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História Não é o fim, é apenas o começo! - 1 temp. - Respondendo ao Chamado


Escrita por: SrtaPoirot

Notas do Autor


Início de The End of Time! Yey!

Capítulo 28 - Respondendo ao Chamado


(As falas em negrito são de um narrador)

“Foi dito que nos dias finais do Planeta Terra todo mundo teve pesadelos. No hemisfério Norte do mundo, a raça humana se reunia em celebração de um ritual pagão, que servia para banir o frio e a escuridão. Cada uma daquelas pessoas havia sonhado com coisas terríveis que estavam por vir. Mas eles esqueceram. Porque eles precisaram. Eles esqueceram os seus pesadelos de fogo e guerra e insanidade. Eles esqueceram. Exceto por uma pessoa...”

...

Wilfred Mott estava a caminho de uma igreja. Suas lembranças de um sonho ruim da noite anterior não paravam de atormentá-lo. Sentiu alívio ao chegar à Igreja, onde um coral de crianças cantava. Ele caminhou pelo corredor e avistou uma enorme vidraça com imagens divinas e coloridas. Porém, não deixou de reparar na tão conhecida caixa azul que fazia parte da pintura. Estava lá, no cantinho da pintura.

“Eles a chamam de ‘A Lenda da Caixa Azul’.” Uma mulher desconhecida falou por trás dele.

Wilfred se virou rapidamente para encará-la. “Nunca estive aqui antes. Não sou muito chegado em igrejas. Muito frias.” Apenas disse.

“Aqui era um convento, por volta de 1300.” A mulher, que tinha cabelos curtos morenos, mas grisalhos na frente, falou com ele de novo. “Dizem que um demônio caiu do céu. Então um homem apareceu. Um homem em uma caixa azul. Eles o chamaram de ‘O Santo Doutor’. Ele espantou o demônio e então desapareceu.”

“Que coincidência.”

“Dizem que não existe coincidências. Quem sabe? Talvez ele esteja voltando.”

Wilfred olhava a pintura mais uma vez. “Oh. Isso alegraria o meu Natal!” Ele disse e se virou para vê-la. Surpreendentemente, a mulher não estava mais lá, em lugar nenhum. Ainda com as lembranças do pesadelo, ele foi para casa.

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Longe de Londres...

A TARDIS aterrissa em um planeta muito frio e coberto por neve.

Rose olha pelo monitor. “Nossa, vou precisar de mais roupas para sair da TARDIS.”

“Por quê? Deve estar bem agradável lá fora!”

“Sério? Você não sente esse frio todo usando apenas um terno e um sobretudo?”

“Rose, os humanos são mais sensíveis ao calor – ou à falta dele – do que os Senhores do Tempo. Apesar de ter o Time Vortex em seu DNA, você ainda é sensível.”

“Ou os Senhores do Tempo não são sensíveis o suficiente.” Rose falou e percebeu que o Doutor não tinha palavras para responder. “Ok, vamos encontrar esse Ood.”

A porta se abre.

“Ah, aí está você!” Exclamou o Doutor olhando para um Ood em pé logo mais a frente. Rose saiu logo atrás do Doutor agasalhada com roupa de frio. O Doutor usava seu terno risca de giz habitual e o sobretudo marrom, mas usava uns acessórios a mais: chapéu, óculos escuros e colar havaiano no pescoço (que por sinal era rosa e esta é a cor preferida de Rose), deixando claro a passagem deles pelo Havaí. “Eu fui convocado para um encontro, não fui? Um Ood na neve me chamando. Não viemos logo para cá. Tiramos férias antes.”

“E o Doutor ainda criou confusão por aí.” Rose o acompanhava de mãos dadas com ele.

“Mas foi brilhante, não foi? Ainda salvamos um planeta do Estômago Vermelho Carnívoro.” Então, o Doutor virou sua atenção para o Ood. “Do que você precisa?”

O Ood levantou sua bola de comunicação. “Você não deveria ter se atrasado.”

“Da última vez, você disse que minha canção estava terminando. E eu ainda nem te apresentei Rose.” Ele se afastou para deixar Rose mais pra frente. “Rose Tyler, este é Ood Sigma. Ood Sigma esta é Rose, minha esposa.”

“Prazer em conhecê-lo, Ood Sigma.” Rose falou enquanto o Ood fazia uma reverência para ela. “Não liga muito para o Doutor. Ele é assim mesmo, quando uma coisa prende sua atenção ele se esquece das outras. Mês passado demorei uma semana para chamar a atenção dele.”

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Flashback da Rose...

“Onde está o Doutor? Não sei porque estou perguntando se eu sei exatamente onde ele está: na sala do console. Ele não para de tentar consertar os defeitos do escudo da TARDIS. Malditos escudos! Tinham que dar defeito prolongado.”

Rose, entediada, se levanta da cama e caminha pelo quarto deles. Nada para arrumar ou limpar, tudo estava em perfeita ordem. Se o Doutor tivesse visto ela arrumando ou limpando, ele acharia muito doméstico. Mas ele estava ocupado demais no console para notar. Ela andou em círculos pensando.

“Pense, Rose! Ele ama a TARDIS, mas ele ama você também. O que será que eu digo para convencê-lo a deixar o console por um instante e...? Já sei! Ele não precisa me ouvir, apenas me ver. Ele pode ser o Doutor, mas é homem também.”

No console, o Doutor estava tão concentrado mexendo em mecanismos complicados e enrolado em alguns fios que não notou Rose chegando.

“Hum-rum. Vejo que ainda está ocupado nesse seu ‘projeto de conserto’.” Disse Rose calmamente. Oh, ele está tão sexy usando esses óculos.

“Sim, sim. Os escudos são importantes e preciso repará-los. Da última vez que fiquei sem eles um Titanic atingiu a TARDIS.” Respondeu o Doutor sem olhar pra cima.

“E vai demorar muito?”

“Nope! Faltam só uns ajustes que são um pouco complexos, mas estou quase terminando.”

“Então, quando terminar você pode levar meu robe de volta pro quarto?”

“Como assim? Não estou com seu...” Ele olhou para cima pela primeira vez e a viu. Oh! Lá estava Rose completamente linda e completamente... nua! Notou que ela estava ‘vestida’ com o robe antes de jogá-lo no chão do console. Mas, o que ele estava fazendo mesmo?

“Vou precisar dele mais tarde.” Ela sorriu e se retirou elegantemente.

O Doutor a seguiu com os olhos sem piscar. Olhou de volta ao que estava fazendo. Quanto tempo ele ficou ali? E o que ele estava fazendo? Ah, sim! Os escudos foram danificados e estava sendo muito difícil consertá-los. Talvez, se ele usar o... Não! O robe ainda está ali. O Doutor se levantou e se desenrolou dos fios.

“Ok, Rose! Você venceu!” Ele pegou o robe e o levou de volta à sua dona.

Fim do flashback.

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“Hããn, Rose, eu acho que Ood Sigma não quer saber dessa história...” Disse o Doutor.

“Não se preocupe. Ele não pode ver o flashback.”

“Vocês não deveriam ter se atrasado.” Ood reclamou. “Vocês devem vir comigo.”

“Espera aí. É melhor trancar a TARDIS.” O Doutor apontou sua chave para a nave e ela travou a porta com um clic. “Viram? Como um carro! Eu a tranquei como um carro! Implantei isso quando consertei os escudos.” Ele viu que nenhum dos dois achou engraçado. “Ok, vamos seguir em frente.”

Os três caminharam por alguns minutos até avistarem algumas construções. O Doutor achou magnífico e Rose achou lindo. Perguntaram em quanto tempo construíram tudo aquilo.

“Cem anos.” Respondeu Ood Sigma.

“Então temos um problema.”

“Por que, Doutor?”

“Porque tudo isso andou rápido demais. Não só a cidade, mas a sua habilidade de me chamar também, Ood Sigma. Lá no século 21. Tem algo acelerando sua espécie além do normal.”

“E a Mente dos Ood está perturbada.” Disse o Ood.

“Por quê? O que houve?”

“Toda noite, Doutor, nós temos pesadelos.” Ood respondeu.

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O Doutor e Rose acompanharam Ood Sigma até um lugar protegido por pequenas montanhas de pedra. No local, alguns Ood estavam sentados também em círculos e no centro deles tinha uma fogueira.

“Sentem-se com o Ood mais velho e compartilhem o sonho.” Orientou Ood Sigma.

“Certo.” O Doutor concordou e sentou na roda de Ood. Rose sentou ao seu lado.

“Vocês irão se juntar!” Os Ood diziam juntos e repetiam essa frase diversas vezes.

Todos deram as mãos e imediatamente o Doutor e Rose tiveram visões perturbadoras. Essas visões eram de pesadelos que os Ood tiveram e representavam um homem que o Doutor conhecia bem.

“Esse homem morreu.” O Doutor anunciou.

“Mas quem é esse homem?” Rose perguntou.

“Mas ainda tem mais.” O Ood mais velho falou e todos deram as mãos de novo. “Os eventos estão tomando forma. Há tanto tempo atrás e ainda assim, mudando o agora... Há um homem tão assustado...”

Mais imagens aparecem em suas mentes telepaticamente. “É Wilfred!” Disse Rose.

“Ele está bem? E Donna? Ela está a salvo?” Perguntou o Doutor.

“Vocês não deveriam ter demorado. As linhas de convergência estão sendo traçadas até a Terra. Até mesmo nesse momento. O rei está em seu escritório.” Imagens de um homem negro e ao lado de uma jovem negra foram mostradas nas mentes do casal, mas eles não os conheciam. “E existe outra. A mais solitária de todos, perdida e esquecida.” Dessa vez, foi mostrado imagens de uma mulher loira presa. Essa o Doutor reconheceu.

“Eu não estou entendendo.” Disse Rose.

“Rose, aquele primeiro homem era o Mestre, meu amigo de infância. Eu ainda estava viajando com Martha quando eu o reencontrei.” O Doutor começou a explicar.

“Sei, o ano que nunca aconteceu.”

“Sim. E essa mulher por último era a esposa dele. Mas ela não tinha culpa. Ela era... O Mestre, assim com eu, era um Senhor do Tempo.” Ele explicou para todos. “Eu posso mostrá-los.” Eles deram as mãos de novo, só que dessa vez foi o Doutor quem enviou imagens telepaticamente. “Lucy ficou ao lado do Mestre enquanto ele conquistava a Terra. Eu reverti tudo que ele fez, e nunca aconteceu, mas Lucy lembra. Eu queimei o corpo dele! O Mestre está morto!”

“E ainda assim não vê.” Imagens mostraram-no que um anel havia caído da mão do Mestre, o seu anel de Gallifrey. Uma mulher desconhecida o pegou. O Doutor tentou sair apressado, mas foi impedido pelo Ood mais velho. “Há algo mais, Doutor. O Mestre é parte de um grande desígnio. Porque uma sombra está caindo sobre a Criação. Algo maior está vivo na escuridão. Eventos de anos passados ameaçam destruir este futuro, e o presente, e o passado.” A cada palavra, Rose ficava mais assustada e ela viu que o Doutor engolia seco. “É o que nós vimos, Doutor e Rose. A escuridão almeja só uma coisa: O fim do próprio tempo!”

“Vamos, Rose!” O Doutor pareceu alarmado. Ele se levantou rapidamente e segurou a mão dela, puxando-a para correr com ele. Eles correram o mais rápido que puderam até a TARDIS. Ao saber que algo pior está por vir, Rose não questionou a pressa.

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A TARDIS aterrissa apressadamente no planeta Terra, em um local que eles não conheciam, mas que fazia parte das visões.

O Doutor sai primeiro. “Era aqui! Ela estava presa aqui!”

Os dois olharam o local. Estava em ruínas, tudo foi destruído. No chão tinha uma placa que o identificava: HM Prisão Broadfell. Será que foi acidente, ou foi planejado? Seja o que for, era muito tarde para intervir.

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Em Londres, Wilfred sai de casa em uma tarde tranquila dizendo que ia ao bar. Ele estava usando seu gorro natalino com chifres de rena. Sua filha Sylvia achava ridículo, mas ele não se importava desde que ela não descobrisse para onde ele estava verdadeiramente indo.

Ele pega seu celular. “Paratropa 1 para Paratropa 2. Estamos nos movendo. Repito, estamos nos movendo. Encontro às 13:00. Câmbio e desligo.”

Em poucos segundos, um ônibus apareceu no final da rua. Dentro, havia passageiros com aproximadamente a mesma idade de Wilfred, porém animados. A turma de Wilfred seguiu caminho com alegria.

...

“Ele é alto e magro, e usa um terno marrom. Pode ser um terno azul. E tem um sobretudo marrom. E um cabelo todo moderno. Todo pra cima, entendeu?” Wilfred palestrava para seus companheiros no ônibus. “Na página 2, uma representação de Rose, a esposa dele. É claro que ela é mais bonita do que esse desenho. Bem, ela é jovem, loira e usava uma jaqueta de couro da última vez que a vi... Na página 3, um desenho da cabine de polícia. Exatamente como aquelas antigas.”

“Quem são eles exatamente?” Um dos idosos perguntou ao Wilfred.

“Não posso dizer. Eu juro! Mas respondam-me uma coisa: Estão tendo pesadelos? Todos vocês?”

Ninguém respondeu.

“Sim. É por isso que precisamos dele. Nós precisamos do Doutor.”

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O Doutor e Rose chegam a um terreno baldio. O Doutor tentava rastrear o Mestre.

“Tem certeza que esse Mestre está por aqui?”

“Eu posso senti-lo! Um Senhor do Tempo pode encontrar outro pelo cheiro.” Do alto de um monte, o Doutor inspirou profundamente e olhou bem para baixo à procura do Mestre.

“Rose, preciso que volte pra TARDIS. Aqui não é seguro.”

“Nós vamos enfrentá-lo juntos. Sempre vou estar ao seu lado em todos os lugares, seguros ou não.”

O Doutor pareceu desistir de tentar afastá-la da situação. Apesar de ela ser teimosa, ele entendia seu ponto de vista. “Este lugar parece completamente isolado.” Ele a ouviu dizer.

Então, eles ouviram quatro batidas. QUATRO. Exatamente como o previsto.

“Por aqui!” O Doutor não tardou em correr atrás da origem do barulho. As quatro batidas se repetiam. O sobretudo marrom voava com a velocidade da corrida.

Continua...


Notas Finais


No próximo capítulo, o Doutor reencontra o Mestre e este conhece Rose. O Doutor também reencontra Wilfred e eles têm uma difícil conversa...


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