Sérgio Smith ficou olhando um pouco surpreso para a filha, e Maria ficou séria ao olhar para Laura. Já Laura só queria mesmo que a bomba estourasse. Ela não estava ligando para mais nada. Tinha ficado muito magoada com a Natalie. E seria difícil perdoá-la.
— Com a Priscilla, Laura? — perguntou Sérgio Smith.
— Sim, pai. Ela...
Porém, antes que a garota pudesse falar mais alguma coisa, foi interrompida pelo pai.
— Mas isso é ótimo, Laura!
— Como é? — perguntou Laura, incrédula.
— Eu disse que é ótimo.
— Mas porque é ótimo, pai?
— Eu estava mesmo agora a pouco comentando com a Maria que os pais de Priscilla foram para São Paulo. Eles têm um amigo lá que sofreu um acidente. E já que você está dizendo que a Natalie está com a Priscilla, então está ótimo, porque assim a filha do Augusto não vai ficar sozinha em casa. — olhou para Maria — Você não acha que a Natalie fez uma coisa boa, Maria? Não é bom que uma adolescente de dezessete anos passe a noite sozinha em casa, ainda mais em uma cidade grande como essa.
— Eu acho, sim, que a Natalie fez bem em ir para lá, Sérgio.
— Mas ela poderia, pelo menos, ter esperado o jantar, não é? E será que ela foi só visitá-la ou pousar por lá? — olhou para a Maria novamente — Maria, faz o seguinte: Liga para a Natalie e fala para ela, se caso ela estiver mesmo na casa da Priscilla, que pode posar lá e fazer companhia para a menina.
Maria assentiu sorrindo e foi até a sala para fazer a ligação. Laura não estava entendendo nada. O que era para acabar com o suposto encontro da irmã com a Priscilla, porque ela não tinha certeza se era isso mesmo, foi-se virando tudo contra ela.
Sérgio Smith estava contente e até comentou com a filha:
— Eu disse para elas fazerem amizade e está dando tudo certo. Isso é muito bom! Não é, Laura?
— É sim, pai. — disse Laura com os braços cruzados ainda sem acreditar em tudo que estava acontecendo.
Maria pegou o telefone da sala e ligou para a Natalie. A patricinha já tinha acabado de chegar na frente da casa de Priscilla. Quando ouviu o celular, já começou a ficar com medo de ser o pai querendo dar-lhe uma bronca. Mesmo assim, resolveu arriscar ao olhar para o número fixo de sua casa estampando na tela do celular.
— Alô. — disse Natalie.
— Natalie, sou eu a Maria.
— Maria?
— Sim. Onde você está, menina? Saiu até sem jantar.
— Desculpe, Maria. A Priscilla me chamou para vir até a casa dela para gente conversar um pouco, e como eu estava com muita raiva da Laura, eu nem avisei ninguém.
— Ela ficou desconfiada que você estaria aí e disse ao seu pai.
— O quê? A Laura não seria capaz de...
— Sim. Mas como o seu pai sabia que os pais da Priscilla tinham viajado, ele pensou que você tinha ido aí por causa disso. E me pediu para te ligar para dizer que você pode posar aí por causa disso.
— Sério, Maria? Ele disse isso? E a Laura?
— Ela ficou quieta. E então? Posso dizer a ele que você irá posar aí para fazer companhia para a Priscilla?
— Claro que sim, Maria. Mas se a Priscilla não quiser, eu volto para casa.
Maria deu um sorriso.
— Eu duvido muito que ela não queira. Mas então é isso... Tenha uma boa noite, Natalie.
— Obrigado, Maria. Boa noite!
Maria chegou até a mesa do jantar e disse ao Sérgio:
— A Natalie está realmente na casa da Priscilla, e eu disse que ela poderia pousar por lá.
— Ótimo! Muito obrigado, Maria. Agora vamos continuar nosso jantar...
Natalie se aproximou da porta da casa de Priscilla e bateu. Priscilla estava na cozinha olhando alguma coisa no forno, mas saiu rapidamente para atender a porta.
Quando abriu a porta, ela deparou-se com a Natalie em um lindo vestido floral todo rodado e curto valorizando todas as curvas dela e com uma sandália bege. A patricinha até sorriu ao ver como tinha mexido com a garota, que estava apenas de short jeans e uma regatinha preta.
— Boa noite, Priscilla! — cumprimentou Natalie com uma voz bem sexy.
Depois de olhá-la da cabeça aos pés, Priscilla puxou Natalie pela cintura e assim as suas bocas ficaram a pouco centímetros uma da outra.
— Boa noite...Você está maravilhosa, Natalie!
— Tudo isso é para você, meu amor.
Priscilla sorriu e a beijou, agarrando a patricinha com a outra mão. Natalie pegou com carinho no rosto dela e recebeu o seu beijo. Entretanto, acabou interrompendo o momento e sorrindo.
— Priscilla, a porta está aberta...
— Ah, é... Não quero que que nenhum vizinho atrapalhe a gente. — declarou Priscilla, fechando a porta.
Imediatamente, ela pegou a mão de Natalie e a levou até o sofá. As duas sentaram-se perto uma da outra, e Priscilla a beijou novamente, fazendo com que a patricinha se deitasse.
Após o beijo, Priscilla olhou para ela e disse:
— Eu nem estou acreditando que você está aqui comigo, sabia?
— Eu também... Sério! Eu nunca saí de casa sem falar com ninguém.
— Hum... Então estou te levando para o mal caminho.
— Não... Esse é o melhor caminho que eu poderia ter escolhido. Mas a Laura quase estragou tudo.
— O que ela fez dessa vez?
— A Maria ligou me dizendo que ela tentou falar ao meu pai que eu estava aqui.
— Que saco... O que a Laura tem, hein?
— Mas a Maria disse que o meu pai adorou a ideia de eu vir posar aqui porque o seus pais estão fora.
— Nossa... Queria ter visto a cara da Laura...
Natalie sorriu.
— Mas então... Posso posar aqui?
— Você deve. Tem uma cama só para nós duas... — disse Priscilla, piscando os olhos para ela.
— Safadinha! — afirmou Natalie, batendo de leve no bumbum de Priscilla.
— Se você não viesse, a Bia ia jantar aqui em casa comigo e me fazer companhia, viu?
— A Bia, é? Ainda bem que você me ligou avisando...
Priscilla sorriu.
— Não fica com ciúmes. A Bia é minha amiga e agora está do nosso lado, assim como o Ygor. Agora só falta a Kelly aceitar...
Natalie ficou confusa.
— Como assim, Priscilla? Ela nem sabe ainda.
— Agora sabe. Ela nos viu se beijando na sala. O Ygor mesmo que me contou.
— Nossa... Não acredito! Por isso, ela ficou estranha comigo e nem quis almoçar lá em casa.
— Pois é... Mas você acha mesmo que ela vai fazer o mesmo que a Bia fez comigo?
— Não. Eu acho que não... Ela só deve estar confusa. Nós temos uma grande amizade, Priscilla.
— Que bom... Vamos aguardar então, né? — selou os seus lábios com o de Natalie por um instante — Você já jantou?
— Não... — sorriu — Eu saí antes do jantar.
— Perfeito! Vamos jantar então! Vem comigo...
Priscilla pegou na mão de Natalie e a puxou do sofá, fazendo com que as duas ficassem cara a cara novamente. Mais um beijinho surgiu entre os sorrisos. Em seguida, as duas saíram do sofá, e a filha de Augusto abraçou Natalie por trás e foi beijando o pescoço dela até chegarem a cozinha.
Quando chegaram até a cozinha, Natalie já sentiu um cheiro delicioso.
— Nossa... Que cheiro maravilhoso, é esse, senhorita Pugliese?
Priscilla colocou uma luva na mão e abriu o forno.
— Eu preparei uma pizza de lombo canadense com catupiry para nós. Você gosta?
— Ai, eu amo pizza, Priscilla!
— Hum... que bom, meu amor. — disse Priscilla, dando um beijo rápido em Natalie enquanto colocava a pizza na mesa.
Após ter fechado o forno, Priscilla pegou um vinho na geladeira e também o colocou em cima da mesa. Natalie ficou atrás dela e a abraçou, dando uma mordidinha na orelha de Priscilla, fazendo com que a mesma ficasse toda arrepiada.
— Natalie, não me provoca...
— Por quê?
— Porque... — virou-se, pegando na nuca dela e aproximou-se do seu ouvido — Porque posso me vingar e depois você não vai aguentar...
— Pois eu quero mais que você se vingue...
Priscilla saiu da frente dela sorrindo e disse:
— Meu Deus, Natalie... Não faz isso. — pediu Priscilla, sentindo bastante calor — Vamos jantar primeiro... — foi até o armário para abrir uma das gavetas e caçar o saca-rolhas — E aí você vai ver...
— Ui... Vou adorar... — disse Natalie com as mãos apoiadas sobre a mesa adorando ver Priscilla toda desconcertada com a sua presença e depois observou o vinho — Então a senhorita ia beber vinho com a Bia, né?
Priscilla sorriu quando começou a abrir o vinho.
— Relaxa, amor... Esse vinho que eu comprei é sem álcool... Então eu e ela não íamos fazer nada demais. No máximo, iria rolar uns beijinhos... — piscou o olho.
Natalie fechou a cara, ficando com ciúmes por causa da declaração dela.
— Priscilla, não brinca comigo! Você sabe que eu odeio isso.
— Isso o quê? Ficou com ciúmes, é, senhorita Smith? E pelas minhas contas, essa já é segunda vez só essa noite...
— Priscilla, eu não estou com ciúmes! Não estou! — disse Natalie, fazendo biquinho e cruzando os braços.
Priscilla balançou a cabeça em negativa e sorriu novamente.
— Já entendi! Mas você não precisa se preocupar, porque eu não quero saber de outras meninas. Todas, sem nenhuma exceção, perderam a graça quando você chegou.
— Jura? — perguntou Natalie já ficando emocionada.
— Juro. — aproximou-se dela e Natalie a abraçou dando-lhe um beijo muito carinhoso.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.