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História Não odeie Park Chanyeol - Doença


Escrita por: Hohopelandy

Notas do Autor


Helloo~
Gente, eu ia postar mais cedo mas eu tive que sair de manhã e só voltei 19:00 horas, descupe pelo horário nas férias eu queria postar mais cedo, mas essa semana eu não consegui. Eu finalmente atualizei Dr. Drama, se você acompanha vai dar uma olhadinha. Eu gostei desse capítulo, eu estava começando a pesar que eu estava meio que fugindo do assunto principal. A partir do capítulo anterior que as coisas começaram a acontecer. No próximo vai acontecer algo que está na sinopse da fic, se eu estiver enrolando muito o passado deles me desculpem mas é necessário para vocês entenderem que isso afetou muito o Baek já que o ponto é ele temos que sentir o que ele sente e pensar o que ele pensa. Falei muito me desculpem.

Esse capítulo não tem capa ainda... depois eu coloco.

Desculpa se tem muito erro de espaço.

~~Bora ler~~

Capítulo 15 - Doença


                                                                                    
– Nossa, que mundo pequeno! – Nayeon correu de encontro aos braços do Chanyeol lhe dando um abraço – Eu não acredito, cheguei não faz mais de vinte minutos e já encontrei meus melhores amigos.  


– Nem eu acredito... – ouvi Chanyeol murmurar um pouco chocado com a cena que via. 


Depois que saímos do elevador eu e Chanyeol resolvemos ajudar Nayeon a encontrar seu quarto na parte de quartos femininos e levar algumas malas para lá também. Achei estranho o fato do Chanyeol não conseguir carregar a mala dela. Isso é estranho, já viu o tamanho dos músculos dele? 


 Não acredito que ela está aqui, sério. Eu, Nayeon e Chanyeol fazíamos um trio bem divertido e bagunceiro durante a escola, depois que eu tomei ódio pelo Chanyeol, Nayeon foi a primeira pessoa a me consolar. Ela era a única amiga que tinha ficado ao meu lado, não vou negar que quando Chanyeol deixou o nosso grupinho eu senti falta dele. Mas ele escolheu de que lado queria ficar.  


Aconteceram sem dúvidas muitas coisas comigo desde que Chanyeol se separou de nós, mudanças tanto interiormente como traumas e sentimentos. Como fisicamente, marcas e cicatrizes. 


Saímos do prédio de dormitórios e fomos para uma cafeteria, segundo a Nayeon temos que botar o papo em dia, já quer faz anos que não nos vemos, por um lado isso é bom, mas por outro isso é terrivelmente horrível já que teremos que desenterrar um passado que já está bem enterrado. Fizemos os pedidos primeiro e depois sentamos na mesa que ficava no canto da cafeteria.  


– Há tanto tempo que eu não vejo vocês, o que vocês andam fazendo? – Ela é tão previsível... Mas mesmo assim não consigo falar o quanto ela fez falta no ensino médio.


– Bem, eu estou no último ano de medicina – começou Chanyeol ele com toda certeza não está confortável com essa situação, além de tudo pude observar o sorriso falso que ele direciona a todo momento para a Nayeon, também é notável o suor que escorre por sua testa. Eu não sei se  isso é resultado do seu nervosismo ou ele realmente não está bem.  


Segundos depois nossas sobremesas chegaram e eu finalmente pude experimentar a torta de nozes que me encarava desde que entrei na cafeteria. Olhei novamente para Chanyeol, ele se encontra com a cabeça abaixada fitando seu bolo, não quero estar preocupado até porque ele não merece minha preocupação, mas isso está ficando desconfortável.   


– Você está nervoso porque Chanyeol? – Ele arregalou os olhos e abriu a boca algumas vezes mas nada saia de lá – Você tá bem? Está passando mal?  – Passei minha mão na sua testa, ele estava um pouco quente.


– Por que a preocupação? Hein Baekhyun... – olhei e ele está com aquela porcaria de sorriso na boca, um sorriso cheio de segundas intenções, se ele vai agir assim também não pergunto mais nada. E por que eu estou tão preocupado? Esse idiota não se desculpou, por que eu me importaria se ele estivesse doente?  


– Também não te ajudo mais seu miserável, espero que você fique muito doente – coloquei um pedaço grande da minha a torta pra vê se aquilo me acalmava, Chanyeol me tira do sério.  


– É, eu já estou... não estou passando muito bem esses dias – ele falou baixo – Por que você colocou sua mão na minha testa? Vai cuidar de mim? – Acho que ele tá com uma febre tão alta que tá fritando os miolos e escorrendo para fora de suas orelhas. Neurônios esses que o coitado já não tem por natureza.  


– Eu? cuidar de você? até parece, nos seus sonhos só se for – voltei meu olhar para ele e ele estava com um sorriso enorme enquanto me encarava, desviei na hora, o que ele está pensando? Chanyeol, não pense merda! Agora eu encarava a menina na minha frente, ela estava tão silenciosa, observando tudo o que falávamos.  


– Então... pude ver que vocês se tornaram amigos novamente! – Olhei sem acreditar em suas palavras – pelo comportamento de vocês, acho que se tornaram mais que amigos, hein!? Me contem tudo – ela falou tão animada e eu estou tão chocado que nem sei o que eu falo.


– Não é isso! – eu e Chanyeol falamos em uníssono, olhei para Chanyeol e voltamos nosso olhar na mesma hora para Nayeon – Não somos namorados! – falamos novamente em uníssono.  


– Ah! Não tente mentir para mim. É claro que vocês namoram, falam até juntos – ela apoiou  os cotovelos na mesa e colocou sua cabeça entre as mãos nos encarando.


– Nayeon, não namoramos – a menina sorriu para mim como se eu falasse alguma mentira – você não ouviu a gente? estávamos brigando a segundos atrás, Chanyeol tem uma namorada também! 


– Não, eu não vi vocês brigando – Eu pensei em perguntar se ela é cega ou surda, mas pensei duas vezes antes de fazer isso, seria falta de educação – Sabe o que eu observei? seus olhares. Um olhar diz mais do que mil palavras


– E ele tem uma namorada não é Chanyeol? – Chanyeol parecia não estar prestando muita atenção na conversa... – Hein Chanyeol!  


– Quê? Não ouvi...  


– Sua namorada! Nayeon quer saber dela. Não é isso? – ignorei totalmente o que ela tinha falado sobre olhares. 


 – Ela é líder de torcida, e também... Ela é legal – nunca a vi ninguém na minha vida falando da namorada com tanto ânimo, repara no sarcasmo.  


– Ah... bem... ela parece ser legal – Nayeon falou também percebendo o ânimo dele – Acho que já está tarde não é mesmo? Eu tenho que ir, nos vemos amanhã? - ela falou assim que terminamos a sobremesa


– Claro!  


– Pode ser – Chanyeol falou.  


Nayeon não nos acompanhou até o dormitório, segundo ela, ela tinha que resolver algumas coisas em relação à matrícula. Nós nem conversamos muito sobre ela, mas teremos outras oportunidades.


Entrei no quarto acompanhado do Chanyeol, que se deitou imediatamente na cama dele e eu fui para o banheiro para tomar um banho e escovar os dentes, depois de limpinho eu voltei para o quarto. Acho que eu demorei tanto que Chanyeol já está dormindo.


– Oh! Chanyeol... – me aproximei de sua cama e deu um cutucão em seu braço – Não vai escovar os dentes, não seu porco?  
– Eu tô muito cansado para isso.


Então, não ligando muito para ele eu fui para minha cama, após deitar me cobri com o edredom e me entreguei ao mundo dos sonhos... bom, teria me entregado ao mundo dos sonhos se o grandão não estivesse resmungando algo que eu não conseguia entender.
Tentei novamente dormir, me aconcheguei melhor na cama, usei meu travesseiro para tampar meus ouvidos e não ouvir mais o homem. Eu não ouvia nada, mas no meu pensamento dizia; “É melhor ver o que está acontecendo”, “ Você quer ver o que está acontecendo”, “Ele pode estar passando mal, você precisa ver”. Tentei resistir às vozes mas como eu sempre fui uma pessoa muito curiosa eu tirei o travesseiro e me sentei na cama.  


– Chanyeol? – Ele  se contorcia na cama, tá... Ele realmente não está bem – Chanyeol? O que você está sentindo? – me aproximei dele e coloquei minha mão no seu rosto limpando a grande quantidade de suor que insiste em escorrer por sua pele.  


– Eu estou com muita... muita dor... – tive que me aproximar mais dele para poder ouvi-lo melhor, eu estou muito assustado. Não posso mais negar o fato de estar preocupado com ele, possa ele ter feito o que fez.  


 – Calma, calma... – Acho que estou falando isso mais para mim do que para ele – eu vou tentar te ajudar, tudo bem? – fui me afastar mas ele segurou meu pulso.  


– Não vai, eu preciso de você, por favor Bae – Meu coração parou de bater quando eu ouvi isso, nunca na minha vida eu vi Chanyeol assim, e é até estranho sentir isso. O peito acelerado, mil pensamentos rondando minha cabeça, ele ainda me chamou de Bae... Era o apelido que ele me chamava quando éramos crianças. Droga! Chanyeol pare de me fazer gostar de você, porque isso dói muito.  


– Eu volto rápido, prometo – me afastei o mais rápido que eu consegui e fui até o banheiro, peguei uma toalha de rosto e molhei, eu não sei o que estou fazendo, mas é isso que fazem nos filmes, certo?  


– Bae... me ajuda... – eu o ouvia choramingar e isso está partindo meu coração. 


– Já cheguei... – voltei para seu lado e coloquei o pano em sua testa, depois de secar seu rosto – Chanyeol, você precisa me falar o que eu tenho que fazer. Eu estou completamente perdido. 


– Só... – respirou fundo – só fica um pouco aqui comigo –  ele procurou minha mão e eu segurei a sua, não era para eu gostar tanto disso – liga para uma ambulância.  


– É tão grave assim? Você está realmente muito mal a ponto de ir para o hospital?  


– Se for o que eu tô pensando... é, eu vou precisar ir para o hospital – ele começou a passar as mãos pelo próprio corpo e eu fiquei um pouco confuso com o seu ato.  


– O que você está fazendo?  


– Tentando encontrar a fonte dessa dor – quando ele pressionou abaixo do umbigo do lado direito e soltou um resmungo de dor.  


– Eu vou ligar para a ambulância... só espera um pouco – peguei meu celular para ligar, mas achei melhor ir até a recepção do prédio onde eles poderiam me ajudar – Chanyeol eu já volto! – avisei e saí correndo do quarto até pegar o elevador que felizmente não demorou. Chegando na recepção pedi para a Hyeri ligar para uma ambulância, eu só tive que falar que Chanyeol não estava bem e ela logo discou os números. 


Já no quarto me ajoelhei ao lado da cama e fiquei parado, eu estou com uma vontade imensa de passar as mãos nos seus cabelos, segurar novamente sua mão, mas eu não posso fazer isso de novo, não posso me aproximar dele, não seria justo comigo mesmo se eu fizesse isso.  
Por que ele simplesmente não pede perdão? Se ele me dissesse agora que se arrepende de ter me chamado daquelas coisas, eu juro que teria aceitado. Mas ele não vai fazer isso e como eu já disse antes, eu não posso fazer isso, não posso perdoá-lo, ele me magoaria de novo como sempre faz e eu nesse exato momento estou sendo um tolo imbecil por querer cuidar de uma pessoa que me fez e faz muito mal. 


Fui interrompido quando os homens da emergência entraram no quarto, Chanyeol foi colocado em uma maca e saiu do quarto. E eu fiquei lá, sozinho, com os meus pensamentos completamente confusos com tudo que está acontecendo. Hyeri que está parada no batente da porta me chamou para que acompanhássemos os socorristas, fui a passos rápidos atrás deles.  


– Você vai com a gente dentro da ambulância? – um dos paramédicos me perguntou quando já tinham colocado Chanyeol dentro do veículo, concordei com a cabeça e subi – Você é o que dele? Amigo?  


– Sim... Eu posso ser considerado um amigo – essa frase com certeza significou mais para mim do que uma simples pergunta.  


Colocaram uma máscara nele que cobria seu nariz e sua boca, depois eu me sentei ao seu lado. Dentro do veículo fui questionado sobre algumas coisas. Se ele tinha ingerido algum alimento que o fez mal ou se ele teve vômitos.  Eu não sabia nada então só respondi que ele já estava passando mal há alguns dias, foi isso que ele disse na cafeteria.  


– Bae, cadê você? – ele olhou para os lados até me encontrar – Pensei que não ia querer vir – ele sorriu, meu coração acelerou com aquilo. Para com isso seu coração de merda.  


– Eu estou aqui não estou? – cheguei, mas perto e por impulso tirei uma mecha que estava no seu olho – Você vai ficar bem, okay? – Ele concordou com a cabeça e fechou os olhos.  


O caminho foi curto pois fomos para o hospital que pertencia à faculdade, ao chegar eu não fui autorizado a continuar o caminho junto com  Chanyeol, fui para a sala de espera e me sentei em uma das cadeiras, assim que sentei deixei meu corpo relaxar e praticamente deitei na cadeira.  


O dia está sendo muito cansativo, muitas surpresas para um dia só. Quando finalmente penso que as coisas vão voltar para o que eram, o destino vem e estraga a porra toda. Nayeon chega, Chanyeol quase morre de dor... e eu aqui, sabe, estou cansado. Apesar de estar acostumado com esse sentimento de preocupação por causa da minha mãe, com ele esse sentimento é diferente.


 Acho que estou preocupado pelo rumo que minha vida está tomando, talvez eu esteja com medo, com medo de mudanças. Eu sempre gastava meu tempo odiando o Chanyeol, brigando com ele até sair no tapa mas eu não sinto mais vontade de fazer isso já a algum tempo. Esse é o motivo do meu medo, se eu não quero mais odiar ele, o que vai ser de mim? O que está acontecendo comigo? Eu estou gostando dele, é isso?  


– Você é o acompanhante de Park Chanyeol? – um senhor com jaleco parou na minha frente e me perguntou.  


– Sim, sou eu – me levantei e parei a sua frente – como ele está? É muito grave? – a preocupação era evidente na minha voz.  


– Qual é o seu nome?  


– Byun Baekhyun.  


– Bom, Sr. Byun, ele terá que fazer uma cirurgia –  ignorei o fato dele me chamar de senhor sendo que eu só tenho 22 anos – é a cirurgia mais fácil de se realizar, não se preocupe ele ficará bem. 


– Qual tipo de cirurgia? Poder me explicar melhor?  


– O apêndice dele está inflamado, então, temos que retirá-lo antes que se rompa. Não vai demorar muito, acho que uma hora é o suficiente. 


– Onde ele está agora? Eu posso vê-lo?  


– Claro, me acompanhe – acompanhei o médico já de idade avançada que me direcionou a um quarto, entrei e Chanyeol está sentado na cama com um soro ao seu lado, ele está acordado e me olhando como se eu fosse uma miragem – nós demos morfina para ele não sentir dor, eu vou preparar a cirurgia dele, com licença – ele passou pela porta e a fechou logo depois.  


– Oi – me aproximei da cama e arrastei uma cadeira para sentar ao seu lado – como você está?  


– Eu sabia que você estava preocupado comigo – revirei os olhos – vi isso nos seus olhos lá na cafeteria, não tente negar.  


– Eu só não queria que você morresse do meu lado – ele riu e passou as mãos no meu cabelo, por que ele fez isso? O que você quer de mim Chanyeol?  


– Obrigado, por se preocupar... – ele baixou o olhar e começou a mexer na barra do edredom.


– Não fiz nada demais, eu não ia deixar você se contorcendo de dor.  


– Mas mesmo assim, você não tinha que me ajudar e mesmo assim fez... – nos encaramos durante um tempo e logo eu desvio o olhar – eu acertei meu diagnóstico – mudou de assunto.  


– Como assim?  


– Antes de vir para cá eu já tinha uma ideia do que eu tenho.  


– E por que não veio antes seu idiota? Poderia ter morrido – deu uma tapa no seu braço, indignado. 


– E perder a chance de te ver todo preocupado? Ai! – ri da sua reação – Não me bate baixinho, eu só queria ter certeza do que eu tinha. Não sabia que eu ia sentir tanta dor durante a noite. Você estava muito assustado, não é mesmo? Me desculpe por isso.  


– Para ficar lembrando dessas coisas, eu não fiz nada demais, já disse – falei um pouco alterado, não tem a  necessidade de ele ficar lembrando disso toda hora.  


– Tá estressadinho por quê? – levantou uma das sobrancelhas e eu revirei os olhos – seu coração acelera quando eu digo isso? – colocou a mão no meu peito e não pude evitar de ficar nervoso.  


– Pare com isso! Não pense em bobagens – tirei a mão de meu peito e me afastei um pouco – Você não vai ligar para seus pais? – Desviei  do assunto.  


– Eles não teriam tempo para vir aqui, você lembra deles... Sabe como eles são – Eu lembro perfeitamente como eles são, sempre ocupados e nunca tem tempo para o filho, é triste saber disso, quando criança ele passava mais tempo na minha casa do que na própria. Ele sempre disse que sua casa era chata e que seus pais eram piores ainda.  


– Eu lembro deles. Se quiser eu fico aqui com você – olhei nos seus olhos e ele estreitou os dele como se desconfiasse com alguma coisa.  


– Isso é estranho, não vai me enforcar com o travesseiro enquanto eu estiver  dormindo? 


Bem que eu queria.


– Se eu quisesse te matar você já estaria morto lá no quarto – ele riu, até que o sorriso dele é bonitinho agora parece uma fileira de pérolas branquinhas – Não vai chamar sua namorada?  


– Ah...  – pensou – Não, não vou chamar


– Por quê?  


– Não preciso dela, você está aqui e também ela tem me irritado muito recentemente... – abaixou a cabeça e o silêncio se instalou no quarto. 

 
– Foi você que escolheu a namorada que tem – ele me olhou e abaixou o olhar novamente  


– Agora que não estou sentindo mais dor vou descansar um pouco, talvez só acorde quando começar a cirurgia.– virou para o outro lado ficando de costas para mim, afastei minha a cadeira e me sentei no sofá que tinha ali. Senti meu celular vibrar e peguei o mesmo. É uma mensagem de Luhan. 


“Por que você não está no seu quarto? Comprei umas cervejas e pizza, vem pra cá” 


“Deixa para próxima, eu tive que resolver algumas coisas.” Ele me respondeu com um simples tudo bem, antes de os enfermeros vestidos a rigor entrarem no quarto. 


– Você vai me esperar, não vai? Não quero ficar sozinho aqui – me olhou assustado e eu não tive como negar.  


– Você não ficará sozinho, eu vou estar aqui – falei firme e tive a chance de ver um sorriso sincero em seus lábios antes dele passar pela porta que o levaria para a cirurgia.  


Eu encarava o relógio preso na parede desde que Chanyeol passou por aquelas portas. O médico tinha dito que a cirurgia poderia ser realizada em apenas uma hora e ver os minutos passando e nada dos médicos aparecerem me deixavam extremamente ansioso. 


Milhares de coisas passavam pela minha cabeça, eu era muito pessimista, já estava imaginando como seria se eu fosse a última lembrança de Chanyeol, soava mórbido pra mim. 


 Antes que eu fizesse um texto imaginário das palavras que diria em seu velório, o médico passou pelas portas automáticas com um grande sorriso.


– Como foi? Ele tá bem? Posso vê-lo? –  Me levantei rápido do banco onde estava sentado e tive uma pequena vertigem. Eu estou tão cansado que não estou nem me aguentando em pé.  


– A cirurgia foi um sucesso, ele está no pós operatório se recuperando. Você pode ir para casa, deve dormir para cuidar dele ao amanhecer.  
– São que horas? – dependendo do horário eu poderia pegar um ônibus, quem sabe o metrô.  


– São quase 4:00h, se você quiser pode ir para o quarto dele e dormir lá, não falta muito para o amanhecer – concordei com a cabeça e ele me levou para o quarto que ele está – Se precisar de alguma coisa nos chame e se ele acordar também – concordei.


Foi com toda a certeza uma das noites mais cansativas da minha vida. Me joguei no sofá, mas antes de fechar meus olhos olhei para Chanyeol para conferir se ele está bem, quando garanto que ele está dormindo tranquilamente fechei os olhos e finalmente pude descansar um pouco.  


Meu celular não para de vibrar, mas que droga. Não posso nem dormir em paz, sempre tem alguém para me atrapalhar, peguei o celular e estreitei os olhos por causa da luminosidade que o sol está causando, sete ligações perdidas e mais de trinta mensagens. Luhan, Soo e até mesmo Sehun me mandaram mensagens me perguntando onde eu estou e o que estou fazendo. Digitei “Depois eu converso com vocês, estou ocupado” e mandei para os três.  


– Você vai ficar corcunda se continuar dormindo nessa posição – ouvi a voz grossa mas não abri os olhos eu sabia que ele está se referindo ao jeito que eu estou deitado no sofá – Eu  sei que você me ouviu.  


– É, eu ouvi – minha voz saiu um pouco abafada por culpa do travesseiro onde eu enfiei minha cara – me deixa dormir só mais um pouquinho.


– Você pode se deitar aqui do meu lado – abri os olhos, e encarei aquele cara para ver se ele não está me caçoando exibindo sua cama – Não estou brincando, essa cama é enorme e você é pequeno cabe nós dois aqui. 


– Eu não quero dormir na mesma cama que você, muito menos dormir ao seu lado – tirando o fato dessa resposta poder ter um segundo sentido – Prefiro esse sofá duro. 


– Eu sei que você quer essa cama aqui, tão macia, tão confortável, quentinha... você realmente não quer se deitar aqui? – não acredito que vou fazer isso, mas dane-se.


– Inferno! Chega pra lá então... – me aproximei da cama, ele chegou para o lado e realmente a cama é muito espaçosa, me deitei e virei de costas para ele – vou dormir agora. Boa noite.  


– É manhã.  


– Você entendeu, agora me deixa dormir.


– Não vai nem dizer um obrigado? – virei para ele não acreditando na ousadia dele.  


– A culpa é sua eu estar que nem um zumbi e eu ainda tenho que agradecer? Quem deve agradecer é você. Eu não deixei você sozinho como me pediu, eu poderia muito bem ter ido para o dormitório e dormir na minha cama – joguei tudo na cara dele e ele só soube me olhar assustado.  


– Me perdoa – eu pude ver em seus olhos a sinceridade.  


– Te perdoar por me fazer passar a noite em claro? – no fundo eu sei que eu não quero perdão só por esse motivo.  


– Não só por isso, me perdoe por tudo. Tudo que eu já te fiz desde que éramos crianças até hoje – colocou a mão em minha bochecha e a acariciou – me perdoe por ter te ferido, mas saiba que eu me machuquei muito também... Eu só quero seu perdão, Bae. Me perdoe, por favor. 
Talvez o amor seja uma doença e talvez, só talvez eu esteja começando a ficar doente por Park Chanyeol. 


Notas Finais


twitter @Hohopelandy


Viu como o Baek mudo da água para o vinho quando se trata do Chanyeol? Vocês acham que ele só começou a gostar do Chan agora? Muitos pensaram que nesse capítulo ia ter treta por causa da Nayeon mas não se preocupem ela está muito próxima. Será que o Baek vai ouvir o Dong e perdoar o Chany?

O que vocês estão achando?


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