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História Não entre - Dramione - Contra-ataque


Escrita por: ReidGray

Capítulo 38 - Contra-ataque


Fanfic / Fanfiction Não entre - Dramione - Contra-ataque

— AQUELA VADIA! — gritou furioso, jogou o copo de tequila que tomava contra a parede do seu quarto. Não acreditava no que seus olhos estavam vendo, pensou que ela estivesse evitando vê-lo desde que saiu da cadeia no dia anterior para não levantar suspeitas. Agora naquele momento sabia que não era isso, a desgraçada tinha fugido e levado o dinheiro que estava na sua conta. — VAGABUNDA, PIRANHA! — jogou o notebook contra a parede no mesmo lugar que o copo atingiu anteriormente. Estava preso na casa de seus pais, sabia que era mais seguro. Só não pensou que o fato de não voltar para sua casa iria lhe fazer demorar para perceber que havia sido traído. — FILHA DA PUTA, DESGRAÇADA! — a fúria estava contaminando seu sangue, Ronald sentia vontade de ir matá-la.


Esse barulho todo acabou trazendo Molly e Arthur para o seu quarto, ela invadiu o cômodo apenas para ver seu filho socando o espelho que tinha no quarto - esse que se despedaçou e automaticamente machucou a mão dele - vendo-o transtornado a ponto de querer quebrar a cara de qualquer um que se intrometer na sua vida.


— RONALD! — exclamou colocando a mão sobre a própria boca, correu em direção dele apenas para impedir dele socar novamente, daquela vez a parede. — Filho, o que… — suas mãos tocaram o ombro dele. 


— Cala boca! — ele repudiou as mãos de sua mãe, empurrando ela de uma forma tão rápida, fazendo Molly cair e bater as costas na cama. — AQUELA VADIA VAI SE VER COMIGO! 


— Ronald. —Molly ainda chamou tentando ignorar uma pontada de dor que sentiu em sua coluna, não imaginava que seu filho fosse tão forte, não notou o gesto dele até parar no chão sendo empurrada de uma maneira brusca. 


Ele saiu do quarto furioso empurrando seu pai no processo, desceu as escadas agitado, querendo a cabeça de Luna em uma bandeja. O sentimento da traição era amargo e ainda fazia seu sangue borbulhar, ele mataria ela e não se importava se estava carregando seu filho. Pegou as chaves de um carro e correu para fora de casa. 


Arthur não fez nada para ir atrás dele e não fez nada também para ajudar Molly se levantar, pela careta que sua esposa fez, ela deve ter sentido alguma coisa. Os olhos que um dia tanto amou lhe carou estupefata. 


— Você não foi atrás dele? — a sua voz denunciava o fato que estava indignada. Porém, ela apenas se sentou na cama colocando a mão sobre sua lombar. 


— Para ele passar o carro em cima de mim? — Arthur não se lembrava a última vez que usou um tom sarcástico. Principalmente com ela.


— Ele não iria fazer isso. — realmente estava perplexa, seu marido não prestava nem para ir atrás do filho. 


— Por que ele não te empurrou, não é mesmo? — questionou, ele sentia que já havia perdido sua família. Contudo, também percebia que estava do lado errado. Talvez, o fato de Ronald ter explodido tenha lhe ajudado a ter um pouco de coragem após anos de submissão e covardia.


— Arthur. — Molly falou num tom que tanto conhecia, sendo perigoso. Significando que ela iria lhe submeter aos seus gostos e pensamentos, porém, daquela vez não iria se deixar levar. Seus filhos estavam longe dele, disposto a cortar os laços consigo, por causa dela. Onde estava a porra da família perfeita e unida? — Você vai ir atrás dele, Ronald precisa da nossa ajuda.


—Ronald vai pra cadeia. — retrucou, ele tinha acabado de vê-lo lhe empurrar, ele empurrou a própria mãe, nenhum filho deveria fazer isso, nenhum filho deveria levantar a mão para os pais.


— VOCÊ ESTÁ FICANDO AO LADO DAQUELES IMBECIS? — gritou, estava imensamente revoltada e estressada. Todo mundo que deveria lhe apoiar estava virando as costas. — VOCÊ SÓ PODE ESTÁ LOUCO, VAI FAZER O QUE EU ESTOU MANDANDO ARTHUR! — ela se levantou ignorando a dor e se aproximou dele. — Está me ouvindo? Vai trazer o nosso filho para cá, você vai me obedecer seu inútil. Maridinho inútil esse que arrumei, embuste de tão miserável que é… 


Arthur engoliu em seco, ele se lembrava que muitas vezes ficava calado e submisso para não ver uma reação daquela vindo de Molly, ela conseguia lhe desarmar completamente. A fúria que ela tinha lhe deixava com medo. Medo dela, Molly tinha um lado seu que era horripilante.


Quando foi que virou um boneco totalmente manipulável? 


— Não. 


Observou os olhos dela arregalar em total espanto por sua recusa, antes mesmo dela lhe acertar um tapa em sua cara segurou seu pulso fortemente impedindo que ela avançasse. Não iria apanhar novamente dela. 


— Você está fora da minha casa. — disse respirando fundo. — Aliás, não levante a mão pra ninguém se não quiser que revidem, não faço isso porque odeio usar minha força contra você, odeio ter que machucá-la independente de como você é manipuladora e insuportável. 


— Você não vai… 


— Eu quero o divórcio. — decretou ele, deixando-a sem palavras. Soltou seu pulso vendo-a dar alguns passos para trás assustada. — Quero você fora da minha casa, agora.


Arthur quis chorar ao se dar conta que viveu anos em um relacionamento abusivo. 







Não foi uma surpresa adentrar naquela casa vendo-a totalmente destruída, havia passado no dia anterior para ver como Luna estava e se surpreendeu de não ver nenhum vestígio dela. Tinha desaparecido como fumaça, então, quando observou a sala de estar virada ao avesso soube que não foi apenas por ela ter fugido. Luna tinha feito algo que deixou Ronald transtornado. 


— Ronald? — observou ele deitado em cima de cacos do que um dia foi uma mesinha de centro. A televisão estava ligada e passava um programa qualquer, naquela manhã recebeu uma ligação de Molly assustada, pedindo que encontrasse seu filho. Mesmo sem querer havia feito o que a mulher queria e sabia onde encontrar ele. 


Também se sentia traído por ela ter fugido e não ter lhe dado nenhuma notícia ou informação do motivo que fez isso. Porém, ainda acreditava que ela ia entrar em contato consigo, pois Luna não saberia viver em ele. Ela estava quebrada demais para sobreviver sozinha. 


— Aquela vadia levou toda o dinheiro que estava na minha conta. — murmurou ele, a raiva ainda transbordava dos seus olhos. Dino quis rir, era irônico como o mundo daquele que sempre foi taxado como o melhor estava ruindo. 


— Quanto? 


— 1.000.000,00 libra esterlina. — murmurou, se um cachorro poderia está babando de raiva. Ele sentia vontade de bater em alguém. 


Dino assobiou, ela tinha feito um estrago. Nem precisava casar mais com ele. 


— Uau, ela se superou dessa vez. — o que não era uma mentira, fez uma jogada de mestre. 


— Vou encontrar ela, ah, quando eu encontrar não vai existir mais Luna nesse mundo. — Dino não quis se sentir ameaçado, porém, conhecia ele muito bem pra saber que Ronald não estava brincando. Antes mesmo de falar alguma coisa que pudesse aliviar a barra para  Luna um noticiário apareceu na televisão e com ela a jornalista anunciou o grande vídeo que estava reproduzindo na mídia. Arregalou os olhos ao ver Hermione e Alicia. 


— Tá de sacanagem. — sua voz atraiu atenção de Ronald também para a televisão, ele se sentou rapidamente e aumentou o volume. 


"Olá, sou Hermione Weasley, infelizmente." 


"E eu sou Alicia Spinnet, vítimas de Ronald Weasley." 


As vozes delas estavam se intercalando uma a outra, cada fala deixava Ronald mais furioso do que já estava. 


" Esse vídeo é com o intuito de informar que se você for vítima de violência doméstica, estupro, violência, agressão psicológica, agressão verbal. Ou qualquer outro tipo de crime não fique calada e vá procurar ajuda, procurar uma forma de se reerguer. Se está se perguntando quem eu sou, apenas digo que sou Alicia, vítima de estupro de Ronald Weasley. E eu não vou fazer como a coitada daquela mulher que provavelmente foi ameaçada para tirar a acusação contra ele, eu sou vítima, eu fui vítima e eu estou aqui em rede pública para que a justiça desse país faça alguma coisa em relação a esse caso. Nenhuma mulher merece passar por um inferno como esse e não ter sua justiça. "


" Eu sei que está com medo. Eu sei que não quer dizer nada e que acha que ninguém vai te ajudar, mas dá mesma forma que existe monstros nesse mundo, também existe anjos. Não se submeta a um inferno, há anos de exclusão, ameaças, agressões e o medo sufocante de se libertar por causa de homens como ele, meu marido, meu ex-marido, aquele que já foi namorado e o homem que amei foi aquele que me fez viver um grande e insuportável inferno, o lugar que era para ser minha casa se tornou o lugar onde eu tinha medo de ficar, o homem que amei me deixava com medo de respirar. Se você está vendo isso e está passando pela mesma coisa, saiba que não está sozinha, eu e a Alicia, assim como milhares de mulheres que lutam pela igualdade e pela sobrevivência de nós mulheres estamos ao seu lado, ligue para a polícia e prenda aquele que te transformou em uma mulher ofuscada. Não deixe que ele corte mais suas asas, voe. "



— VADIAS! — Ronald gritou avançando contra a televisão jogando-a com tudo contra o chão ao ver que a jornalista tinha voltado a tela. Respirou fundo, tentando se acalmar, suas mãos tremiam de raiva, estava imensamente furioso. Seus olhos foram até Dino. — Eu vou descobrir onde elas estão, e vão se arrepender de terem feito isso. 


Dino apenas observou ele ir até uma garrafa de vodca e engolir o restante do líquido, pela primeira vez agradeceu por Luna está bem longe e torceu para que ela não voltasse. Dino sabia que aquela ameaça era contra qualquer um que Ronald enxergasse como inimigo. 






— Acho que ele já deve ter visto esse vídeo. — Hermione comentou, poderia até imaginar a reação dele após saber que apareceu na mídia e cavou mais ainda sua cova. 


— Espero que ele se enfoque com isso. — Alicia disse dando de ombros. — Tenho certeza que ela vai amar você. 


Hermione olhou para a mulher que passou metade do dia anterior conversando, já fazia três dias de Ronald estava livre e agradecia por está conseguindo dormir. 


— Será? — estava nervosa, admitia. Atravessaram uma avenida até chegarem em um prédio, Alicia anunciou quem era e o portão foi aberto. 


— Sim, e você a ela. — Alicia afirmou enquanto que ambas subiam a pequena escada, tinha acabado de almoçar quando decidiu levar Hermione até lá. — Foi recomendação do meu próprio psicólogo, ele disse que conheceu ela quando fizeram faculdade juntos. Aposto que deve ser tão boa quanto ele. — chegaram a uma sala, havia uma moça que as atendeu calmamente. Não demorou para surgir uma mulher mais velha usando um vestido social vinho. — Olá. 


— Oi Alicia. — cumprimentou. — Você deve ser Hermione? 


— Sim. — respondeu receosa. 


— Sou Minerva. — se apresentou, seus olhos foram para Alicia. — Você deve ser paciente de Severo. 


— Sim, ele recomendou que eu procurasse a senhora já que mora aqui. 


— Ele me ligou. — Minerva falou, tranquilamente. — Hermione… — voltou sua atenção para a mulher que estava hesitante. — Vamos para minha sala? 


Hermione confirmou, acompanhando a mulher para a sala dela enquanto que Alicia sorria, satisfeita em vê-la procurar um psicólogo. Para qualquer um deveria ter se passado horas, mas não foi isso, Hermione ficou com Minerva uma hora da vida dela que seria o primeiro passo para se curar de todas as marcas que aquele cretino tinha lhe deixado. 


Então, quando saíram conversaram sobre a sessão e Alicia foi dando conselhos estes que Hermione ouvia claramente, ainda andaram pelas ruas, comeram, compraram e viveram um dia sem preocupação nenhuma. Até que decidiram ir embora quando a chuva começou a aparecer perto do anoitecer, sabendo que aquele dia já tinha acabado, Alicia decidiu acompanhar Hermione até a casa de Draco, e não prolongou sua estadia decidindo ir embora para o hotel onde estava. 


— Tem certeza que não quer que eu te acompanhe? — Draco perguntou, vendo a chuva, vendo as sacolas que ela carregava e vendo que já estava escuro demais para ela sair sozinha. 


— Tenho sim, não se preocupe. — Alicia afirmou, abriu o guarda-chuva olhando para Hermione. — E não falte nas sessões com Minerva, ela vai te ajudar. 


— Obrigada, será que vai acontecer alguma coisa por causa do vídeo que mandamos para o jornal? — Hermione queria realmente saber se teria alguma resposta da sua exposição. 


— Espero que sim, e que seja algo positivo. — Alicia disse. — Agora eu vou indo, tchau para vocês. 


— Tchau, toma cuidado. — Draco pediu. 


Alicia começou a andar rapidamente pela calçada, sabendo que pelo horário não teria muitas pessoas na rua e que também não poderia se desesperar muito, visto que, o hotel não ficava tão longe e rapidamente estaria lá. Ela não pagou anos de terapia para de submeter ao medo de sair de casa sozinha, principalmente naquele horário. 


Tentava a todo custo se acalmar diante de qualquer coisa que ouvia e fazia seu coração acelerar, como um homem que estava correndo, um casal brigando, latidos de cachorro dentro da casa, farol em seu rosto, carros, qualquer coisa. Contudo, ela não esperava que um carro fosse parar de repente, não quando estava passando por cima de uma ponte e apenas o rio estava lá embaixo, deixando uma sensação ainda pior. 


Não esperava que fosse parar pelo susto. 


Não esperava que não tivesse tempo para raciocinar quando a porta era aberta e uma figura conhecida saltava para fora. 


Não esperava que o medo que sentiu naquela noite pudesse voltar ainda pior quando reconheceu Ronald parado alguns metros de si, a fisionomia estava fechada em pura raiva e os olhos, aqueles malditos olhos lhe deixaram paralisada. Nem a chuva caindo diminuiu o pânico que começava a dominar seu corpo, Alicia sabia que teria que correr, correr para continuar viva. 



Notas Finais


Hey guys!

Ainda tudo está tenso, tudo está pior.
O que será que vai acontecer com Alicia?
E Minerva? Psicóloga linda.
Finalmente Arthur se mexeu, palmas. 👏👏👏
Libra esterlina é a moeda da Inglaterra.
Se está curioso para saber o quanto que Luna roubou, foi exatamente isso: 5.527.109,88. Convertido em real.

É, Luna é aquela que se saiu melhor nessa fanfic hahahahahaha

Acalme os corações, logo tem mais.

Obrigada por todo carinho, até mais.

Beijos da Lay.


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