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História Não se apaixone pela secretária. - Entre ameaças e exames.


Escrita por: Kelianna

Capítulo 6 - Entre ameaças e exames.


O moreno se assustou ao ser puxado bruscamente para o corredor ao lado enquanto se dirigia a sua sala.

- Aí loira quer me matar do coração? - questionou com uma mão no peito. - Que foi, tá com saudades? - sorriu malicioso passando os braços pela cintura da Yamanaka.

- Não seja idiota. - ela bateu em seu peito e se afastou. - Que história é essa de você está escravizando a Hinatinha? - colocou as mãos na cintura.

- Foi isso que ela te disse? - revirou os olhos. - Se ela não aguenta é melhor nem tentar a vaga.

- Para de ser um babaca Sasuke Eduardo Uchiha. - beliscou o peito dele que gemeu de dor.

- Aí, solta, solta!

- Só se você prometer que não vai tratar ela mal, só porque ela se veste igual uma senhora de oitenta anos. Se tem uma coisa que a Hinata é, é capacitada para essa vaga e você não vai descrimina-la!

- Tá bom, eu já entendi. Solta amor da minha vida, tá me machucando. - implorou tentando afastar a mão dela.

- Promete que não vai tratar ela mal? Ela é tão boazinha Sasuke, dar uma chance pra ela. - soltou ele que massageou o local beliscado.

- Tá bom, se a entrevistada de hoje não for boa eu contrato a santa Hyuga. - respondeu com descasso.

- Não fala dela nesse tom. - voltou a belisca-lo.

- Tá, tá, tá bom. Solta minha princesa, eu não vou tratar ela mal e nem falar nesse tom. - choramingou.

- Bom garoto. - O soltou e segurou seu rosto lhe dando um beijo na bochecha. - Esse é meu Sasukezinho. Agora eu tenho que ir porque meu chefe não gosta de atrasos. Tchau nenê.

- Aí, Tchau. - respondeu com dificuldade massageando o peitoral.

A loira se afastou e o moreno ouviu as gargalhadas estrondosas dos seus odiados parentes que assistiam tudo do outro corredor.

- Vai de novo Sasukezinho. - Obito riu.

- Por mim depois dessa a Yamanaka já subia pro cargo de diretora! - Shishiu comentou risonho.

- Queria ter conhecido ela como minha cunhada. - Itachi riu minimamente. - Mas vou me contentar em tê-la como secretária. Por falar nisso, estou atrasado, até mais tarde. - Se retirou indo para sua sala.

- Você não se atrasa, você é seu próprio chefe seu otario. - Sasuke o respondeu com deboche.

- Vai cuidar dos seus seios Sasuke, dizem que um gelinho é sempre bom.- Bateu no ombro do mais novo ao passar por ele com um sorriso debochado e ouviu os resmungos do irmão.

- Otario, tomara que a Ino derrame café em você de novo!

                                          •

- Boa tarde. - cumprimentou ao se aproximar da loira que o aguardava admirando a vista da cidade.

- Oh, boa tarde. - se virou para ele com um sorriso discreto. - Eu não sabia bem onde era minha mesa então resolvi esperar o senhor na sua sala, espero não tê-lo incomodado.

- Sua mesa é a que está do lado de fora da minha sala.

- Faz sentido. - ela franziu o cenho. - Então eu vou pra lá. - sorriu amarelo.

Estava muito nervosa pra perceber coisas óbvias.

Itachi segurou a vontade de rir e apenas concordou com a cabeça.

- Quando terminar de se instalar, quero que venha aqui pra eu te passar algumas instruções.

- Sim senhor, não vou demorar.- se apressou em sair da sala e voltou o mais rápido possível. - Com a sua licença.- e se retirou rapidamente de novo fechando a porta em seguida.- Caralho que vergonha. - resmungou enquanto guardava suas coisas. - Uau, eu sempre sonhei em ter uma mesa desse tamanho. - bateu palminhas animadas.- Nossa, esse computador é mais caro que meu apartamento. Finalmente está dando tudo certo. - sorriu largo e pegou o celular.

"Não vou poder te ver hoje amor, quem sabe amanhã?"

- Mas ele disse isso ontem. - respondeu tristonha ignorando a mensagem e voltando a guardar suas coisas.

Nem tudo estava dando certo.

                                         ***

Obito que havia realmente ficado preocupado com a rosada, a convenceu de levá-la ao médico e se dispôs a concertar sua lambreta mas conhecida como XRE, apesar de está claramente certo em relação ao acidente, não quis deixá-la no prejuízo, afinal, ela já estava desempregada e não custava nada ajudá-la.

- Você ainda está com fome? - Franziu o cenho quando ela comentou que queria churros. - Mas você almoçou, repetiu duas vezes e ainda comeu uma sobremesa.

- Mas é que eu tô nervosa, não entendi? - o chacoalhou pelos ombros.

- Você tem medo de tirar sangue? - questionou risonho.

- Tenho. - fez beichinho.

- Mas eu tô vendo uma tatuagem na sua mão. - arqueou a sobrancelha.

- E oque uma coisa tem a ver com a outra? - colocou as mãos na cintura.

- Deve doer mais não?

- Sim, mas a agulha vai estar apenas rasgando minha pele e não arrancando meu sangue.

Obito franziu o cenho com o argumento duvidoso e apenas concordou com a cabeça.

Bixinha, tava começando a achar que ela bateu a cabeça assim que nasceu e não no acidente.

Pelo menos a culpa dela ser desequilibrada não era dele.

- Sakura Haruno pode entrar. - a recepcionista anunciou fazendo a rosada arregalar os olhos e abraçar o rapaz.

- Não quero ir. - respondeu com a voz abafada devido estar com o rosto enterrado no peitoral do mais velho.

- Só um momento. - O Uchiha sorriu amarelo para recepcionista. - Vamos rosada tá todo mundo olhando. - sorriu sem graça para os outros pacientes que também aguardavam a sua vez e olhavam a cena com estranheza - ela é autista. - comentou.

- Não sou não. - ela respondeu. - Você vai me dar a mão?

- Pra quê?

- Pra eu segurar, eu tenho medo. - os olhos verdes brilhavam em esperança.

- Você tem que entrar sozinha Sakura. - acariciou os fios rosados.

- Então eu não vou. - cruzou os braços. - só vou com você.

- Oi, ela vai entrar ou não? O médico já está aguardando.- A recepcionista questionou com tédio.

- Ele pode me acompanhar? - a Haruno questionou.

- Ele é oque seu? - a recepcionista arqueou a sobrancelha.

- Meu marido. - a Haruno respondeu convicta fazendo o Uchiha se engasgar com o ar. - Tadinho, ele é fumante, aí fica tossindo assim. - passou a mão nas costas dele com um sorriso amarelo. - Né querido?

- Eu nem fumo.

- Ele tem vergonha de admitir. - continuou sorrindo. - Mas vem vamos entrar.

- Você é casado com ela? - a recepcionista questionou na porta.

A Haruno olhou para ele com a cara de "nega pra você ver oque te acontece"

- Sim, é a minha esposa. - a abraçou pela cintura fazendo a rosada corar. - Agora vamos entrar.

Sakura nem lembrava mais que iria tirar sangue, a única coisa que estava passando pela sua cabeça era como a mão dele era grande e o braço forte.

- Uau, você malha? - olhou para trás lhe questionando.

- Eu só malho algumas vezes. - o médico respondeu e levantou a cabeça dos papéis que procurava. - Não estava falando comigo né?

Ela negou e riu.

- Mas que bom que o senhor malha também, dizem que faz bem para os idosos.

- Mas eu só tenho cinquenta anos. - comentou indignado.

- Então, já viveu meio século. - comentou simplista e Obito estapeou a própria testa.

- Ela é autista. - comentou sem graça.

- Eu já disse que não sou. Autistas são inteligentes e eu só sei a tabuada do cinco.

Obito se questionava internamente porque estava sentindo atração por aquela criatura.

- Certo, vamos começar. - O médico falou desgostoso, teria mais um assunto para debater com a sua psicóloga na próxima terapia.

A Haruno agarrou a mão do Uchiha que imediatamente riu da cena.

- Não rir. - disse manhosa.

- Não estou rindo, nem vai doer.

- Vai sim.

- Nem vai, é só você olhar pra mim.

- Você vai me hipnotizar pra eu não sentir dor?

- Não, eu ia só te distrair. - franziu o cenho. - Mas se quiser a hipnose eu posso tentar. - sorriu.

A Haruno analisou minuciosamente o rapaz abaixado ao seu lado. Os cabelos hidratados e escuros, o sorriso bonito, os ombros largos, a cicatriz em um lado do rosto e os olhos incrivelmente escuros.

O Uchiha se incomodou um pouco com a atenção recebida, não gostava da cicatriz no rosto, por mais que tivesse feito duas cirurgias, ainda era muito visível e baixava consideravelmente sua auto estima.

- Doeu muito? - ela questionou passando a mão na cicatriz.

- Sim. - ele se afastou.

- Se eu estivesse lá na hora, eu teria te protegido.

Ele ficou sem reação com o comentário e com as dezenas de sentimentos que o atingiram em cheio.

- Teria? - engoliu em seco.

- Sim.

- Por que?

- Porque você é muito bonzinho. Não merece ficar triste.

Ele sorriu e beijou a mão que acariciava seu rosto.

- Prontinho. - o médico sorriu.

Aquela cena havia aquecido seu coração, quem sabe até ligaria para sua ex e a convidaria para jantar.

- Mas já? - a Haruno questionou impressionada. - Nem doeu.

- Eu falei que não ia doer. - Obito comentou.

- É porque eu sou muito bom no que eu faço. - O médico comentou todo orgulhoso.

- Eu também acho seu Médico.

- Obrigado mocinha. - Bagunçou o cabelo dela.

- Mas também, o senhor tá treinando a quase um século, assim fica fácil ... - Obito tampou a boca da rosada ao ver o brilho do médico sumindo.

- A gente já vai. Adoramos o atendimento, voltaremos sempre. - respondeu sem graça.

- Contando que não traga ela.

- Ei. - a rosada se soltou. - Maguo.

- Vamos logo antes que ele nos processe. - O moreno a arrastou para fora.- Tenha uma boa tarde.

- Ela estragou minha tarde. - o médico resmungou e discou um número no celular. - Alô, eu queria marcar uma sessão de terapia para amanhã..


- Agora a gente vai comprar o churros? - a rosada questionou do lado de fora do consultório.

- Mas você já tirou sangue, o nervossismo já passou.

- Só que eu perdi muito sangue, eu tenho que repor.

- Com churros? - arqueou a sobrancelha.

- Sim. Preciso recuperar minhas vitaminas.

- Com açúcar? - cruzou os braços.

- Virou nutricionista? - ela colocou as mãos na cintura. - Só vamos. - o puxou pela mão em direção ao carrinho de churros. - Eu vou querer três.

- Três? - ele franziu o cenho.

- Algum problema? - ela arqueou a sobrancelha.

- Você vai me falir.

- Deixa de ser pão duro. Eu vou querer mais dois pra viagem.

- Meu deus, certeza que no exame vai dar verme.

- É que é tô em fase de crescimento.

Ele arqueou a sobrancelha olhando a figura baixa a sua frente, se ela chegava a altura do seu peitoral era muito.

- To vendo.

- Eu vi que ali na frente tem pipoca. Vamo passar lá? - ela segurou seus ombros e olhou com carinha de pidona.

- Oque eu não faço por uma garota com verme né? - Riu ao sentir o tapa dela em seu ombro. - Parece que tava era presa. - sorriu ao ver ela acabando com o churros em alguns segundos e sujando a boca no processo.

Revirou os olhos e ajudou ela a se limpar e se pegou pensando nas últimas vinte quatro horas.

Estavam sendo tão estranhas, que estava começando a achar que estava em alguma fic adolescente de comédia.

Mas a questão é:

Será que era uma comédia romântica?



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