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História Não foi amor à primeira vista - Capítulo


Escrita por: Isalopes544

Capítulo 5 - Capítulo


- Vai na festa da Rosé comigo.

- Você me trouxe aqui pra falar isso? Sério? Você não podia ter falado isso do lado de dentro da escola?

- Não quero que me vejam falando com você.

- Vergonha?

- Você não é ninguém aqui. Eu não falo com ninguéns.

- Então por que está convidando um ninguém pra festa dessa menina que eu não conheço?

- Justamente por isso. Quem vai estar lá não te conhece.

- Por que você acha que eu aceitaria?

- Porque eu sou Jeon JungKook. O mais popular e bonito de Arcadia.

- Ah, dá licença né! Rosto igual ao seu eu vejo em todas as esquinas. Você não é tudo isso que pensa não, então baixa a sua bolinha. (Me viro para ir embora mas ele se põe na minha frente)

- Por favor. Eu faço o que você quiser.

- Deixa o Taehyung em paz.

- Difícil. (Continuo andando e ele me para de novo) Mas consigo fazer isso.

- Todos vocês vão deixar o Taehyung em paz.

- Tudo bem. Você vai?

- Vou falar com minha mãe, tudo bem?

- Me da seu número.

- Pra que?

- Pra você me avisar se pode ou não.

- Eu te falo amanhã.

- Não, me fala hoje mesmo.

- Ansioso pela resposta?

- Sim, quer dizer, não.

- Hum. Toma aqui. (Estendo de volta o celular que foi estendido pra mim anteriormente)

- Obrigado.

- Aliás, quem é Rosé?

- Ela é uma rui... não ela não tá mais ruiva, acho que ela tá com marrom agora. Você já deve ter visto ela, essa menina é melhor amiga de uma das meninas mais poderosas do colégio. Jennie Kim.

- Ah, conheço. (Digo com desprezo)

- Também já brigou com ela?

- Adivinhou.

- Você é demais. Já chegou no primeiro dia de aula afrontando os dois mais poderosos da escola. Você não tem medo das consequências?

- Não. Eu sei me virar. Só não quero dar problemas pros meus pais postiços. O que eu tiver que resolver vai ser sozinha.

- Pais postiços?

- Isso é conversa pra outro dia. Boa tarde, senhor.

- Naaao, agora você vai ter que me contar.

- Então... olha o que é aquilo? (Aponto para o outro lado da quadra aberta e gigante)

- O que? (Ele olha para onde eu apontava e começo a correr para longe)

- Volta aqui! (Ele começa a correr atras de mim)

- Nunca! (Corro mais rápido)

- Eu vou te alcançar!

- Nunca! (Meu físico não é muito bom então eu não aguento muito tempo correndo)

Sou puxada pelo braço e virada bruscamente. Quando isso acontece, meus braços se entrelaçam atras do pescoço agora um pouco suado de JungKook. Suas mãos seguram minhas costas. Ainda ofegante pela corrida ele me diz:

- Não me faça correr atrás de você de novo assim. Fique do meu lado.

Antes que eu possa pensar em algo para responder sou surpreendida com um beijo rápido. Não sei como isso aconteceu. É muita coisa pra um dia só.

- Te vejo amanhã. (Ele me solta mas ainda sinto o seu toque)

- Amanhã.

- Ah! Amanhã você me explica o que são pais postiços. (Ele diz andando de costas em direção à porta que dá de volta aos corredores e salas)

Assinto com a cabeça e ele se vira de volta e percebo que o número atras de seu casaco é 01. Ele já sumiu da minha visão, então vou trocar meus livros no armário.

- Aonde você estava? (Tomo um susto e me tremo)

- Que susto, garoto! Eu só tenho um coração, pega leve. (Levo minha mão ao peito e sinto meu coração acelerado por tudo que aconteceu nos últimos minutos)

- Você sumiu do nada. Não te achei depois das aulas.

- Você e o Jimin estavam conversando entre si em coreano então, como já tinha acabado de comer, sai da mesa e fui pra aula. Só isso.

- E depois?

- E depois nada.

- Nada?

- É, nada.

- Nada ou você só não quer me falar?

- Eu só... Já passou da hora de ir pra casa, o que você ainda está fazendo aqui?

- Eu estava te procurando.

- Por que?

- Porque pensei que devia. Somos amigos certo?

- Sim.

- Então vai me falar aonde estava?

- Eu estava na quadra com JungKook. Feliz? (Começamos a andar em direção à saída)

- O que você estav...

- Não estava fazendo nada demais, ele só me convidou pra uma festa. E ele vai te deixar em paz, essa era a minha condição de ir com ele.

- Só isso?

Fico um tempo sem responder pensando se devo ou não falar. Afinal não foi nada demais.

- Giulia?

- Eu.

- Mais alguma coisa? (Acho que ele já espera o que eu vou falar, mas parece meio desapontado meio triste)

- Ele me beijou (digo muito baixo, mas ele ouve)

- Não precisa falar baixo. Ele só te beijou. (Ele fala enquanto morde e solta sua boca)

- Tá tudo bem? Você parece nervoso.

- Tá tudo bem. Só não pensei que você fosse o tipo de menina que gosta de babacas.

- Ei! Ele me beijou, eu não o beijei. Foi muito de repente e eu não pensei que ele fosse fazer isso. Além do mais, e se eu fosse? Ia deixar de ser meu amigo por causa disso?

- Não. (Ele diz cabisbaixo) Desculpe.

- Tudo bem. Só não faça isso de novo. Você me conheceu hoje, ainda não sabe nada sobre mim.

- Desculpe. (Ele parece realmente mal)

- Tá tudo bem. (ponho meu braço ao redor de seu ombro e o puxo para andar mais perto de mim) Para onde você mora?

- Para lá. (Ele aponta na mesma direção que a minha)

- Eu também vou para lá. Qual é a sua rua?

- Não sei o nome, só sei como chegar.

Vamos conversando o caminho todo, não percebemos que estávamos de braços entrelaçados durante uma parte da caminhada não muito longa. Ele me indica como chegar na sua casa, que fica duas atras da minha.

- Obrigado por me trazer em casa. (Ele se abaixa, fazendo meio que uma reverência. Ele percebe meu olhar confuso e me explica) Ah! Esse é um hábito coreano. Quando conhecemos alguém, quando nos despedimos e quando nos desculpamos fazemos essa curvatura com o corpo. É sinal de respeito.

- Anotei. Então até amanhã. (Me inclino um pouco e ele sorri)

- Até. (Vejo ele entrar e acenar em despedida e o faço de volta)

No caminho de casa vou pensando em tudo o que me aconteceu hoje. Foi muita coisa pra um dia só. Chego em casa e meu irmão postiço está na sala, aparentemente está dormindo, então tento não acorda-lo. Vou direto para o meu quarto pegar roupas pra tomar banho.

 Saio do banheiro e escuto Hansol perguntar se tem alguém em casa.

- Eu tô aqui!

- Giulia? Já chegou da aula?

- Sim.

- Mamãe já está em casa?

- Ainda não. Quer que eu faça alguma coisa pra comer? (Vou andando até o sofá secando meu cabelo)

Ele se levanta e faz uma cara de criança quando quer brinquedo.

- Olha, eu não ia te pedir nada não mas já que você se ofereceu...

- Strogonoff?

- Sim, por favor.

- Tem arroz pronto?

- Eu faço o arroz. Acho que não tem aquela batata.

- Eu vou comprar rapidinho. Vai fazendo o arroz e separando o creme de leite. Vê se tá na validade.

Pego minhas chaves e dinheiro e saio para comprar a a batata palha.

- Tenta não botar fogo na casa. Já volto

- Vou tentar.

Vou até o mercado da esquina da rua da frente de Taehyung, porque lá tem uma boa. Não tão boa quanto a que se encontra no Brasil, mas boa. As prateleiras mudaram então não sei mais aonde fica a batata, vou perguntar a um funcionário e esbarro em alguém.

- Descul...professor Mark?

- Aluna Giulia. Mora por aqui?

- Sim, vim comprar batata palha pra fazer strogonoff pro meu irmão. Aliás, não sei mais aonde fica.

- Se não me engano é nesse corredor mesmo. Ali no final.

- Obrigada, professor.

- Pode me chamar de Mark aqui.

- Tudo bem, Mark, legal te ver. Até quarta-feira.

- Até.

Compro a batata e volto para casa.

- Vernon?

- Tô aqui!

- Cheiro bom. Trouxe a batata! Vou começar a preparar. O arroz já tá pronto?

- Já sim. A cozinha e sua agora. Vou fazer o suco de laranja.



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