Quando recobrou os sentidos e abriu os olhos, olhando ao redor, não vendo nada, a não ser o breu que aquele lugar era, Natsu sentiu o frio atravessar-lhe a espinha. Levantou, apoiando o seu braço para levantar-se do chão frio, gemendo de dor quando sentiu o seu tornozelo estralar em uma dor agonizante. Olhando ao redor, procurando qualquer pessoa conhecida, não vendo ninguém, Natsu rumou, com dificuldade por seu tornozelo estar torcido, em direção a uma porta que avistou. Abriu-a quando chegou à porta e sentiu a luz quase lhe cegar.
Natsu – Droga... – resmungou, pondo o seu braço sobre os seus olhos, apoiando-se nas paredes – Preciso sair daqui... – começou a caminhar, pela a rua de pedras, ainda apoiado a parede – Onde estão todos... – subiu alguns degraus – Preciso achar a Lucy e Gildarts logo... O que é aquilo? – surpreendeu-se ao ver dois homens discutindo, com o moreno prensando o outro a parede e apontando o braço em sua direção, que estranhamente, saia uma nevoa negra, entre os seus dedos. Escondeu-se em um canto e começou a escutar a conversa deles.
–... Já lhe disse varias e varias vezes; caso tente mais uma vez fazer algo para chegar lá, não será ele que ira lhe impedir, e sim eu. Então fique sabendo: – falou sombriamente o moreno – Para não ficar no meu caminho. Caso não, eu não terei pena de sumir com você.
– C-Certo... – gaguejou, balançando a cabeça freneticamente – E-E-Eu não ficarei n-n-no seu cami-nho. Eu-Eu juro, eu j-juro.
Quando tentou escutar melhor, o rosado acabou tropeçando e batendo com o joelho no chão. Mesmo que não tenha falado nada, só a pancada no chão com o seu joelho fez um grande barulho. Os dois homens encaram o rosado. Ambos arregalaram os olhos quando o reconheceu.
– Você... – rosnou o moreno com raiva – O que ele está fazendo aqui? – perguntou-se em pensamento, encarando friamente o rosado.
O rosado engoliu em seco perante o olhar do moreno. Levantou-se do chão lentamente. Numa velocidade que surpreendeu a te a si mesmo, ele correu para longe dali, esquecendo que tinha torcido o tornozelo e que ele doía.
Alguns minutos depois, respirando encostado em uma parede em uma rua vazia, o rosado sentia o seu coração acalmar-se. Encarou o outro lado da rua. Em um beco, na travessia da rua, dava para ver que era bastante movimentado. Ainda apoiando-se a parede, caminhou, devagar, em direção à rua movimentada, com o pensamento de encontrar alguém. Mas não foi isso que aconteceu. Quando encarou a rua, o rosado com certeza ficou impressionado. Tudo e todos eram diferentes; os estilos de roupa eram completamente diferentes do que ele era acostumado, as formas que falavam, e outras coisas que o deixou ainda mais surpreso.
Ainda surpreso por tudo aquilo, encarando as diversas pessoas que passavam por ali (egípcios, gregos, pessoas de armaduras, e vários outros estranhos) o encarava. Natsu sentiu alguém empurrar-lhe, o que o fez bater contra a parede. Natsu, por pouco, se segurou a parede. Foi aí que ele escutou alguém perguntar.
– Tudo bem? – perguntou aproximando-se do rosado, o ajudando a equilibrar-se em pé.
Natsu – Sim... – respondeu sem graça. Foi aí que ele encarou a garota – Wendy? – ficou surpreso.
A pequena azulada sorria abertamente, mostrando os dentes – Olá, Natsu-san, faz quanto tempo?
Natsu lembrou-se que durante todo o ano, a garotinha desaparecera, não aparecendo de forma alguma, em nenhum momento. Sendo guiado pela garotinha, Natsu viu uns bancos em um tipo de praça e sentou-se ali, ao lado da garotinha.
Natsu – Né... Onde estou? – encarava todos os lados, à procura de algo ou alguém familiar.
Wendy – Como assim onde você está? – riu levemente – Estamos n’O Beco Flotal! O lugar mais interessante para nós, filhos de deuses e seres mágicos.
Claramente, o rosado ficou confuso, encarando a todos as pessoas que passavam ali. Natsu ficou meio envergonhado por ver que todos o olhavam intrigado, como se quisessem perguntar algo.
Natsu – Eh... Você poderia explicar um pouquinho melhor? – sorriu sem graça – Eu não entendi o que você quis dizer, e ficaria grato se explicasse.
A garota tombou a cabeça para o lado – Não entendeu? Estamos n’O Beco Flotal, o lugar onde todos aqueles relacionados aos deuses vêm para comprar algo. Simplificando: estamos na maior feira de semideuses!
Natsu – Feira? Quer dizer que as pessoas compram coisas aqui? – encarou as lojas e vendas que, para ele, vendiam coisas estranhas, além do normal.
Wendy – Natsu-san posso lhe perguntar? – sorriu – Se você deve estar aqui, quer dizer que foi o Gildarts-san que fez você vim para cá, certo? Então, com sua gentileza, poderia me dizer por que tá sozinho.
Natsu – Bem, quando o Gildarts disse para eu dizer uma palavra dentro da lareira, que queimava com um fogo estranho, eu devo ter recitado a palavra de forma errada, por isso acabei vindo para cá – coçou a cabeça, sem graça – Não sei ao certo, mas o que entendi, é que vou para um colégio chamado Rochtheis – tirou um papel do bolso – E que tenho que comprar essas coisas – logo pensou – Mesmo não sabendo aonde e com que dinheiro eu vou comprá-las.
Wendy pegou o papel da mão do rosado. Começou a ler.
Wendy – Uhn... Interessante. Uma vela da Calamia, difícil de encontrar; nas montanhas espectrais do Monte Everest, a partir do subsolo cheio de Advniong, criando velas críticas – encarou o rosado, que olhava para ela abobado – Livros das matérias de Rochtheis; hun, acho que não é complicado encontrá-los. Para falar a verdade, tem uma loja bem ali que os vende. E um animal místico. Você já tem né?
Natsu – Não, não sei se tenho. Mas aí diz que já tenho.
Wendy – Aquele cavalo que você tem Natsu-san? – resmungou pensativa – Não. Agora é um gato, certo?
O rosado sorriu sem graça. Logo, ele foi tirado dos seus devaneios por gritos, que vinham do fim da rua. Quando encarou as pessoas que vinham em sua direção, o rosado sorriu sem graça ao ver o olhar enfurecido da loira.
Lucy – N-A-T-S-U! – soletrou com tanta ferocidade que o rosado achou que perderia a vida; mas não fora isso, apenas foi abraçado pela loira – Fiquei preocupada, seu idiota! Eu sei que você é bastante idiota e burro irreversível...
Natsu – ME CHAMANDO DE IDIOTA E DE BURRO? – indignou-se.
Lucy –... Mas não achei que era tanto...
Claro, todos ficaram com gotas na cabeça, até o rosado. Natsu não sabia o do porque, mas há alguns meses ela tinha começado a ser mais pegajosa do que nunca, como se tivesse medo de algo.
Gildarts sentado, como sempre, em sua cadeira de rodas, aproximou-se dos dois, tossindo falsamente; logo, a loira corou fortemente e afastou-se do rosado, quase o derrubando no chão quando o soltou.
Natsu – Ai! – resmungou ao sentir seu tornozelo ranger, mostrando que ainda doía.
Wendy, com agilidade, segurou o rosado e o fez sentar novamente; Lucy e os outros, junto a Gildarts, ficaram surpresos ao reconhecerem à pequena, e por vela pela primeira vez, naquele ano.
Lucy – Wendy? O que faz aqui? – perguntou, surpresa, ao ver a garotinha ali, ao lado do rosado, o segurando pelo braço.
A azulada sorriu sem graça – Fazendo o mesmo que vocês...
Algum temo depois, após a pequena explicar tudo e Natsu sentir o seu tornozelo, com a ajuda de Wendy, curar-se, o pequeno grupo começou a deslocar-se entre as lojas, deixando todos surpresos. Mesmo embobada com tudo aquilo, a loira decidiu, mais uma vez, perguntar a Wendy o do porque dela estar ali.
Wendy – Já lhe disse Lucy-nee – levantou o envelope que segurava – Eu também fui aceita na escola Rochtheis. Por isso eu vim comprar os meus materiais – sorriu.
Lucy – Eu sei que você é uma prodígio, mesmo nos filhos de Atena, mas não achei que era tão inteligente – comentou surpresa.
Com suas bochechas ruborizadas, a pequena filha de Atena desviou o olhar, já que todos a encarava.
Todos estavam surpresos sim, mas deixaram para lá. Ninguém além de Gildarts sabia que lugar era aquele; ele, o centauro, estava dando um de guia turístico. Apontava para lojas e mais lojas, falando os seus nomes; todos estranhos, para variar. Tinha uma loja com corujas e águias a porta, com o nome Corujões Expertis; outro, era o lugar onde tinha um cara alto, humano, com aparência normal, só que de repente, ele virou de costas e uma boca monstruosa estava atrás, em suas costas. Natsu pensou em ataca aquele cara com a sua espada, só que quando viu a garotinha que comprava doces nele agradecer, ficou calado. Sem mentira alguma, aquele lugar tinha as coisas mais bizarras que Natsu vira – Não, mentira, a múmia é mais... – pensou com uma gota na cabeça ao lembrar-se da múmia no sótão do casarão.
Quando Gildarts parou de caminhar, todos também pararam, encarando o prédio a frente deles.
Natsu – Que lugar é esse? – logo pensou – Me da calafrios, como se já tivesse tido aí...
Gildarts, com uma expressão seria em seu rosto, pediu para que Erza empurrasse a sua cadeira de rodas pela escadaria. Natsu ficou com uma gota na cabeça ao ver o qual monstruosa Erza é.
Depois de subir toda a escadaria, Gildarts finalmente pronunciou – Aqui, onde estamos, é o tribunal de mágica – abriu as imensas portas, entrando, com a ruiva empurrando a sua cadeira – Esse tribunal decide se a pessoa fez foi certa ou errada. Por isso estamos aqui, porque o Gray está sendo acusado.
Natsu – Ah! Era isso. Mas porque vão julgar o Gray? Ele não fez nada de errado.
Gildarts – Aí está, Natsu! Ele não fez nada de errado, nós sabemos, mas os conselheiros de casco fundido acham que fora ele que o fez.
Lucy – Fez o que? – também estava por fora do que tinha acontecido.
Os olhos de Gildarts ficaram opacos – Que foi ele quem matou ela... Dimaria.
Tanto Natsu como todos os outros, que sabiam a historia de Dimaria, arregalaram os olhos.
Algum tempo, no salão dos conselheiros, com inúmeros seres mágicos e deuses menores, Natsu viu, o centro do salão, de cabeça baixa, o moreno. Aquela era a primeira vez que estava ali, sentia que aquele lugar, onde seu amigo estava, poderia mudar o destino do mesmo, dependendo do que falassem ali.
Natsu aproximou-se da loira, sussurrando – Né, eu não entendi o do porque do Gray ser o culpado. Ele era o Sátiro que estava com você, Loke e Dimaria, no Rochedo dos Sonhos?
Mesmo que contra gosto, não querendo lembrar-se daquilo, a loira assentiu, respondendo, no mesmo tom – Era ele, o Gray, que estava com a gente sim. Pode não parecer, mas ele já é bem velho no sentido mortal, mas para os sátiros, ele é jovem e inexperiente. Não sei o porquê terem o feito vigiar dois semideuses com alto escalão.
Natsu – Dois?
Lucy – Sim, idiota, você é o outro. Primeiro foi Dimaria, filha de Zeus, o deus soberano, com grande potencial. Depois, você, filho de Poseidon, um dos três grandes, e o escolhido da grande profecia. E, bem, ele fracassou nas duas missões.
Natsu – Claro que não! – exclamou, murmurando – Ele me protegeu! Fez de tudo para me salvar e trazer-me a salvo para o acampamento!
Lucy – Mas essa não é a visão dos conselheiros. Eles odeiam o Gray.
Mas uma vez, como todas as outras vezes, Natsu ficou confuso, mostrando isso pelo seu rosto, a loira suspirou.
Lucy – O Gray, desde sempre, diz que vai encontrar Pã, o deus dos bosques. O conselho se sentiu ofendido, porque todos, sem exceção de um, procuraram por Pã. Como Pã desapareceu faz séculos, todos os sátiros, náiades e ninfas, entre outros seres mágicos, procuram por ele, para que ele faça a natureza florar mais uma vez, como era antigamente, antes dos mortais desmatarem tudo.
Natsu – Eu entendi certas partes... Mas... – encarou o moreno – O que o aguarda?
Todos os conselheiros eram seres mágicos. Os conselheiros mais importantes estavam em cadeiras mais lustrosas que as outras, cor giz-será escuro, em uma altura de três metros; tendo outra à frente deles, só que essa mais parecia uma horta de vinho e ervas daninha, sem ninguém sentada nela.
– Ordem! Ordem! ORDEM! – um dos conselheiros importante bateu três vezes em sua mesa, fazendo sessar os murmúrios que acontecia pelo salão – Estamos aqui, hoje, revendo o caso de Gray Fullbuster, que, por sua culpa, fez duas filhas de Zeus morrer, e uma delas é prestigiada, em todas as mitologias místicas, Virgo Dragneel.
– Começaremos o caso – outro Sátiro mexeu em alguns papeis – Primeiro jugaremos o caso do Rochedo dos Sonhos, onde Dimaria, filha de Zeus, sacrificou sua vida para proteger a vida de seus companheiros. Como protetor e escolhido pela mesma, o que tem a dizer Fullbuster?
O moreno rangeu os dentes – Que não foi minha culpa. Eu já disse varia e varia vezes: não foi minha culpa. Estávamos cercados por monstros e...
– E como você era fraco não pode protegê-la, certo? – o Sátiro interrompeu o moreno, ao ver uma brecha – Graças a sua inutilidade, perdemos uma grande heroína que poderia vir a ajudar bastante na guerra que se aproxima, contra os titãs. Mas graças a sua inutilidade...
– Não importa quanto tempo passe, a culpa sempre será sua, Gray Fullbuster.
Natsu viu a loira ranger os dentes fortemente. Ele sabia que a loira se culpava pelo que tinha acontecido, e, que acima de tudo, ela se achava, mesmo não sendo, a culpada pela morte da filha de Zeus, Dimaria.
Do nada, a porta do salão abriu-se e por ela entrou a pessoa que o rosado menos gostava; seu “ar” de onipotência exalava pelo lugar; seu olhar, opaco e dilacerante, penetrava pela alma, deixando a pessoa que olhasse para ele louco; não era a toa que ele era o Deus da Loucura.
Natsu – Dionísio... – rosnou, vendo o deus aproximar-se do tribunal e sentar-se na cadeira vazia de frente dos sátiros.
Dionísio – Certo, agora que eu cheguei, poremos um fim nesse assunto, que já é águas passadas – de canto de olho, encarou um dos conselheiros – Mas, agora, eu estou interessadíssimo em saber o do porque você, Rchge, conselheiro-mestre do departamento de sátiros e seres mágicos, esta interessado, mais uma vez, em incriminar o Gray?
Rchge, nervoso, encarou os seus companheiros, que também estavam nervosos. Pelo salão, ecoou o som de cascos batendo.
Rchge – É que... – uma gota descia pelo seu pescoço – É que...
Dionísio, suspirando, levantou-se do seu lugar – A reunião esta acabada. Gray, você esta fora de qualquer acusação. E se os conselheiros voltarem a mexer nesse assunto, eu, em pessoa, irei resolver esse assunto.
Natsu sentiu um arrepio na sua espinha quando viu o olhar de Dionísio: loucura pura, chegando a brilhar em um roxo escuro. Como fumaça, Senhor D desapareceu, deixando apenas uma possa de vinho.
Contra vontade, Rchge comunicou – O caso tá encerado.
Alguns minutos depois, quando todos os sátiros e seres mágicos saíram, deixando o grupo do rosado, todos viram o moreno suspirar aliviado.
Gray – Eu achei que ele iriam me prender – sorriu fracamente – Da forma que eles me odeiam, não duvido que me jogasse em Arckeberam sem pensar duas vezes.
Natsu – Arckeberam? – estranhou, claro, mais deixou para lá; seu amigo já não corria risco de ser preso – Mas então, voltando ao assunto que quero perguntar – tirou o papel, do que precisaria em Rochtheis, do bolso, balançando-o no ar – Daria, agora, para me explicar, Gildarts, sobre esse “colégio” que iremos?
O moreno assentiu. Pediu, por um aceno, que Erza empurrasse sua cadeira; com certa má vontade, a ruiva fez o que lhe foi pedido.
Gildarts – Rochtheis... – sussurrou, pensativo, alisando sua barba rala – O colégio de semideuses. Bem, como todos receberam uma folha – todos tiraram as folhas dos bolsos – Do que precisarão, dir-lhes-ei, de vez, o que Rochtheis representa.
O moreno abriu as portas do salão, saindo daquele lugar. Mas uma vez, Natsu ficou impressionada pela monstra da Erza empurrar, como se não pesasse nada, a cadeira de rodas de Gildarts. Natsu, uma vez, tentou empurrar, e arrependeu-se. O Centauro, sentado na cadeira, era quase impossível de se empurrar.
Gildarts – Como cada um de vocês que está aqui receberam uma carta, que eu entreguei pessoalmente, que, Rochtheis, é, como já disse, um colégio para filhos de deuses – apontou para um homem, de roupas egípcias e com um tipo de fronha em sua cabeça, logo afrente – Como podem ver, aquele cara ali, é da Terra dos Faraós, o Egito. Lá também tem a mitologia deles, e como sabem todas as mitologias, originalmente, se originaram dos deuses gregos, e quando eles foram para o Egito...
Wendy – Criaram uma nova mitologia, com nomes diferentes, mas com os mesmos deuses, apenas mudando o que representavam – completou, inusitadamente, o que Gildarts tinha dito; todos ficaram surpresos que ela sabia.
Gildarts pigarreou – Bem... Nossa amiga Wendy completou por min. E como disse: todos os deuses, de qualquer mitologia, originaram-se a partir da Grécia. Por isso, em Rochtheis, vocês podem acabar encontrando filhos de deuses, de outra mitologia; por exemplo, vocês podem encontrar Hut-Hor, conhecida por nós como Hathor, ou se preferirem, Afrodite.
Com a explicação de Gildarts, Lucy, junto a todos os outros, entendera. Fora aí que ela, olhando ao redor, percebera que estavam chamando atenção das pessoas da rua, que murmuravam e, discretamente, apontavam para eles – Não, não para nós... É para o Natsu – pensou, olhando para o rosado, que estava nervoso e envergonhado pelos os olhares que levava de todas as direções.
Gildarts – Foi mais rápido do que esperava – murmurou, clamando, sem vontade, a atenção dos jovens ao seu redor – Eles lhe reconheceram sem nem mesmo saberem do seu nome, Natsu, isso é perigoso; deve ter sido por causa do cachecol.
Natsu – Hã? Do que tá falando Gildarts? Porque está todo mundo me encarando? Em, em?
O Gildarts suspirou. Mandou Erza acelerar o passo na direção de uma loja, com um grande letreiro: Livraria Livrag, logo abaixo, o rosado viu uma notificação: temos todos os livros, basta saber o nome dele, que poderemos ajudar-lhe. O olhar do rosado desceu mais uma vez, só que para o P.S.: a nossa livraria é condicionalmente aceita pela sociedade mágica e pelos Conselheiros de Casco Fundido.
Nem mesmo perderam tempo; Gildarts mandou todos entrar e assim fora feito. Quando entraram, não só Natsu ficara abobalhado, mas todos. A livraria era imensamente enorme. Aquele lugar, com certeza, não poderia ser chamado de livraria: parecia mais uma biblioteca quase infinita, com prateleiras de livros e mais livros que iam do chão ao teto, enfileirados, nas prateleiras.
Lucy estava abobada. Encarava, hipnotizada, as prateleiras de livros, enfileirados em ordem, davam a Lucy uma vontade, fora do normal, de abri-los e começar a lê-los.
Do nada, deslizando pelas prateleiras, em cima de uma escada, um homem, velho, de barba grisalha e cabelos grisalhos, apareceu sorridente, olhando diretamente para o rosado.
– Estive lhe esperando, Sr. Dragneel; há muito tempo – pulou da escada e caminhou, apresado, na direção do rosado, pegando nas mãos do mesma quando chegou nele – Lembro-me, como se fosse ontem, seu pai, Poseidon, o Deus dos Mares, entrando por aquelas portas e comprando todos os livros da livraria que o Senhor precisará.
Natsu – Hã? D-Do que tá falando? Aliais quem é você?
O homem torceu o rosto, mostrando o seu descontentamento com sigo próprio por ter se esquecido de se apresentar. Curvou-se a frente do rosado.
– Desculpe-me, que para decorar todos os livros e do que precisava decorar para sempre, sacrifiquei os meus direitos de lembrar-me de algo, mesmo que tenha acontecido há cinco segundos. Meu nome é Origv Livrag, sou o vigésimo sétimo Livrag a dirigir essa livraria – sorriu gentilmente – Fale do que precisa e irei ajudar-lhe.
O rosado sorriu sem graça perante a formalidade do homem. Também devolveu o sorriso, só que sem graça, e apertou a mão do homem. O homem de cabelos grisalhos, Origv, olhou mais para o lado e viu Gildarts e os jovens que o acompanhava.
Origv – Ora, ora, ora, se não é o meu amigo de longa data, Gildarts! – apertou a mão do moreno, que sorria alegremente.
Gildarts – Pelo visto, você ainda está vivo, Origv! – riu – É bom ver você.
O Senhor da biblioteca, Origv, afastou-se de todos, encarando, de certa distancia, cada rosto.
Origv – Afrodite... Apolo... Ares... – murmurava olhando para os garotos – Atena, Demeter, Hefesto, Hermes, Dionísio... Um grupo bastante grande, Gildarts. A maioria já está comprada; Atena deixou os livros já pagos. Afrodite, Apolo, e o restante dos deuses também já deixaram todos os livros pagos – fez um manuseio de mãos e fez as folhas, que tinha escrito que livros eles precisariam, voar para sua mão, para a surpresa de todos.
Foi, rapidamente, até as prateleiras de livros. Com um manuseio simples de mãos, um carinho começou a segui-lo. Lendo os papeizinhos, Origv, sem tirar os olhos dos papeis, apontava para as prateleiras de livros, e simplesmente o livro que ele apontara caia no carinho.
Lucy não sabe, mas quando percebeu, o homem desparecera, na escuridão do fim da livraria. Todos si viraram para Gildarts.
Erza – Por que viemos aqui? O cara é doido! – sussurrou indignada.
Gildarts – Ele não é doido...
Brandish – Maluco?
Gildarts – Ele também não é maluco.
Mirajane – Já sei! Ele é gay e por isso ficou azarando você!
Uma veia pulsou na testa de Gildarts – Claro que não! Ele apenas estava mostrando respeito, do jeito dele! – respirou profundamente – E deixem de coisa, ele já esta voltando.
Todos voltaram para onde estavam. Encararam o homem, que voltava, ainda sendo seguido pelo carinho, agora, cheio de livros. Ele, Origv, sorriu gentilmente para todos.
Origv – Pronto. Todos estão presentes, todos os livros, sem faltar nenhum – encarou Gildarts – Mandarei tudo pelas chamas Celestes, para que cheguem sem nenhum problema – caminhou, com o carinho seguindo, até o balcão, onde, com um aceno, fez vários livros levitarem, e irem para as mãos de todos os semideuses – Aí são exemplares de A vida cotidiana em Rochtheis: o colégio de semideuses e seres mágicos, pois eu conheço bem esse aí – apontou, com a ponta do nariz, para Gildarts, que ficou meio envergonhado – Não deve ter dito nada sobre Rochtheis para vocês, crianças, por isso, por conta da casa, dou-lhes esses exemplares – sorriu – Apesar de que eles estão aqui há vinte anos e eu apenas quero me livrar deles...
Todos sorriram perante o presente do homem. Agradeceram e todos partiram porta a fora. Todos conversavam alegremente, menos o rosado, que abrira o livro e começou a lê-lo, em mente.
Natsu – “Rochtheis, há muito tempo, foi criada por quatro grandes semideuses, que fundaram, cada um, uma casa importante para Rochtheis: o primeiro foi Precht Gaebolg, o semideus, filho de Hades, fundou a Tártaros, mostrando que são sérios e frios, sempre sabendo quando devem agir, mas também são bons de coração; Yury Dreyar, o semideus, filho de Zeus, que criou a casa Grimoire Heart, que mostrou ser fiel e devoto àquilo que juram, nunca quebrando suas promessas; Warrod Sequen, ao qual, filho de Demeter, criou a Lamia Scale, casa que conjuga serem bons, gentis e generosos, mas nunca, em hipótese alguma, deixam alguém humilhar eles, são muito orgulhosos; Zera Vermilion, a semideusa, filha de Hécate, que construiu a casa Fairy Tail, onde ensinou aos semideuses de vários mitologias que, acima de tudo, eles são companheiros e amigos, e que são orgulhosos até o fim, sem desistir daquilo que querem”...
O rosado ficou abobado com a introdução da primeira pagina, que explicava praticamente tudo. Quando ia voltar a ler, Natsu foi tirado de seus devaneios.
Lucy –... Natsu...! Ei, Natsu! – chamava pelo rosado já fazia uns segundo e, desesperando-se, a loira pensou que ele, Natsu, tinha morrido e estava, agora, andando feito um zumbi – EI, acorda, seu idiota!
Quando finalmente percebeu a loira chamar-lhe, o rosado percebeu que todos tinham parado, e que agora estavam dentro de um imenso salão, onde não dava para se ver o teto de tal alto que era.
Natsu – O-Oi... – murmurou, fechando o livro, encarando a loira – O que foi? Onde estamos?
Gildarts suspirou – Achávamos que você tinha adormecido em pé – começou a andar, em sua cadeira de rodas – Vamos. Temos que ir de volta para o acampamento e ver se podem arrumar suas coisas para Rochtheis.
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