito mais. Entretanto não era um problema tão grande, já que Kiba descobriu que gostava desse Kankuro, esse até lhe dava bastante risadas.

O respondeu com um emoji do dedo médio, do jeito afetuoso que sempre faziam, e largou o celular por um segundo.

Pegou o pequeno gatinho aninhado em seu pescoço, ele miou, reclamando, mas Kiba rapidamente o deitou sobre o seu peito, enquanto fazia carícias em sua cabeça, o gatinho ronronou feliz, voltando à dormir.

Olhando para baixo, encarou o filhote em seu sono, ele pensava e repensava o que deveria fazer e sua mente estava divida em duas partes. Uma lhe dizia que sim, a idéia de dar um dos gatinhos era uma ótima idéia, afinal dar presentes faz uma pessoa se sentir mais amada e acabaria de vez com o fato de Kankuro afirmar que não gostava de animais. Entretanto a outra gritava desesperadamente que ele tem péssimas experiências com animais de estimação, tanto os que já foram dele quanto os dos seus irmãos.

Resultando em Kiba ficar parado com uma mão pairando sobre o celular, enquanto tentava se decidir, se deveria mandar uma mensagem para o No Sabaku dizendo que ele tinha um presente para ele ou se deveria reler a mensagem dele que mostrou nenhum interesse pelos gatinhos.

— Com licença! — a voz desesperada exclamou, o tirando de seus pensamentos.

Kiba rapidamente olhou para cima, lembrando que ainda estava no trabalho. Ficou assustado ao ver uma garota às lágrimas segurando o corpo de um gato laranja, seu semblante estava arrasado e um tanto irritado pela demora de seu atendimento.

O Inuzuka entendeu rapidamente, retirou com cuidado os filhotes de seu colo o mais rápido possível.

— Venha — chamou a pobre garota, saindo de trás do balcão e entrando na sala de consulta de sua mãe.

— Kiba — sua mãe começou a reclamar dele entrando em seu consultório sem permissão, mas se calou ao ver o estado da menina que o seguia logo depois. Em vez disso foi rápida em dar os dois filhotes que ainda restavam examinar e os entregou ao filho.

Hana sem hesitar pegou o gato nos braços, esperando que sua mãe higienizasse a mesa de consulta antes de colocar o felino nela.

— Esperem lá fora. Kiba faça a ficha do paciente — ordenou Tsume, sem hesitar, enquanto terminava a higienização.

O Inuzuka acenou que entendeu para a mãe, enquanto abria a porta, conduzindo a garota morena sair da sala, mas isso ela fez com muita hesitação, olhando preocupada em hesitação para seu gato. Kiba, comovido, colocou uma mão em seu ombro e tentou dar um dos sorrisos mais gentis que conseguisse.

A garota o olhou surpresa, parecia que havia sido acordada de um transe, olhou para a porta aberta e seguiu por ela tristemente.

Kiba foi direto de trás do balcão e colocou os filhotes juntos com seus outros irmãos. Higienizou as mãos também, antes que pegasse a papelada que deveria ser preenchida e a colocasse no balcão.

Antes que começasse a explicar para a garota, ela já havia pegado a caneta e começado a preencher as informações, sua cabeça baixa e tristemente.

Kiba a olhou com compaixão, parecia que ela havia acabado de ser acordada de seu sono e indo imediatamente para lá, com o cabelo despenteado, uma cara amassada e um grande casaco sobre o pijama felpudo e quentinho. No processo, ela comprovou sua teoria e bocejou fortemente, antes que voltasse a preencher.

Quando já havia terminado tudo, ela apenas largou a caneta e continuou com o olhar baixo. O Inuzuka pegou os papéis e os grampeou, antes que colocasse em uma pasta e os colocasse rapidamente na pequena caixa pendurada na porta do escritório, deu uma leve batida na porta, avisando a irmã que já estava tudo pronto para que ela pegasse assim que possível.

Quando Kiba voltou de volta ao caixa se deparou com a pobre garota abaixada aos lados dos pequenos gatinhos, os acariciando.

A morena ao ver que havia sido flagrada, corou fortemente.

— Desculpe — começou a se desculpar timidamente, pronta para se levantar.

— Não, pode ficar, eles gostam muito de ficar no colo — rapidamente a tranquilizou, de volta com seu sorriso gentil.

A garota voltou a se sentar no chão, dessa vez pegando um nas mãos com extremo cuidado.

— Os faça companhia enquanto eu arrumo o cercadinho deles — disse Kiba, saindo de trás do balcão novamente e indo direto para o armazenamento.

Não foi difícil achar o cercadinho para os gatinhos, por sorte a última vez que ele foi usado foi limpando totalmente, então não restava muito o que fazer, à não ser passar um pano úmido para tirar a fina camada de poeira.

Kiba logo voltou a loja da frente com o cercado em mãos, o posicionou no canto apropriado antes que voltasse de volta para de trás do balcão.

Para sua surpresa, a garota já estava pegando quantos gatinhos podia para ajudar à levá-los, Kiba sorriu espontaneamente, afinal ajuda nunca era demais. Pegou os gatinhos restantes nas mãos e foram até o cercado.

O pequeno cercado tinha brinquedos para eles de todos os mais diversos tipos, assim como um bebedouro e pequenas tigelas para cada filhote, e principalmente uma toca grande o suficiente para que todos eles dormirem confortavelmente aninhados um no outro.

Assim que os colocarem, Kiba correu para buscar ração e encher as nove tigelas, para que se sentissem fome à noite poderia se alimentar sem problemas. Os gatos festejavam cada canto do cercado com curiosidade, não demorou para que eles fossem diretamente na toca e um à um se acomodassem.

Kiba sorriu docemente de tanta fofura, mas se conteve ao ouvir os soluços ao seu lado. Olhou desesperado para a garota que novamente estava às lágrimas, pensou em perguntar o que havia acontecido, porém já havia entendido.

A garota chorava por lembrar de seu gato na sala de consulta, chorava por medo de perder-lo, medo de perder um amigo que ela já havia visto assim, um pequeno filhote que tinha toda uma vida pela frente. Kiba sabia o porquê dela chorar, pois sabia que se Akamaru estivesse na mesma situação que seu gato ele estaria assim também.

Com gentileza e sem pensar muito, ele envolveu a menina em um abraço cuidadoso. A garota se assustou, mas não se afastou ao ver que suas intenções era só a consolar.

Assim ficaram até que a menina se controlasse e parasse de chorar, Kiba se afastou lentamente e usou a manga do casaco para limpar a bochecha corada e molhada da menor.

— Está melhor? — perguntou preocupado, tentando fazer contato visual com a garota que fixou seu olhar no chão timidamente.

A garota acenou confirmando, apertando o casaco nas mãos. Kiba pensou que foi um pouco demais para uma garota que ele acabou de conhecer, mas antes que se desculpasse, Hana veio pela porta.

— Senhorita Tamaki Ashi — lendo a ficha preenchida, chamou a pobre garota.

A menina, com seu olhar ainda no chão, obedeceu o chamado e foi até a sala com a Inuzuka. Kiba suspirou aliviado pois pelo tom da voz da irmã que o gato não havia morrido.

Voltou para de trás do balcão, seu local pela madrugada inteira, sentou-se e pegou de volta o celular. Rapidamente foi até a conversa com Kankuro, já acostumado a fazer sempre isso.

E aí? Como o turno? Fazendo muitas cirurgias e salvando o dia?

Leu a mensagem do No Sabaku, sorrindo feito um bobo, o que tinha mais a ver com ele ser um idiota apaixonado do que com a mensagem.

Você não vai dormirPerguntou um tanto preocupado ao ver que oficialmente estava de madrugada E eu estou de balconista em uma veterinária, não em Greys Anatomy.

Kiba estava prestes à largar do celular pois a garota estava saindo do consultório, quando o mais velho respondeu.

Mesmo assim é um turno 24 horas. Passar uma madrugada inteira como se fosse um doutor de 30 anos. É sexy.

Kiba olhou supreso para o telefone, talvez tenha sido o sono que tenha deixado Kankuro mandar isso ou uma bebida que ele tenha tomado para evitar o sono, mas ele certamente gostava disso.

Você tem fantasias estranhas. zombou do No Sabaku, uma de suas coisas favoritas de fazer. Por que você não vem aqui e posso te ajudar a realizar ela?

— Ei, obrigada. — falou a voz tímida da garota, fazendo com que Kiba levantasse o olhar do celular.

— Não foi nada. Nós que agradeçemos pela preferência — disse a frase padrão de qualquer pessoa que trabalha no atendimento, dessa vez sorrindo genuinamente.

A garota, Tamaki, Kiba se lembrou, sorriu com isso também, antes que voltasse o olhar para o chão com vergonha e seguisse para fora da loja.

— Que bom que ela o trouxe à tempo — suspirou Hana, encostada na porta, retirando a máscara e as luvas, os jogando em um cesto de lixo.

Kiba também suspirou aliviada, ele realmente ficava feliz quando os animais fossem socorridos imediatamente e tinham grande chance de sobrevivência. Então não reclamou quando Hana trouxe o felino para ficar sobre seus cuidados.

Limpou a pequena habitação que ele deveria ficar, enquanto a irmã sse certificava dos cuidados do gato. Quando tudo estivesse pronto, colocarem com o maior cuidado o gato lá.

— Aqui está uma lista de todos os cuidados que ele precisa durante a madrugada. Sempre fique de olho nele. — Hana avisou estritamente para o irmão, ao desaparecer pelas portas do consultório.

Kiba acenou que entendeu, enquanto lua minuciosamente a lista, quando acabou, olhou para o gato triste prestes a dormir e suspirou, antes que se dirigisse de volta ao balcão.

Pegou um dos salgadinhos abertos que mantinha ali, comeu uma grande porção para tentar aliviar a pena que ele sentia pelo gatinho e sua grande vontade de o abraçar para o proteger de todo mau.

Pegou o celular novamente, limpando os dedos antes.

Okay. Dizia claramente a mensagem do No Sabaku.

Kiba se sombressaltou na cadeira.

Oi? Perguntou perplexo, aquele flerte era totalmente zombeteiro e feito sem pensar, ele realmente não queria realizar as fantasias de Kankuro. Tudo bem, talvez ele queria, mas não no mesmo lugar que sua mãe, sua irmã, um gato com uma doença grave e uma ninhada de gatinhos estavam.

Tentou se tranquilizar que Kankuro não sabia nem ao menos o endereço, mas pela demora de visualização, Kiba começou a acreditar que ele já estava caminho e que também não era muito difícil encontrar uma veterinária com literalmente o sobrenome de sua família.

Okay, Kiba estava surtando, mas mesmo assim não impediu que ele mandasse uma mensagem para que ele pelo menos trouxesse lanches para eles.

Depois de vários minutos de espera e de Kiba roendo as unhas, Kankuro apareceu adentrando as portas.

— Oi — disse sorrindo, com as mãos com sacolas de fast food.

O Inuzuka precisou respirar fundo, na tentativa de aplacar seu surto e ansiedade.

— Oi — respondeu sem jeito.

— Aqui. Como pedido. — falou entregando as sacolas no balcão.

— Ah, obrigada. — Kiba se inclinou para espiar o que tinha dentro e estaria até um pouco aliviado, se não fosse pelo No Sabaku retirando seu caso.

Kiba tentou respirar e não gritar que sua mãe e irmã estavam aqui, afinal a veterinária estava bem mais quente do que o lado de fora.

— Eu não sabia o que vocês gostavam então trouxe tudo — Kankuro comentou dando de ombros, olhando tudo em toda a loja, até que seus olhos pararam em Denka.

O Inuzuka suspirou aliviado pela menção da palavra "vocês", mas olhou com atenção o No Sabaku se aproximando da habitação ocupada, pensou em avisar que ele não devia colocar a mão para acariciar o felino, porém Kankuro só parou perto e virou a cabeça para Kiba, incerto do que ia falar.

Kiba entendeu e respondeu rápido.

— Ele está bem, tem uma enorme chance de sobrevivência. A dona o socorreu rápido — tranquilizou a preocupação do No Sabaku.

— Ah, ufa — Kankuro suspirou aliviado, seu corpo todo ficou mais relaxado, Kiba percebeu.

Com um último olhar, Kankuro seguiu para de trás do balcão junto com Kiba, pegando uma das sacolas e sentando folgadamente na cadeira do Inuzuka.

Kiba o olhou azedo por um momento antes que se dirigisse para o consultório com as duas sacolas nas mãos. Bateu duas vezes na porta com a ponta do pé, mas não obteve resposta. Abriu a porta com o cotovelo sabendo que Hana só estava mexendo no celular e com preguiça demais para abrir.

— Olha o que Kankuro trouxe — anunciou levantando as duas sacolas.

— Uh, abençoado seja esse moleque — glorificou sua mãe, largando o celular e vindo direto para ele.

Sua irmã pelo menos mostrou um pouco de educação, colocando a cabeça para fora da porta e gritando um obrigada para Kankuro, antes que pegasse sua sacola. Sua mãe vendo o exemplo se lembrou que deveria agradecer, mas com a boca já cheia de hambúrguer. Kankuro apenas respondeu com um ligeiro sinal positivo com a mão e um sorriso gentil.

Sua mãe já estava saindo do consultório para conversar com o No Sabaku, porém foi impedida por Hana.

— Vamos deixar eles à sós, mamãe — ela disse fechando a porta para a mãe não sair de jeito nenhum, antes dando uma piscadela para o irmão.

Kiba corou, sentia que não havia feito grande diferença contar para a irmã ou não, já que ela ainda agia como se eles fossem namorados. Mas em parte era bom, poderia ser pior, como ela brava e surtando porque Kiba não havia contado para ela antes e a irmã agindo assim não deixava sua mãe desconfiar do namoro.

Voltou-se para o balcão e se deparou com o No Sabaku apoiando os pés no balcão. Kiba fez a pior cara feia que conseguisse ao perguntar.

— E aonde você espera que eu sente? — falou irado, já que aquela era literalmente sua cadeira.

Kankuro deu mais uma mordida em seu hambúrguer antes que descesse os pés do balcão e sorrisse para o Inuzuka. Com um sorriso de um belo filho da puta, deu palmadinhas no colo indicando o lugar.

Kiba corou fortemente e virou o rosto, mostrando claramente o dedo do meio para o veterano. Deu as costas à ele, enquanto se preocupava em pegar a sua sacola em mãos e antes que percebesse foi puxado para trás, caindo direto no colo do No Sabaku, que foi rápido em abraçar a cintura do mais novo com os dois braços.

O coração do Inuzuka batia tão forte que ele pensou que fosse impossível não escutar.

— Você está bêbado? Eu tô trabalhando! — exclamou perplexo, muito mais furioso consigo mesmo, por sua cabeça está pensando coisas demais e enviando um calor para baixo do seu corpo.

— Não foi você que disse que ia realizar minhas fantasias? — zombou Kankuro, apoiando o queixo no ombro do Inuzuka, seu sorriso de lado era um que Kiba conhecia muito bem o significado e esse era que ele gostava de o irritar.

— Era zoeira, seu idiota — protestou, se contorcendo para sair do abraço antes que mais calor descesse para lá.

— Promessa é promessa. — o No Sabaku deu de ombros — Agora pare de se mexer ou eu não correspondo por mim.

O tom de voz de Kankuro na última frase se tornou sério e foi sussurrado em seu ouvido, fazendo com que Kiba instantaneamente ficasse imóvel.

— Melhor — o veterano murmurou, enquanto o braço segurando o hambúrguer cruzava o tronco do menor e seguia seu caminho até a boca do No Sabaku.

Kiba bufou, irritado um pouco pela ação do veterano e o descaso dele com o fato de que o cara em seu colo queria muito dar para ele neste momento. Ele precisou respirar fundo mais de sete vezes para não cometer um crime de ódio ou uma indecência.

Abriu sua sacola e pegou direto seu hambúrguer deu uma grande mordida, seu olhos quase reviravam ao sentir o sabor maravilhoso do lanche e todo seu corpo rekaxou instantaneamente contra o corpo do veterano. Pegou a lata de refrigerante e a abriu com um pouco de dificuldade, deu um pequeno gole antes de morder o hambúrguer novamente.

— O treinador Baki deixou você vir aqui de madrugada? — falou entre uma mordida e outra, talvez impressionado com a liberdade que um filho de um treinador super rígido tem.

— O que ele não vê, ele não sabe — respondeu, deixando apenas uma das mãos na cintura do Inuzuka, facilitando a ação de comer um hambúrguer para ele.

— Oh, um filho problema? — zombou, na verdade, no fundo já imaginava que Kankuro fosse exatamente assim.

— Anos e anos sendo o filho que odeia sair até do quarto me dão um passe para sair sem ninguém ver e todos acharem que ainda estou no meu quarto. — comentou, dando de ombros novamente, enquanto abria sua lata de refrigerante também.

— Ser gótico e introvertido tem suas vantagens afinal — Kiba sorriu, batendo suas latas em um brinde como comemoração à isso — Aliás você não vai dormir não? Quando chegar em casa já está muito tarde.

— E deixar você aqui sozinho durante essa madrugada fria? Eu seria um péssimo namorado se fizesse isso. — respondeu em tom zombeteiro.

Kiba girou os quadris levemente para olhar na cara do No Sabaku, uma ação que resultou em Kankuro apertando seu quadril com força como advertência.

— Você realmente pretende passar a madrugada inteira acordado aqui? — indagou perplexo, pois aquilo para ele era uma decisão burra, já que no lugar do veterano ele estaria no sétimo sono.

— Eu já ia ficar acordado jogando vídeo game mesmo, então se considere o namoro mais sortudo de todos por eu ter escolhido vir aqui te fazer companhia — soltou por fim o último braço de sua cintura, apoiando a cabeça na mão esquerda.

— Realmente sou muito sortudo — Kiba concordou de boca cheia, não era hora de reclamar já que estava comendo lanche grátis.

Kiba terminou seu refri e hambúrguer, logo caçando a porção de batata frita, quando se surpreendeu ao ver Kankuro pegando outro hambúrguer de sua sacola.

— Eita, que isso? Não jantou hoje? — perguntou chocado.

— Eu gosto de hambúrguer — respondeu como se a simples resposta fosse o suficiente para justificar as dúvidas do Inuzuka.

— Mas dois? — insistiu Kiba.

— Sim. É a melhor comida do mundo — o tom da voz adquirindo um tom de revolta também pela perplexidade do mais novo — Você não tem uma comida favorita também?

— Nossa, mas hambúrguer como comida favorita é tão clichê e sem personalidade — zombou, um pouco mais calmo já que comida favorita ninguém escolhe, é uma coisa da alma.

— Ei, tem que respeitar o gosto de cada pessoa! — protestou o No Sabaku.

— Okay, okay. Tá certo cada um tem seu gosto e o seu ruim — assim que comentou, saiu do colo do mais velho e foi o mais longe possível, já que o rosto dele anunciava que ele chutar sua cara.

Kiba riu do outro lado do balcão, quando a sua tentativa de fazer falhou pelo afastamento rápido. Foi a vez de Kankuro de lhe lançar o dedo do meio.

— E qual a sua, senhor bom gosto? — falou o apelido com o tom amargo.

— Bife com limão e coca gelada — respondeu mordiscando suas batatas.

Kankuro riu de sua resposta.

— E você chama isso de bom gosto?

— Pelo menos é melhor do que a sua — protestou, jogando uma das batatinhas em sua direção.

Kankuro sorriu se levantando bruscamente e se debruçando no balcão da mesma forma que Kiba fazia do outro lado.

— Você é uma coisinha tão cruel — murmurou muito próximo do rosto do Inuzuka, que adquiriu um tom vermelho de imediato, seu tom soava como se estivesse magoado.

Kiba pigarreou, desviando o olhar para todos os lugares menos para o mais velho., sua garganta seca tentando falar, mas nada saía.

Para sua sorte, o miado de um dos gatinhos lhe salvou. O olhar dos dois morenos foram imediatamente em direção ao cercado.

— Eu tenho uma surpresa para você — informou incerto, indo em direção ao cercado.

Ainda tinha muita dúvida sobre isso, mas Kiba desde que o conselho de Hana lhe lembrou o conselho de Shino, de que ele deveria o conquistar, ele pesquisou arduamente sobre isso nos sites mais expert de toda a internet: sites para meninas adolescentes. E em todos eles tinham quase os mesmos passos para se conquistar um garoto e o Inuzuka planejava seguir todos eles estritamente.

Já que os primeiros passos são para ter as primeiras conversar, ele pulou eles. O segundo era sair juntos, o que já estava em andamento, terceiro era presentes, pois um garoto presenteado era um garoto amado, como os sites adoravam lembrar, e presentes são sempre a porta do coração de qualquer pessoa, quarto era achar coisas em comum para mais conversas, mas isso ele ainda iria fazer.

Porém não era qualquer presente, era um animal de estimação, mais especificamente, um animal de estimação que afirmava odiar todos com exceção de Akamaru.

Infelizmente não havia como voltar atrás, pois já havia ido em direção ao cercado com Kankuro o seguindo.

— Credo, eles são mais feios pessoalmente — comentou o No Sabaku, fazendo o coração de Kiba parar de vergonha por se lembrar que não era nenhuma surpresa e que ele já tinha mostrado eles antes.

Kankuro se abaixou e acompahou com os olhos o pequeno filhote indo em direção ao bebedouro cheio de leite, os seus miados consequentemente acordaram alguns irmãos que foram em direção às tigelas e bebedouro.

— Eles parecem ratos — falou, cutucando o que estava subindo em cima de seu irmão no bebedouro.

Kiba o olhou com a testa franzida, o chutando levemente.

— Para, eles são a coisa mais fofa do mundo! — o repreendeu em defesa dos pequenos filhotes.

— Talvez, se eu fechar os meus olhos bem — insistiu, fechando seu olhos e inclinando a cabeça.

Kiba riu um pouco, mas lhe dando um leve empurrão de repreenda, enquanto se ajoelhava no chão ao seu lado.

Estendeu a mão em direção ao gatinho, que logo veio cheirando e lambendo a mão lhe oferecida, quando já estava aparentemente satisfeito se aconchegou contra ela, uma permissão para que Kiba lhe desse carícias antes que o pegasse nas mãos e o trouxesse para perto do peito. Esse era o mesmo gatinho que se aconchegou em seu pescoço ele se lembrou, marrom e manhoso ele era.

O Inuzuka olhou para Kankuro sorrindo, viu que o veterano já estava o olhando com um cara que Kiba particularmente não entendia, a mesma cara que se tornou confusa quando o mais novo lhe estendeu o pequeno gato em mãos.

Kankuro se inclinou para trás, se afastando do gatinho que Kiba aproximava dele mais e mais. Ele tentou dizer que não, mas Kiba foi mais rápido e enfiou o felino em seu peito, sem dar chance para ele recusar.

Foi como se tivesse bugado o No Sabaku, ele ficou ali parado, sem saber o que fazer com o gato em mãos prensado contra o peito, seu olhar buscou desesperadamente a ajuda do Inuzuka. Esse por sua vez sorria cada vez mais olhando a cena, que em sua opinião era essa a coisa mais fofa que já tinha visto.

Para piorar o desespero de Kankuro, o gatinho começou a escalar ele, com as unhas afiadas conta o moletom. A cara do veterano ficou como se ele estivesse prestes a gritar durante o processo do filhote em subir e Kiba riu disso.

Por fim, o pequeno gato terminou sua subida e se aconchegou ao lado de seu pescoço. O rosto do veterano finalmente pareceu se aliviar, até que o filhote começou a farejar seu rosto e lambê-lo no processo.

— Parece que ele gostou de você — comentou Kiba rindo da situação e lamentando por não ter o celular por perto para tirar uma foto.

Kankuro o olhou incerto, enquanto as duas mãos pairavam perto do pequeno filhote o protegendo de uma possível queda.

— Tira ele de cima de mim por favor — implorou.

Kiba obedeceu, ainda sorrindo, se inclinou, estendendo a mão para pegar o pequeno gato, mas foi impedido pelo mesmo felino, rosnando eriçado para ele.

— Parece que ele não quer — falou rindo, se afastando do gato.

— E o que eu faço? — perguntou desesperado.

— Bem, ele vai ter que ficar aí.

Aquela frase pareceu ser a pior escolha, já que no seu olhar parecia que Kiba disse que ele estava condenado a morte. Todo seu corpo não se odiava sequer se mexer e parecia obstinado a ficar assim por bastante tempo se precisar.

Kiba sorriu, aquele homem ainda o mataria de fofura. Gentilmente pegou as duas mãos do maior e as levou lentamente até o gato.

O filhote começou a chiar para a mão de Kiba novamente, o que ele realmente não entendia como um filhote tão amigável com ele simplesmente começou o odiar só ao sentir o cheiro de Kankuro ou ele realmente só amava o cheiro do No Sabaku demais, e o fato de que ele se silenciou ao ver que a mão do veterano comprovou que era a segunda opção mesmo.

Ele guiou calmamente as mãos do maior para pegar o gato e o trazer ao colo, dando carícias para o convecer de ficar ali. Quando o gato finalmente fechou os olhos calmamente ronronando, Kiba retirou as mãos de cima das de Kankuro.

— Então qual é o nome? — O Inuzuka perguntou depois de um longo momento dos dois adolescentes encarando o pequeno gato.

Kankuro levantou a cabeça supreso.

— O quê? — perguntou perplexo.

— Um nome. Você deve dar um nome à ele. — explicou Kiba sorrindo para ele, estava feliz, agora o gato era de Kankuro e ele não precisou se quer falar nada.

— Eu? Um nome? Por quê? — continuou Kankuro ainda mais confuso.

— Bem, porque todo dono prefere escolher o nome, não? — Kiba deu de ombros com o sorriso bobo ainda no rosto, enquanto olhava os pequenos filhotes terminarem de se alimentar e voltar pouco a pouco ao monte de ainda dorminhocos gatinhos.

— Dono? Eu não! — começou a protestar totalmente alterado, mas percebeu que o que falava caíam em ouvidos surdos.

Respirou fundo e levantou o gatinho entre suas mãos, o olhou profundamente por um longo momento.

— Okay — falou por fim, trazendo o pequenino de volta para si.

Kiba voltou seu olhar para ele, ainda mais feliz.

— Hambúrguer — se decidiu enquanto acariciava o pelo marrom de seu gato.

— Credo, que mau gosto — Kiba disse, mas dessa vez com um sorriso rosto.


Notas Finais


Essas não são as comidas favoritas canon deles, mas também não dava para o nome do gato ser Carne de hambúrguer né tipo??? KKKKKKKKKKK

Até o próximo sábado


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