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História Não Posso Negar - Dia Intenso


Escrita por: Enix

Capítulo 57 - Dia Intenso


Fanfic / Fanfiction Não Posso Negar - Dia Intenso

 

Sasha largou tudo e foi correndo para dentro do castelo à procura de um banheiro para se limpar o mais rápido possível depois daquela nojeira que ela fez em si próprio sem perceber. Mikasa só balançou a sua cabeça negativamente sem parar de rir, vendo a garota desaparecer. Agradeceu aos ventos por Sasha não ser sua parente, ou Mile correria risco de herdar alguns traços de personalidades. Muito diferente de Sasha, Mikasa e Levi eram bem mais atentos às coisas ao redor. Eles tinham lá suas diferenças marcantes, mas eram parecidos em algumas coisas. Assim como as pessoas que colocaram eles no mundo.  

Mikasa saiu dos estábulos e entrou no castelo, e não demorou muito para que se encontrasse com Hange, Armin, Connie e os outros no meio da sua trajetória. Claramente, Hange foi a primeira em demonstrar muita empolgação ao vê-la com Mile nos braços.

–Mikasa! –Ela se aproximou da garota, mas não o bastante para sufocá-la em um abraço, devido ao bebê. –Menina, você fez falta por aqui. 

–Eu imagino. –Ela sorriu sutilmente e depois desviou seu olhar de Hange, e focou em seus amigos adiante. –Também senti falta de vocês. 

–Mikasa, que bom que você veio. –Armin estendeu a mão para ela, e Mikasa apertou segurando o bebê com apenas um braço. –Como você está? Tem vivido bem? Tem comido direito? E o Capitão tem dado a você tudo o que precisa? E o bebê nasceu saudável?

–Calma meu pequeno Arlet. –Hange rodeou o braço em volta do pescoço de Armin, cutucando a costela dele com o dedo. –Desse jeito Mikasa não vai conseguir responder a todas essas perguntas. 

–Ah, é que eu fiquei preocupado pensando um monte de bobagem… –Ele coçou a bochecha sem graça. 

–Eu estou bem Armin, Mile também. Não se preocupe. –Ela olhou para Armin. Estava feliz em vê-lo de novo depois de tantos meses. 

–Isso é ótimo então… –Respondeu Armin, com um sorriso singelo. 

Depois disso, todos pararam para admirar o recém nascido chamado Mile. Até Jean que ficou um pouco distante , apenas observando, entrou no meio da energia contagiante que era estar na presença do pequeno Ackerman. Claro que Connie e Jean discutiram que Mile precisava ganhar um brinquedo. Um achava que ele precisava de um chocalho, ou outro acreditava que aquilo assustaria o bebê, e que precisaria de um brinquedo maior e que não fazia ruídos, como um boneco de pano, o que levou a uma pequena discussão, mas foram presenteados com dois coques na cabeça por Hange para calarem as bocas. 

Quase todo o castelo parou para admirar o pequeno Ackerman, filho de dois Ackermans. Era nítido para todo mundo que Mile carregava uma mistura de traços físicos dos dois. Filho legítimo deles, fruto de uma atração forte entre duas pessoas que se tornou amor. Naquele momento, todos esqueceram que eram soldados da Tropa e que tinham suas obrigações. Mile foi muito elogiado e admirado por todos. 

–Posso segurar um pouco? –Pediu Hange, ansiosa. 

–Claro, pode sim. –Mikasa levou Mile até os braços de Hange passando o seu filho para ela, e Hange segurou muito abobalhada. 

–Será que o Capitão vai se importar se eu segurar um pouco também? –Connie sorriu meio torto, querendo, mas um pouco receoso. 

–Não, eu acho que não. –Falou Mikasa, despreocupadamente. –Mas tome cuidado ao segurar. 

–Certo!

Hange andou um pouco com ele, mas sem sair do lugar. Ficou conversando com Mile sobre não ser baixinho igual ao pai, e nem ter um pavio curto como ele, pois, coitada de Mikasa para aguentar dois temperamentos parecidos dentro de uma mesma casa, todo dia. Mas claramente, aquilo tinha sido uma brincadeira. Mile respondeu mexendo os lábios alegremente, observando com atenção os contornos da boca e da fala de Hange, com seus olhos azuis enormes e bastante arredondados.

–Seja como a sua mãe. –Falou Hange por fim, esfregando a sua bochecha na dele. –Segurar um bebê é tão gostoso.  Ele é tão fofinho...

–Ok Hange, agora é minha vez. –Connie colocou a mão no ombro da Tenente, e ela fez cara feia. 

–Calma aí, eu mal peguei nele.

Mikasa acompanhou todo aquele movimento em torno deles, com os seus braços cruzados abaixo dos seios, suspirando. Todos estavam derretidos, sem dúvidas. O Clima até mudou para algo mais leve e alegre. Buscou entre vários rosto alguém específico, bem conhecido, que não desejaria ver nem daqui mil anos, porém não encontrou ali. Sossegou por hora. 

–Mas que comoção toda é essa aqui? – A voz de Levi soou atrás dos outros soldados que cobriam a sua visão. Mas dito isso todos abriram espaço respeitosamente para ele passar, se deparando com quem menos esperava à sua frente. –Mikasa? Porque está aqui?

–Porque eu quis vir para cá! –Ela respondeu normalmente. –Eu queria ver meus amigos e você também. 

Levi parou o seu olhar nela por um instante, porém quando desviou para o seu lado direito,  ficou horrorizado. Connie estava com Mile nos braços. O garoto fazia caretas para o bebê, e Jean deu-lhe um tapa na nuca avisando que era para ele parar. Ainda pode escutar o cara de cavalo falar. “ –Você vai assustar a criança assim, e se eu fosse você eu parava.” 

–Connie, quem deixou você segurar o Mile? –Levi o repreendeu com o olhar, mas notou que Mile não pareceu assustado com as caras feias que Connie estava fazendo para ele. O garoto poderia ter quase dois metros de altura, mas a mentalidade era de um adolescente inconsequente.  

–Mikasa! –Connie apontou o dedo para ela. 

–Calma Levi, não fique perturbado por isso. –Hange percebeu que Levi era bastante protetor com o recém nascido. Lembrou-se do dia que Mile nasceu, e em que ele não permitiu que ela segurasse o bebê. Uma boa oportunidade de jogar na cara dele agora.  –Até eu segurei Mile um pouco. 

–Você? –Ele perguntou abismado imaginando o desastre que seria Hange com Mile no colo. –Você não deixou cair, ou deixou?

–Não, claro que não. 

Connie passou Mile para os braços de Mikasa com cuidado a pedido dela, e Hange bateu palmas para que todo mundo voltasse a circular naquele castelo e seguissem com a rotina.

–Bem, acho que merecemos uma pequena comemoração entre nós. Já volto!

Hange sumiu das suas frentes e o resto do pessoal se dispersou. Armin se despediu com um pequeno aceno em Mikasa, em que ela retribuiu. Assim rapidamente todos sumiram deixando Levi e Mikasa sozinhos no corredor. Ele se aproximou com alguns passos e olhou para o rosto de Mile. 

–Eles ao menos lavaram as mãos antes de pegar em você?

–Levi… –Mikasa o olhou como se fosse um exagero perguntar aquilo para o bebê, sendo que ele era muito pequeno para ter alguma noção.   

–Estou garantindo que ele tenha saúde Mikasa, e que ele não fique doente. 

–Você se preocupa muito com isso. 

–Você não sabe o quanto limpeza faz diferença na vida de uma pessoa. 

–Uhuumm sei. –Ela fez que entendeu. Levi nunca pegou no seu pé sobre como deveria limpar a casa deles, e nem poderia, desde que Mikasa fazia isso muito bem. Caso ele reclamasse, colocaria ele para limpar. 

Levi encostou a sua mão na dela, e segurou calorosamente de uma forma muito sutil. –Vamos para a minha sala. 

Mikasa seguiu Levi e foram parar dentro do escritório dele, mas durante o percurso algumas pessoas passaram por eles, e ganharam bastante atenção dos outros, devido ao bebê. 

Levi pegou uma cadeira e deu para Mikasa se sentar, mas ela se recusou. –Eu não quero essa cadeira… 

–E que cadeira você quer?

–Eu quero sentar na sua cadeira. –Disse ela. Mikasa compreendia o motivo de outra pessoa ter sentado na cadeira dele. Parentesco com falecida Magnólia, porém ela era esposa dele. Isso tinha uma diferença gigantesca. 

Levi espremeu os lábios com uma coisa flutuando na sua mente. Ele entendeu o que aquilo significava, por isso deu a volta na mesa, puxando a cadeira dele para que Mikasa se sentasse com Mile. 

Mikasa cruzou as pernas ao se sentar, deixando Mile cem por cento seguro em seus braços. Mikasa sabia que as coisas dentro do castelo se resumiam a muita correria, então decidiu perguntar. –Estou atrapalhando algum serviço?

–Não, não está. –Ele colocou um pouquinho de chá na sua xícara. Por sorte, o dia no castelo foi bem calmo. – Você quer também?

–Obrigada, mas agora eu estou bem assim. 

Hange abriu a porta com Erwin logo atrás. Ela levava alguns copos, e Erwin a garrafa de uma bebida.  

–Voltei. –Hange colocou os copos em cima da mesa de Levi, e entregou a Mikasa um copo muito cheio com algo dentro. –É um suco natural de várias frutas, sem açúcar. 

–Sem açúcar? –Mikasa fez uma cara de que aquilo era ruim. 

–Experimenta, está gostoso. –Encorajou Hange. –É uma bomba de nutrientes, vai auxiliar na amamentação. 

Mikasa experimentou com um generoso gole, e o que imaginou como algo desgostoso, se tornou delicioso ao seu paladar, e não notou a ausência de açúcar. Para os outros presentes, Erwin serviu uma bebida quente que trouxe do seu gabinete. Apenas uma dose no meio do trabalho não atrapalhava em nada, justamente quando tinham um bom motivo para comemorar. 

Hange pegou o seu copo, e Levi deixou de lado o seu chá por um breve instante. 

–Ao Mile e a família Ackerman feliz. –Brindou Erwin com Levi, Hange e também Mikasa, mesmo que estivesse bebericando um copo de suco. E todos deram um bom gole após o brinde.

O comandante Erwin puxou uma cadeira para se sentar, e Hange sentou-se naquele banco de madeira grudado na parede que parecia um pequeno sofá cheio de almofadas, e o Capitão Levi ficou em pé. 

Erwin pendurou sua perna longa na outra, juntando os braços. Sabia que era muito cedo para perguntar aquelas coisas, mas tinha uma curiosidade. –Quando pretendem ter outro filho?

–Daqui alguns anos. –Respondeu Mikasa primeiramente. –Eu quero aproveitar meu tempo com Mile primeiro, e depois me reintegrar à Tropa. 

–Erwin, Mikasa mal ganhou Mile, você já espera que ela tenha outro? –Perguntou Levi. Eles ainda estavam assimilando a informação de como era cuidar e criar de uma criança recém nascida que precisa constantemente de cuidados e atenção, mas ele não rejeitava a ideia de ter um segundo filho, se Mikasa quisesse.  

–Bom...Eu acho que a ideia de ter muitas crianças dentro de uma família é muito bom. –Ele sorriu discretamente. –E vocês tem tudo para ter… 

–Erwin meu querido, não assuste eles! –Hange colocou a mão no ombro dele. –Deixa os dois planejarem como será a vida deles de agora em diante. 

–Desculpe, acho que fiquei empolgado, mas voltando ao assunto da Tropa… –Erwin olhou para Mikasa. – Você pode voltar quando quiser, basta pedir. Eu me encarrego de arrumar os trâmites para colocar você aqui dentro de novo. 

–Obrigada Comandante. –Mikasa sorriu animada com a possibilidade do seu retorno, porém todos ficaram em silêncio. E uma pergunta martelou na cabeça do Capitão Levi: Se Mikasa voltasse rapidamente para Tropa, quem ficaria com Mile? Eis uma boa pergunta, porém, ele não disse nada sobre isso naquele instante.  

–Bom, eu vou terminar de fazer algumas coisas… –Erwin se levantou da cadeira, e mirou em Levi. –Depois falamos, e Mikasa… Se cuide bem, e cuide também de Mile. 

Mikasa concordou com a cabeça e Erwin saiu primeiro. Agora faltava apenas Hange para deixá-los sozinhos, porém Mikasa sentiu o bebê se molhar nas suas pernas. –Ele fez xixi. – Mikasa segurou ele com as duas mãos deixando ele suspenso no ar. –Levi, sua vez de trocar. Eu já fiz isso umas cinco vezes hoje. 

Levi pegou Mile e Mikasa se levantou da cadeira, tirando uma fralda limpa e um lenço para que Levi o trocasse. Afastou alguns papéis da mesa dele em um cantinho, para que Levi colocasse Mile em cima da mesa. Mas antes, Mikasa perguntou a Hange onde poderia umedecer o lenço. Como uma boa futura potencial madrinha, Hange pediu o lenço, pois ela mesma se propõs a umedecer. Mikasa entregou, e Hange desapareceu rapidamente.  

–Você quer voltar para a Tropa agora? –Perguntou Levi após a saída de Hange, pois eles não conversaram ainda sobre isso.

–Eu não sei quando eu quero voltar, mas eu quero voltar. 

– Qual o motivo? 

–Levi, eu me afastei da Tropa pela gravidez, não porque eu não queria ficar. –Disse ela. Embora quisesse uma família, Mikasa também queria seguir com suas outras atividades. Só não sabia como faria isso. 

–Falamos disso quando chegarmos em casa, pirralha. 

Hange voltou com o lenço umedecido cortando a conversa e entregou para a Mikasa. Ela tirou de dentro da sua bolsa um lençol, forrando a mesa para que Mile deitasse enquanto o pai dele trocava a fralda.  

–Será que vou ver algo inédito hoje? –Hange sorriu divertidamente sentando na cadeira. Ver Levi trocando fralda de bebê, seria engraçado. 

–Hange, você não tem algo melhor para fazer não? –Levi colocou Mile deitado em cima do lençol, tirando o macacão dele. Sabia que a mulher só estava lá para se divertir com sua tentativa de representar uma boa postura paterna. 

–Tenho, mas eu não posso perder esse momento Levi.  

–Tsc, você quer aprender como se troca a fralda de um bebê para não ter problemas depois que tiver um filho do Erwin? 

Hange corou dos pés a cabeça com aquela pergunta inusitada, como se ele soubesse claramente que os dois estavam próximos demais para mero companheiros de serviço. 

–Ora Levi, não fale assim. –Hange resolveu sair imediatamente antes que aquilo seguisse adiante. –Eu vou cuidar dos meus afazeres. Até depois… Até Mikasa! 

Hange fechou a porta e Levi olhou para Mikasa divertidamente. –Quase saiu correndo em desespero. 

–Os dois tem alguma coisa?–Mikasa ficou curiosa. Não notou nada de estranho, porém se ausentou meses do castelo. Muitas coisas poderiam ter acontecido. 

–Tenho quase certeza que sim. Só falta armar o flagrante.  –Ele estava ansiosamente esperando por isso para encher o saco de Hange depois. 

Levi tirou a fralda suja e limpou Mile rapidamente com um lenço úmido. Teve um pouco de trabalho no momento que tentou prender o alfinete na fralda de novo, porém conseguiu depois de muito persistir. Vestiu ele com um novo macacão que Mikasa lhe deu, um branquinho, e tirou ele de cima da mesa. Deitou Mile em parte do seu tórax para o seu ombro, com uma mão na cabeça dele e a outra no lombo. 

–Vou esperar você sair do castelo. 

Mikasa sentou-se na cadeira dele novamente, colocando os papéis no lugar e guardando o lençol dentro da bolsa separada da fralda suja e do lenço. 

–Tem certeza? Eu ainda vou demorar. –Levi caminhou com Mile até a janela, imaginando que Mikasa iria se cansar. 

–Se você não tiver muita coisa para fazer, eu espero. 

Como Levi não tinha muita coisa para fazer naquele fim de tarde para noite, além de guiar os soldados em suas tarefas diárias, Mikasa ficou por ali na sala dele. Quando Mile chorou com fome, ela deu o seu leite materno para alimentá-lo, e por mais que esperasse Isabel aparecer de repente naquela sala, a garota não apareceu. 

As horas se passaram e foi um entre e sai de gente da sala dele. Levi deu algumas saídas, e uma dessas levou Mile para passear, e Mikasa ficou observando em como Levi interagia com Mile perante aos outros. 

Chegado a noite, Levi decidiu ir embora mais cedo com sua esposa e o filho, entretanto, quando caminhavam pelos corredores de mãos dadas com Mile enrolado em um lençol sendo levado por Levi, se deparam com Hange e Sasha em uma pequena discussão engraçada. 

 –Eu vou ser a madrinha. –Esbravejou Sasha.

–Não vai mesmo. –Hange cruzou os braços. –Eu já queria isso muito antes, pode desistir. 

–Vocês duas, se comportem. – O Capitão Levi tentava acalmar os ânimos. Agora havia uma disputa de candidatas a madrinha. –Isso quem vai decidir é a Mikasa, agora parem com isso. 

Bem ao longe, Mikasa viu Isabel passar com os outros soldados ao lado do Comandante Erwin. Ela olhou em sua direção, e Mikasa fechou a cara segurando a mão de Levi mais firmemente. Porém ele não notou a presença da outra, devido a discussão de Sasha e Hange. 

–E você Braus, deixou o estábulo limpo? 

–Sim Capitão, está limpinho. –Diz ela torcendo os lábios. 

–Ótimo, amanhã esteja preparada para limpar tudo de novo. 

Sasha iria dizer alguma coisa, mas se Levi se virou de frente para Mikasa que claramente estava incomodada com alguma coisa. Ele deu um beijo na testa dela, e então percebeu o motivo logo adiante. –Ei, seja lá o que está passando na sua cabeça, não se atente a alguém que não é importante. –Ele olhou para Mikasa ignorando Isabel que desapareceu com os outros. Ela realmente não era importante, e não tinha nenhum contato com ela.   –Vamos para casa? 

–Vamos! –Ela suspirou, ignorando Isabel também. Talvez estivesse focando nela demais, algo desnecessário desde que a criatura não representava mais nenhuma ameaça para ela, devido ao posicionamento de Levi. Despediu-se de todos. –Boa noite pessoal. 

"Boa noite Mikasa" responderam todos em uníssono. 

Foram para o pátio e Levi buscou o seu cavalo no estábulo. Mile dormia profundamente no colo de Mikasa, e por mais que escutasse algum barulho ao redor, não estava disposto a deixar o seu sono.

Mikasa passou Mile para Levi, e subiu em cima do cavalo pegando o bebê de volta. Segurou na cintura dele com uma mão, e Levi guiou devagar o seu cavalo a passos calmos e balanceados, sem pressa nenhuma de chegar em casa. Tiveram uma conversa bem trivial durante o caminho sobre coisas do dia a dia. 

Depois de algum tempo chegaram em casa. Mikasa desceu do cavalo segurando Mile com cuidado para que não acordasse ou caísse, e Levi desceu logo depois, prendendo o seu cavalo na árvore. Mikasa destrancou a casa e os dois entraram na habitação trancando a porta em seguida. 

–Levi!

–Sim?

Mikasa caminhou devagar para dentro do quarto colocando o bebê em cima da cama deles. Levi veio logo atrás desabotoando as suas roupas no meio do caminho. Precisava urgentemente de um banho. 

–Sasha está sofrendo com aquela punição. Tira ela daquele castigo…

–Nem pensar!–Ele ficou surpreso com aquele pedido, vendo Mikasa fechar a janela do quarto e cobrir com a cortina. Então ele acendeu a lamparina dentro do quarto.  –Sasha está sendo punida por um bom motivo. 

–Ela tem uma história traumatizante com cavalos. –Mikasa riu observando Mile dormir, porém seu estômago roncou de fome. Decidiu comer alguma coisa na cozinha. 

–Ela deveria ter pensado nisso muito antes. –Suspirou ele. Sasha falava as coisas sem pensar nas consequências depois.  –Aliás, deve ter sido muito traumatizante já que ela galopa sem nenhum problema...

Mikasa não respondeu mais, desde que agora cortava algumas frutas na pia e colocava dentro da tigela para comer. Sentiu falta de saborear um pedaço de bife, mas estava muito tarde para pensar em comer comidas pesadas antes de dormir. 

Levi apareceu na cozinha sem a camiseta, e sem o cinto na calça. Pegou um copo em cima de uma prateleira e bebeu água de um filtro de barro. Mikasa apareceu abraçando ele pelas costas, passando as suas mãos em todo o peito dele, deixando um beijo na nuca. 

–Por favor, tira a punição de Sasha… –Ela pediu manhosa. 

Levi se virou de frente para ela, colocando as duas mãos na cintura de Mikasa. Olhou-a com firmeza, mas Mikasa estava bem meiga e delicada. Era só ela fazer aquela pose de carente que Levi ficava balançado. 

–O que você vai ganhar com o livramento de Sasha?

–Nada. –Disse ela, passando os braços em volta do pescoço dele. –Mas eu estou com pena dela…

–Mikasa, eu não posso fazer isso. As pessoas vão se perguntar porque eu tirei Sasha da punição sem mais nem menos. 

–Por favor, hum? 

Mikasa beijou todo o pescoço dele lentamente, chegando para o rosto, colando o seu corpo no dele. Em resposta, Levi arfou passando os seus dedos nas coxas dela por debaixo da saia, adentrando na parte interna da coxa. Deu um leve aperto, e Mikasa encarou os olhos dele como se gostasse. Seus lábios se tocaram suavemente, e eles se beijaram, e quando separaram as suas bocas, Levi cedeu ao desejo de Mikasa, mesmo que não conseguisse enxergar que benefício Mikasa teria com aquilo. 

–Tudo bem, amanhã eu tiro Sasha daquele castigo. 

Mikasa sorriu com um "Obrigada" deixando o pescoço dele. E antes que Levi a tomasse para ele naquela cozinha, Mikasa escapou de suas garras desacoplando os seus corpos para voltar a sua atividade de antes, que era preparar alguma coisa para matar a sua fome. Levi se sentiu por um instante, tapeado. 

–Pirralha, e quanto a esse meu castigo, quando vai acabar?

–Quando eu falar. –Disse ela, colocando um pedaço de fruta na boca. 

–Pretende estender isso por meses?

– Claro. 

–Olha, neste caso, eu não vou insistir. Se você quiser, terá que me pedir agora. 

–Levi...–Ela riu voltando a se virar de frente para ele. – Eu tenho certeza que você vai me procurar antes. 

–Vamos ver…

Levi pareceu decidido, e Mikasa ficou titubeante se aquilo tinha sido uma boa ideia. De toda forma, ainda pretendia levar aquela ideia adiante por bons motivos. 

Levi saiu para tomar um belo banho, e Mikasa se sentou na mesa comendo as frutas com um pouquinho de mel. Ficou pensativa por um longo tempo, até Levi retornar novamente a cozinha com os seus cabelos levemente molhados, vestido em uma calça e uma camiseta manga longa de cores neutras. Ele apenas pegou algumas fatias de pão e comeu, silenciosamente. 

Mikasa se levantou da cadeira depois de devorar as suas frutas picadas. Lavou a tigela, secou e colocou no lugar. Quando virou novamente para a mesa, Levi já tinha desaparecido para dentro do quarto. Suspirou apagando a lamparina da cozinha, retornando. Levi já estava deitado na cama com Mile do lado. 

Ela foi para o banheiro se lavar primeiramente, e não se importou com a quantidade de tempo que levou no banho. Ao terminar, saiu enrolada na toalha, cruzando o seu olhar com o de Levi, mas desviou para abrir as portas do roupeiro pegando uma camisola limpa. Se vestiu sem tirar a toalha, e quando o camisola se acentuou perfeitamente nos seus braços e nas suas pernas, Mikasa tirou a toalha por debaixo do vestido. 

–Você é difícil de entender. –Diz ele, com o braço flexionado atrás da cabeça observando ela.  

–Ah, hum… Porque? 

–Por várias coisas. 

Mikasa se sentou do outro lado da cama, afastando Mile com cuidado para o meio dela, e se deitou de lado virada para Levi e o seu bebê. Não entendeu o que Levi quis dizer, mas não perguntou. Talvez tivesse se referindo ao castigo, por isso escolheu observar Mile por um tempo dormindo, mas desviou o olhar para Levi. 

–O que acha de Mile dormir com a gente hoje? –Mikasa perguntou. 

–Um pouco perigoso para ele, não acha?

–Por…?

–Você pode acabar rolando por cima dele. –Disse ele simplesmente. Era um risco real de acontecer. 

–Eu mal me mexo de noite. 

–Ah, mexe sim. –Ele passou a mão na camiseta, e olhou para ela. –Você sempre está se mexendo. 

–E como você sabe?

–Eu sei porque o meu sono é bem leve. Eu sempre sinto você se movimentando na cama. 

–Mas dessa vez eu não vou me mexer. –Mikasa se cobriu com o lençol colocando a cabeça no travesseiro. 

O silêncio se fez presente por um tempo, e Levi entendeu que Mikasa insistiria com aquela ideia. Só tinha preocupação com Mile dormir no meio de dois gigantes de cada lado, com potencial enorme para machucá-lo durante o sono. Ficou bastante preocupado.  

–Vou colocar ele do meu lado. 

Levi tirou levemente Mile do meio da cama e colocou do seu lado. Ele era do tipo que pouco fazia movimentos. Da forma que dormia ficava até acordar. Era assim em outras épocas quando tirava três horas de sono sentado em uma cadeira, e não seria diferente agora. 

Ele apagou a lamparina ao lado, e fechou os olhos para dormir segurando Mile com a mão, e Mikasa teve apenas visão das costas dele. Ela quis abraçá-lo, mas se fizesse isso, sabia que acenderia o desejo contido de ficar com ele.

 


Notas Finais


Falta mais 2 ou 3 capítulos para terminar, eu ainda vou dividi-los para saber kk
Depois partirei para os outras fanfics que eu prometi a vocês <33


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