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História Naruto e Hinata: E o depois? - A Verdade


Escrita por: SweetOro

Capítulo 15 - A Verdade


Fanfic / Fanfiction Naruto e Hinata: E o depois? - A Verdade

Eram quase sete horas da manhã, quando Ino entrou no quarto de hospital de Hinata para examiná-la e trocar suas ataduras. Quando ela adentrou o quarto, ela ficou observando por alguns segundos Hinata desacordada. Ela que havia sofrido ataques tão brutais no dia anterior...

Definitivamente, Hinata não merecia sofrer daquela maneira. Ela que é uma mulher tão pacífica e doce, sofrendo daquela maneira por pura maldade humana, sendo que ela sempre fora tão boa para as outras pessoas.

Após um longo suspiro para tomar coragem, Ino começou a se aproximar de Hinata na maca para trocar suas ataduras. Ela observou o rosto de Hinata que tinha cicatrizes de cirurgia ao lado dos olhos. Ela deveria limpar aquela região para colocar as novas ataduras. Quando estava higienizando a área, Ino encarou o rosto de Hinata e percebeu que ela fazia menção de acordar.

As pálpebras de Hinata tremeram, ainda fechadas e ela começou a tentar abrir os olhos. Aquilo era um ótimo sinal e Ino sorriu quando viu sua amiga fazendo menção de acordar.

- Hinata? - Ino chamou, tentando conter as lágrimas de emoção que formaram em seus olhos.

Um pouco perdida, tentando se ajeitar na maca, Hinata fez uma careta, como se a pouca luz que entrava no quarto a atrapalhasse. 

- Ino? - Hinata tentou identificar a figura que estava em sua frente. - Que horas são?

- São seis e quarenta da manhã, Hinata. - Ino sorriu e, em seguida, colocou delicadamente suas mãos nos ombros de Hinata para que ela encostasse na maca que estava levemente elevada. - Você precisa repousar.

Assim que encostou suas costas na maca, um flash veio na cabeça de Hinata e ela se lembrou da noite anterior, dos ferimentos brutais que sofrera. Mas, principalmente, ela se lembrou de Ino orientando Kiba a concentrar chakra no meio de suas pernas.... pois ela sofrera um aborto. As lembranças do feto nas mãos banhadas de sangue de Kiba vieram em sua mente e lágrimas quiseram se formar em seus olhos e um nó formou-se em sua garganta.

Hinata sequer sabia que estava grávida quando foi para esta missão. Imaginar como seria esse feto se desenvolvendo à uma criança, imaginar esta criança crescendo, indo ao primeiro dia de academia ninja, ganhando sua bandana, participando do Exame Chunnin... Imaginar todas essas coisas faziam com que Hinata perdesse o ar, lágrimas formassem em seus olhos e seu peito doesse. Mas o que mais doía era imaginar Naruto... 

Ela sequer conseguia pensar sobre como Naruto, não conseguia nem imaginar como ele reagiria, como ele ficaria abalado por perder um filho. Logo ele, que sempre quis uma família.

- Naruto-kun já sabe? - Hinata perguntou, sem olhar para Ino.

A Yamanaka reparou a voz trêmula e os olhos marejados de Hinata na sua frente. Sua feição de derrota. Ino não conseguia imaginar a dor de Hinata: Perder um filho que nem sequer sabia que estava em seu ventre. 

Ino engoliu em seco. Precisava ser forte. Ela estava em seu ambiente profissional. Mesmo que não estivesse, Ino não desabaria em lágrimas na frente de Hinata e contribuir ainda mais para a dor dela.

- Ele sabe que você está aqui, mas... - respirou fundo, novamente. - Ele não sabe que... - engoliu em seco. - Sofreu um aborto espontâneo.

- Por favor... - a voz de Hinata saiu firme, mesmo que lágrimas escorressem de seus olhos. - Não conte nada a ele. Não quero que ele saiba.

Ino abriu a boca, querendo falar algo. Com seu temperamento, Ino gostaria de gritar que Hinata não deveria fazer aquilo. Porém, a racionalidade a dominou. Ela estava em seu ambiente profissional e não poderia interfirir nas decisões de Hinata.

- Hinata... - Ino respirou fundo. - Não acha que ele tem o direito de saber? 

Hinata engoliu em seco. Ela sabia que Ino estava certa. Naruto tinha o direito de saber! Mas ela queria privar Naruto de mais um sofrimento, de mais uma perda. Seu marido já perdera tantas pessoas que ele amava, sofreu tanto na vida por conta de terceiros. Agora, que ele queria ser pai e formar uma família... Receber uma notícia dessas, poderia destruí-lo por completo.

- Só não conte pra ele, está bem? - Hinata fechou os olhos para impedir que as lágrimas saíssem de seus olhos. - Peça para os outros não contarem também.

Mais uma vez, Ino engoliu em seco. Não concordava com aquilo e acreditava, piamente, que Naruto tinha o direito de saber. Porém, ela não poderia inrefirir na decisão de Hinata e tudo que lhe restava era respeitar; não só respeitar Hinata, como também respeitar o sigilo médico que sua profissão exige.

- Está bem... Eu não contarei... - Ino erguia suas sobrancelhas e cruzou os braços, demonstrando através do corpo que estava indignada.

- Obrigada... - Hinata assentiu, agradecida.

- Mas se me permite um conselho de amiga... - Ino colocou uma de suas mãos no ombro de Hinata. - Eu acho que ele tem o direito de saber.

Após esta conversa com Ino, Hinata fez alguns exames chatos para que sua saúde fosse checada. Não existia mais resquícios de veneno em seu corpo e isso seria usado para investigações, mais tarde.

Alguns médicos vieram lhe ver e disseram, em sigilo, que seria difícil Hinata engravidar novamente. O aborto espontâneo agrediu muito seu útero e seus ovários, ocasionando nesta sequela. Esta informação fez com que Hinata perdesse, totalmente, seu chão.

Com toda certeza, ela não culparia Naruto se ele quisesse a abandonar futuramente. Ele, que queria tanto ser pai, não poderia caso continuasse casado com ela. 


...


Era quase meio dia quando Hinata foi visitada por Naruto. Ela sabia que ele viria. Quando ela o viu, parado, no batente da porta, um misto de emoções invadiu seu peito. Era a felicidade de reencontrá-lo, misturado com o medo da omissão que estava fazendo e pedindo para que todos fizessem.

Em contra partida, Naruto, ao ver sua esposa na maca, bem, acordada e com um sorriso no rosto ao vê-lo, aqueceu seu coração de todas as formas possíveis. Uma mistura de felicidade em reencontrá-la e o sentimento de alívio ao vê-la viva, bem.

Sem falar nada, Naruto começou a andar rapidamente na direção de Hinata. Ele não se importou com as agulhas em suas veias que traziam soro à ela, não se importou com as máquinas; simplismente, Naruto pegou a cabeça de Hinata entre suas mãos e começou a enchê-la de beijos distribuídos em todo seu rosto, em seus cabelos. 

- Que bom que você está bem... - a voz de Naruto saiu trêmula. Ela nem sequer pôde responder ou olhá-lo, pois ele deu longo e casto selinho em sua boca. Ele a tomou em um abraço e afagou seu rosto em seu peito. - Eu fiquei tão preocupado, meu amor.

Todos os carinhos, todos os afagos que Naruto dava à ela, Hinata sentia que não merecia. Por conta disso, não conseguiu sorrir, não conseguiu chorar ao reencontrá-lo. Hinata estava apática! Mas quando Naruto se afastou do abraço para olhá-la, Hinata forçou um sorriso em seu rosto.

Ele sorriu para ela enquanto secava rapidamente uma lágrima que escorreu de um de seus olhos. Ele pegou na mão dela e apertou, levemente.

- Como você está? Está com dor? Quer ir para casa? Eu posso pedir...

- Naruto-kun... - Hinata o interrompeu, com um sorriso verdadeiro, desta vez, achando graça de sua preocupação extrema. - Está tudo bem... eu estou bem.

Naruto abaixou a cabeça e riu de si mesmo. Mordeu seu próprio lábio e sacudiu a cabeça, envergonhado um pouco de sua atitude extrema, se sentindo um bobão.

- Desculpe, é que... - ele levantou os olhos para encará-la. - Eu me preocupo com você e... com tudo, sabe? 

- Eu entendo, Naruto-kun... - Hinata colocou uma de suas mãos em seu rosto e acariciou o rosto dele com seu polegar.

O rosto de Naruto, que estava iluminado, congelou em uma expressão apática. Ele se lembrou da tensão de Sakura no dia anterior e pensou em questionar Hinata. Ele sabia que ela não estava com energia para responder perguntas, mas ele sentia que precisava saber.

- Hinata... 

O tom de Naruto fez a espinha de Hinata se arrpiar. Qualquer mínima menção de seu tom de voz, de seus gestos, Hinata temia... temia que ele já soubesse, temia que ele descobrisse; ela não saberia como lidar com isso, ela não queria lidar com isso. Seu coração falhava as batidas a cada segundo que encarava o rosto de Naruto naquele silêncio daquele quarto; que durou segundos, mas parecia uma eternidade.

- Quais ferimentos você sofreu ontem a noite? - Naruto perguntou.

Hinata engoliu em seco e rezou para que Naruto não percebesse o medo e a tensão nítida de seu corpo.

- O-os médicos não te falaram? - Hinata perguntou, mascarado toda sua tensão do momento.

- Kiba e Ino me contaram que Sai te feriu sem querer e que... - Naruto respirou fundo a encadando no fundo dos olhos, enxergando, naquele momento em que ele parou de falar, um medo nos olhos de Hinata. - ... Você foi envenenada.

Ali, Naruto reparou que tinha coisa estranha. Ele conhecia Hinata muito bem e sabia que ela estava com medo, por algum motivo, naquele momento. Sua esposa já fora muito insegura de si mesma em muitos aspectos. Ele cresceu ao seu lado e sabia o olhar que ela tinha quando estava insegura, com medo, ou assustada... Isso não era bom!

- S-sim... - ela assentiu. - Foi isso que aconteceu...

Hinata sequer passava segurança na voz, no olhar era menos ainda. Naruto estava ficando, internamente, irritado com tal fato. Por que ela não confiava nele para lhe contar o que estava acontecendo?

- Por que eu sinto que você está me escondendo algo? - a voz de Naruto soou um tanto ameaçadora para Hinata, pois ela sabia que seu marido usava aquele tom de voz quando estava bravo ou triste.

- N-não estou escondendo nada, Naruto-kun? - ela se esforçava para encarar seu rosto desconfiado que ele lançava sobre ela. - Por que eu faria isso?

Naruto sabia que ela estava escondendo algo, mas aquele não era o momento de pressioná-la. Em algum momento ele descobriria do que se tratava; mas agora, Hinata precisava de descanso, não de um interrogatório.

- Tem razão... - Naruto forçou um sorriso. - Você não faria isso, não é?

A última frase de Naruto foi como uma facada em seu coração. Ela sabia que merecia por estar omitindo algo tão grave e importante de seu marido. Ela não estava confiando em seu próprio marido... 

- Claro que não... Naruto-kun. - Disse depois de engolir em seco, dizendo seu nome quase em um sussurro.


...


Alguns dias haviam se passado desde que Hinata chegara da missão e, finalmente, ela recebeu alta. De acordo com a mesma, ela estava se sentindo nova como uma folha.

Naruto levou-a para casa. Assim que entraram, de mãos dadas, Hinata mal teve tempo de raciocinar quando sentiu uma das mãos de Naruto em sua cintura e outra em sua nuca, fazendo-a virar a cabeça para cima. Teve sua última visão do rosto de Naruto fitando sua boca, se aproximando na direção de sua boca a beijando em vários selinhos castos em sua boca, depois espalhando beijos em seu rosto

- Senti saudades, Hinata. - Naruto sussurrou, quando beijava seu pescoço.

- Naruto-kun. - Hinata colocou suas mãos nos ombros dele o afastando. - Pare, por favor...

Naruto a fitou com estranhamento. Hinata sempre gostou das investidas dele e, de repente, ela não queria.

- Está tudo bem? Está com dor? Se quiser, eu...

- Não, Naruto-kun... - Hinata o interrompeu. - Não é nada, não...


Essa foi a primeira vez que Naruto percebera que Hinata estava mais estranha do que ele imaginara. Ela sempre amou suas investidas e, depois que voltou desta missão, passou a rejeitá-lo todas as vezes que ele tentava. Antes desta missão, Hinata sempre fora fogosa e insinuava que estava com vontade de Naruto...

Foi um mês com essas atitides estranhas. Ela o rejeitou todas as vezes que ele tentou e também não avançava para cima dele como ela fazia antes. Mas não era só rejeição de sexo ou de beijos, mas ela estava distante. Durante um mês, Naruto esqueceu como era conversar com sua esposa. Eles se comunicavam apenas quando era para falar bom dia ou para responder perguntas... Naruto não a reconhecia mais.

Com este mês infernal que se passou, Naruto estava determinado a descobrir o que aconteceu com Hinata durante esta maldita missão. Essa dúvida, ser deixado no escuro desta maneira, estava deixando Naruto à beira da loucura. Ele estava começando a pensar coisas horríveis de sua própria esposa e não admitiria mais ser deixado no escuro desta forma.

Ele sabia que Hinata estava no hospital, sendo examinada por Ino. Mas ele não confrontaria a Yamanaka na frente de Hinata e estava disposto a esperar horas para poder falar com ela. Mas ele não precisou... ela apareceu em sua mente.

- Sakura-chan com certeza sabia o que estava havendo!

Naruto a viu no corredor indo na direção de seu escritório e a seguiu até se encontrar com ela naquela sala. 

Sakura estava em sua mesa que ficava do lado da porta e analisava algumas fichas de alguns pacientes. Sua concentração foi tirada quando viu Naruto entrando como um raio em seu escritório e fechando a porta forte atrás dele.

- Naruto? - Sakura perguntou assustada, acompanhando o trajeto de seu amigo indo até sua mesa como um flash. - O que você...

- Você vai me falar agora o que está acontecendo, Sakura-chan? - a voz de Naruto soou como um rugido e Sakura se arrepiou dos pés a cabeça.

- Naruto, eu não sei...

- SIM VOCÊ SABE! - ele gritou e apontou o dedo em seu rosto. - E eu não vou sair daqui até você me falar o que está havendo! 

Sakura estava realmente confusa e estava tentando processar toda a informação.

- Naruto, se acalme... - Sakura ergueu as mãos em frente ao seu corpo. - Do que está falando?

- Da Hinata, Sakura-chan! - Naruto estava ficando impaciente. - O que aconteceu com ela naquela missão?

Sakura arregalou os olhos. Ela não tinha permissão para falar, tinha que respeitar o sigilo médico, além de respeitar Hinata. Em contra partida, Sakura sabia muito bem que quando Naruto enfiava algo na cabeça, nada o fazia desistir.

- É... Naruto, eu... 

- Não minta para mim, Sakura-chan... - Naruto apontou o dedo no rosto de Sakura, novamente. - Eu nunca te perdoarei se fizer isso. 

Sakura respirou fundo e sentou-se na cadeira, encostando sua cabeça em uma de suas mãos.

- Por favor, tenha calma... - Sakura pediu.

- FALE LOGO, SAKURA! - Naruto avançou com tudo para cima de Sakura, batendo suas mãos na mesa, causando um estrondo.

Sakura engoliu em seco, pois assistiu diante de seus olhos Naruto à beira de um colapso mental. Estava fora de si com a mentira e não era justo com ele. Percebeu que ele estava nervoso principalmente pela falta do sufixo carinhoso "chan".

- Hinata sofreu um aborto espontâneo durante a missão!

Sakura observou o rosto de Naruto se congelando. Ela começou a se apavorar, pois ele ficou estático por segundos - que pareceram uma eternidade - em uma expressão que ela não conseguia ler.

Sakura nem sequer percebeu quando Naruto, como um raio, foi na direção da porta e saiu de seu escritório. Ela sabia que tentar impedi-lo não era uma opção. O que ele precisava agora era conversar com Hinata.


...


Sabendo aonde Hinata estava, com Ino, Naruto abriu a porta com tudo, se deparando com Ino colocando uma lanterninha nos olhos de Hinata, a examinando. Porém, quando elas se assustaram com a presença de Naruto ali, ambas o olharam estáticas. Naruto não tirava os olhos de Hinata, o que causou um arrepio na espinha de ambas.

- Naruto, estamos... 

- Hinata eu já sei de tudo! - Naruto interrompeu Ino, que assim como Hinata, congelaram a expressão em seus rostos e suas espinhas se arrepiaram. Naruto se virou para olhar para Ino. - Nos deixe a sós, por favor, Ino. - Naruto pediu.

Ino olhou para Hinata, que engoliu em seco com aquela situação. Tomou a decisão de fazer o que Naruto pediu e deixou a sala, fechando a porta atrás dela.

Quando Ino saiu, um silêncio ensurdecedora pairou na sala. Naruto colocou as mãos nos bolsos e encarou Hinata, que não conseguia olhá-lo, de vergonha, de medo...

- Por que não me contou? - a voz de Naruto estava na linha tênue entre chorosa e firme.

Hinata tentou encará-lo, mas asism que seus olhos se encontraram com o de Naruto, lágrimas escorreram dos seus e ela se sentiu ridícula. 

- Porque eu... - Hinata tentava não soluçar. - Porque eu sei que você... - puxou o ar com dificuldade. - Que você queria ser pai...

Ela encarou o rosto de Naruto, que tinha as sobrancelhas franzidas sobre seu rosto. Hinata leu na feição de seu marido que ele estava com raiva.

- Será difícil eu engravidar novamente, então... - Hinata tentou controlar seu choro, mas seu queixo insistia em tremer e seus olhos escorriam lágrimas quentes e pesadas. - Entenderei se quiser me deixar...

Mais uma vez Hinata encarou Naruto e sua feição se mantinha da mesma forma. Não havia dúvidas, ele estava com raiva dela e ela não podia culpá-lo. Ao ver sua expressão, não conseguiu mais olhá-lo e abaixou seu olhar.

Hinata nem percebeu quando, de repente, foi envolvida pelo abraço apertado de Naruto. O queixo dele apertava contra seu ombro, uma de suas mãos estava em sua cintura e a outra estava em sua cabeça, apertando o rosto dela contra seu ombro.

- Por favor... - Hinata ouviu a voz de Naruto chorosa e sentiu lágrimas molharem sua blusa. - Não me diga que se casou comigo por causa disso...

A frase de Naruto fez os olhos de Hinata marejarem mais. Doeu e muito ouvir aquelas palavras da boca de Naruto, daquela forma, com ele chorando.

- Não me diga que você se casou comigo só porque queria me dar filhos, Hinata... - a voz de Naruto estava trêmula e sussurrava. - Por favor, não me diga isso...

- Naruto-kun... - Hinata soluçou o nome dele.

Ainda abraçada ao seu marido, Hinata colocou sua mão em seu rosto. Quando Naruto desvencilhasse daquele abraço, ela não queria que ele olhasse em seu rosto. Estava com vergonha. Como ela pôde ser tão distante e agir daquela forma, durante um mês, a ponto de fazê-lo pensar aquilo dela. A culpa era dela por ele estar chorando daquela forma.

- Hinata... - ele se soltou do abraço. - Hinata, olhe para mim. - ele pegou em sua mão livre e tirou a outra mão de Hinata, com ela resistindo um pouco. - Olhe para mim.

Hinata resistiu um pouco. Estava morrendo de vergonha, mas ele insistiu mais uma vez para que ela o olhasse e ela o fez. Se deparando com o rosto dele molhado de lágrimas, assim como o dela.

- Eu me casei com você porque eu amo você. - ele silabou, enfatizando a palavra amor, apertando levemente as mãos dela entre as suas. - Não porque eu quero que você me dê filhos...

Hinata tremeu o queixo e abaixou seus olhos mais uma vez. Ela sabia que o tinha ofendido e ela só se sentia cada vez mais culpada.

- Olhe para mim, Hinata. - ele levantou o rosto dela pelo queixo, para que ela o olhasse.

Em seguida, ele secou as lagrimas dela com seus polegares e fitou todo o rosto dela em todos os centímetros. 

- Me perdoe, Naruto-kun... - Hinata soluçava de chorar, colocando uma de suas mãos em seu peito, que doía muito.

- Está tudo bem... - ele levantou seu rosto novamente, com as duas mãos. 

- Não, não está... - Hinata sacudiu a cabeça de um lado para o outro, apertando os olhos e lágrimas pesadas e quentes desciam pelo seu rosto. - Eu menti para você, Naruto-kun... E-eu... eu pensei algo horrível de você... Eu...

Hinata foi calada com um beijo de Naruto. Sem avisar, ele selou seus lábios ao dela. O contato dos lábios macios de Naruto fez com que Hinata se acalmasse. O calor do corpo dele era seu calmante, assim como o calor do corpo dela, era a salvação dele. Ainda com lábios selados aos dela, Naruto colocou os cabelos de Hinata atrás de sua orelha e colocou sua mão no pescoço dela, pedindo um beijo mais intenso.

Assim que suas línguas se encontraram, Hinata colocou uma de suas mãos na nuca de Naruto e o puxou para mais perto de si. Era um beijo repleto de sentimentos: Uma mistura se saudade, de paixão, de perdão... Aquela era a reconciliação deles.

Naruto separou o beijo e colou sua testa na testa de Hinata, secando os últimos vestígios de lágrimas que tinha no rosto dela com seus polegares.

- Eu entendo seu lado, Hinata... - Naruto sussurrou com uma voz rouca e ele separou suas testas, acariciando o rosto dela, delicadamente. - Não precisa mais esconder nada de mim, está bem?

Hinata o olhou nos olhos e, pela primeira vez em muito tempo, Hinata sorriu verdadeiramente para Naruto, que o contagiou. Ela viu aquele sorriso lindo nos lábios de seu marido e pulou em cima dele, o abraçando pelo pescoço e ele a suspendeu no ar, pela cintura.

- Eu te amo, Naruto-kun



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