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História Nas Entrelinhas do Destino - Nem tão inocente assim...


Escrita por: SoleLua_

Notas do Autor


Olha eu aqui na madruga!!! Tem alguém acordado ai? Desculpem se fiz vcs irem dormir esperando, mas que eu posso fazer se adoro a madrugada? Adoro postar a essa hora também kkk Mas enfim, não importa a hora que vocês vão ler isso, porque eu tenho certeza que vão gostar... Hum, vou falar mais nada.
Boa leitura!

Capítulo 14 - Nem tão inocente assim...


Finalizou me fazendo encará-lo e então me puxou pela cintura me fazendo realmente ficar na ponta dos pés, eu sorri e o beijei. Beijei porque meu coração estava saltando em meu peito depois disso tudo, beijei porque eu estava feliz e o motivo era ele, ele e esse sentimento que ele está sentindo e que talvez eu possa sentir também.

É, talvez Pedro tenha razão. Talvez ele consiga me fazer se apaixonar por ele, e eu desconfio que não vá demorar.

— Você acredita agora? — Perguntou contra meus lábios, sorri e beijei seus lábios rapidamente.

— Acredito. — Respondi e então o abracei.

Pedro me apertou com força em seus braços e enterrou seu rosto em meu pescoço, suspirei percebendo o quanto eu gosto de estar junto dele, o quanto eu gosto de sentir seus braços fortes ao meu redor. É tão bom estar com ele e a cada dia eu me convenço mais disso.

— Eu acredito porque sei que não tem como você ter mentido. — Afirmei sorrindo. — Eu vi nos seus olhos, você me fez arrepiar, Pedro, fez meu coração acelerar só de te ouvir... — Falei acariciando seus cabelos, ele beijou meu ombro e então me encarou. — E eu gostei de me sentir assim.

— É isso o que eu sinto sempre que te vejo. — Disse sorridente. — Sinto um frio na barriga que vem junto dessa sensação boa de sentir o coração saltar no peito, sabe? É uma coisa estranhamente gostosa que me faz arrepiar por uma simples proximidade contigo... — Sussurrou me fazendo arrepiar realmente. — Ah Karina... é essa vontade insana de querer te ter assim, dentro do meu abraço, juntinho de mim... — Me apertou um pouco mais em seus braços, sorri. — Essa vontade de te beijar até faltar o fôlego e depois recomeçar tudo de novo... — Disse e selou nossos lábios rapidamente, me deixando com vontade de apreciar melhor seus lábios. — É bom, 'né? Você também consegue sentir? — Perguntou contra meus lábios, eu assenti ofegante, eu não sei se pela intensidade com o que ele dizia aquilo ou se era pela vontade de beijá-lo, mas então ele sorriu e me beijou novamente, me fazendo suspirar em seus lábios.

Seus lábios eram delicados contra os meus, porém, sua mão que estava entrelaçada aos meus cabelos e os puxavam com uma certa força, denunciava que não permaneceriam por muito tempo nessa delicadeza. Então como o esperado, Pedro me puxou pelo quadril e me colou ainda mais ao seu corpo e então os movimentos de seus lábios e sua língua ficaram mais intensos, fazendo um calor gostoso percorrer meu corpo, me agarrei ainda mais a ele, arranhando sua nuca levemente e sentindo sua mão passear por meu corpo, até que o ar se fez necessário e separamos nossos lábios, mas permanecemos colados um ao outro.

— Você não vai mais fugir, 'né? — Perguntou ofegante, eu permaneci de olhos fechados, só o escutando. — Não foge de mim, Karina, eu sei que você sente algo por mim também, pode não ser tão forte quanto o que eu sinto, mas a gente pode tentar.

— Eu não vou fugir, Pedro. — Afirmei e então abri os olhos que haviam permanecido fechados após o beijo. Ele também tinha os olhos fechados, mas sorria lindamente. — Não vou fugir porque eu descobri que gosto muito de você. — Afirmei acariciando seu rosto e então ele abriu os olhos e me encarou com aquela imensidão castanha. — Eu gosto de estar com você, gosto da maneira como me beija, como me toca, e sim, eu sinto algo por você também, é algo bom, eu gosto do que está me fazendo sentir, mas eu ainda não sei dizer o que é. — Falei sinceramente, mirando-o.

Seus olhos brilhavam intensamente e eu adoro que eles brilham desse jeito quando ele está comigo, parece até que há uma constelação de estrelas em seu olhar, e eu fico feliz de saber que sou eu quem estou o deixando assim, que são minhas palavras e esse sentimento novo que eu o estou fazendo sentir que fazem sua felicidade ser tanta a ponto de transbordar pelos olhos. Quero muito que Pedro possa me fazer sentir assim também, e suspeito que ele já esteja conseguindo.

— Eu sei que é tudo muito confuso, ainda mais pra você. — Disse e então suspirou. — Eu sei que você gosta de mim, mas também sei que está apaixonda por outro, você me confessou naquele dia na praia, lembra? — Perguntou e eu suspirei antes de assentir. — Eu ainda não sei muito sobre esse lance de se apaixonar, mas a julgar pela intensidade do que eu sinto por você, eu posso dizer que não dá pra esquecer uma paixão assim, do dia pra noite. — Afirmou e eu suspirei novamente.

Pedro tem razão.

Eu já tentei tirar João dos meus pensamentos e do meu coração, eu pensava que era coisa de criança, que a gente ia crescer e ia passar, mas não foi bem assim. A gente cresceu sim, mas os meus sentimentos cresceram junto, e tudo só ficou ainda pior quando ele começou a sair com garotas... e até me pedir ajuda com elas. Eu nunca tive e nem tenho coragem para confessar o que sinto, e João também parece não perceber nada, então eu decidi que mesmo gostando dele, gostando muito, eu não podia viver em função disso. Não podia parar minha vida, eu tinha que me permitir viver novas experiências, com novas pessoas, mas nunca consegui sentir algo tão intenso quanto o que sinto pelo João por ninguém.

Até Pedro chegar.

Pedro conseguiu me fazer sentir coisas diferentes e intensas só de colocar os olhos em mim. Ele me toca e me beija de um jeito que eu nunca me permiti ser tocada antes por ninguém, suas mãos, suas palavras e até seu olhar me incendeiam, ele absorve todos os meus pensamentos quando estamos juntos, até de João eu consigo esquecer.... aliás, lembrar de João quando estou com Pedro nunca é uma boa opção, por isso procurei bloquear qualquer coisa sobre ele de minha mente e focar somente naquele mar de chocolate que me encarava intensamente.

— Mas eu estou disposto a te fazer esquecer, Karina. — Disse seriamente. — Eu ainda não conheço bem esse sentimento, como eu te disse, é algo novo pra um também, mas eu quero te convidar a descobrir comigo, nós podemos descobrir juntos! — Afirmou sorridente. — Eu gosto muito de você, gosto demais, de um jeito que eu nunca gostei de ninguém antes, então eu quero te pedir pra tentar, nós podemos tentar. — Disse segurando meu rosto em suas mãos. — Eu sei que posso te fazer sentir igual, mas pra isso eu preciso que você esteja disposta, preciso que me dê uma chance. — Suspirou. — Diz que sim?! — Pediu ainda com seus olhos grudados aos meus.

Eu estava um pouco receosa, pois sei que Pedro está sendo sincero, ele realmente gosta de mim e eu tenho medo de não conseguir corresponder aos seus sentimentos... mas não posso negar que sinto algo, eu até já confessei isso a ele, então não posso me acovardar. Percebi que quero descobrir esse novo sentimento, quero fazer novas descobertas, ter novas experiências, abrir meu coração para uma nova paixão, e eu quero fazer tudo isso com o Pedro.

Respirei fundo e encostei minha testa à sua.

— Sim. — Falei acariciando seu rosto. — Eu quero, Pedro. — Disse o encarando profundamente. — Eu quero descobrir esse sentimento novo, quero me aventurar e descobrir com você. — Selei nossos lábios. — Só com você! — Reafirmei, ele sorriu lindamente e então eu o beijei.

Eu o puxei pela nuca, selando nossos lábios num beijo calmo. Pedro tinha uma mão em meu rosto, acariciando-o, enquanto a outra permanecia firme em minha cintura. Eu estava acariciando sua nuca enquanto nossas línguas embolavam-se deliciosamente em nossas bocas e aquele era um beijo diferente de todos os que já trocamos. Era delicado e envolvente, era tão bom, mas tão bom que eu não queria que acabasse, porém, o ar se fez necessário e selei nossos lábios algumas vezes antes de o abraçar.

— Então quer dizer que nós estamos juntos, 'né? — Perguntou seriamente. — Você vai ficar só comigo, assim como eu só vou ficar com você.

— É claro que sim, Pedro. — Afirmei e o vi sorrir ainda mais. — Pra falar a verdade, eu só estou ficando com você. — Confessei. — Desde a primeira vez que nos beijamos, eu não fiquei com mais ninguém.

— Bom saber... — Sussurrou no meu ouvido, me causando arrepios. — Não gosto da ideia de outro cara te tocando. — Disse me colando ao seu corpo, arfei. — Ou te beijando, sentindo sua pele, seu cheiro... — Disse passando os lábios por meu pescoço e então começou a beijá-lo.

Levei minhas mãos aos seus cabelos enquanto ele intensificava os beijos. Senti um arrepio delicioso percorrer meu corpo ao sentir seus dentes arranharem por lá e gemi baixinho. Pedro agora tinha uma mão entre meus cabelos, o ajudando a explorar melhor aquela área sensível, sua outra mão acariciava meu corpo, subia por minha cintura, depois descia para o meu quadril, chegava a minha bunda e até a coxa... meus olhos estavam fechados, eu só me concentrava em apreciar as sensações que seus lábios me proporcionavam. Ele fez uma trilha de beijos até meu queixo, minha cabeça estava um pouco inclinada e ele o mordeu me fazendo arfar, depois beijou o cantinho de minha boca, para só então me beijar.

Pedro me beijou com desejo, com fogo e eu retribuí igualmente. Sua mão puxou meu cabelo com uma certa força e eu arranhei sua nuca levemente, ele gemeu levando suas mãos a minha bunda, num aperto firme que fez meu corpo corpo inteiro esquentar e então foi a minha vez de gemer. Pedro me puxava cada vez mais pra si, suas mãos passeavam por meu corpo incessantes enquanto seus lábios praticamente me devoravam e eu não nego, eu estava adorando a vontade com a qual ele me beijava e retribuía igualmente, até que precisamos nos afastar por falta de ar, mas Pedro não se afastou de mim nenhum milímetro, sua boca voltou ao meu pescoço, mordendo, chupando e eu tive que respirar fundo para reunir forças para afastá-lo.

— Ai, 'Ôh, Pedro... 'ér, que tal agora que a gente já se acertou, a gente tentar sair daqui? — Falei ainda afetada por suas carícias, ele sorriu.

— Logo agora, Karina? — Perguntou ainda me apertando contra si e então mirou meus lábios. — É que aqui 'tá tão bom... — Disse levando seus lábios aos meus novamente, suspirei em sua boca, mas o afastei.

— 'Tá bom sim, Pedro, 'tá muito bom, mas a gente não pode passar a noite inteira aqui, nossos pais vão ficar preocupados, já devem estar, aliás. — Falei acariciando seus cabelos, ele assentiu meio a contra gosto e eu achei muito fofo o biquinho que se formou em seus lábios. — Não sabia que você era manhoso, guitarrista. — Disse passando meu indicador em seu lábio e então o beijei rapidamente, ele sorriu.

— Só sou manhoso com você, esquentadinha. — Afirmou me lançando uma piscadela, revirei os olhos. — Mas então, liga aí pro teu pai vir libertar a gente, já que você quer tanto sair daqui. — Disse acariciando meu rosto.

— Eu até ligaria, mas meu celular 'tá sem bateria, esqueceu?

— Eu sei, mas você não 'tá com o meu? Então liga dele. — Disse simplesmente — Eu tenho o número do seu pai.

— Não, Pedro, eu não 'tô com teu celular. — Falei e ele franziu o cenho.

— Como não? — Perguntou. — Eu me lembro que você pegou ele de mim, você pulou no meu colo pra poder pegar. — Deu um sorrisinho sacana, mordi o lábio um tanto envergonhada. — Tem certeza que não 'tá com ele?

— Tenho, eu não 'tô com ele. — Falei e então me lembrei que caímos. — Ihh, Pedro, acho que eu acabei derrubando ele na queda. — Falei e o vi sorrir.

— Então pode esquecer, nós não vamos sair daqui hoje, esquentadinha. Não tem jeito.

— Tem sim. — Disse e ele franziu o cenho, revirei os olhos. — É só a gente ir lá em baixo procurar. — Falei como se fosse óbvio e então me separei dele e andei rumo a saida, ele não me seguiu. — Anda logo, Pedro! — Disse o puxando pela mão, ele resistiu.

— Mas lá em baixo 'tá um breu só... não dá pra ver nada. — Argumentou e eu bufei o puxando mais forte, ele enfim voltou a andar.

— Você tem medo de escuro, é? — Perguntei sorrindo enquanto desciamos a escada — Depois não venha achar ruim quando eu te chamar de frouxo... — Falei e ele me deu um puxão firme pela cintura, colando minhas costas numa coluna, arfei tanto pelo movimento inesperado quanto pelo baque da minhas costas contra a parede.

— Pensei que eu já tivesse te convencido de que não sou frouxo, Karina. — Falou praticamente grudado a minha orelha, engoli em seco. — Mas não tem problema, eu posso provar que não sou com muito prazer. — Mordiscou minha orelha me fazendo arrepiar.

— Pedro... — Minha voz saiu um tanto falha, ele riu. — Vamos, procurar logo esse celular, vai? — Pedi o afastando antes que eu não resistisse e o agarrasse novamente. Pedro sorriu novamente e me deu um selinho antes de se afastar.

— 'Tá bom, por onde você quer começar a procurar? — Perguntou. — E eu vou logo avisando que vai ser difícil de achar, viu? Ai que preguiça! — Disse e eu bufei o puxando para o chão.

— Para de reclamar e procura. — Falei e ele assentiu, então nos começamos a tatear o chão procurando aquele bendito celular, porém, Pedro estava certo, estava sendo muito difícil procurar aquilo, e depois de que estávamos procurando há um bom tempo, acabei constatando que era impossível achar qualquer coisa naquele escuro. — Ah, eu desisto! — Falei me deitando no chão, Pedro riu e deitou do meu lado.

— Eu avisei, teimosa. — Disse sorridente, lhe dei um soquinho no braço.

— Eu sei, babaca, você 'tava certo. — Falei em meio a um suspiro. — Eu só não queria passar a noite aqui.

— É, eu sei, sabe que agora me deu uma fome...

— Ai, em mim também. — Falei e ele me puxou pra mais perto e beijou minha bochecha antes de falar.

— Pensa pelo lado positivo. — Disse acariciando meu rosto.

— Qual? — Perguntei tentando mirar seus olhos, mas era impossível.

— Pelo menos você ficou aqui trancada comigo que sou lindo, gostoso e ainda beijo bem! — Falou e eu ri.

— Mas você se acha, 'né guitarrista?

— Eu não me acho e eu 'tô falando sério, viu? Imagina se você tivesse ficado presa aqui com... — Deu uma pausa pra pensar. — Ah, já sei, imagina você presa aqui na fábrica, nesse escuro uma noite inteira com o Carlos! — Disse e eu ri ainda mais, negando.

Carlos é o cara que cuida da biblioteca da escola. Ele não é tão velho assim, mas é feio demais e tem mau hálito... eca!

— Credo, Pedro! Que imaginação, Deus me livre! — Falei e ele riu junto a mim e então me beijou.

Seus lábios chegaram aos meus e logo sua língua estava junto a minha. Ele me beijava lentamente, sem pressa alguma, porém suas mãos contrastavam com a calmaria de seus lábios e me acariciavam intensamente. Pedro já estava com o corpo parcialmente contra o meu, quando eu o afastei.

— Pedro, 'ér... que tal a gente ir pro ringue? — Perguntei.

— Ringue? — Perguntou enquanto levantavamos e caminhavamos até lá.

— É. — Confirmei enquanto subiamos no ringue, eu tive que ajudá-lo a subir, ainda mais por conta de estar tudo escuro. — É mais confortável. — Expliquei e ele sorriu grudando nossos corpos e me beijou novamente, quando percebi já estávamos deitados e ele estava sobre mim novamente. — Pedro... eu te chamei pra cá pra gente ficar mais confortável pra dormir. — Falei ofegante quando consegui afastá-lo.

— Dormir? — Perguntou e era perceptível a frustração em sua voz, sorri.

— É, dormir. — Confirmei e ele suspirou deitando-se ao meu lado. — Eu 'tô cansada e a culpa é toda sua.

— Mas nossa, Karina! — Falou enquanto me puxava para deitar em seu peito. — Só com esses beijinhos eu já te dei uma canseira, é? — Disse e eu dei um tapa em seu peito.

— Claro que não, idiota! — Falei e então sussurrei em seu ouvido. — Você vai precisar de muito mais que só uns beijinhos pra me cansar. — Sussurrei em seu ouvido e o mordisquei, sua mão que estava em minha cintura deixou um aperto firme ali, mordi o lábio.

— Não seja por isso... — Falou contra meus lábios, mas eu não o deixei me beijar e o afastei.

— Mas não hoje. — Falei e ele suspirou voltando a deitar. — Eu 'tô cansada porque treinei demais, é que eu 'tava muito confusa com tudo, estava sentindo falta de falar com você e estava me sentindo culpada por conta disso. — Expliquei em meio a um suspiro, enquanto lembrava de como eu estava mal hoje mais cedo.

— Mas agora você me ouviu e sabe que não deve se sentir mal por querer estar comigo, 'né? — Perguntou e eu assenti. — Admite, esquentadinha, é muito melhor estar aqui comigo do que socando o saco, 'né não? — Falou sorridente, revirei os olhos.

— Moleque exibido... — Falei e ele sorriu começando a acariciar meus cabelos, ele tinha razão, eu tenho que admitir que está aqui recebendo esse carinho dele está sendo muito bom. — Mas você tem razão, eu 'tô gostando de estar aqui com você. — Disse e ele selou nossos lábios rapidamente.

— Eu também 'tô adorando te ter aqui comigo, linda. — Disse, mas então suspirou. — Karina, como vai ser quando a gente sair daqui? — Perguntou, franzi o cenho.

— Como assim, Pedro? Vai ser normal, ué... — Falei dando de ombros.

— Eu quero saber como vai ser, nós Karina. — Falou em tom sério. — Eu quero saber se eu vou poder te beijar sempre que eu quiser, te tocar, estar sempre perto... Eu não quero que me afaste novamente, eu não gosto de ficar longe de você, me faz mal, então eu preciso ter as coisas claras para não me magoar por ter entendido algo errado.

— Pedro, eu já disse e você não entendeu errado. — Afirmei também séria. — Eu 'tô com você, eu quero tentar descobrir esse sentimento novo com você e eu não vou te afastar, nem me afastar de você. — Falei e ele suspirou me abraçando. — Mas eu quero te pedir uma coisa. — Falei cautelosa.

— Tudo o que você quiser! — Disse e eu sorri.

— Eu quero continuar mantendo o que temos em segredo, não quero que ninguém saiba.

— Mas por quê? — Perguntou e eu suspirei antes de responder.

— Pedro, eu não quero que saibam porque vai tornar tudo muito mais difícil. — Falei o que era uma meia verdade. — Eu e você somos muito diferentes, trocamos implicâncias desde sempre, vai chamar muita atenção e eu não gosto de atenção, Pedro, eu tenho vergonha.

— Eu entendo, mas acho que isso não é um problema, K. — Disse acariciando meu rosto. — Eu posso te ajudar a lidar com a timidez, até porquê, comigo você nem é tão tímida assim, 'né? — Falou dando beijinhos no meu pescoço.

— 'Ér... mas ainda tem o meu pai, 'né? — Falei e ele rapidamente parou com os beijos, sorri.

— O mestre?! — Perguntou um tanto alarmado.

— É, Pedro. — Confirmei. — Você sabe como é o meu pai, ele vai encrencar, vai dar uma confusão danada e você mesmo disse que não quer ficar longe de mim, pode ser que ele proíba a gente de se ver... sei lá.

— É, tem razão. — Falou um tanto resignado. — E ainda tem o João, 'né? — Falou e eu senti meu coração acelerar involuntariamente, eu gelei.

Como assim o João? Será que ele sabe que eu gosto dele? Como ele sabe? Respirei fundo e perguntei:

— Como assim, o João? — Tentei não transparecer na voz a minha insegurança, porém não tive muito êxito, mas ele pareceu não notar.

— Ah, você sabe que meu primo é muito protetor em relação a você e a Bianca, 'né? — Começou a explicar e eu assenti aliviada por ser só isso. — Ele tem vocês duas como irmãs, e ele meio que me proibiu de tentar algo com vocês.

— O João fez isso? — Perguntei surpresa.

— Fez. — Confirmou. — Principalmente com você, disse que você é muito inocente... — Disse com tédio. Pra ele eu devo ser muito inocente mesmo. — Mas eu sei que você não é tão inocente assim. — Sussurrou com malícia. — Quer que eu prove? — Perguntou contra meus lábios.

— Não precisa. — Eu respondi. — Deixa que eu mesma provo, guitarrista. — Falei o puxando para um beijo cheio de desejo.

Pedro não foi nada calmo dessa vez, atacou meus lábios com vontade enquanto me puxava pra cima dele, mas eu gosto quando ele me beija desse jeito bruto. Suas mãos apertavam meu corpo com fimeza, me fazendo gemer em sua boca, minhas mãos estavam firmes em seus cabelos e então eu me ajeitei melhor sobre ele, nossos quadris se alinharam e sentir aquele encaixe esquentou meu corpo instantaneamente. Separei nossos lábios e o encaminhei ao seu pescoço, comecei a beijar e mordiscar aquela área e Pedro gemia baixinho me estimulando a continuar. Suas mãos estavam sob minha blusa, aquelas mãos grandes já começavam a suspendê-la e então eu levantei os braços e logo estava sem ela. Não sei se era por conta da excitação do momento ou por conta da falta de luz, mas eu estava me sentindo muito a vontade.

Pedro nos virou, ficando agora por cima de mim e então começou a beijar meu pescoço e meu colo. Sentir seus lábios ali, junto agora à sua língua era maravilhoso, ele então levou suas mãos aos meus seios num leve aperto e eu senti um arrepio que fez meus mamilos endurecem instantaneamente, gemi e ele começou a beijar meu busto na parte em que o top não cobria e aquilo estava muito bom, estava sendo maravilhoso ainda mais pelo fato de eles estar massageando meus seios agora com firmeza. Eu estava adorando aquelas sensações estava adorando ser tocada daquele jeito, mas eu sabia que estava indo longe demais, porém eu não conseguia parar. A situação era excitante demais pra que eu parasse e aquilo me fazia perder o raciocínio. Pedro estava sobre mim, passeando com suas mãos grandes e firmes em meu corpo, passando por meus seios, coxas e bunda, me deixando quente, me deixando muito excitada, eu me sentia úmida, sentia minha intimidade pulsar e nunca havia me sentido tão excitada antes. A língua de Pedro também passeava por meu corpo, sua boca estava agora no meu seio esquerdo e mesmo sobre o tecido aquilo era uma delícia. Suspiros e gemidos escapavam por meus lábios, minhas mãos agora estavam sob sua camisa eu o arranhava levemente sentindo seu corpo quente, acariciando, fazendo-o sentir o mesmo que eu... Até que ele se afastou e colou sua testa a minha.

Meu coração batia em descompasso e eu estava muito ofegante, uma fina camada de suor cobria meu corpo e Pedro não estava diferente, mas ele estava sendo mais sensato.

— Acho melhor parar enquanto eu ainda consigo me controlar. — Disse contra meus lábios, sua voz estava incrivelmente rouca e eu adorei a maneira como ela soou.

— Tem razão. — Concordei e percebi que minha voz também estava diferente, sorri e selei nossos lábios, Pedro saiu de cima de mim e voltou a deitar-se ao meu lado.

Nós passamos um tempo em silêncio, só o que se ouvia era o som desregulado de nossas respirações. Tateei até que consegui encontrar minha camiseta e a vesti, senti a mão de Pedro alcançar a minha e ele as entrelaçou me puxando para junto dele novamente, suspirei em seus braços e ele começou a acariciar meus cabelos e então beijou o topo da minha cabeça.

— Boa noite, esquentadinha. — Sussurrou e eu sorri me aconchegando mais ainda a ele.

— Boa noite, Pê... — Murmurei já sonolenta.

E foi ali, dentro daquele abraço gostoso, ouvindo as batidas ritmadas do coração do Pedro que eu adormeci.


Notas Finais


Ownt ❤
Final fofo, né? E muita pegação kkkk
Comentem e favoritem amores, Beijos!!!


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