História Não O Toque Vagabunda! - 3

Depois de colocar a touca volto ao meu quarto e tranco a janela, a porta do banheiro, pego meu celular e tranco a porta do quarto. Desço as escadas, saio e tranco a porta da frente e encontro Jaison encostado no carro do papai.

-A gente vai sair com o carro do papai é? Desde quando ele te deu essa moral toda garoto?- Me aproximo do carro tremendo de frio por causa dessa porra de roupa que ele me deu, ah como eu desejo meu moletom nesse momento.

-Ta com frio?- "Oque você acha?" penso. -Toma, pode pegar a minha- Ele estende sua jaqueta de couro preta que estava usando.

-Ai vai ser você que vai passar frio idiota...- Pego a jaqueta ainda meio quente e a coloco.

- Não se preocupe, eu sou bem quente gato- "Não estava preocupado com você... trouxa" Penso o encarando. -Agora podemor ir minha dama?- Ele abre a porta do passageiro para mim.

- Ah, e antes que eu me esqueça- Pego ele pelo colarinho. -Me chame de Peter Swift mais uma vez e eu frito suas bolas com a sua banha seu porco imprestável- o solto e entro no carro, ele sabe que eu odeio ser chamado com meu sobrenome.

Juro que escutei ele dando risadinhas antes de entrar no carro mas ignoro.

-Então... aonde a gente tá indo mesmo?- coloco o cinto.

-Surpresa - Ele liga o carro.- Na verdade, vai demorar um pouco então pode escolher uma música aí...- Pego um CD da Lany Del Rey e coloco no rádio, começa a tocar Dark Paradise, "essa música é realmente calma..." penso enquanto fecho o zíper da jaqueta, sinto o cheiro do Jaison na mesma oque me deixa estranhamente calmo e com sono, começo a olhar pela janela oque sempre me distraí e depois de 7 minutos na estrada eu fecho um pouco os olhos e acabo dormindo de novo.

-Peter... acorda, ja chegamos- Jaison sussura na minha orelha me fazendo ter um arrepio no corpo inteiro.

Abro os olhos e tiro o cinto. -E onde a gente tá? - Olho em volta do carro e percebo que eu não reconheço essa rua, até porque eu quase nunca saio.

-Em um lugar qualquer, de qualquer forma...- Ele acende a luz do carro e puxa uma caixa enfeitada e com um embrulho azul claro de traz das suas costas.

Olho sua cara, olho para o presente e volto a olhar para sua cara que por sinal estava com uma expressão bem alegre. -Oque é isso?- Pergunto.

-hum? É o seu presente oras, surpresa, feliz aniversário - Fico meio confuso, mas ligeiramente contente por dentro. "Como que ele lembrou disso sendo que nem eu mesmo me lembro?" Penso enquanto pego o presente.

- O-obrigado...- Ele não para de me encarar, parece uma criancinha cheia de brilho nos olhos, desfaço o nó do laço, retiro o embrulho e abro a caixa.

-E ai, gostou? - Fico encarando o objeto dentro da caixa sem notar a sua pergunta.

-Por qual motivo, razão, circunstância você me deu a porra de um pinto de borracha Jason?- Balanço aquele troço em sua cara e percebo que tem algo mais dentro da caixa. -E um lubrificante... E ATÉ UMA CAMISINHA? VOCÊ NÃO TEM CENSO DE PERVERCIDADE NÃO?- Jogo a camisinha em sua cara junto com o pinto.

-....- Ele me olha com aspecto de surpresa. -Primeiro: Não, segundo: essa é só a primeira parte do presente, aposto que agora está curioso para saber da segunda parte certo?-

-Não-

-Ótimo, então venha- Ele coloca o seu "presente" em uma sacola e me puxa do carro.

-Pra onde a gente ta indo inferno?- Tento me soltar mas esse cabeça oca parece um ogro comparando a sua força.

- Estamos a caminho da segunda parte do seu presente, quer saber oque é ou prefere que seja surpresa?-

- Eu odeio surpresas, então conta- "E odeio você também, então morra" Penso, mas decido não dizer, por que se eu ferir os sentimentos desse brutamontes eu não tenho como voltar pra casa, embora eu duvida bastante que alguém perceba minha ausência naquela casa.

- Odeia? Então vai ser uma surpresa, venha- Ele me puxa e começa a andar mais rápido. "Depois eu que viro o mal da história por querer esse bicho preso em uma jaula fria sem comida por uma semana." Penso enquanto sou violentamente puxado pelo braço direito.