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História NATIESE - Uma patricinha em minha vida - Capítulo 52


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 52 - Capítulo 52


          — Não, Laura. Você irá saber na hora certa.

            — Mas eu a conheço?

            — Sim. É só isso que eu posso te dizer.

            — Ok. E eu posso te dizer que ela é uma garota de sorte. Você é maravilhosa. E me desculpe por ter acreditado na cretina da Thaís.

            — Tudo bem. Eu só acho que a Thaís fez isso para te afetar, porque ainda deve gostar de você.

            — Deus que me livre! Eu quero que ela vaze da minha vida! A Thaís já não é a mesma que eu conheci a dois anos atrás.

            — As pessoas mudam, Laura.

            — Verdade. E eu também tenho que mudar, Priscilla. Eu só me fodo, cara.

            — Ei... Não fale assim. Você é linda e vai ser muito feliz ainda, pode ter certeza.  

            Laura sorriu e disse:

            — Oh, tomara que seja logo!

            As horas passaram, e chegou o outro dia. Natalie levantou-se toda sorridente e foi para a mesa do café. Laura e Sérgio Smith já estavam comendo quando ela chegou e notaram a felicidade dela.  

            — Bom dia, família! — disse Natalie.

            — Bom dia, mana! — falou Laura.

            — Bom dia, filha. — disse o pai Sérgio Smith — Dormiu bem?

            — Muito bem, papai. Eu estou muito feliz por ter ajudado o marido do Ygor.

            — Sabe, filha... Eu sei que não fui muito legal quando você me pediu autorização, mas agora estou vendo que foi a coisa certa a se fazer. Afinal de contas, você salvou uma vida. E isso é muito importante.

            — Obrigado, pai. Eu vou aproveitar e fazer um post nas minhas redes sociais...

            — Ih... Tinha que ser, né, Natalie? Agora você vai pousar de boa samaritana nas redes sociais por causa da doação? — perguntou Laura, interrompendo a fala da irmã.

            — Laura, não seja grossa com a sua irmã. Ela ajudou o rapaz! — repreendeu Sérgio Smith.

            — Obrigado, pai. — agradeceu Natalie — Mas não é nada disso que a Laura pensou. Eu vou fazer um post, sim, nas minhas redes sociais, mas vai ser para incentivar as pessoas a fazerem doações para o hospital, porque o médico disse que está precisando de novos doadores. Além disso, — abriu a mochila — peguei uns panfletos no hospital que estimulam a doação de sangue para distribuir no colégio.

            — E eu apoio a sua iniciativa, minha filha. Quem dera se mais pessoas pensassem como você. — elogiou Sérgio Smith. — Aliás, Laura, faça como a sua irmã. Tente postar alguma coisa para ajudar o hospital e também converse com os seus amigos sobre isso.

            — Ok, pai. Eu vou ajudar.

            Natalie sorriu e deu um pouco de panfletos para a sua irmã ajudar a distribuir. Sérgio estava muito orgulhoso das duas filhas, principalmente de Natalie. E até deu graça a Deus por elas não parecerem com a mãe. A mãe delas era uma pessoa muito amarga e egoísta, tanto é que sumiu sem deixar rastros.

            Priscilla já tinha chegado ao colégio e foi diretamente para a sala. Ygor não ia aparecer por enquanto nas aulas, porque Vitor precisava de repouso e de alguém para cuidar dele.

            Quando ela chegou a sala, ia pegar o celular para fazer uma ligação para o Ygor. Mas Beatriz tentou puxar assunto com ela, mesmo Priscilla nem a olhando direito na cara.

            — Oi, Priscilla.

            — Oi, Bia...

            — Eu cheguei e escutei o pessoal comentando que o marido do Ygor sofreu um acidente. É verdade?

            — É sim. Ele ficou em coma precisando de sangue O negativo, mas a Natalie doou para ele. E agora ele vai ficar de repouso para melhorar.

            — Nossa... Sério mesmo que aquela patricinha fez isso? Ela não tem cara de que gosta de ajudar os outros.

            — Ela pode ser patricinha, mas é uma pessoa incrível, Bia.

            Beatriz ficou sem graça e desculpou-se.  

            — Desculpe... Eu não queria ter falado isso.

            — Não, tudo bem. Mas a gente precisa ter em mente que as aparências enganam.

            Priscilla saiu da sala com o celular em mãos para fazer a ligação. Beatriz ficou triste dentro da sala de aula. Ela sabia que não ia ser nada fácil reconquistar a amizade da ex-amiga. E sabia também que um pouco do que a Priscilla falou sobre aparências, tinha sido tocado para ela. Beatriz tinha consciência de que não tinha sido verdadeira. No entanto, queria que as coisas voltassem como eram antes, ou seja, queria Priscilla como amiga de novo sem se importar com o fato dela ser lésbica, mesmo que para isso precisasse enfrentar o próprio pai.

            As irmãs Smiths finalmente chegaram ao colégio. No mesmo momento, Natalie já tinha começado a distribuir os panfletos e, Laura também fez o mesmo. Todo mundo já estava sabendo o que havia acontecido com o Vitor e, alguns até parabenizaram a patricinha por ter doado sangue.

            Kelly chegou olhando o celular e nem prestou atenção no que o pessoal estava comentando. Quando viu a melhor amiga, foi aproximando-se e pegou o panfleto. Antes de lê-lo, comentou:

            — Vamos ter festinha, amiga?

            Laura até revirou os olhos e saiu de perto, deixando Kelly perceber que tinha passado vergonha e assim olhou para o panfleto.

            — Ih... Foi mal! Mas porque você está distribuindo panfletos sobre doação de sangue, Natalie?

            — Você não ficou sabendo?

            — Não, amiga. Qual é o babado dessa vez?

            — O Vitor sofreu um acidente de carro. Então como eu tinha o tipo de sangue que ele precisava, eu me dispus a ajudar.

            — Para tudo! Você doou sangue para o marido do Ygor? Como assim, amiga? Você mesma sabe que o Ygor te odeia.

            — Eu sei, mas como você mesma disse, o Ygor é gente boa. E é mesmo. Não me arrependi de tê-lo ajudado.

            — Hum... Entendi. Mas, falando sério, eu nunca imaginaria que você pudesse fazer isso um dia, amiga. Só tenho que te dar os parabéns!

            — Obrigado, Kelly. Eu acho que estou mudando...

            — E está mesmo, Natalie. E... O acidente passou no jornal, né?

            — Sim.

            — Eu não vi. O meu irmão conseguiu derrubar a televisão lá de casa no chão.

            — Nossa, Kelly... Por que ele fez isso?

            — Ele ficou com raiva da minha mãe. Ela não queria deixá-lo mais jogar videogame. Agora o meu pai falou que ele vai ficar um mês sem internet. Mas não adianta muito, porque o meu irmão é muito bagunceiro. Só está faltando ele incendiar a nossa casa.

            — Meu Deus... — sorriu — Não pensa nisso, Kelly. Agora me ajuda aqui distribuir.

            — Tá bom, amiga.

            Enquanto isso, Rodrigo chegou juntamente com o Thomas no colégio. Eles já estavam sabendo sobre o acidente que houve com o Vitor.

            — Cara, você tem notícias sobre o Vitor? — perguntou Thomas.

            — Pior que não, Thomas. Eu só sei que o estado dele é bem grave. O cara foi arremessado a 30 metros de onde estava o carro.

            — Eu vi. Parece que ele estava dormindo no volante. Que vacilo, hein?

            — Mas pode acontecer mesmo, Thomas. — antes de falar mais alguma coisa, Rodrigo notou que os alunos estavam com um panfleto nas mãos.

            — Thomas, que panfleto é esse na mão do pessoal aqui?

            — Sei lá... Mas deve ser propaganda de alguma loja por aí ou alguma festinha que vai rolar.

            Rodrigo estava muito curioso e já que precisava mesmo falar com o Leozinho, acabou o parando para perguntar o que era o panfleto.

            — Oi, Leozinho!

            — Oi, Rodrigo.

            — Que panfleto é esse aí? E quem está distribuindo?

            — A sua namorada Natalie e a Laura estão o distribuindo... É para conseguir doações de sangue para o hospital em que o Vitor foi atendido.

            — Nossa... Sério? A Natalie está entregando? — perguntou Rodrigo, surpreso assim como Thomas.

            — Sim. E foi ela que doou sangue para o Vitor. Ele estava precisando muito.

            — Caramba! A Natalie então salvou o Vitor!

            — Sim, Rodrigo.

            Leozinho já estava quase saindo de perto deles quando Rodrigo pediu:

            — Espera, Leozinho... Eu tenho que te perguntar uma coisa.

            — Pode perguntar.

            — Você sabe hackear WhatsApp?

            — Sim. Mas por quê?

            — Lembra daquela história de admirador secreto da Natalie?

            — Lembro. Você quer que eu descubra quem é?

            — Sim. Eu tenho até o número dele. Pode me ajudar?

            — Claro. Depois da aula, vocês podem ir lá em casa e a gente vai descobrir.

            — Muito obrigado, Leozinho!

            Leozinho saiu de perto deles, e Rodrigo olhou para Thomas.

            — É hoje que eu descubro, Thomas.

            — Essa até eu quero ver, Rodrigo.

            Natalie terminou de distribuir os panfletos e antes de entrar no terceiro ano, avistou a Priscilla conversando no celular. Então continuou andando deixando a mochila na sala. Mas ainda nem tinha professor e só estava apenas Beatriz esperando que tudo começasse.

            — Oi, Bia.

            — Oi, Natalie. Fiquei sabendo que você doou sangue para o marido do Ygor. Meus parabéns! Foi uma atitude muito legal de sua parte.

            — Obrigado, Beatriz. O Vitor merecia muito ser ajudado. Ele e o Ygor se amam muito e não merecem sofrer.

            — Com certeza!

            Natalie sorriu e saiu em seguida. Ela queria muito conversar com a Priscilla. E como Beatriz estava desconfiada que a patricinha e Priscilla estavam afim uma da outra, resolveu espiar as duas do lado de fora.

            Priscilla já tinha desligado o celular quando Natalie chegou.

            — Oi, Priscilla.

            — Oi, Natalie. — falou Priscilla, toda sorridente.

            — Você conversou com o Ygor? E como o Vitor está?

            — Eu acabei de falar com ele. E disse que o Vitor já está acordado e vai ficar de repouso.

            — Que noticia maravilhosa! Eu espero que ele se recupere logo.

            — Se Deus quiser, vai sim, Natalie.

            — É... Eu estava pensando... Quer se encontrar comigo na hora do intervalo na sala desativada para a gente conversar?

            Priscilla sorriu e perguntou:

            — Você tem a chave de lá? Não é possível.

            — Tenho... E aí? Topa?

            — Só conversar?

            — Ué... A gente pode fazer outras coisas também...

            — Hum... Eu topo!

            Natalie deu uma olhada se não tinha ninguém por perto e deu um selinho rápido nela, fazendo Priscilla dar um enorme sorriso.

            — Te vejo lá! — disse Natalie, saindo em seguida e piscando o olho.

            Beatriz tinha visto toda a cena e ficou muito surpresa. 

           



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