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História Não Sou Todo Mundo - O perdão alivia a alma


Escrita por: saraleo e mhyukie

Notas do Autor


Fim??

Capítulo 16 - O perdão alivia a alma


Fanfic / Fanfiction Não Sou Todo Mundo - O perdão alivia a alma

— Err... acho que eu já vou indo — a garota se pronunciou, após algum tempo imersos naquele silêncio constrangedor. Ela observava divertida a cena, ao qual o cara alto tentava desviar o olhar, falhando miseravelmente, enquanto o mais baixo mordia o canto da bochecha, encarando o chão como se fosse algo muito divertido. Parecia até uma cena de dorama.

— Nós não íamos assistir aquele filme que você queria? — Baekhyun perguntou por fim, querendo achar alguma desculpa para não ter que encarar os Chanyeol.

— A gente pode ver outro dia — sorriu. Um sorriso que para outros poderia ser fofo, mas não para Baekhyun, pois ele sabia o significado por trás daquele aegyeo "indefeso".

Chanyeol, por outro lado, não entendia nada daquela situação. Seus punhos abriam e fechavam repetidamente para tentar acalmar aquela sensação estranha que começava a apoderar-se do seu corpo. Não entendia muito o que estava acontecendo ou sentido, mas tinha noção de que não ia gostar quando descobrisse.

Imersos naquele momento estranho, nem perceberam quando Jongdae desceu as escadas, assim que ouviu vozes vindas do andar de baixo.

— Taeyeon? — chamou, meio aturdido, a mulher ao lado do primo de seu namorado, que o encarou sorridente.

— Olá, Chen — usou mesmo apelido que as pessoas mais íntimas dele costumavam usar, então Chanyeol percebeu que ela não era qualquer pessoa. Era alguém bem próxima de todos eles e pensar nisso fazia seu estômago revirar. — Cadê o Min?

— No restaurante — encarou os dois rapazes que, com toda a certeza, já teriam cavado um túnel e ido para a América se pudessem, de tão tensos e nervosos que estavam. — Vocês não vão entrar?

— Va-

— Eu já estou de saída — Taeyeon interrompeu Baekhyun, com um sorriso doce que fez Chanyeol querer se bater por achar a rival fofa.

Espera… rival?

— Oh… tudo bem, então. Está indo pra casa? Eu posso te levar se quiser — Jongdae ofereceu.

— Seria ótimo! Até mais Baek — abraçou o garoto enquanto sussurrava algo em seu ouvido que o fez corar, deixando-o altamente apertável ao olhos do Park. — Tchau Chanyeol — saiu, sendo seguida por Jongdae.

O jeito com o qual ela falou com Chanyeol o deixou incomodado. Parecia que ela conhecia-lhe muito bem, mas nunca a tinha visto em lugar nenhum. Confuso com tudo isso, continuou parado, no mesmo lugar, só voltando a raciocinar corretamente quando ouviu a porta batendo.

Baekhyun estava na mesma situação que sua, olhar baixo, mãos trêmulas e pensamentos distantes. Mas uma coisa que ele não sabia era que o coração do rapaz pulsava na mesma intensidade do seu, tão rápido que poderia saltar facilmente da caixa torácica.

Nenhum dos dois queria ser o primeiro a falar e acabar estragado tudo. Não confiavam nos próprios sentimentos, muito menos nas coisas que acabariam falando, nervosos como estavam.

— Então... — o mais velho tomou coragem para começar, mesmo querendo apenas sair correndo e se trancar no quarto. — Aconteceu alguma coisa?

— Quem é ela? — Chanyeol soltou, antes que pensasse corretamente, murmurando um "droga!" baixinho por ser tão impulsivo.

— Quem? — Baekhyun perguntou inocente. Chanyeol acabou ficando irritado e elevando um pouco a voz.

— A garota que estava se agarrando contigo agora pouco!

O mais velho arregalou: — A Taeyeon? — Ela é minha prima, Chanyeol. Irmã do Xiumin.

As sensações de alívio e culpa que se apoderaram do, atualmente, moreno foi algo completamente inexplicável. Sentia-se culpado por ter acusado o rapaz sem motivos, nem direito. E aliviado… nem ele mesmo saberia descrever o motivo, mas agora estava bem mais confiante para continuar.

— Não me diga que veio até aqui só pra saber da Taeyeon? — perguntou, começando a se incomodar com tudo aquilo.

As mãos do Park foram até sua própria nuca, agarrando os pelinhos que ali ficavam: — Não… E-Eu… Eu precisava te ver.

— O quê? — o outro perguntou, não por se fazer de desentendido, mas por realmente imaginar que estava ouvindo coisas. Chan respirou fundo, contou até três e voltou a encarar Baekhyun.

— Baekhyun, eu vou perguntar só uma vez e espero um resposta sincera — mesmo com medo, o mais baixo assentiu. — O que você sente por mim?

Realmente ele não esperava por isso. De todas as coisas que o moreno poderia perguntar, aquela sem dúvidas era a que o Byun menos imaginaria. Se estivesse apostando com alguém, com certeza perderia.

— C-Como assim?

— É só que… — puxou os cabelos, enquanto recuava alguns passos. — Eu não aguento mais essa sensação de incerteza sempre que eu penso em você. Sempre que eu penso nos seus sorrisos, na sua risada escandalosa, nos nossos momentos juntos… naqueles aos quais eu não fui um completo babaca. Eu preciso de ajuda pra entender… eu… não consigo sozinho — a medida que ia perdendo as forças, caiu no sofá, com os dedos embrenhados no cabelo desbotado e olhar fixo no chão.

Baekhyun apenas observava, sem ter noção do que fazer. Queria entender de fato o que aquelas palavras significavam, se não estava ficando louco. Mas toda toda a coragem que possuía não estava consigo naquele momento. Só voltou a si quando ouviu a voz chorosa de Chanyeol.

— Por favor, me perdoa…

Se antes não sabia o que fazer, agora menos ainda. Nunca tinha o visto chorar antes, nunca nem tinha imaginado aquilo. Chanyeol sempre se mostrou um cara frio. Não sabia como reagir, então simplesmente se deixou ser levado pelo instinto. Sentando-se ao lado dele, colocou sua mão trêmula no rosto quente do rapaz, vendo-o fechar os olhos para aproveitar melhor aquele contato.

Nenhum dos dois entendiam mais nada naquele momento. Baekhyun por nunca ter visto aquele lado de Chanyeol, o sensível e frágil. Principalmente direcionado a si. E Chanyeol porque não imaginou que gostaria tanto do toque quente do outro em sua pele.

Devagar, o Byun segurou o queixo alheio, virando a cabeça dele para si. Com os polegares, limpou as lágrimas travessas do rosto bonito, nem ao menos notando a pequena aproximação dos dois.

— Perdoar o quê?

Chanyeol umideceu os lábios, piscando algumas vezes para conter a lágrimas seguintes.

— Minhas atitudes ignorantes com você. Todas as vezes que falei algo desrespeitoso ou te tratei mal. Eu… sou um completo idiota. Mas estou disposto a mudar — chegou mais perto, tendo ambas as bocas quase roçando uma na outra. — Por você…

Baekhyun sentiu como se sua mente travasse. Sem que percebesse, seu coração começou a bater cem vezes mais agitado que o normal, só que desta vez, graças a tamanha proximidade dos corpos, Chanyeol sentiu isso e sorriu ternamente.

Com todo o cuidado, como se estivesse lidando com uma peça de porcelana, o Park segurou a face macia do rapaz, acercando os lábios. Assim como o outro, iria apenas seguir o fluxo. Então o beijou, do jeito que nunca imaginou fazer. Os lábios apenas fizeram uma simples pressão, sem aprofundar o contato.

Chanyeol precisava sentir que não se arrependeria depois, uma confirmação que veio com os segundos se arrastando e nada de Baekhyun acabar com aquilo. Então relaxou e, tomando a iniciativa, aprofundou o beijo. Sentir a língua quente de em contato com a sua era uma sensação que não poderia ser descrita. O gosto de morango, mesclado ao sabor natural daquela boca… ele era maravilhoso.

Aquilo não poderia ser ódio, não tinha como Chanyeol o odiar, nem sabia como o fazia antes. Talvez nunca tivesse sentido ódio, apenas atração reprimida. Aos poucos, o ar foi se tornando necessário novamente e os lábios, mesmo contra a vontade, separaram-se.

— Por que você fugiu? — perguntou em meios as lufadas de ar.

— Eu não aguentaria ser tratado de forma indiferente por você só que, dessa vez, por minha culpa. Seria doloroso demais.

Chanyeol suspirou, depositando um selar na testa alheia: — Eu não coi te deixar fugir de novo.

Baekhyun sorriu verdadeiramente, recebendo um selinho demorado em seguida.

— Mas, quanto ao seu pedido… — passou a mão pela nunca de Chanyeol, acariciando o local. — Sim.

— O quê?

— Eu te perdôo, Park Chanyeol.


Notas Finais


...


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