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História Não é o que eu pensava (Bellow) - O romântico e o sensual



Notas do Autor


Esse capitulo demorou, mas este é longo... E acho que está valendo o tempo que demorei para escrever.


~ Este capitulo contém cenas de sexo explícito [+18] Pior que não consigo nem dizer de onde até quando dá para ler, está tudo misturado nesse capitulo (acho que o próprio título sugere isso). Mas é isso, já sabem que tem, então leiam como quiserem (^_-).

Capitulo que vem tem uma nova personagem, essa original e acho que será importante para a história.

É isso, boa leitura a todos e...Aproveitem ^~^

Capítulo 27 - O romântico e o sensual


.....Estava em uma sala escura, olhei para os lados e não vi nada, então tentei andar em meio aquele breu, o som de meus passos ecoavam pelo lugar. Resolvi então permanecer estática até descobrir aonde estava, do nada tudo ficou claro, a sala tornou-se amarela e não era possível distinguir começo ou fim no lugar. Olhei para minhas mãos momentaneamente, minha pele também estava amarela e eu estava sem roupas. Estranho, jurava ter dormido de pijama, “Que diabos é isto?!” — Perguntei a mim mesma.

—Yellow — Disse uma voz muito conhecida, ecoando pelas paredes da enorme sala.

Uma porta se abriu em meio a um canto isolado da sala e de lá saiu uma mulher, vestida de azul, e ao chegar à sala tornou-se metade azul, dividindo a mesma ao meio. Aquela mulher se aproximou de mim, e percebi que estava enganada, a mulher não vestia azul, ela era azul.

Estava nua, e sua pele era azul, a única coisa que lhe cobria a nudez era um manto enorme de cor azul mais escuro e um capuz que não me deixava ver-lhe o rosto. Apesar de não estar entendendo nada, sua vinda para perto de mim não me assustava, pelo contrário, me fazia acelerar o coração.

—Não me reconhece? — Perguntou a mulher ainda de capuz, sem me olhar nos olhos.

Abri um sorriso, é claro que eu a conhecia, era Blue, finalmente a reconheci pela voz... Se bem, que não tem como esquecer aquelas curvas também. Me aproximei dela e tirei seu capuz, Blue estava realmente azul e seus cabelos mais brancos do que realmente já são.

—É a minha mulher — Disse, antes que ela pulasse em meus braços.

Mais que depressa me enchi de desejo, o mesmo que Blue emanava. Suas mãos percorriam meu corpo ligeira e suavemente, isso estava me excitando. Então, de forma inusitada, ela me empurrou, mas não fora um simples empurrão, eu fui arremessada longe. Até parar e na parede que estava relativamente longe de nós, minhas costas doeram com o impacto, e quando vi Blue já estava me prensando contra a parede, me beijando o pescoço enquanto roçava seus seios em minha barriga.

Aquilo parecia tão simples e ao mesmo tempo, estava me dando tanto prazer.

—Você é minha, Yellow Diamond? — Disse Blue entrelaçando seus dedos aos meus — Só minha?

—Só... — Arfei com um chupão que levei — Só sua, sou toda sua, Blue.

—Hum... Então geme para mim, BB.

Quando Blue disse isso senti uma mão acariciando minha intimidade, enquanto sua boca prendeu meu bico do seio. Ela sugava com relativa força, enquanto prendia meu bico do seio entre sua arcada dentária superior e a língua, língua esta que massageava meu biquinho com carinho.

Ela aprendeu isso, nem acredito!!

Quem me ensinou a fazer esta maravilha foi Alexandrite, mas a Alê estava mais para “sadomasoquista” que a Blue. Sempre acabava cheia de hematomas que demoravam mais de semana para sumir completamente, e as vezes até com uns filetes de sangue que escorriam de suas mordidas agressivas. Eu nunca curti essas coisas, mas do jeito que Alê fazia a dor desaparecia, e o prazer sempre vinha com força.

Mas voltando a minha Blue, ela mordiscava a parte debaixo de meu seio enquanto sua língua também trabalhava bem a região. Enquanto lá em baixo, seu deu médio estimulava com delicadeza meu clitóris.

E ela foi só abaixando, descendo sem parar de me estimular. Minha respiração estava se acelerando e eu sorria involuntariamente enquanto isso, coloquei as mãos em seus cabelos a estimulando a desce mais, mas sem a empurrar. Enfim sua boca chegou até minha intimidade, e ela antes de me chupar olhou para cima, e depois de lamber os lábios disse com malícia nos olhos:

—Você é minha, Yana? — Blue tornou a perguntar.

—Sim, eu sou, meu amor.

Ela sorriu maliciosamente e enquanto me mostrou a língua antes de me lamber com vontade.

—AHHHH — Gemi, tentando me segurar em algum canto — Isso mesmo...

Nos olhávamos enquanto ela me lambia com vontade, então... A sala foi ficando verde, misturando o azul e o amarelo das paredes, tornando-se cada vez mais intensos e ofuscantes. E as coisas foram ficando mais intensas, senti que estava escorregando naquela parede, cedendo a descer.

Uma mão empurrou com força meu abdome contra a parede, e suas unhas me machucavam ao me apertar... HÃ?! Blue nunca me pegou assim.

Então o verde da sala me ofuscou, e eu tive que fechar meus olhos, foi inevitável. E Blue continuava a me chupar, enquanto dois dedos me estocavam com uma velocidade razoável, conseguia escutar o som de molhado que fazia cada vez que seus dedos se movimentavam dentro de mim. Minha intimidade piscava de prazer pela forma que ela me pegava.

Ela parecia ter mais que duas mãos, pois enquanto uma mão me estocava, a outra me prensava contra a parede, e eu sentia duas outras apertando minha bunda, e parecia ter mais duas acariciando minhas pernas.

Era estranho, mas eu estava gostando tanto daquilo.

—AHHHH HÃÃÃMMM... BLUE... — Minha respiração estava muito descontrolada, eu queria e estava gritando.

A luz abaixou, pude abrir meus olhos e então vi que a sala já não era de uma cor só novamente, era turquesa misturado com vermelho vinho, e não era uniforme. Então abaixei-me para olhar minha Blue mais uma vez... Não era mais ela.

—Alê?! — Olhei para minha ex com certo medo.

Suas feições pareciam demoníacas, era como se usasse uma máscara, ao qual imitava seu rosto verdadeiro, sabia que era uma máscara e aquela não era a Blue. Dava para ver os olhos dela por detrás da máscara, cada um de uma cor, um de cor esverdeada e outro em um castanho avermelhado. Havia mais cinco outros olhos distribuídos pela máscara, todos fechados, mas hora ou outra um piscava rapidamente. Era assustador, porém aquela era Alexandrite, tinha noção disso, mas estava muito estranha.

Sua língua saía por debaixo da máscara que usava, parecia maior. Lembra que brinquei que a língua dela parecia do Venom? Enfim, se aquela não fosse realmente a língua do Venom, eu não sei o que era.

Tentei me soltar, mas ela realmente parecia ter mais braços, dois braços seguravam minhas pernas, enquanto a abriam mais. E outras duas seguravam meus punhos com força. Estava imobilizada. Somando um conjunto de seis fucking braços.

Ela tirou os dois dedos de dentro mim e os lambeu com vontade, era realmente ela. Alexandrite adorava suas unhas e as mantinha enormes, apenas cortava as unhas do indicador e o do dedo médio...Para brincarmos sem eu correr o risco dela me cortar, neh.

—Você é tão gostosa, Yana — Disse Alexandrite, e era como se mais que um só a voz dela saísse da boca dela.

—Não, para com isso... Eu tenho namorada, Alê... Por favor, me deixa ir embora.

—Aé? — Ela se levantou e veio até ficar cara a cara comigo — Toda hora se pergunta se ela não está com você porque sua figura lembra seu irmão falecido — Alexandrite disse zombando de mim — ... Tem certeza que ela é sua namorada? Não vejo anel de compromisso, muito menos soube de um pedido.

Fiquei calada, não sei porque, mas o que ela estava dizendo não deixava de ser verdade. Ela então tirou a máscara, aquela era quase a Alexandrite que conhecia, mas parecia uma versão Frankenstein. Cortada, costurada e remendada.

Virei a cara para não a olhar nos olhos, era repugnante. Meu coração estava acelerado demais.

—Olha pra mim quando eu falar — Ela me segurou pelo queixo — Esses dias mesmo, você foi “brincar” com ela usando aquela sua cinta... Ai, que você até sabe usar bem, não vou mentir, também gosto — Os olhos de Alexandrite se reviraram — Mas enfim, ela pediu para você usar e disse ainda que queria colocar em você...E o que ela fez depois, hein Yana linda?

Alê me lambeu, fazendo a ponta daquela língua estranha rodear o lóbulo de minha orelha, arrepiei toda, não queria sentir prazer com aquilo, mas ela me conhece bem, infelizmente.

—Essa tal de Blue começou a chupar o caralho da cinta — Alexandrite até riu de sua fala — Não foi? Ela literalmente pagou boquete para o consolo que estava acoplado a cinta. POR ACASO ESTOU MENTIDO?? — Alexandrite gritou e sua voz ecoou de todos os cantos naquela sala.

—Não, não está mentindo — Disse cabisbaixa.

—Então, quem você acha que ela imaginava ao fazer aquilo? Você não tem pau...Só podia ser quem na sua opinião?

 

“Twäanng! Twäanng! — Meu celular vibrava loucamente sobre o criado mudo”.

 

Acordei assustada, minha respiração estava acelerada, eu suava como um porco, e meu coração parecia que ia saltar para fora. Olhei rapidamente, estava na casa da Blue, na cama dela, dormindo ao seu lado. De pijama e tudo mais, como havia feito na noite passada. Era um sonho, graças as estrelas era só um sonho!

Peguei meu celular com um ligeiro mal humor pelo ocorrido, mas ao ver que era mensagem da minha tia, logo fiquei séria. Antes de abrir o WhatsApp, ligeiramente vi a hora, ainda era não era nem sete horas da matina, o que ela queria tão cedo assim?

[W.D.]: Starlight, tive que fazer uma viagem de última hora, um dos empresários da Keystone, que ando negociando estará aqui esta tarde para um congresso, não posso perder esta chance. Sei que tinha marcado uma reunião com você e alguns chefes do setor administrativo, mas terei que adiar para segunda-feira às 10hrs, tudo bem para você?

[W.D.]: Passa um pouco lá em casa, por favor. A Margarita tá tomando conta da Pietra, não precisa se preocupar com ela, mas vê se está tudo bem lá.

[W.D.]: Por favor mesmo, mas sem pressa meu amor.

[W.D.]: Enfim, volto amanhã à noite.

[W.D.]: Beijos, te amo.

Li tudo e então pensei comigo mesma “Pooft...Típico da minha tia!”.

Parei de perguntar o que minha tia faz, ela não dá muitas explicações mesmo. Nem sabia que estávamos em negociações com a Transportadora Coreana Keystone, acho que concordo mesmo com Pietra, White tem muitos segredos.

Mas voltando ao ocorrido, meu coração estava acelerado ainda.... Ao pensar isso, lembrei-me de que estava ao lado dela Blue. Virei-me na cama para vê-la, Blue dormia de uma forma tão engraçada, seu cabelo estava todo embaraçado e cobria seu rosto, ela estava de lado e a coberta deixava à mostra ligeiramente seu seio esquerdo.

O bico de seus seios estava rijo, creio que esteja com frio, então a cobri mais que depressa com o edredom que estava na cama. Me virei na cama novamente, para não a observar mais, aquilo estava atiçando meu fogo, tenho que me acalmar.

Como posso sentir desejo depois de um sonho daqueles?!

Alexandrite não me procurou mais desde que me expulsou de sua casa, e eu também não a procurei mais. Mas nunca havia sonhado com ela antes, o que aquilo significava? Era minha consciência falando comigo?!

Ai credo, foi muito pesado para mim aquilo.

Mas então eu parei para pensar um pouco, olhei para Blue ela ainda dormia. Será que “esse fantasma” do meu irmão vai me assustar sempre assim? É verdade, eu gosto muito da Blue, mais que gostei de qualquer outra, e não estamos juntas a muito tempo assim para eu gostar tanto dela.

Então me lembrei dela dizendo que me amava na quinta-feira e isso fez meu coração se encher de felicidade, eu quero conseguir dizer isto com a mesma facilidade que ela, ah, como eu quero. Quer saber, a Alexandrite do meu sonho está errada.

Essa história do “boquete para o caralho da cinta” ocorreu? Realmente e isso me marcou muito, porque ela disse que era para umidificar a cinta, sendo ela mesma sabe que guardo lubrificante na segunda gaveta debaixo em meu criado mudo. Mas... A verdade é que de veze em quando a Blue gosta de chupar e lamber mesmo, não só a cinta, mas com meus dedos mesmo ela já fez isso também.

Sempre que acordamos depois de uma noite de sexo, ela gosta de fazer isso, é quase um ritual para ela. Eu não entendo... Mas acho sexy o jeito como ela faz.

Não é verdade o que o sonho me dizia... Eu amo essa mulher, essa é a verdade. Eu também a amo muito mesmo. E acho que o amor não é algo que tenha uma equação ou uma lógica por trás, apenas acontece mesmo.

Pois estou sentindo, e é forte, muito forte.

Meu celular vibrou novamente, me tirando de meus pensamentos. Era um dos contadores que iria participar da reunião, ele estava incrédulo que minha tia havia desmarcado uma reunião. Pelo visto, White só desmarca reuniões comigo, com o resto ela avisa muito previamente.

Tentei voltar a dormir, ainda era tão cedo. Só havia isso de compromisso hoje, estava marcado às 10 horas essa reunião na sala de conferências do terceiro andar. Adoro essa sala, há várias salas pequenas no lugar, mas uma enorme uma caixa de vidro ao centro, esta sala não igual meu atual escritório, que dá para ver tudo lá dentro. E assim como minha antiga sala, é uma caixa de vidro espelhado ao qual quem está de dentro vê tudo lá fora, mas quem está de fora não vê o que ocorre lá dentro.

Saudades da minha antiga sala...Ah, eu ainda poderia usá-la...Se não fosse a ideia da Blue de nos pegarmos naquela sala....

Virei-me, de modo a deitar de lado e fiquei mexendo em meu celular para me distrair. Engraçado, não parava de pensar naquela vez que estávamos em meu escritório, que apesar de não ter sido tão interessante. Foi especial para mim, foi a primeira vez que Blue realmente me tocou, provavelmente a primeira vez na vida que ela chupou outra mulher na vida e isso parece tão fofo na minha cabeça. Porque ela fez isso comigo.

Sabe, as vezes me vem uma certa incerteza se isso tudo é real, se ela está comigo porque realmente gosta de mim ou do que eu significo para ela. E minhas incertezas logo são caladas pelos detalhes que fazem tanta diferença para mim.

Hum...E falando em detalhes, eu acho que tive uma ideia.

………**………

 

Demorou um pouco até Blue acordar, eu já a observava dormir fazia um tempo. Estava sentada na poltrona ao lado de sua cômoda, e sobre a cômoda havia deixado uma bandeja com um café da manhã ao qual eu corri horrores para preparar. Queria fazer uma surpresa para ela, e sabendo de sua descendência libanesa, pesquisei o que libaneses comem no café da manhã. Tinha um prato estranho lá, um pão especial ao qual eu pedi numa padaria árabe que ficava do outro lado da cidade, o resto eu consegui achar na padaria dentro do condomínio mesmo e até preparar aqui mesmo.

Blue abriu os olhos e me olhou ainda bem sonolenta, depois se sentou na cama, de modo que o pano que a cobria escorresse para seu colo. Seus seios ficaram a mostra e ela me olhava com a boca meio caída, parecia não entender bem a situação.

Apenas a observava, e depois de um tempo em silêncio ela enfim falou algo:

—A gente transou?!

E não sei por que, mas achei engraçado ela perguntar aquilo, daquele jeito. Depois mais que depressa ela saltou da cama e correu para o banheiro, batendo a porta ao entrar.

—Está tudo bem? — Perguntei.

—Deu vontade de fazer “pipi”.

Ela falou de uma forma tão meiga e ao mesmo tempo engraçada, eu que já segurava a risada na garganta, acabei rindo.

—Tá rindo por que, hein?! — Blue abriu a porta e puxou o cobertor da cama o mais rápido que podia, se cobrindo ela disse com raiva — Idiota!

Fui até ela, sentei de frente para ela na cama, levando em minhas mãos uma bandeja (que achei ao fuçar a cozinha). No caminho lhe dei um selinho, e levantei a bandeja, mostrando o que havia comprado para ela.

—Café da manhã?! — Blue perguntou ainda confusa.

—Sim, vai, calma. Senta aqui, come um pouco e vamos conversar.

Ela cruzou os braços, me encarou momentaneamente, mas depois cedeu e se sentou ao meu lado. Blue abriu um sorriso ao ver o que havia preparado com carinho para ela e então disse em meio a uma risadinha gostosa de se ouvir:

—Manouche de labneh, coalhada com mel e aveia, azeitonas pretas com queijo, um chá que julgo ser chá preto com hortelã e tâmaras... — Blue descreveu o que havia na bandeja e depois me perguntou — Está tentando me comprar com comida por acaso?

—Não, estou só tentando te agradar, senhorita Des Sables. É libanesa, certo? Procurei no google e ele me disse que no Líbano geralmente comem isso no café da manhã, espero que o buscador não tenha me mentido muito.

—Sim eu sou... E não está muito longe da verdade — Blue pegou as tâmaras que tanto adora e colocou uma em cada bochecha, parecia uma criança com a fruta seca — Ai, nem acredito que fez isso só pra mim...Por quê?!

—Você mesma disse ontem, “A mamãe aqui vai aproveitar que as crianças saíram”. Só estou te ajudando a aproveitar suas “férias”.

—Ai meu Deus, eu disse mesmo isso? — Blue cobriu a cara — Yellow, eu sei que a gente transou...Mas por que não lembro muita coisa além disso? Será que estou com “amnésia alcoólica”, se é que isso existe.

—Olha, a gente até tentou transar...Mas você estava com sono demais, acabou dormindo — Disse tentando não rir, Blue acordou nitidamente irritada hoje e não queria provocá-la mais ainda — Você fica com a boca muito suja quando está bêbada...Não sabia desse seu lado.

—Fico?! — Ela estatelou os olhos, pareceu se lembrar do ocorrido — Ai meu Deus, é verdade...Não acredito que fiz tudo aquilo — Blue tampou o rosto com as mãos — Me perdoa Yellow... Foi muita irresponsabilidade minha beber tanto daquele jeito.

Vi que Blue se cobria com certo desconforto, pois tentava comer com uma mão enquanto se cobria com a mão livre. Para ajudá-la peguei seu roupão azul e levei até ela.

—Não preocupa não — Falei me distanciando um pouco de Blue — Gosto de você...Estando bêbada ou não, continua sendo muito sexy pra mim.

A beijei com carinho no caminho de volta, sentindo o gosto ruim em sua boca, resquícios da noite misturado com tâmaras e seja lá o que há no recheio daquele pão. Eu obviamente não me importei com isso. Ela demorou um pouco a retribuir, parecia meio mole, diria eu.

—Mesmo eu te chamando de “putinha” — Blue preguntou, rindo meio sem graça.

—Você estava muito alterada ontem...Mas sim, acho que até gostei de ouvir você falando essas sacanagens baratas para mim — Dei uma risadinha, depois disse séria — Mas não faça mais isso perto dos outros.

—Hum, então você gostou, foi? — Blue me perguntou deixando a coberta cair novamente até seu colo — Bem... Eu fico feliz que goste... Ainda continuo querendo você dentro de mim, sabe?

Eitaaaa!! Como faz para acalmar o fogo que Blue tem por mim? Pior que eu mesma não sei conter exatamente o meu, vou saber conter o dela. 

—Você não quer comer primeiro? — Perguntei.

—Hum...Pode ser.

Ela levantou-se e foi até o closet, voltou vestindo seu roupão, veio até mim novamente, pegou a bandeja e foi até o chão, sentando-se com pernas cruzadas e colocou a bandeja a sua frente.

— Bem, se é para fazer isso, vamos fazer certo Yellow... Senta aqui comigo?

—Claro.

Fui ao seu encontro, sentei-me de frente para ela. Blue pegou o pão libanês que havia comprado e o partiu, levando o pedaço em direção a minha boca.

—Está aberta a novas experiências culinárias?

—Acho que sim — Abri a boca e dei uma pequena mordida no que me servia, enquanto ainda mastigava perguntei tampando a boca — O que exatamente eu estou comendo mesmo?

— Manouche de labneh, é um pão folha feito de farinha de trigo. Acho que esse tem... — Blue olhou o pão enquanto mastigava também — Pepino, tomate seco, azeitona preta e provavelmente uma mistura de temperos juntos ao azeite de oliva.

—Hum... — Disse terminando de comer — Senhorita Des Sables, pode me dar mais um pouquinho? — Disse já abrindo a boca.

—Claro — Falou Blue me dando mais um pedaço de Manouche e... (Ah, já esqueci o resto do nome), enquanto pegava Blue tornou a falar — Sabe, há muito tempo eu tive que abdicar da minha herança, da minha cultura... Nos mudamos para outro país, porque meu pai fez coisas que não devia, e mexeu com as pessoas erradas. A única coisa que me conectava ao Líbano era minha língua, que em casa sempre conversamos em árabe, e também nossa religião. Mas ao me casar com um cristão...Também perdi essa religião, mas nunca perdi minha fé...Eu acho.

Blue estava tendo um de seus momentos de devaneios, diria eu. Peguei sua mão e a beijei, mesmo que minha boca ainda estivesse cheia.

—Achei sexy te ouvir falando árabe ontem à noite — Falei a chamando a atenção assim — Posso perguntar o que falava.

—Ah, você não vai querer saber — Blue falou ficando rubra.

—Já, sei, é mais sacanagem senhorita Des Sables? — Perguntei a implicando.

—Não, claro que não — Ela deu uma risadinha — E é senhorita Zahrat alsahra’ na verdade.

Mantive a calma, mas por dentro me assustei de ouvi-la mudar de língua no meio da frase.

—O que isso significa?

—Bem, esse é meu nome verdadeiro. Jamilly Zahrat Alsahra’ é meu nome de batismo, Blue Des Sables é o nome que adotei quando mudei de nacionalidade, mas meu nome mesmo é Jamilly.

—Jamilly? — Perguntei.

—Sim, significa “Bonita”. Minha mãe me achava de uma beleza rara quando nasci.

—Ela continua certa até hoje — Coloquei a mão em seu rosto — Mas não é só linda por fora, é linda por dentro também. É tão devotada a suas filhas, que chega a ser lindo.

—Obrigada — Ela passou sua franja para detrás da orelha — Nunca falei isso com Zaffre, acredita? — Blue falou sem graça — Eu não conseguia, sei lá...Sempre quis esquecer de onde vim, acho que por muito tempo tive raiva de ser libanesa.

—Por quê?! A comida é ótima.

—Eu não poderia ser quem eu sou sendo islamita, Yana. E eu fico feliz por ser quem eu sou. Mas sei lá, as vezes sinto saudades, da comida, das roupas... Por mais que todas fossem longas demais, e ainda tinha os lenços... Sinto falta, eram lindas...Acho minha mãe linda nessas roupas pelo menos.

—Jamilly... Quer que eu te chame assim?

—Não, por favor não me chame assim. Só estou te contando mesmo, é algo que poucas pessoas sabem. Só minhas filhas e você...Talvez a Blanca também, nunca contei para ela, mas White Diamond geralmente sabe de tudo sem nós contarmos para ela. Então não duvido que Blanca saiba — Blue riu — Fora que eu adoro quando me chama de Blue...Até de senhorita Des Sables...É sexy a forma como você fala — Disse Blue me imitando a forma de falar.

Conversamos por um bom tempo depois disso... mais do que imaginei que poderíamos conversar, sempre é bom saber sobre Blue. Até porque ela mesma não se abre muito sobre seu passado, então estava me sentindo feliz com aquilo.

Um tempo depois estávamos na cozinha, depois de comermos fomos para lá e como ambas estávamos desejando por um contato mais íntimo era óbvio que uma hora ou outra iria rolar. E estava rolando ali na cozinha, eu carregava a bandeja com algumas sobras, e Blue como sempre não se importou com isso, me pressionou contra os armários, me fazendo soltar a bandeja.

Ela me beijava de uma forma a transparecer sua gana, ela me queria e tinha que ser ali e agora. Mas havia louça em meio as coisas que deixei cair, o que me deixava preocupada, já que Blue estava descalça. Não queria que minha Blue se cortasse com o vidro que estava no chão.

—Blue... — Ela me abafou, me puxando para perto dela, me beijando novamente — Blue, peraí, vai acabar cortando os pés desse jeito. Tem vidro aqui.

—Hum... — Blue olhou para o chão, depois para mim — Me carrega então, Yellow.

—O que?!

 Antes que pudesse terminar meu pensamento, Blue pulou em mim, prensando-me mais ainda contra o balcão atrás de mim. Usando o mesmo para se apoiar. A segurei como reflexo, fazendo meu corpo se emborcar também como reação. Quase a deixei cair, mas o medo de que ela se machucasse mais ainda, me fez criar forças e reflexos que não estavam presentes naquele momento.

Blue soltou uma risadinha ao ver que fazia força para manter nós duas daquele jeito, sem cairmos no chão, ela não parecia com medo de cair, tinha muita certeza que eu conseguiria pelo visto. Então sem perguntar ou algo parecido ela novamente me beijou, não consegui retribuir agora.

Quando consegui voltar a mim tentei olhar para o chão e então saí do meio daquela bagunça, indo em direção ao balcão que estava do outro lado daquele estreito corredor. Coloquei Blue sobre o balcão e quando estava para falar algo, a censurando, ela tornou a me beijar, esfregando seus seios aos meus.

—Depois você briga comigo, tá?  — Disse Blue me segurando pelo queixo — Vamos aproveitar um pouco agora, por favor.

 

………**………

 

“Sabe, eu tenho uma lista de lugares onde quero transar com você. E ela só aumenta mais a cada dia, Yellow — Me lembrava destas palavras enquanto nos pegávamos e tentávamos andar assim pelos corredores da casa”.

Já havíamos subido a escadaria, e estávamos indo em direção ao seu quarto, não estávamos muito longe, mas nenhuma das duas tinha pressa para chegar também. Minha camisa social estava em algum lugar no andar de baixo, o sutiã (que eu não usava) estava guardado em minha mala e meu zíper da calça já estava aberto a um bom tempo. Enquanto isso, Blue usava seu roupão ao qual escolhi não violar, queria abri-lo com calma quando chegássemos onde queria.

Afinal, Blue me levava para seu quarto, mas eu tinha outro destino em mente. Havia um lugar na casa que ela mesma me disse que queria transar comigo... E eu quero agradá-la. Até porque, se eu fizer isso as chances de ela dar uma doida e querer me pegar no escritório qualquer dia desses...Bem, as chances não são menores (porque Blue é imprevisível), mas pelo menos estou tentando fazer algo.

Estávamos a alguns passos de seu quarto, foi quando resolvi reagir; não que nossos beijos meio sem jeito e até desesperados não estivessem bons, nem que as “mãos bobas” de Blue não estivessem muito interessantes. Mas queria dar à Blue o que ela precisava, um descanso, e minha ideia de “miniférias” começava ali mesmo.

 A empurrei contra a parede ao nosso lado, a olhei brevemente, havia a deixado sem ar... E adorei saber disso. Mais que depressa comecei a beijar seu pescoço e desci as mãos para seu quadril, e enquanto a beijava descia minhas mãos mais ainda, passando pela lateral de seu corpo e indo cada vez mais para a parte posterior de sua coxa. Até que encontrei um ponto que pudesse me apoiar.

Sem pressa fui descendo os beijos, passando pelo seu decote, beijando o que estava a mostra de seus seios. Desci até conseguir ter impulso para pegá-la em meus braços, usei a parede para não correr o risco de deixá-la cair.

Olhei rapidamente para cima enquanto a pegava, vi um sorriso se estampar em seu rosto. Ela mais que depressa enlaçou as pernas ao meu redor, me apertando com força entre suas coxas grossas. Seus braços foram automaticamente parar ao redor do meu pescoço.

Acho estranho que nosso silêncio sempre fala por nós, levantei o olhar ao conseguir pegá-la de vez e lá estava Blue, me sorrindo como uma criança que acaba de ganhar uma bala. Quando vi sua língua já estava invadindo minha boca, e eu adorei isso, mas tentava manter os olhos minimante abertos para não esbarrar em nada enquanto me forçava a caminhar.

Tinha medo de deixá-la cair, nunca fui exatamente forte para isso, mas queria tanto fazer aquilo, levá-la em meus braços.

Então passamos do quarto e Blue finalmente parou de me beijar ao perceber isso.

—Yellow... O quarto está lá atrás...

—Não estava indo para o quarto... — Levantei minha sobrancelha e a sorri com certa maldade no olhar — Sabe, eu acho que não te contei... Mas tem uma garota lá na empresa, chamada Blue, igual a você... Mas não é você...— Olhei para ela, Blue me sorria de um jeito enigmático — E ela tem um fetiche louco por transar em escritórios, e ela tem um escritório enorme em casa...Igual a você, mas novamente, não é você. Enfim, e ela tá saindo com uma mulher que se chama Yana...Igual a mim...Mas não sou eu — Falei essa até rindo — Enfim, acredita que mesmo a mulher que ela tá saindo topando quase todas loucuras dela, a Blue... Que não é você, ela nunca levou a garota dela lá no escritório para elas “brincarem” um pouco. O que acha disso?

A prensei novamente contra a parede, ela estava escorregando pelos meus braços. Queria levar ela daquele jeito até o escritório, e iria fazer isso... Mesmo que demorasse a manhã inteira. Mas meus bracinhos já doíam. Acho que preciso fazer uma musculação, talvez.

—Eu acho que “garota” é o caralho, conheço ela, ela é um “mulherão da porra”! Isso sim.

—Hum... Sim, ela é... Acho ela gostosa demais.

—Tu não tem vergonha não, Yana?! Fica olhando para outras mulheres e ainda tem coragem de me dizer isso na cara? — Disse Blue com malícia no olhar, depois disse fingindo raiva de uma forma sexy demais ao meu ver (não sei como Blue consegue fazer qualquer coisa que possa imaginar de uma forma sensual, esse deve o superpoder dela) — Passa no meu escritório agora que a gente resolve esse problema.

—Você que manda, chefe — Disse prontamente, e ela sorriu.

Blue me ajudou a abrir a porta do escritório, entramos e deixamos daquele jeito mesmo (não tem mais ninguém na sala mesmo), a levei até a mesa de trabalho no meio do escritório, fiz isso com uma urgência sem tamanho, a deixando sentada na mesma. Foi inevitável empurrar as coisas estavam ali em cima, até os porta-retratos caíram no chão, sinceramente não olhamos se quebrou algo, mas creio que quebramos.

Meus braços doíam do esforço recém feito, mas mesmo assim minhas mãos passeavam sob as costas de Blue, a puxando para mais perto de mim, precisava sentir ela melhor. E ela também fazia sua parte, me puxando pelo quadril com suas pernas ainda a me prenderem, o que nos deixava ainda mais próximas.

Tinha muito desejo envolvido.

 Malparávamos para respirar, estávamos ofegantes e mesmo assim continuávamos querendo mais. Coloquei uma das mãos no meio de suas costas e com a outra subi até perto de seu pescoço, depois inclinei meu corpo para frente, descendo um pouco seu corpo enquanto a segurava.

Mal lhe dei tempo de respirar ao descer para seu pescoço, então sentia sua respiração descontrolada buscando normalizar, enquanto cravava suas unhas em minhas costas...Hum... Acho que estou fazendo certo. Sentia que as pernas de Blue puxavam minha calça para baixo enquanto eu beijava seus seios, passando a boca pelo vão que o decote do roupão me permitia explorar.

Não era minha intenção ficar lá por muito tempo, mas eu vi que quanto mais beijava, mais ela apertava suas pernas que estavam ao redor do meu quadril. Um tempo atrás ela acabou ficando menstruada, e não quis me contar isso, mas estava com desejo. Então Blue me pediu para tentar levar ela ao orgasmo apenas chupando-lhe os seios, mas não deu certo.

Bem...Não era o que eu tinha em mente, mas eu quero tentar isso agora.

Consegui nos separar um pouco, somente o suficiente para minhas mãos poderem lhe invadir o roupão. Abri caminho com as mãos, descobrindo seus seios de Blue em meio aos panos que os tampavam, os deixando à mostra sem ter que desamarrar seu roupão.

Isso fez ela me soltar mais um pouco por um momento, sua respiração estava deliciosamente descontrolada. Só isso já foi o suficiente para me fazer ganhar o dia. Mais que prontamente voltei para perto dela, Blue queria me prender novamente com suas pernas, mas eu as segurei para que não fizesse isso.

—O que tem em mente, Yana? — Blue me perguntou.

Já era a segunda vez que ela me chamava pelo nome hoje, após o sonho desta noite, percebi que ela é a única que me chama de Yellow... E eu quero que continue assim, vou incentivar mais daqui para frente, inclusive.

—Me chama de Yellow, por favor — Disse de uma forma sexy.

—Yellow?... Hum, pensei que não gostasse.

—Eu percebi que gosto... Mas só quando você me chama assim.

Ela sorriu de uma forma tão vitoriosa e me puxou novamente com os pés para perto, nos beijamos mais uma vez.

—Confia em mim? — Perguntei me separando novamente.

Ela me sorriu e prontamente me devolveu a pergunta:

—Claro... O que quer fazer?

—Te dar prazer...Topa?

—Não, não topo... Vamos parar agora e ir ver filme — Blue brincou, passou a mão em meu rosto e depois falou com carinho — É claro que topo, neh Yellow. Com você eu topo tudo.

—Sem me pedir por mais? — Perguntei

—Claro, é só não me fazer dormir por tédio, eu topo — Falou Blue em tom de provocação.

—Ah, então você que dorme e eu sou a culpada? — Devolvi a provocação.

—Aham...É sim — Blue fez um biquinho que achei fofo — Se tivesse me comido direito, não tínhamos nem dormindo e provavelmente agora estaríamos parando de brincar, não começando.

—Nossa, nem se acha ela, neh? ... — Mordi meu lábio inferior, e Blue me lançou um olhar com malícia — Tenho muitos planos para hoje...Topa?

—Táh...Topo... Mas olha lá o que vai fazer comigo.

Sorri de lado, tentando transparecer minha malícia ao fazer isso, mas Blue riu então apenas fingi não ter feito isso. Blue cruzou suas pernas, acho que queria que eu as abrisse. Mas não fiz isso.

Me posicionei ao lado dela, cuidadosamente levei minha língua até seu peito e comecei a beijar novamente, subindo e descendo os beijos pelo espaço entre seus seios. Ela pareceu gostar disso, ouvi um "humm" de minha Blue, o que me fez continuar.

Minhas mãos deslizaram sob sua pele de forma a tocar lhe com graça, subindo pela lateral, passando pela sua cintura e chegando até a lateral de seus seios. Senti ela estremecer ao meu toque.

Parei a mão na lateral de seus seios, e me concentrei em distribuir o máximo de beijos pelo seu peito, deixando propositalmente bastante saliva pelo caminho.

Quando percebi estar bem "úmida" a região por conta de meus beijos, eu apertei seus seios de uma vez, prensando-os um contra o outro.

—Aaaahhhh —Blue gemeu sem pudor —Ai, isso é bom.

Blue fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, fazia isso tentando aproveitar mais o momento, imagino eu. E eu, não satisfeita em apertar seus seios, movimentei as mãos de forma a roçá-los um no outro também.

Não fiquei assim por muito tempo, sei que Blue se entedia facilmente. Tirei minhas mãos da Blue e lambi com vontade seu seio esquerdo, dando voltas em torno de sua auréola. E antes de tirar a boca de perto de seu mamilo, brinquei com o bico do seio de Blue passando a língua diversas vezes para cima e para baixo sob aquela área tão frágil.

Depois parei de lamber e comecei a friccionar o seio de Blue com a mão esquerda, prendendo o bico de seu seio entre meus dedos, movimentando minha mão para cima e para baixo, de forma a seguir a curvatura de seu seio.

Enquanto fazia isso com a mão esquerda, minha boca estava focada exclusivamente em chupar o bico do seio direito da Blue. Sugava com delicadeza enquanto fazia movimentos rápidos com a língua em minha boca.

—Awwhh...isss...Ya..Yana… — Blue dizia com a respiração já turva.

—Isso Blue, geme pra mim —Falei parando de chupar rapidamente — Mas me chama de Yellow.

Não esperei para ver sua reação, voltei ao trabalho. Suguei o bico de seu seio, e fiz um movimento leve com cabeça movendo a mesma para trás, puxando assim a região que chupava junto no movimento. Repeti isso algumas vezes, puxando um pouco o bico de seu seio no movimento de sucção, e de puxar com a cabeça.

As mãos de Blue foram parar nas minhas costas, de modo que seus dedos acariciavam meus cabelos. Estava um pouco apertado daquele jeito, ela me abafava de certa forma.

Aproveitei para esfregar minha cara em seus seios por um momento, e Blue riu quando fiz isso

—Você quer me dar um orgasmo só...Awwhh! — Mordisquei seu seio —Só..Só... tocando meus seios, é isso mesmo? — Blue perguntou.

Olhei para ela enquanto beijava seus seios, concordando com os olhos.

— Não sei se vai dar certo... Acho que hoje não estou… Grrr Ããnnh — mordisquei novamente e ela fez um som que momentaneamente me lembrou um gato — Hããmm quer saber...continua.

Parei de mexer eu seus seios, e a olhei por um minuto. Foi automático, sua boca foi de encontro com a minha, enquanto minhas mãos continuavam a massagear seus seios. E Blue continuava a me abafar com seus braços em torno de mim.

Suas pernas estavam novamente me prendendo pela cintura, estávamos muito próximas e eu estava adorando essa proximidade. Tirei a mão de seus seios e fiquei subindo e descendo pela lateral de seu corpo, indo até as coxas e voltando novamente a seus seios.

Pela proximidade de sua intimidade, que estava colada em mim, sentia que estava ligeiramente molhada… Não sei se consigo fazer uma maldade dessas com ela.

Paramos de nos beijar e eu a puxei para perto de mim, beijei ligeiramente seu pescoço, desci aos ombros e enfim voltei novamente aos seus seios. Blue não está reclamando, mas acho que eu estou sem paciência na verdade, quero muito dar um orgasmo a ela.

Decidi mudar.

Blue merece mais.

Merece o melhor.

Ela me soltou e abriu um sorriso enorme, e eu fui descendo por seu abdome, beijando com carinho, enquanto continuava a olhar para Blue. Desesperadamente desamarrei seu roupão, mesmo que a peça não me atrapalhasse em nada, eu queria fazer aquilo. Então voltei a descer os beijos. Abri a boca quando passei da linha do seu umbigo, e fui me abaixando cada vez mais, olhava para Blue enquanto agachava e ela me devolveu um olhar provocativo, o azul de seus olhos brilhava.

Mas voltando ao assunto, fui descendo até ajoelhar-me no chão, havia deixado umas coisinhas debaixo da mesa, para incrementar nossa brincadeira. Procurava com as mãos tateando o que havia trazido comigo antes de Blue acordar, havia trazido a caixa com os brinquedos para pompoarismo da Blue (que fiquei conhecendo ontem), junto ao seu produto para limpeza desses brinquedos. Junto com minha cinta...Vai que ela é requisitada, neh?

 Procurava por um pequeno vibrador que estava na caixa da Blue, ele era basicamente uma bolinha que vibrava, unido por um fio a um controle (que controlava a intensidade). Um vibrador do tipo bullet, igual o que disse que já ter em minha juventude, e que a muito tempo não uso. Havia limpado tudo naquela caixa, não descartando o uso de nada, então estava tudo basicamente pronto pra brincar.

Assim que achei o vibrador, disfarcei estar com ele, enquanto o ligava e ajeitava em minhas mãos. Enquanto isso meus lábios se moviam com velocidade, distribuindo vários beijos por todo exterior da intimidade de Blue.

Ela se ajustou à minha posição, abrindo melhor as pernas, e depois apoiando seus pés delicadamente em minhas costas, de forma a ficar numa posição semelhante a uma "borboleta com as pernas.

Minha Blue não estava prestando a atenção ao que eu realmente estava fazendo, e não estava com o vibrador em mão; suas mãos acariciavam meu cabelo e seus olhos estavam fechados. Aproveitei sua distração para umidificar melhor a área com minha língua, queria que o brinquedinho deslizasse sobre a pele de Blue.

Então, de uma vez encostei o vibrador Bullet em seu clitóris e o liguei, o pressionando mais ainda contra a região. Queria dar um "choque" em Blue, virei a chave do brinquedinho até onde consegui (se este for igual o que eu tinha, sei que deixei no mais forte).

Blue gritou, e não foi baixo. Levantei a cabeça para olhá-la e nesse momento seu azul encontrou meu amarelo, ela me olhou com um sorriso malicioso no rosto. Gostei disso.

O brinquedo se agitava em minha mão, e meu coração acelerava mais que ele. Blue mexe comigo de uma forma surreal.

Deixei o brinquedinho um pouco menos "agitado" o colocando numa intensidade mais fraca. Brincava usando ele como estimulante, mas não descartando o uso de minha língua... Ah, estou relembrando a época de faculdade.

Lambia de forma sensual e lenta, subindo e passando por seu clitóris, fazia isso brevemente e depois vinha com o vibrador, fazendo o caminho contrário, descendo por sua intimidade. Alternava os meus movimentos entre minha língua e o vibrador em minha mão, e isso fazia Blue estremecer.

Sem parar o que fazia, usava os ouvidos para reparar como Blue estava arfando, e que em meio a essa respiração hora ou outra soltava gemidos agudos, hora dava uma risada gostosa. Ela estava feliz e eu também.

Então, escutei um som de molhado, como se tivesse algo pingando. Mas na verdade era a intimidade de Blue, coloquei dois dedos em sua entrada rapidamente e a senti apertar com razoável força. Só hoje fui perceber, Blue aperta realmente o interior de sua intimidade quando estamos transando, ela não só tem brinquedos de pompoarismo, ela usa isso no normal.

Pensava que era só um reflexo de seu corpo, mas vejo que ela força suas musculatura mesmo… Ai que delícia, essa mulher é incrível!

Desci a língua até a entrada de sua intimidade e deixei o vibrador trabalhando sozinho em seu clitóris, fiz leves "cócegas" passando a ponta da língua ao redor de sua entrada. Ela inclusive deu uma leve rebolada em resposta ao meu movimento.

Coloquei numa potência mais forte, enquanto forçava minha língua a entrar dentro de Blue (acho que queria ter a língua grande como da Alexandrite nesse momento, ajudaria muito), mexia um pouco a mesma dentro de Blue. Sentia meu queixo molhado, e sentir Blue apertando a pontinha da minha língua era um pouco estranho também, ela apertava e soltava muito rápido, seguindo a forma que seu interior se contraía.

—É... Isso é... Melhor em outro lugar — Blue falou rindo de forma cortada.

—Isso o que?!

Estava para virar a cabeça e ver o que ela queria dizer isso, mas antes de me afastar minimamente a língua da intimidade de Blue, ela pegou minha cabeça e puxou para mais perto de si.

—Shhhh... Mas não disse para parar.

Acho que entendi... Tem a ver comigo forçando minha língua a entrar noutra região dela... Eu disse que não tinha o mesmo efeito.

Continuei um pouco mais aquilo, mas eu mesma não estava satisfeita, tirei a língua de dentro de Blue e introduzi o brinquedinho, ligando novamente no mais intenso. Minha Blue pareceu querer escapar de mim nesse momento, não esperava. Empurrei a bolinha o mais profundo que consegui dentro de Blue com uma mão, enquanto a outra mão estava em suas costas a parando para não fugir de mim.

—Êhh...Êhh êlê... Esse negócio não foi feito para isso — Blue falou unhando a lateral da mesa que estava sentada — Esse vibrador não foi feito para penetrar nada.

—Bom... Eu não entendo de pompoarismo para saber como usam esse vibrador, mas eu já usei muitas vezes um vibrador com este para fazer isso.

—Como...AAWHHH DEUS!!...Como sabe se eu faço pompoarismo ao não?

—Você aperta demais, e tem caixa está cheia de aparelhos para treinar isso. Fiquei curiosa, por que faz pompoarismo?? Você é tão jovem, não precisa disso.

—Outra hora falamos disso... — Blue apertava os olhos.

Eu queria entrar na brincadeira, uma tesoura com esse brinquedinho no meio é algo surreal... Mas escolhi dar prazer a Blue, ela merece, merece muito mesmo. Forcei com cuidado um dedinho a entrar dentro de Blue, mesmo tendo um pequeno vibrador lá. Consegui indo devagar, ela estava apertando tanto, era tão gostoso mexer dentro dela e ouvir o barulhinho de molhado que isso fazia.

Passei pela parte rugosa de seu interior massageando a parede se sua vagina com calma, afinal, meu dedo não era única coisa a massagear ali. E Blue parecia adorar aquilo, rebolava de leve à medida que ia me mexendo também. Sentia Blue querendo empurrar o pequeno vibrador de dentro de si, e meu dedo ali impedia ele de sair.

Enquanto isso sugava seu clitóris, chupando com delicadeza e mexendo minha língua dentro de minha boca, de modo a estimulá-lo mais ainda.

Parecia tudo normal, impulsos faziam Blue estremecer as pernas hora ou outra, assim como unhar minha nuca e soltar seus gemidos tão gostosos de ouvir (não é só ela que gosta de gemer, eu também adoro fazê-la gemer).

Até que do nada ela começou estremecer por inteiro, e eu então falou:

—Ye.. ellow… Para, tô me sentindo estranha!

Por seus sinais corpóreos percebi se tratar de um orgasmo, ela já havia feito algo muito parecido comigo uma fez...Mas mesmo assim, sentia que mal havíamos começado então pensei “Mas já Blue?! ” Geralmente ela costuma demorar tanto a gozar. Estava muito cedo ao meu ver.

Então continuei aumentando a intensidade das chupadas, inclusive a potência do vibrador. Blue Finalmente gemia como ela queria gemer, sem ninguém para impedir ou moralmente a barrar.

Porém, fazia isso em Árabe, repetiu várias vezes a mesma coisa "Ana…" não sei oq lá, tentei memorizar, mas não entendi por completo, sua voz estava arfante e até rouca.

Do nada Blue gozou, e foi surreal o orgasmo dela, pois ela teve o que eu conheço como ejaculação (feminina). Pior que foi tudo tão rápido, custei a entender isso. Eu estava estimulando seu interior quando ela puxou meus cabelos, levando junto minha cabeça pra trás (talvez tentando me prevenir?) e então gozou, mas não como no normal.

Ela esguichou líquido que saiu de dentro si, me sujando um pouco minha face com seu orgasmo. e ao fazer isso gritou por conta do prazer que sentiu…

Olhei admirada para minhas mãos, era visível a quantidade de líquido na palma da minha mão. Tirei o dedo de dentro de Blue e vi que ainda seu interior ainda se contraia involuntariamente, puxei com calma também o vibrador de dentro de si, forçando o líquido que ficou contido lá dentro escorrer para fora.

Cena linda de se ver, mas eu também a acho linda então devo ser suspeita para falar também.

Olhei para cima, ela demorou um pouco para normalizar a respiração e parar de estremecer. Pessoalmente estava satisfeita, eu fiz minha Blue ter um belo orgasmo.

Assim que se acalmou ela olhou para mim e vi se enrubescer, ficando sem jeito.

— O que foi isso, Yana?!

Me levantei, ficando face a face para beijá-la. Só então ela viu que esguichou em mim seu gozo.

—Oh meu deus, eu… O que foi isso?! Yana, foi eu que te sujei?! Mas como? — Blue tapou a cara e riu sem graça — Isso nunca me aconteceu antes, perdão Yana. Ai, não sei nem o que dizer, eu estou envergonhada agora.

Blue está se descobrindo e reinventando cada vez mais, mas mesmo assim, mesmo assim, tem esses momentos que ela parece uma criança com medo do “primeiro dia de aula na escolinha”, onde qualquer novidade a assusta tremendamente... Eu acho tão fofo.

Sério mesmo que ela nunca havia gozado desta forma?... Quer saber, ou meu irmão era muito egoísta na cama ou era frouxo mesmo. Foda-se se ela é a viúva dele, eu quero muito dar todo tipo de prazer e felicidade que ela merece. Blue é uma mulher incrível demais.

—Perdão por quê?! —Perguntei e depois beijei sua testa —Eu tô é feliz demais, não é qualquer mulher que consegue isso Blue — Limpei minha mão em sua perna — E é Yellow. Me chame de Yellow, BB.

—YELLOW! YELLOW!  — Blue falou gritando de forma a demonstrar felicidade — Ai eu enem acredito!! Yellow, eu tô tão feliz, você me deixa tão... —Ela arfou quase aliviada — Ahh, você me deixa sem palavras e eu gosto muito disso.

Ela me sorriu, meio sem graça ainda... E então automaticamente fomos nos aproximando novamente, até que selamos novamente nossos lábios, nos beijamos com desejo e carinho.  Minhas mãos estavam em sua cintura e as usas estavam enlaçadas ao redor do meu pescoço.

Então nos separamos e ela pegou minhas mãos, enlaçando assim nossos dedos de uma forma tão fofa.

—Bem, se quiser brigar comigo por ter derrubado a bandeja... — Blue riu — Agora pode.

—Nah! Eu prefiro transar com você de novo...

—Eu também acho que prefiro fazer isso, Yellow.



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