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História Near to you - Capítulo 4


Escrita por: TheDragonIsReal

Capítulo 4 - Capítulo 4


— Bom, eu vou subir e descansar um pouco. — Virei o rosto, tentando fugir de seu olhar. — Quer vir também?

O que eu tô fazendo?

— Claro. De qualquer forma acho que acordamos muito cedo para nos despedir dos nossos filhos. — Ele sorriu timidamente. Sua personalidade levemente alterada não me lembrava nada do homem de um ano e meio atrás.

Ele estava mais envergonhado, como quando nos conhecemos. Quase sempre calado e esfregando as mãos na calça, um claro sinal de nervosismo por estar entre pessoas. Sua voz já não estava tão rouca, e ele já não passava tanta malícia no olhar como de costume. Ele parecia apenas tímido, e isso me fazia querer rir, pois essa, definitivamente, não é sua verdadeira face.

— Sim. — Não aguentei mais olhar seu rosto, e logo altas gargalhadas me invadiram.

— O que foi? — Ele franziu a testa, confuso com meu ataque de risos repentino.

— Ok, o que você tem? — Segurei a risada, ficando em sua frente com os braços cruzados.

— Eu não tenho nada.

— Não é o que parece.

— Como?

— Você tá estranho, muito envergonhado pro meu gosto. O que você tem?

— Nada, eu só... Ainda tô um pouco confuso com o que tá acontecendo. — Ele suspirou. — Eu ainda não estava preparado pra te encarar.

— Nem eu. — Respirei fundo, me sentando no sofá. Ele se sentou na minha frente, se debruçando sobre os próprios joelhos. — Na verdade ainda não estou, mas acho que temos que tentar, afinal já faz um ano e meio.

— É... Mas é complicado. Foram 20 anos juntos, eu não esperava esquecer em apenas um dia.

— Bom, somos dois. — Soltei um sorriso sem graça, me levantando. — Como eu disse, vou descansar um pouco.

Eu sabia que ele me encarava, minhas costas queimavam. E também escutei seus passos quando o mesmo veio atrás de mim, eu não podia reclamar, afinal fui eu quem o chamou, mesmo que o medo ainda estivesse em mim. Eu não sei o que vai acontecer quando estivermos sozinhos, deitados na mesma cama. Seu corpo tão próximo do meu, assim como antes, meu descanso preso em seu peito, em seu cheiro, assim como antes, e como nunca deixaria de ser.

Depois de tanto tempo com noites mal dormidas, meu descanso finalmente chegou, mas eu não sabia se realmente o queria por perto. Ele me trazia mais que apenas paz, e é isso o que mais me assusta. Ele ainda tem o meu amor, o meu corpo, e a minha alma, e eu tenho medo de como todos eles irão reagir neste meio tempo em que ficaremos juntos. Retiro tais pensamentos da minha cabeça, me jogando no lado em que sempre dormi na cama. Me virei de costas para a porta, mas ainda assim senti quando o colchão afundou ao meu lado.

— Lili. — Escutar sua voz tão próxima realmente não fazia bem ao meu juízo. Eu ainda o amava tanto.

— Sim?

— Preciso de um favor. — Escutei seu suspiro, e por um instante me preocupei. — Chega mais perto.

— Oi? — Me virei pra ele, olhando seu rosto mais próximo do que eu imaginava.

— Preciso dormir. — Senti seu braço circulando minhas costas, e sua mão agarrando meu quadril, enquanto ele me puxava para mais perto.

Eu estava ali, exatamente aonde queria estar. Sua respiração era calma, e consequentemente me acalmava também. Seu corpo estava morno, mantendo o meu perfeitamente confortável. Seus braços me circulavam, refazendo minha antiga muralha novamente, meu porto seguro. Fechei os olhos, sentindo um peso saindo de meus ombros. Não demorou mais que cinco minutos até o meu sono aparecer.

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— Lili! — Senti um beijo leve em meu pescoço, sentindo meu corpo arrepiar e meus olhos se abrindo imediatamente.

Os beijos continuaram me torturando, e minhas mãos subiram até seus cabelos involuntariamente. Suas mãos me apalpavam, e meu corpo parecia ser consumido por suas chamas a cada segundo. Ele havia cortado o cabelo novamente, e sua barba acariciava meu pescoço e ombro. Seu rosto descia por meu corpo, e eu ainda não havia notado que já estava nua.

Meus mamilos estavam duros, empinados em sua direção, e isso não lhe passou despercebido, mas mesmo assim ele os ignorou. Sua boca desceu mordendo minha barriga, enquanto suas mãos subiram por minhas curvas rumo aos meus seios. Ele estava próximo para o meu deleite.

— Lili! — Ele ainda chamava por meu nome, enquanto se aproximava cada vez mais do meu prazer. — Liliane! — Abri os olhos de uma vez, olhando sua figura totalmente oposta, e em uma situação completamente diferente. — Tudo bem? Estava tendo um pesadelo? Você tá suada.

— Está tudo bem. E é, eu acho que foi só um pesadelo. — E como eu queria que você não tivesse atrapalhado. — Não me lembro do sonho. Acho que vou tomar um banho.

Me levantei num pulo, andando rumo ao banheiro. Tirei minhas roupas, fechando os olhos ao sentir minha intimidade pulsando. Me enfiei debaixo da água fria, escorando minha cabeça na parede, enquanto esperava meu corpo se normalizar. O sonho ainda era nítido em minha mente, tudo parecia tão real. Eu ainda podia sentir suas mãos passando por meu corpo, mesmo que não tenha realmente passado por ali.

Minha cabeça rodava, e meus malditos pensamentos não permitiam que meu corpo se acalmasse. Foi involuntário, quando percebi meus dedos já estavam pressionando meu clitóris, aumentando o ritmo de forma desesperada. Meus gemidos escaparam antes que eu pudesse conte-los, e mais uma vez sua maldita imagem apareceu em meus pensamentos, fazendo tudo o que aquele sonho não permitiu.

Meu orgasmo não veio, e isso me frustrou. Toda aquela tensão estava acabando comigo. Me olhei no espelho da pia, vendo o quanto meu rosto estava corado. Me sequei rapidamente, colocando minha roupa de dormir. Aguardei por poucos instantes, apenas para que o rubor diminuísse, e logo depois saí. Germano me encarava insistentemente, o que estava me incomodando.

— O que foi? — O encarei com a mesma insistência.

— Acho que posso pedir pra que não faça tanto barulho. — Ele soltou em um suspiro, e eu senti minha bochechas queimando. — Já basta estarmos só nós dois aqui, isso já é o suficiente de provocação.

Ele entrou no banheiro, fechando a porta e a trancando depois, deixando muito para minha imaginação. Me joguei na cama, pondo as mãos no rosto. A vergonha ainda me consumia, mas ainda assim imagens do mesmo se tocando passavam vez ou outra por minha mente. Tentei ao máximo conter meus gemidos ou torná-los mais baixos, mas nada adiantou.

E olha que nem tive meu orgasmo.

Eu sabia que sua vinda me enlouqueceria mais do que sua falta enlouquecia, mas não sabia que seria a tal ponto. Meu corpo clamava por atenção de sua parte, por mais que eu negasse sua aproximação, ou talvez aceitasse... Estava tudo muito confuso, e continuou pelas próximas semanas, me deixando cada vez mais louca.


Notas Finais


Até depois de amanhã!🙂


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