Acabou que Lucius realmente levou o jantar para Lupin, pediu a um elfo que trouxesse em uma bandeja, sabia que o lobo estaria na banheira, ele notoriamente precisava relaxar.
O loiro entrou no quarto do outro e escutou a movimentação vinda da suíte. Entrou depois de bater e não obter resposta, Lucius sabia que Lupin tinha lhe escutado, mas o viu e olhos fechados e encostado na borda, parecia dormir. O loiro colocou a bandeja ao lado da banheira grande e sentou atrás do lobo, começando uma massagem leve no peito molhado, escutando um suspiro do homem.
- Eu sei como foi difícil não ser bonzinho e ter entrego para o ministério o rato imundo – Lucius começou falando – E eu sei também que o trouxe até aqui por causa do seu amigo Black, mas é muito importante pra mim também, Severus precisa da sua vingança e eu estou feliz por ele a conseguir agora. Então, obrigado! – o loiro terminou dizendo a ultima palavra sussurrada no ouvido alheio.
Lucius se levantou e foi para frente do lobo que tinha os olhos âmbar dilatados e bem abertos focando sem si, Malfoy deixou um leve selar nos lábios de Lupin e escutou um rugido vindo do peito largo. Afastou-se e saiu pela porta como se não tivesse quase se posto de bandeja para lobisomem.
Ele também não viu a ereção que crescia em Lupin por baixo da espuma cheirosa.
Duas Semanas Depois
Duas semanas de pura tortura para Peter Pettigrew, Severus e Sirius se encarregaram disso.
Os primeiros três dias rabicho ainda tentou barganhar, mas viu que era impossível. Falou asneira no quarto dia e recebeu uma sessão de tortura inesquecível por parte de Sirius, a veia Black para maldições ele aprendeu direitinho com a mãe.
Severus como ótimo na arte de Legilimencia, invadiu a mente imunda com o intuito de descobri o porquê de tamanha traição, e acabou vendo uma mente fraca e sem estrutura, nada como medo comandando tudo, mas também descobriu coisas muito curiosas.
No auge de sua loucura, Voldemort tinha deixado escapar a imagem de duas de suas Horcrux para o rato, na verdade o senhor deles não parecia nem notar a presença notoriamente insignificante. O rato ardiloso poderia ser um covarde, mas escutava como um verdadeiro espião e tinha muitos segredos naquela cabeça.
Duas Horcrux, o cálice de Lufa-Lufa e o diadema perdido de Rowena Ravenclaw, a fundadora da casa Corvinal. O cálice eles ate entendiam como ele poderia ter achado, os descendes de Helga a guardavam como relíquia de família, mas o diadema? Só Merlin saberia como Voldemort a encontrou.
Sirius ficou tão feliz com a descoberta que agarrou o Sonserino e o girou no ar, ganhando um belo feitiço de furúnculos na bunda e muitos xingamentos, além da visão de Severus Snape fugindo com um leve rubor nas bochechas.
Estavam agora na sala discutindo suas novas informações, enquanto viam Harry e Draco brincando com Nagini, o moreno de vez em quando chiando. Draco no momento subia em cima da grande cobra, ele aceitou depois da terceira tentativa de Harry dizer que era seguro, o menino de três anos não tinha consciência da língua que falava às vezes. Snape gravou o detalhe para começar a praticar com o jovem Potter. Como ele faria isso, só o tempo poderia responder.
- Um diadema desaparecido há séculos, que Voldemort achou e escondeu de novo. – Sirius reclamou e com razão.
- Astuto, mesmo na loucura de sua alma separada – Abraxas observou enquanto guiava com sua varinha alguns biscoitos ate a boca dos netos.
Sim, netos. Abraxas não tinha nada contra o jovem Potter, ainda mais sendo uma criança tão importante para o mundo e principalmente sendo melhor amigo do seu pequeno neto.
- Eu acredito que o cálice seja mais fácil de achar – Lucius comentou – O Lorde tem toda uma linha, vocês notaram? Objetos das casas de Hogwarts... Será alguma coisa de Grifinória o outro? – o loiro terminou franzindo o nariz.
- Acho muito difícil – Severus negou – Apesar de fazer sentido. Mas porque dos fundadores de Hogwarts?
- Você pode perguntar pra ele depois – Abraxas debochou.
- Focando de novo, como vamos procurar essa taça e diadema? – Severus ignorou o mais velho.
- Sugiro ir primeiro no mais fácil: o cálice – Remus opinou.
- E por onde começamos? – Sirius perguntou – Eu posso tentar algo com os aurores, se precisar.
- E você pode fazer isso? – Severus perguntou sarcástico.
Nas duas semanas juntos na tortura, Snape e Black desenvolveram uma espécie de amizade. Amizade com alto teor sexual no ar, pelo olfato do lobisomem.
- Chefe dos aurores – Sirius apontou para si – Mestre de poções – apontou para o homem ranzinza.
- Morra – Snape ameaçou.
- Ah o amor como é lindo – Abraxas disse novamente.
Harry estava chiando pela sala, ele tinha ido se sentar no colo de Lucius e o loiro tentava entender a língua distinta.
- Na nossa língua, meu bem, ainda não aprendi cobres – o loiro disse de brincadeira.
- Trix! – Harry conseguiu falar em língua humana, ele já estava estressado – Nagini disse Trix e taça.
Um momento de silencio na sala se instaurou.
- Desculpe, Harry, pode repetir – Remus teve que conferir.
- Taça e Trix, Nagini disse – Harry repetiu pausadamente.
- Bellatrix? – Abraxas perguntou novamente, vendo o moreninho confirmando com a cabeça. – Bellatrix Lestrange, braço direito do lorde e a gente não pensou sobre isso. Ele deixou com os seus mais fieis suas Horcrux.
- Você é um menino muito inteligente – Lucius disse fazendo carinho nos cachos morenos, vendo o pequeno se aconchegar em seu peito.
- E eu, papai? – Draco perguntou indo em sua direção.
- Você também, querido – Lucius pegou o filho em seu colo ao lado do amiguinho.
- Uma criança de 3 anos descobre as coisas melhores que um chefe dos aurores – Severus alfinetou.
- Eu poderia brigar até o fim do dia com você – Sirius começou – Mas vou me abster a dizer que só poderia ser filho de Lily – completo sozinho.
- Santa Narcissa e o psicomago que te ajudou – Abraxas brindou sem um drink realmente.
- Agora, onde Bellatrix Lestrange esconderia uma Horcrux? – Remus perguntou diretamente ao Sonserinos.
- Uma Horcrux do seu Lorde, ao qual ela era obcecada – Severus enfatizou.
- Talvez nos Lestrange, por ser sua família atual? – Remus arriscou.
- Não, muito na cara – Lucius disse – Tem que ser algo mais pessoal...
- Ela era uma Black, antes de tudo – Sirius disse meio pensativo – Talvez isso tenha ligação...
- Por que não perguntamos a irmã dela? – Remus disse, o mais sensato de todos.
- Eu vou – Lucius disse se levantado e indo deixar os garotos no colo de Remus e Draco, Harry e depois Draco respectivamente.
O loiro voltou dez minutos depois com a outra loira em seu encalço.
- Um cofre – Narcissa nem deu espaço para conveniências – Bella ainda tem um cofre de solteira em Gringotes. Ela deixou para caso de precisar guardar suas coisas que não envolvessem o marido, ao qual ela não é tão interessada.
- Um gênio, sádica e gênio – Abraxas aprovou.
- Acredito que o cálice possa estar lá – Narcissa confirmou.
- Acha que posso mexer no cofre pessoal dela por ser o herdeiro Black? – Sirius conferiu.
- Você pode até conseguir, só vai demorar e vai precisar de um ótimo advogado – Narcissa disse olhando para o ex-marido.
- Eu sei que sou maravilhoso quando quero – o loiro disse convencido.
- Você é a melhor prima da história – Sirius disse indo abraçar a prima – Inclusive, vá tomar um chá qualquer dia desses na minha mais nova casa que foi organizada e redecorada por você.
- De Horcrux, invadir cofres alheios a chás da tarde – Abraxas disse casualmente – Melhores conversas.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.