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História Necesse - XVII - Sítio: Parte I


Escrita por: Cirilla

Notas do Autor


Tô escrevendo mais rápido no cel que no PC kkkk vai ver é porque to bem doente na praia, aí não posso fazer muita coisa... Triste vida. Espero que gostem.

Capítulo 17 - XVII - Sítio: Parte I


Sasuke não sabia como diabos Naruto e Sakura haviam convencido ele a sair de casa e ir para o sítio de Jiraya - o tio pervertido que era um dos responsáveis legais por Naruko e Naruto. Tudo que lembra-se é de duas pessoas falando de forma escandalosa em seu ouvido quando havia acabado de adormecer - algo que demorava muito a acontecer, visto que o jovem Uchiha passava noventa por cento das horas da noite pensando em sua vida sem seus pais - e acabou por fim indo para não enlouquecer com a gritaria dos dois. Sentou-se emburrado entre Karin e Sakura no banco de trás do carro de Itachi. Já na frente estava o seu irmão dirigindo, Naruto e Naruko sentada no pequeno banco entre o do motorista e o do lado direito, mais conhecido como o banco da sogra ou o banco dos trouxas. É claro que o loiro zombava de sua irmã por isso.

— Você não tem filho, logo não pode ser sogra. — o loiro sorridente disse para a irmã carrancuda.

— Muito bem observado, gênio. — ironizou sabendo onde o irmão levaria a conversa.

— Que feliz coincidência! A trouxa sentada no banco dos trouxas! — exclamou e riu do próprio comentário, deixando a irmã ainda mais estressada.

— O que eu fiz para merecer um irmão babaca que nem você? — suspirou ainda irritada com a situação.

Já não bastava sentar-se em um banco minúsculo entre Naruto e Itachi, o loiro tinha também que irritá-la.

Escutando a cena, Sasuke revirou os olhos pensando em como irritar a garota incômoda. Deu um sorriso sarcástico de lado e olhou para a frente. Tinha que fazer isso já que estava extremamente entediado com a viagem até o sítio de Jiraya.

— Que eu saiba você é ainda pior que esse idiota.

Itachi riu do irmão proteger o melhor amigo. Se perguntasse para o Uchiha mais novo ele apenas diria que estava irritando a menina, mas isso não era de todo verdade. Na maioria das vezes que alguém implicava com Naruto, Sasuke retrucava, como se fosse apenas ele que pudesse fazer isso.

— E o maridão protegeu a esposa. — ironizou a menina.

Sasuke franziu os lábios com o que Naruko havia falado, mas não se deu o trabalho de responder. Sabia que Naruto o faria, afinal. Ouviu a sonora gargalhada de seu irmão enquanto dirigia tranquilamente pela estrada deserta e crispou ainda mais os lábios. Contou até três e ouviu a gritaria do loiro com a irmã gêmea. O moreno praguejou mentalmente em não ter levado um fone de ouvidos.

— Não liga para a Naruko. — Karin disse para Sasuke, olhando ele de esguelha.

Não tinha necessidade de dizer isso, mas a ruiva apenas queria dizer algo ao moreno. Pensou muito no que o primo disse e faria nessa viajem a última tentativa de aproximação antes de tentar desistir de seu amor pelo Uchiha mais novo.

— Eu sei.

A menina suspirou derrotada. Devia imaginar que isso não seria uma frase suficiente para iniciar um diálogo com o seu amado. Fechou os olhos, pensando em algo que poderia dizer a Sasuke

— Sas... — mas interrompeu ao ver a cena do seu lado.

Sentiu uma pontada de dor no coração com isso. Sakura dormia encostada no vidro do carro enquanto Sasuke a observava. O moreno rolou os olhos, pensando em como a rosada havia feito a proeza de dormir com a gritaria de Naruto. No canto de seus lábios um sorriso nascia, entretanto. Após as viradas que o carro teve que dar pela estrada estreita, a cabeça da Haruno que batia no vidro constantemente fora pousada pelo próprio Sasuke em seus ombros. A menina, mesmo dormindo, pareceu ajeitar-se ao garoto e ele fez o mesmo, acabando por decidir dormir também. Karin olhou para cima do carro, tentando dispersar as lágrimas que teimavam em querer cair sem sucesso. Não sabia o que era pior. Sasuke dormindo encostado em outra por opção ou o fato de estar chorando e seus primos nem ao menos perceberem isso. A vida poderia ser bem amarga quando quisesse. Talvez Naruto estivesse mesmo certo. Sasuke Uchiha jamais a amaria.

***

— Finalmente chegamos, tô certo! — exclamou o loiro sorridente enquanto saia do carro com pressa.

— Eu amo o sítio do tio Jiraya! — dessa vez a gritaria fora feita por Naruko, que saltitava no gramado impecável do sítio de seu tio.

— Estamos vendo. — resmungou a ruiva saindo do carro com uma carranca no rosto.

Estava com raiva. Não de Sakura, não de Sasuke. Mas da vida, por fazê-la apaixonar por alguém tão difícil e que provavelmente já gostava de outra. Suspirou amargamente e pensou em ter uma seria conversa com Sakura. Jurou mentalmente não xingá-la, odiá-la ou praguejar se a menina também tivesse sentimentos pelo Uchiha mais novo, não seria ESSE tipo de pessoa. Mas precisava mesmo saber o que realmente aqueles dois tinham.

— Credo prima, que mal humor. — disse Naruko erguendo uma de suas sobrancelhas.

Karin não respondeu. Observava atentamente Sakura, que olhava com um sorriso radiante para as flores que Tsunade cultivava no sítio de seu marido. Decidiu usar isso como uma oportunidade.

— As flores da Tsunade são bem cuidadas, não acha? — disse casualmente para a rosada. — Talvez queira dar uma olhada mais de perto?

Karin já tinha ido várias vezes ao sítio, já que era prima dos gêmeos, que eram cuidados pelo próprio Jiraya. Conhecia bem o lugar e não se sentia envergonhada em guiá-la para um local que não era seu, devido ao conhecido prévio.

— Eu adoraria.

Sakura abriu um sorriso tímido para Karin, que a guiou até o local. A Haruno não entendeu muito bem o motivo da ruiva querer ficar a sós com ela, as duas não tinham cultivado uma amizade. Mal conversavam, verdade seja dita. Provavelmente queria perguntar-lhe algo e ficou curiosa a respeito do que poderia se tratar.

— Então... — começou Sakura com um sorriso sagaz. — O que deseja me falar?

A ruiva arregalou os olhos assustada com a inteligência da rosada. Ajeitou os óculos sem jeito e tentou dar um sorriso fraco, disfarçando a surpresa de ter sido pega logo no início.

— Tão óbvio assim?

Sakura deu uma risada baixa e acenou a cabeça positivamente. Ela observava as flores cultivadas pela tia de Naruto, mas ainda prestava atenção na ruiva em seu lado. Estendeu a mão para tocar em uma das flores amareladas.

— Karin, não somos amigas. — não estava querendo ser rude, era apenas a verdade. — Jamais tivemos uma conversa decente. Pareceu-me muito peculiar logo você querer mostrar o lugar...

É claro que a Haruno tinha razão. Não era como se fosse normal as duas irem sozinhas a um lugar. Tinham apenas duas coisas em comum na vida: Naruto e Sasuke.

— Você tem razão, é claro. — concordou sem jeito. — Eu só queria saber sobre uma coisa... — ao perceber que o olhar de Sakura pousasse nela e não nas flores, sentiu-se um pouco nervosa. — Sobre... Bem... — hesitou e sentiu suas bochechas queimarem. — Sobre Sasuke.

— Oh.

A suspeita que Sakura tinha sobre Karin ser apaixonada pelo moreno aumentou consideravelmente quando escutou o tema da conversa. Não sabia o que pensar sobre isso. Talvez a prima de Naruto quisesse ajuda? Fechou os olhos, suplicando mentalmente para Deus. Que Karin não pedisse a sua ajuda. Não sabia ao certo o motivo, mas não se sentiria bem ajudando ela com isso. Verdade seja dita, tinha começado a sentir uma certa posse, ou ciúmes em relação ao moreno, devido ao fato de terem ficado mais próximos desde os últimos acontecimentos trágicos. Se Sasuke arranjasse uma namorada, teria que afastar. Não queria isso tão cedo.

— O que você acha dele? — Karin fitava Sakura com uma intensidade que incomodava e envergonhava a rosada.

— Estou confusa. Em que sentido? — colocou o dedo indicador de uma de suas mãos sobre o queixo, pensativa.

— Vou mudar a pergunta. Qual a sua relação com o Sasuke?

Oh, céus. Karin estava achando que... Nossa. Isso era o que passava na cabeça de Sakura. Sentiu seu rosto esquentar, mesmo não entendendo o porquê. Talvez fosse pela pergunta extremamente direta? Ela não era burra. Havia compreendido o motivo da pergunta e muito bem.

— Somos bons amigos. Sasuke-kun foi como um presente de Deus na minha vida. — confessou para Karin. — Ele é tão importante quanto Naruto para mim, e conseguiu ajudar-me quando ninguém mais poderia. — pensou em Sasori. — Acho que ficou sabendo por Naruto que batemos em Sasori, um menino da minha escola... — suspirou sentindo-se trêmula. — Não foi atoa. Acho que depois disso comecei a ficar um pouco dependente da presença dele, sabe? Por isso sempre estou perto. — Sakura não conseguiu dizer que não gostava dele ou não tinha nada com ele, mesmo achando que sentisse apenas amizade.

Um alívio enorme caiu em Karin. Não eram namorados ou ficantes. Pelo menos ainda. Havia esperança. Deixaria tudo claro para Sakura, também.

— Não vou esconder que fiquei feliz por vocês não serem namorados. — riu, mas não foi acompanhada por Sakura. — Eu gosto do Sasuke. Mesmo. — fechou os olhos, sentindo a coragem para falar mais. — Acho que isso também era óbvio... Mas é algo que eu precisava contar para você, sabe? Você pode não ter dito que o ama também, mas...

— Karin...

— NÃO! — sobressaltou-se a ruiva. — Não quero a sua resposta agora. Com tudo essa merda acontecendo na vida dele, deve estar confuso para você. Então apenas pense sobre isso. Não quero que dê uma resposta que possa deixar-te arrependida depois.

— Entendi... — não contestaria nada.

— Eu vou tentar mesmo ficar com ele. — pela primeira vez disse isso em voz alta. — Mas não quero te ver como uma rival, Sakura. Se você ganhar de mim, não vou ficar com raiva. Desde que jogue limpo, é claro.

A Haruno apenas fixou o olhar, completamente estática, na ruiva que sorria, erguendo as mãos em um sinal de... Isso seria uma disputa? Bem, não exatamente. Porque não era. Sakura não ficava perto de Sasuke para ficar com ele no final. Ela apenas queria vê-lo feliz.

— Vem, vamos realmente ver as flores agora. — disse Karin e puxou a menina pelo braço.

***

Depois que Karin e Sakura dirigiram-se para as flores de Tsunade, todos ficaram parados pensando no que fazer.

— Quero água, dirigir cansa. — resmungou Itachi. — Finalmente consegui um dia para descansar daquela maldita empresa e também estou de férias da faculdade... Não posso cansar agora.

— Vem. — Naruko puxou Itachi para dentro da casa.

***

— Quê isso, vinte minutos bebendo água? Já viu isso, Teme? — Naruto bateu o pé no chão impaciente com a demora de sua irmã e do irmão de Sasuke.

Por outro lado, Sasuke não dava a mínima para os dois na casa. Era estranho ficar longe de Sakura. Depois que seus pais morreram, acostumou-se com a presença dela ao seu lado. Pouco tempo já o incomodava. Seria isso porque a menina o ajudava? Era o dilema de Sasuke. Talvez tivesse feito Sakura o seu chão... Talvez.

— Hn. — resmungou para Naruto, mostrando o seu descaso muito aparente na conversa.

— Cretino de merda. — xingou o seu amigo moreno. — Vamos ver o que esses dois estão aprontando.

Lá vem encrenca. Sasuke suspira, pensando em como escapar disso sem irritar Naruto. Acabou lembrando que não dava a mínima em deixá-lo nervoso.

— Não.

— E você vai fazer o quê?! Criar raiz aqui ou cheirar a bunda da Sakura-chan e da Karin? — Sasuke desejou que caísse um meteoro em seu amigo estúpido. — Para de chatice e vamos logo.

— Tsc. — viu que não tinha saída.

Naruto iria reclamar até que ele fosse. Poupou stress e acabou indo com o loiro.

— Não estão na cozinha... — o loiro comentou logo que adentrou na cozinha e franziu o cenho intrigado.

Acabou decidindo por andar em direção a sala de estar, visto que entraram pela porta de trás da casa. Sasuke foi atrás do amigo com uma cara de poucos amigos. Preferia estar fazendo qualquer outra coisa.

Quando chegaram de fininho na sala, acabaram por ver Itachi sentado no sofá... Com Naruko em cima dele.

— Mas que porr — começou a falar o loiro.

Sasuke tampou a sua boca a tempo de Naruko e seu irmão não repararem. Olhou feio para o amigo.

— Cala a boca, idiota. — chiou baixinho no ouvido de Naruto. — Quer ser descoberto?!

— Mas... O seu irmão está beijando e aproveitando-se da minha Naruko-neechan! — protestou choramingando.

O moreno revirou os olhos para o comentário do loiro. Deveria saber que diria algo assim... Colocou a mão na testa e olhou irritado para Naruto.

— Tecnicamente sua irmã que aproveitou do Niisan. — retrucou, não gostava que as pessoas - principalmente o Uzumaki - falasse assim de seu irmão. — Levando em conta que ele está passando em um momento conturbado na vida. Faculdade, empresa, nossos pais... — abaixou a cabeça chateado.

Naruto começou a bolar uma desculpa por o ter lembrado da morte de seus pais, mas acabou esquecendo instantaneamente quando sua irmã retirou com selvageria a camisa de Itachi.

"Naruko, nós não deveríamos..." ouviu o irmão de Sasuke dizer incerto.

"Só cala a boca e continua, está bem? Se não quisesse eu não estaria em cima de você." retrucou a irmã.

— Seu irmão vai tirar a pureza da Naru-nee! — Naruto colocou as mãos na cabeça, em prantos.

— Sua irmã nunca teve pureza pra retirar. — zombou Sasuke com o cenho franzido. — Agora vamos embora. Eu não quero ver essa cena. Argh! — puxou Naruto e os dois saíram correndo.

***

— Nunca mais comente sobre o que acabamos de ver. — Sasuke disse para o Uzumaki.

— Eu sei.

Os dois ficaram sentados em uma parte do gramado -  bem longe da casa - tentando esquecer o que viram. Não souberam ao certo quanto tempo ficaram olhando para o nada.

— Meu deus! Vocês viram um fantasma ou algo assim?! — Sakura indagou com um sorriso divertido.

— Aposto dez pratas que ouviram os gemidos da prima. — gargalhou Karin, acompanhada por Sakura.

— Pior. — Sasuke que respondera.

— Meu deus, vocês VIRAM! — Sakura arregalou os olhos. — Agora eu entendi a expressão...

Naruto continuou a tentar desenhar na grama com um pedaço de pau, sem dar atenção para as meninas.

— Vocês deviam ter tirado foto. Seria uma boa barganha. — Karin sorriu de uma forma sacana.

— Karin-san, que horror! — uma morena, pálida por natureza, olhou horrorizada para a ruiva que continuava a rir do próprio comentário.

Pela primeira vez em vários minutos, Naruto saiu de seus devaneios e arregalou os olhos, surpreso. Tinha ouvido a voz dela. Olhou para a sua frente e confirmou sua suspeita.

— Hinata! — exclamou o loiro


Notas Finais


Hinata deu o ar da graça, finalmente. Não aconteceu muita coisa, mas espero que tenham gostado. Comentem!


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