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História NATIESE - Uma patricinha em minha vida - Capítulo 29


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 29 - Capítulo 29


               Laura foi caminhando tranquilamente até a cozinha. Ela estava com uma camiseta de um time de futebol, um short curto e de chinelos. Não estava muito bem, mas já tinha parado de chorar. Quando chegou até a cozinha, ela avistou a Natalie encostada na mesa, em que havia uma jarra e um copo vazio.

            — Natalie? — perguntou Laura, surpresa.

            — Oi, mana... — disse Natalie, nervosa.

            — Está tudo bem?

            — Está... Eu só vim tomar um copo de água.

            — Eu também... Posso? — perguntou ela, olhando para a jarra.

            — Claro. Pode pegar.

            Laura tentou ir até o armário para pegar um copo limpo, mas Natalie não deixou.

            — Pode deixar que eu pego um outro copo para você.

            — Nossa... Você está muito boazinha... Tem certeza que está bem?

            — Claro que estou. — afirmou Natalie, entregando o copo para ela.

            Natalie percebeu que os olhos dela estavam um pouco vermelhos, mas não quis perguntar nada, porque sabia o motivo. E já estava começando a se sentir culpada por ter ficado com Priscilla a alguns minutos atrás. 

            Laura terminou de beber a água e a questionou:

            — Posso te contar uma coisa?

            — Claro... Pode falar.

            Então Laura sentou-se à mesa e a irmã sentou-se na cadeira ao lado dela.  

            — Naquela hora em que fui mostrar o quarto para Priscilla, eu e ela tivemos uma conversa.

            — Hum... E aí? O que aconteceu? — perguntou Natalie, disfarçando que não sabia de nada.

            Laura começou a ficar muito triste e uma lágrima caiu de seu rosto. O coração de Natalie ficou apertado por dentro e assim ela tocou na mão da irmã.

            — Ei... O que houve? Conta para mim... — pediu a patricinha.

            — Eu nem sei por onde começar... Aliás, eu queria sumir.

            — Você está falando da Priscilla? — perguntou a Natalie.

            — Sim... Ela... Eu tinha a pedido em namoro essa semana e quando fui mostrar o quarto de hóspedes para ela, nós conversamos sobre isso. — disse Laura com mais lágrimas caindo de seu rosto.

            — Laura, fique calma... — pediu a Natalie.

            — E... Eu me abri com ela e disse tudo que estava sentindo... Falei que era disposta a me assumir para o meu pai por causa dela... Mas ela... Ela simplesmente me disse que não estava apaixonada por mim, que só sentia amizade... O meu mundo caiu ali... Queria gritar, rasgar o meu peito para tirar o que eu sentia por ela... Então para não cometer uma loucura, tive que sair do quarto, porque não conseguia mais suportar nenhuma palavra que ela me dizia. O que eu fiz para merecer isso, hein? Porque nunca consigo ficar com que eu amo? Que saco, cara! — disse Laura, chorando.

            Natalie a abraçou de lado, e Laura apoiou a cabeça no ombro dela.

            — Laura, apesar de brigarmos bastante, eu acho você uma menina maravilhosa e vai, sim, conseguir ficar com uma pessoa que te ama de verdade... Então... Esquece a Priscilla... Você não precisa ficar assim...

            — O problema é que eu queria que a Priscilla fosse essa pessoa... Ela é tudo que eu sempre sonhei. Como vou conseguir esquecê-la?

            — Laura... — Natalie já estava sem palavras — Não vai ser fácil... Mas você consegue. Eu sei que sim. Você é forte! E outra: Você já pensou no que o papai ia falar disso? Então acho que foi melhor assim.

            — É... Talvez...

            — Ei, enxuga essas lágrimas... Vai ficar tudo bem. Você vai ver... — beijou a cabeça dela.

            Laura olhou para ela, passando as costas da mão em seus olhos para tirar as lágrimas.

            — Obrigado por me ouvir, Natalie. Eu tenho que admitir: Você não é tão patricinha assim. E... Eu te amo, mana!

            Natalie sorriu e disse:

            — Também te amo muito, sua chata!

            Desse modo, Laura sorriu em meio as lágrimas. Depois respondeu:

            — Eu vou dormir... Boa noite, mana.

            — Boa noite!

            Laura saiu da cozinha e subiu a escada. Agora estava mais conformada por ter recebido uma palavra amiga da irmã. E parecia até um sonho, porque ela nunca conversava sem brigar com a Natalie. Sempre não concordavam uma com a outra. Mas mesmo com os conselhos, Laura ainda não sabia como ia conseguir esquecer a Priscilla. No entanto, era preciso tentar ou esse sentimento iria acabar de vez com ela.

            Natalie levantou-se da mesa, e Priscilla saiu de um lado da geladeira. Elas ficaram de frente uma para outra bastante sem graça e completamente sem palavras. E então a patricinha virou-se para poder sair da cozinha, mas a garota a segurou pelo braço.

            — Ei, Natalie... — disse Priscilla, largando o braço dela em seguida — Nós precisamos conversar sobre o que houve aqui.

            Natalie voltou o olhar para ela novamente e disse:

            — Eu acho que nós duas devemos esquecer o que aconteceu.

            — Esquecer? Está na cara que você me quer e eu também te quero, Natalie. Então porque deveríamos esquecer?

            — Porque... Porque...

            — É... Me diga o motivo.

            — Porque foi você que me agarrou. Eu não queria aquele beijo.

            — Eu o quê? — sorriu de maneira irônica — Não. Sabe o que pode ser? Eu te agarrei mesmo, mas você aceitou e gostou. Simples assim!

            — Priscilla, isso não é verdade. Você sabe muito bem que eu não curto mulheres.

            — Eu sei? Tem certeza? — aproximou-se dela, fazendo com que a sua boca ficasse a poucos centímetros da dela. 

            Natalie engoliu em seco o que ela disse e olhou para a boca dela. O seu corpo estava pedindo o de Priscilla. Mas não podia se entregar. Tinha que ser forte. Então se afastou dela e disse:

            — Eu não posso fazer isso. O que aconteceu aqui foi um erro e não vai mais se repetir.

            — Eu não acredito nisso... Eu sei que logo vamos fazer isso de novo.

            — Não. Não vamos. E vai ser melhor assim... Eu não posso ficar contigo. E não posso fazer isso com a minha irmã. Ela ama muito você!

            — Natalie, eu não amo ela. Eu te amo! E é só você que eu quero para a minha vida.

            — Não...Você só está confusa... Eu estou confusa... Só isso. Mas você vai se dar conta de que gosta dela.

            — Eu não estou confusa. Aliás, eu nunca estive tão certa sobre alguma coisa na minha vida. E você... Você não parecia confusa quando me beijou.

            Natalie ficou calada, e Priscilla tentou tocar no rosto dela. Mas a patricinha não deixou.

            — Não insista, por favor, Priscilla. E você tem que saber também que sou comprometida.

            — O quê? Quem? Quando? Onde?

            — Eu estou com o Rodrigo.

            — Mas... Vocês nunca se assumiram.

            — Nós vamos, porque eu gosto muito dele. Entende?

            — Não pode ser verdade. Você não tem nada a ver com ele.

            — Isso é o que você acha! Não é o que é realmente. Agora... Eu vou dormir. Boa noite!

            — Natalie...

            Natalie se afastou e subiu a escada. Priscilla suspirou de tristeza e também foi para o quarto. Ao chegar no seu, Natalie deslizou as costas sobre a porta e sentou-se no chão com os joelhos dobrados. E agora, era ela que estava chorando. Por um lado, queria ficar com a Priscilla. Ela tinha mesmo gostado da garota, do beijo, do toque... de tudo. Mas por outro lado, assumir algo com ela não ia fazer as duas pessoas que amava mais que tudo nesse mundo ficassem felizes: o seu pai Sérgio Smith e a sua irmã Laura.



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