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História Não confie no Deadpool - O D significa Diabo


Escrita por: boaswain

Notas do Autor


eU DISSE QUE IA TENTAR POSTAR DUAS VEZES NO MESMO MÊS
TÁ AQUI

o peter é gay não tem mais mistério
bjs

Capítulo 6 - O D significa Diabo


Desliguei o telefone apressado, suando, assustado, repetindo vários “merda” mentalmente enquanto deixava o queixo cair, sentindo o Malaquias despertar dentro do calção. Ai, não. Antes de despertar do meu fascínio estranho e torpor no qual me encontrava, o gemido de Wade ainda ecoou algumas vezes pela minha mente. E eu pensei: é, eu sou gay. Tá mais do que provado que eu gosto de homens, um varão assim gemendo no meu ouvidinho me arrepiando tudo.

Que que eu tô falando? É óbvio que super heróis não podem ser gays e por mais que não pareça tanto assim, eu ainda sou o Homem-Aranha. Caralho, mas o Aranha Jr tá tão animado agora que se eu ignorar vou acabar dolorido a noite toda. Receoso e medroso (como sempre), deslizo a mão até a virilha, apertando aquele local forte o suficiente para um arrepio gelado percorrer minha pele.

Eita.

Afasto o elástico do calção, entrando com a palma dentro da cueca e agarrando meu membro para bombeá-lo timidamente. Fecho os olhos e mordo os lábios: agora entendi porque Wade faz tanto isso; é realmente bom. Bom pra cacetada. A temperatura do quarto aumenta, me obrigando a encostar o tronco na cabeceira e descer mais o short, abrindo as pernas só um pouco, para continuar com mais intensidade. E imaginar mais coisas: eu imagino Wade, daquele jeitinho esquisito dele mesmo, sem mascarado, sem nada, passando a mão pelo meu corpo, me ajudando com aquilo ali.

Deixo escapar um gemido satisfeito ao sentir a pele esquentar com a euforia energética e gostosa de ser sentida, mas sou impedido pelo som da maçaneta sendo virada, assustando-me o suficiente para que eu levantasse as mãos para bem longe do meu corpo, em rendição, só depois notando a tranca na porta. Suspirei aliviado, me cobrindo com o edredom por via das dúvidas.

— Peter, querido, vai ficar trancado aí a noite toda? O Sr. Rogers já saiu.

— Eu tô bem, Tia May, só tô meio dolorido — minto, usando minha voz rouca e manhosa para disfarçar minha excitação, contraditoriamente. — Pode deixar.

— E não quer nem jantar?

— Não, obrigado — murmuro, sem jeito.

— Tem certeza? Você passou o dia fora, hoje, se alimentou direito?

— Uhum — grunhi, pensando em vômito de unicórnio para acalmar o Aranha Jr. — O Deadpool me levou pra almoçar.

— Ai, eu quero saber de tudo!

— Juro que te conto tudo amanhã, Tia May — falei, imitando empolgação. — Mas é que agora tô realmente muito cansado, tá?

Posso imaginar o muxoxo da morena do outro lado quando ela passa alguns segundos em silêncio, mas não posso deixar ela entrar para criar problemas emocionais em mim ligados ao Wade quando já tenho um grande problema hormonal entre minhas pernas ligado ao Wade. E eu, vergonhosamente, admito. O do látex me deixou duro.

— Tudo bem, querido, durma bem.

— Obrigado, te amo.

Após receber uma respostas recíproca, bufo, afastando as cobertas para observar o meu amigo frustrado com a interrupção mas sem nenhum ânimo para continuar de onde parou. Rolo os olhos nas orbes, um pouco irritado um pouco contrariado — quanto mais hétero tento ser, mais gay eu me torno, isso sim é um paradoxo.

Um paradoxo digno de quadrinho.

 

—★—

 

Wade está vestido no seu clássico uniforme vermelho “para que os caras maus não o vejam sangrar” puro látex, com as espadas samurais bem esculpidas em seus contornos de couro nas costas musculosas do mesmo, mas ele está sem a máscara. A sombra cobre parcialmente seu rosto, mas eu ainda consigo vê-lo — noto cada detalhe, por mais escroto, esdrúxulo, nojento e exótico seja, na sua face, guardando cada pedacinho daquela esquisitice bonita para mim. Sorrio, assim, só por saber que por mais feio que ele pudesse ser, ainda iria me lembrar dele toda vez que alguém dissesse “beleza” perto de mim.

Mas alguma coisa está diferente. Aproximo-me dele, tentando falar algo engraçado para conseguir a atenção do grandalhão, mas mal me mexo e Wade tira uma das espadas na minha direção, assustando-me e fazendo o sorriso de segundos atrás morrer.

— O que está fazendo? Wade...

— Ele não gosta de você, ninguém gosta — murmurou, a voz estranha. As vozes.

— Não é verdade! Eu gosto de você, Wade! — clamei.

— Ele tá mentindo, olha só para você, quem iria querer um deformado sem escrúpulos como você? Mas, eu... — Deadpool levou a mão para a cabeça, batendo nela com força. A situação estava me apavorando, e aquilo frio na barriga só piorou quando seus olhos pousaram em mim. — Eu amo ele.

Fiquei sem palavras, mas parece que as vozes eram cheias delas, sempre prontas para revidar o lado positivo do Wilson.

— Ele nunca vai amar você — provocou, ele se aproximando de mim.

Meus olhos se arregalaram ao vê-lo empunhar a espada, mas antes que eu recuasse, com medo, o vi apontar a lâmina para si mesmo, fazendo meu coração quase sair pela boca de adrenalina. Lancei fluido no cabo da katana, puxando-a para longe dele mas sem perceber (ou me importar) que isso iria fazer um machucado feio no meu estômago. E fez; infelizmente eu não tinha o fator de cura do mascarado, mas isso não importava. Eu nunca deixaria ninguém, nem ele mesmo, o machucar.

— Não! — Wade gritou, petrificado com a quantidade de sangue que jorrava do corte no meu abdômen. — Peter!  — Senti meu corpo amolecer em seus braços, a visão embranquecendo, mas eu ainda podia ver aquele amontoado de feiura e esquisitice que eu achava adorável. — Desculpa... Peter. Desculpa.

Sorrio, segurando seu rosto, ele nunca me deixou fazer isso antes, mas é bom senti-lo. Pelo menos uma vez, mesmo que naquela situação. A alegria logo se esvai quando vejo o do látex colocar as mãos nas costas, em busca da outra espada, empunhando-a, dessa vez sem minha intervenção, contra o próprio peito. Não posso detê-lo, estou fraco, então imediatamente as lágrimas rolam dos meus olhos.

— Não... — imploro, vendo a dor aparente em seus olhos azuis. — Wade, não!

 

—★—

 

Tia May acordou de mau humor, o que me fez ficar com mau humor. Comi o café da manhã zangado, escovei os dentes zangado, falei para ela sobre Wade e meu sonho escroto, zangado. Na verdade, a palavra certa não seria zangado, eu estava... Cabisbaixo. Por causa do sonho, talvez, por mais que seja bobagem, eu pensei em outra coisa; nas vozes da cabeça do Wade. E isso me levou a pensar em várias atitudes minhas que podiam piorar a situação dele mesmo sem querer, e, logo no começo do dia, eu estava me sentindo um lixo.

Por vários motivos, e o encabeçava todos esses era minha incapacidade de admitir meus sentimentos por ele, mesmo sendo algo complicado de se descrever, todo mundo sabe pelo que eu estou passando, mas afirmar para os outros é tão mais difícil, tão mais complexo. Preferi até ficar mudo no ônibus até a escola, sem nem abrir o bico para MJ para acusá-la de ser a Dead-informante. Será que ele tinha se ofendido com eu desligando a ligação? Será que eu deveria ligá-lo para dar bom dia? É, Wade é um homem problemático, e os problemas dele estão começando a ser os meus.

Incrivelmente, a única coisa que consegui pensar na aula inteira foi ele. Na fragilidade que ele tinha, mesmo sendo um herói fodão com fator de cura 100%, mercenário, louco, assim como todos os seres humanos, Wade tinha suas fraquezas. Eu não tinha muitas, o que era importante na minha rotina arriscada, mas se mexessem com a Tia May, Ned ou a MJ, eu poderia fazer tudo para tê-los de volta. Deadpool também era uma fraqueza minha — como no sonho, mesmo sabendo que ele podia salvar a si mesmo, escolhi salvá-lo.

Gostar de alguém como Wade é complicado, para não dizer péssimo para um caralho — ele por si só já é problemático, ainda tem as vozes e de galho, a identidade de herói. Batuquei o lápis na mesa, pouco notando o professor dando aula, eu queria mesmo era vestir meu uniforme e saber o que ele estava fazendo naquele minuto. Será que conseguiríamos solucionar o caso da Salminem? Se bem que, eu sei, isso vai ser a última coisa que vou pensar quando o vir.

Primeiro vou lembrar do rosto verdadeiro dele, aquele que peguei escondido em uma filmagem mais escondida ainda. Depois, do Deadzinho que na verdade é um Deadzão. E, por último, do seu gemido rouco me chamando.

Achei melhor parar por ali antes de enfrentar uma ereção na aula de biologia.

— Qual é, cara? — Ned falou, empurrando meu ombro, assim que fomos liberados. — Você estava que nem um zumbi na aula, nem prestou atenção no trabalho que foi passado.

— Um trabalho? Na semana antes do baile?

— O Sr. Adams tem problema com festas — ele explicou. — Já tem um par?

— Não vou pro baile, tô ocupado com uma missão — bufei, guardando as coisas no armário.

— A Mi disse que o Deadpool veio te buscar na escola ontem, a missão é com ele? E os Vingadores?

— Deixei a equipe — confessei, tirando os fones de ouvido do bolso da mochila e desviando o olhar da face espantada do meu melhor amigo para a revelação.

Eu ainda não tinha deixado a equipe, era verdade, mas estar quebrando as regras era pedir para ser demitido, realmente. Também, da próxima vez que o Papi Stark ligasse e eu dissesse que tinha me apaixonado por um anti-herói alcoólatra, drogado, fumante, esquizofrênico, cômico e com um fator de cura incrível, seria deserdado da Super Família. Melhor deixar quieto por enquanto, até porque nem admiti ainda para mim (e isso significa falar em voz alta na frente do espelho).

— Como assim deixou a equipe? Peter, você é um Vingador!

— Não sou mais — dei de ombros.

— O que tá dizendo?

— Eles querem que eu me afaste do Deadpool, eu não vou fazer isso só para que o Sr. Stark possa usar o dinheiro dele para ir atrás de uma loira oxigenada que rouba um Tiffany aqui e acolá.

Ned se calou por um instante, observando minha expressão desgastada nem eu mesmo sabia pelo quê e contar os talvez apenas me deixava mais cansado ainda. Acho que ele entendeu — super heróis têm responsabilidades, mas adolescentes saindo do ensino médio também. O que me salvou foi Michelle chegando animada ao nossos lado e Kpop tocando no fone de ouvido. Aí, Blackpink, sempre me fazendo querer mexer a raba em momentos inoportunos. Quase solto um boombayah indo na direção do refeitório.

[Eu]

Dá sinal de vida

Eu tive um sonho muito louco com você

 

[Anti-herói do gemidão]

Desculpa, amor, tô meio ocupado agora apertando o saco de um cara muito malvado, te ligo depois

 

Eu não duvidava nada que Wade estivesse mesmo lutando com alguém naquela hora, logo pela manhã, ele sempre aparecia com um arranhão mesmo. Resolvi deixar a babaquice extrema do mais velho para outra hora e aproveitei a salada de frutas. Aproveitar foi a última coisa que eu fiz, porque começou a ficar mais visível a minha tênue linha de amor e ódio com minha cunhadinha postiça.

Primeiro — se eu era gay e só estava descobrindo agora, a culpa era dela. E eu nem sabia se deveria odiá-la ou amá-lo por isso. Mesmo que eu fosse um bom menino e tivesse resolvido não dar muita trela à confissão desesperada de Wade doido por nudes, isso ainda não justificava uma fujoshi influenciando as questões da minha vida. Olhei-a meio desconfiado mas sem abrir o bico. Péssima decisão já que MJ não reage bem ao silêncio.

— E aí, Petey, quem vai trazer pro baile?

— Não venho — dei de ombros.

— Ah, mas é nosso último ano. Sabe aquela cena final de todo filme onde você para enquanto uma música suave toca e lembra de tudo o que aconteceu até um sorriso brotar no rosto pelo final feliz? Nossa experiência no Ensino Médio é para ser assim, e o baile é a cena final. E você tem alguém pra chamar hein.

Arqueei a sobrancelha; tinha sido muito cego por não ver que a maior shipper spideypool de todos os tempos não era a Tia May, e sim Michelle. Ai ai, mulheres...

— Tenho?

— Sr. Piscina Morta — ela exemplificou.

— O Wade nunca iria querer vir para o baile — rolei meus olhos. Na verdade, eu adoraria ser acompanhado por ele, o próprio, Wade Wilson, homão da porra toda, mas vários fatores impediam esse sonho de se tornar realidade. — Primeiro que a festa é de gala, e não de fantasias e ele nunca aceitaria sair sem a máscara. Segundo que, não é o melhor momento, tá? A gente tá enrolado com um caso e...

O casalzinho se entreolhou me julgando e parei de mastigar, esperando o que aquela telepatia romântica deles iria me revelar daquela vez?

— Você quer que ele venha?

É aquele ditado né: quem cala, com o cu sente, e é, eu estava concordando enfiando mais salada e desviando da pergunta óbvia feita pelos meus amigos. Estava decretado, aquela era a regra principal entre nós: os três sabíamos que eu era gay, gayzão, gayzasso, mas todos nós estamos terminantemente proibidos de afirmar isso. Explicar o porquê só me assusta mais ainda: sou só um adolescente com hormônios à flor da pele, talvez uma confissão com esse peso não vá me ajudar agora.

Procrastinar é o meu lema.

O silêncio permaneceu: sala, sanduíche integral e uma barrinha de cereal. Parecia que até mesmo eles sabiam meu segredo.

 

—★—

 

Gravei um áudio para Wade. Já estava cansado de esperar — todo uniformizada como um clássico super-herói, no mesmo prédio que sempre nos encontramos, tinha até comprado um chocolate para o caso do grandalhão chegar cansado de alguma ocorrência, mas logo o doce desaparecer ao passar de 10, 20, 30 minutos esperando.

Balancei minhas pernas para fora do terraço, esperando que por desejo divino ou então um acontecimento físico climático, o do látex aparecesse. Isso aconteceu? Não. E por ventura do destino uma explosão só um pouquinho chamativa aconteceu há alguns quarteirões de onde eu estava. Tirar a cabeça do Pool e colocar em algo realmente útil: segurança dos civis.

Eu gosto muito do que eu faço, sabe, mas tem vezes que prefiro nem ter disparado fluido de teia para me locomover até certos lugares: aquela era uma dessas vezes. Encontrei quem eu buscava em uma luta bem agitada com mais quatro caras e para piorar, dois policiais envolvidos. Amo esses caras, eles ajudam muito, sério, mas coisa de super herói é coisa de super herói e coisa de policial é coisa de policial, e o Wade com certeza não é coisa de policial.

Quase dei meia volta e fingi que nada estava acontecendo mas foi só ver o do capuz preto eletrocutando meu benzinho com um taser. Grungi. Macho só dá problema.

— E aí, galera, acho que vocês estão com algo que é meu — disse pulando para a cena e ganhando a atenção dos envolvidos. — Quer dizer, eu...

Os encapuzados franziram o cenho para mim, assim como os policiais e o próprio Wade, mas este é uma matraca e não aguenta se calar por um nano segundo.

— Você pode só chegar detonando, não precisa fazer pose nem falar nada — murmurou, no chão.

— Eu tô tentando ajudar, mal agradecido — argumentei.

— Não tá funcionando — choramingou recebendo um soco no rosto que rasgou parte da sua máscara. Arregalei os olhos. É, eu falava demais também.

Joguei fluido nos pulsos dos tiras, prendendo-os atrás das hastes de ferro do viaduto para que pudessem ficar seguros. Afinal, aquela não era a hora deles de se divertirem. Corri para a batalha, catando a espada samurai de Wade que estava jogada distante no chão. Tentei, ao máximo lembrar do que tinha sonhado com aquele objeto, mas fiquei tenso segurando-a. 

Meu papel nunca foi matar ninguém, até porque acho isso nojento e sem ética, então tudo o que fiz foi passar a espada para o dono e melhor manipulador dela. Wade é rápido e ele sabe muito bem sair de situações difíceis, então logo contra atacou, enfiando a espada no concreto para poder se impulsionar para cima, roubando um suspiro meu com toda sua masculinidade e charme.

— Você nem para avisar, hein — reclamei.

— Me dá só um minutinho — ele disse na direção no encapuzado, fingindo colocar um telefone contra o ouvido. — Oi, Spidey, vou ter que me atrasar um pouquinho porque tô apanhando de dois caras que tem um bafo horrível!

— Sua situação não tá melhorando — adverti, observando ele esmurrar o rosto do cara segundos depois. Violência não era legal, mas Wade conseguia deixar isso tão heroico. Rodeei a cabeça do vilão com teia e o puxei para o chão, tirando-o das garras do de látex. — Ei, já chega.

— Você tá sempre cortando meu barato, cara! — Wade reclamou. — Agora solta seus amiguinhos da lei, porque a gente tem que ir atrás daqueles ali — apontou para um carro atrás de nós que ia pisando fundo para longe da cena.

Soltei um “merda”, correndo para os policiais e desfazendo a teia de seus pulso para que eles pudessem dar conta dos bandidos nocauteados no chão e nós pudéssemos correr atrás dos outros tentando se safar. Quando me afastei, Wade já estava alguns passos à frente. Ele me deu aquele olhar de que se trabalhássemos juntos, iria tudo dar certo. Quando nos conhecemos e ele inventou essa de “crossover”, eu ainda relutava muito para fazer uma dupla com ele, mas aquele olhar já tinha rendido várias lutas vencidas, então confiei nele quando o mesmo postou a espada samurai no chão, jogando-a para frente na mesma hora em que joguei o fluido no porta-malas do carro fugitivo, sendo puxado junto a ele. Coloquei os pés na espada, usando-a como uma prancha para entrar na estrada, e Wade se agarrou a mim, tirando a arma do seu traje.

— Quem são?

— Inimigos nossos.

— Nossos? — ri. — Trabalham para alguém que você chantageia?

— Provavelmente para a loira oxigenada que estamos atrás — explicou. — Que patetas, onde ela encontra esses palermas? Ei, ei, olha a moto!

Desviei do veículo, colocando mais teia no carro e entregando a ponto para o Pool.

— Sua vez de brincar de perseguição. Me dá cobertura.

Antes que ele dissesse alguma coisa, foi bruscamente puxado para frente, me soltando para que eu pudesse pular em cima do carro e pegar o motorista de surpresa, tirando a arma que ele estava apontando na direção do meu benzinho da sua mão e batendo com ela na sua cabeça, logo após isso quebrando a trava do carro para poder abrir a porta e puxá-lo para fora. Desviei do soco do cara no banco do passageiro, prendendo sua mão no painel do veículo com a teia. Uma coisa perfurou o teto no carro, assustando não só a mim mas os bandido também. Subi meu olhar para ver Wade em sua “pose de super herói, com a katana presa.

— Não quer sair, porra — xingou e senti vontade de rir.

Joguei o cara para fora do veículo, chutando o passageiro antes que ele pudesse fazer algo. Wade entrou no banco de trás, puxando-o um terceiro pelo colarinho enquanto eu tentava dirigir. O do meu lado virou-se repentinamente conseguindo alcançar a espada de Wade e apontando-a para mim. Prendi a teia no volante e da katana, manipulando os dois para conseguir sair ileso, no entanto, consegui uns cortes do uniforme. Problemas para Tia May mais tarde.

O rádio se ligou em um movimento mais brusco, em Shoop da Salt-N-Pepa.

— Eu odeio essa música

— Amo essa música — Wade berrou, estapeando o rosto do bandido na batida da música. — You're a shotgun, bang!

— Sabe, Pool, eu tava pensando — grunhi, ocupado. — Vai ter um baile na minha escola.

O do látex abriu a porta de trás, colocando a cabeça do bandido em atrito com o asfalto, com o revolver posto em sua testa, murmurando para que eu prosseguisse.

— E eu não tenho um par ainda, então, talvez, você queira ir numa festa sem stripper pelo menos uma vez na vida. O que acha?

— Má ideia, como já era de se esperar por vir de você.

— O P de Deadpool significa porre — reclamei, batendo com meu cotovelo na cara do encapuzado. Merda, doía demais. — Aí.

Por um descuido meu, o carro deu uma freada intensa, fazendo o homem nas mãos de Wade pular para fora do carro.

— Merda, ele ainda tá vivo — o do látex resmungou, segurando-se apenas na porta do veículo para atirar no bandido em cheio. — O D em Deadpool significa diabo, sabiam?

Esse papo de morte já estava ficando normal para mim.

— Para de matar pessoas!

— Me dá isso aqui — ele se referiu ao outro bandido que estava com sua katana, tomando-a dele apenas para pressionar contra seu pescoço. Não gostava nadinha do objeto nas mãos de Wade, por isso dei um jeito de sair do banco do motorista e ficar ao seu lado. — Pra quem vocês trabalham?

— Não sei — o desconhecido choramingou. — Só entra dinheiro na minha conta e me telefonam dizendo o que eu preciso fazer. Eu tenho família, cara.

Franzi o cenho, analisando a fala para saber se era verdade ou não. Pelo que eu sabia de homens, bandidos e palermas, era bem provável que a história daquele franguinho era verídica, por isso mesmo impedi que Wade apertasse mais a espada contra seu pescoço.

— O que tá fazendo? Só falta ele para completar meus dez defuntos diários.

— Ai, Jesus — o homem tremeu.

— Se aceitar ir comigo no baile, deixo você cortar a mão dele — barganhei.

— O braço ou nada feito.

Pensei por dois segundos, olhando nos olhos do homem com a barba rala e o bafo podre.

— O esquerdo — concordei, fechando os olhos para não ver a cena, mas abrindo-os tempo o suficiente para ver o limite do viaduto bem na nossa frente. O sangue espirrou em mim quando o homem gritou agudamente e o carro ultrapassou o cimento, jogando-se na direção do rio. — Merda.

Enlacei a cintura do bandido com a teia, ligando então com a mão de Wade e pulando para fora do veículo para soltar a ponta na parte ainda inteira do viaduto. Consegui ver que os dois estavam bem presos e instáveis antes de cair com as costas na água, tendo um baque absurdo contra meus ossos. Antes que eu pudesse me desesperar, fui puxado para cima por um braço musculo em minha cintura. Levantei a máscara na altura da boca para poder ajustar a respiração. Wade riu, ainda segurando minha cintura.

— Com que roupa eu devo ir?

Sorri, satisfeito por ter um par para o baile. Por ter o crush supremo homão da porra como par para o baile.

— Não com essa. 


Notas Finais


ASSUME SPIDEYPOOL
ASSUME

as vozes do wade contra-atacam
e não foi nesse que a nossa ellie apareceu
mas vai ser no próximo
rsrsrs
AMO ESCREVER CENAS DE AÇÃO
DESCUBRAM AÍ O MISTÉRIO DA KIM
ESSA MOÇA AINDA VAI DAR O QUE FALAR


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