História Não O Toque Vagabunda! - 1

Era uma ótima noite de sexta-feira, perfeita para sair com seus amigos, e eu lá fazendo uma lição de matemática que o professor havia deixado para a próxima semana, acho que depois dessa informação vocês podem achar que eu sou um "Nerd" certo? mais saibam que vocês estão todos errados pois eu não gosto de ficar estudando, acham que eu não preferiria sair numa sexta a noite com os meus amigo? Que eu não tenho, ou um encontro com a minha namorada? Que eu também não tenho.

Não sei oque as pessoas vêem em mim que praticamente a escola inteira ignora a minha existência, acho que os únicos que não me ignoram são os professores já que eu sou o único que estuda de boca fechada sem tacar aviãozinho de papel na cara do professor.

-FALA MANINHO- Gritou o meu irmão mais velho Jaison que de meia em meia hora gritava na minha orelha na intenção de me assustar, embora ele nunca tivesse sucesso.

-Quando você vai parar de ser troxa e perceber que isso não funciona?- Tento me concentrar na lição, o ignorando quase por completo.

-Meu caro irmãozinho- Ele puxa minha cadeira, joga minha caneta na puta que pariu e senta no meu colo envolvendo seus braços no meu pescoço. -Eu não sou trouxa, sou insistente, e falando nisso quando quando você vai parar de ser um nerd virgem de 17 anos que estuda o dia inteiro como se sua vida dependesse disso?-

"E não depende?" Penso com a cabeça baixa enquanto tento achar minha caneta.

-Oi? Um traficante roubou sua língua pra vender na boca de fumo ou oque? - Ele pega meu rosto e encosta sua testa na minha. -Tá com febre é?-.

-Pesado...- Falo baixo ainda procurando pela minha caneta.

-Oque? Fala de novo, e mais alto de preferência - Esse cara só pode ter algum tipo de problema.

Me seguro pra não dar um grito e falo calmamente. -Você é muito pesado, será que dá pra sair de cima por favor? Eu quero terminar a lição de casa- Olha para ele seriamente com um tom de voz um pouco irritado.

-Ui calma, que moço mais ameaçador, a mãe mando avisar que a comida tá na mesa.- Finalmente ele sai do meu colo e vai em direção a porta. -Você vem?- Perguntou o indivíduo antes de fechar a porta.

-Não.- Levanto da cadeira com as pernas dormentes e tento localizar a caneta que ainda estava perdida.

-Como quiser...- Ele fecha a porta e finalmente volta ao seu mundo do andar de baixo.

Desisto de procurar a bendita da caneta, e pego outra dentro da gaveta da minha escrivaninha. Assim que termino a lição, que não estava tão difícil assim, guardo minhas coisas de volta na mochila e vou tomar banho. É nessas horas que eu agradeço aos meus pais por me deixarem ficar com o quarto que tinha ligação com o banheiro, eu realmente odeio dividir meu banheiro, pegue minha cueca emprestada se quiser, mas não use meu banheiro.

Depois do banho pego uma toalha rosa que eu havia ganhado da minha tia com alzheimer que esqueceu que eu sou um homem, ela já chego a me perguntar "E os namoradinhos?", virei alvo de bullying nessa casa durante 2 semanas, minha mãe chego a comprar um sutiã pra mim, que eu guardo no submundo da última gaveta da minha estante e não tiro por nada nesse mundo.

Me seco com outra toalha vermelha cheia de corações também dado pela minha amável tia. -Onde será que estão as minhas toalhas normais? Merda, a mãe deve ter lavado, ja que eu só uso elas. - Pego uma cueca preta com listras roxas, um par de meias brancas e minha camisola com estampa de ursinho, adivinha quem deu? Acho que não preciso dizer certo? Certo. Sinceramente só uso isso porque odeio dormir de calça e isso é muito confortável, se não ia junto com o sutiã no submundo da última gaveta.

Antes de deitar, tranco a porta só para o caso de alguém quiser tirar foto de mim dormindo, oque eu não duvido que o meu irmão faça, retardado. Coloco alarme, apago as luzes, verifico se esta tudo organizado para os altos nada que eu vou fazer amanhã já que é Sábado, e vou dormir.