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História Never Let Me Go - A Mileven Fic - "Ela quer te ver"


Escrita por: K2Phoenix

Notas do Autor


Meu povo! Tô aqui! Haha. Tive meus motivos, juro. Daqui a um tempo, vou explicar a situação melhor pra vcs. Só espero que saibam que a vida foi muito corrida até agora, e espero que dê para acalmar mais nesse fim/ começo de ano. E nossa fic vai fazer um ano dia 27, e espero que ela atinja os 100 seguidores! Fiz um capítulo no capricho pra vcs!

Capítulo 21 - "Ela quer te ver"


Yesterday, there was so many things

I was never told

Now that I startin' to learn

I feel I'm growin' old (Yesterdays, Guns n’ Roses)

Ontem havia tantas coisas

Que nunca havia me contado

Agora que estou começando a aprender

Eu sinto que estou crescendo

Eleven ligou com um gesto displicente de cabeça a TV, mas suas mãos permaneceram em volta da xícara de chocolate quente e sua concentração voltava-se para dentro de si. Hopper chegou e retirou o casaco, colocando um pacote cheios de compras sobre a mesa.

- Trouxe lanche do Benny também. – ele falou para ela.

- Pai, eu preciso ver o Mike. – ela disse, virando-se para ele. – E se você não me ajudar, eu vou ter que te desobedecer.

O xerife suspirou, tentando manter a paciência:

- Brenner está nos espreitando, você não entendeu?

- Entendi! – ela bufou, largando a xícara. – Mas não posso continuar trancada aqui sem vê-lo!

- É a melhor coisa que você pode fazer por ele! Mike e a família dele, assim como a dos seus outros amigos, estão correndo perigo.

Os dois ficaram em um curto silêncio, respirando mais aceleradamente devido a discussão, quando Hopper pôs as mãos nos ombros da garota e olhou fixamente em seus olhos:

- Me corta a alma fazer isso com você, El... mas nós vamos ter que ir embora.

- Não!- ela gritou, se desvencilhando dele. – Eu não vou!

- Você vai deixar que aquele cientista psicopata arrase a vida de várias pessoas e a sua, principalmente, tudo porque não consegue superar uma paixão adolescente? – o xerife explodiu, enfurecido.

- Quem é você para me falar sobre superar paixão de adolescência? – ela franziu o cenho, desafiando-o.- E você, que não esquece a Joyce Byers?

 

- Você não sabe do que está falando. – Hopper baixou o tom de voz, taciturno.

- Eu sei sim! – Eleven continuou exaltada. – Sei que você foi ao Vietnã, que perdeu uma filha, que não ficou com a Joyce... e você quer que eu sofra assim também?

- El, isso não tem nada a ver com amor. Isso é algo maior.

- EU SOU HUMANA! Eu não sou um experimento miserável que só serve como arma de destruição! Eu preciso do Mike!- ela berrou, e ao fazer isso, as vidraças da cabana explodiram, fazendo voarem cacos de vidro em todas as direções, obrigando Hopper a se proteger:

- O que deu em você?!

- TUDO! EU NÃO AGUENTO MAIS!- ela respondeu, chorando, enraivecida, batendo a porta do quarto e gritando enquanto deslizava por ela.

[...]

Hopper esfregou o rosto, desalentado. Pisando nos cacos, foi rumo à geladeira pegar uma lata de cerveja. “Que forma miserável de se viver, meu Deus”, ele gemeu. O telefone tocou, e era Joyce, justamente ela:

- Oi, Jim...

- Olá, Joyce. – sua voz soou cansada.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, nada. Eu que pergunto, o que aconteceu para você me ligar?

Do outro lado da linha, Joyce olhou para todos os lados, mesmo sabendo que estava sozinha em casa com Will, e falou baixo:

- Umas pessoas suspeitas vieram aqui ainda há pouco.

- Que tipo de pessoas? – ele se sobressaltou.

- Um homem de cabelo bem grisalho chamado Martin Brenner e uma mulher loira que parecia assistente dele ou coisa assim.

Com a boca seca e completamente desnorteado, ele ainda indagou:

- E o que ele queria?

- Conversar com Will. Disse que sabia o que havia acontecido com ele... estou com medo, Hop. E, além do mais, estou tão triste... – ela fungou.

- Você está bem? – ele ficou mais preocupado ainda.

- Bem, eu... eu terminei com Bob. Ele queria que nós nos mudássemos pro Maine, mas eu não quero mexer mais ainda na vida do Will, tirá-lo de perto dos amigos, e ainda por cima... – ela suspirou. – Ainda por cima sinto que não estava sendo honesta em meus sentimentos e atitudes com ele.

O xerife teve um leve sobressalto:

- Isso tem... tem a ver comigo?

- Sim, tem. Não vou negar, Jim. – Joyce mordeu o lábio, em dúvida, mas decidiu ir em frente. – Quando nós pudermos falar melhor sobre isso, depois de todas essas atribulações com os nossos filhos passarem, nós poderíamos conversar?

- Claro, claro. Mas quero que você saiba que você sempre me terá, Joyce. Eu prometo. Para qualquer coisa.

- Obrigada, de verdade.

- Se esse cara tentar falar de novo com vocês, não dê atenção. Finja que não está e, se ele a vir, não queira conversa. Temos que tomar uma atitude de uma vez por todas, mas, por enquanto, tenha cautela, ok?

- Ok.

Hopper desligou e ficou pensativo. Será que Eleven estava certa, que eles não poderiam mesmo ir embora? Da outra vez, partir tinha sido mais fácil, mas agora, as raízes pareciam fincadas de uma forma que não dava para ignorar. Ela amava Mike Wheeler, e ele amava Joyce. Depois desse telefonema, do que ela dissera, e de como estava se sentindo, não dava para negar que seria extrema covardia ir sem ajudá-la.

Bateu na porta do quarto da filha e ela abriu, o rosto claramente inchado de tanto chorar.

- Podemos conversar com calma agora?

Ela limpou algumas lágrimas remanescentes e balançou a cabeça em afirmação.

- Sim. – respondeu com a voz sumida.

- Eu pensei melhor e cheguei à conclusão de que não foi mesmo uma decisão feliz a de irmos embora. – ele falou cautelosamente, testando as águas com Eleven.

- Quer dizer que não vou ter que lutar contra você? – ela falou séria.

- Você faria isso?

- Pai, não sei o que se passa comigo, mas depois de ficar tanto tempo naquele lugar, não posso mais me esconder, me calar, fugir. Eu preciso ficar aqui por todos, pelo o que sinto pelo Mike. E você precisa entender.

- Eu sei. Eu já entendi. E amanhã mesmo você verá o seu namorado.

[...]

Jonathan estava tomando um café no campus da faculdade quando Nancy veio correndo em sua direção, animada. Ela o abraçou e o beijou antes de sentar-se na frente dele e dizer:

- Eu recebi um telefonema hoje mais cedo muito, muito importante.

- Deve ser mesmo, pelo sei jeito. – o namorado sorriu, segurando delicadamente o queixo dela. O rapaz estava extremamente feliz com a realidade nova e excitante de ser namorado de Nancy Wheeler.

- Então, um tal de Peter Andrews quer falar conosco. Ele descobriu nosso contato lendo o jornal da faculdade e disse que é um ex-funcionário do laboratório misterioso de onde saiu a Eleven.

Jonathan tomou seu restante de café num gole só:

- Mas nós não publicamos nada sobre o que descobrimos lá.

- Pois é, eu disse isso. Mas ele falou que mora em Hawkins e que os últimos acontecimentos lá foram estranhos, como a morte do garoto na festa da fogueira, lembra? O primo do Steve. E ele também falou que soube que o ex-chefe dele, dr. Brenner, está fazendo algum tipo de trabalho na escola. Você acha que a gente dá algum crédito para ele?

- Bem... não dá pra ignorar. – o rapaz refletiu.

- Ok, vou ligar para o número que ele me deu e nós poderemos ir a Hawkins nos próximos dias. – ela sorriu, satisfeita, inclinando-se para beijá-lo mais uma vez.

[...]

Will chegou ansioso na escola no ia seguinte, e assim que viu os amigos, que ainda pegavam seus livros nos armários do escaninho, chamou-os urgentemente para a sala do Clube de A.V.

- O que houve? – Dustin perguntou, assustado.

Mike, Lucas e Max também estavam apreensivos:

- O doutor Brenner foi à minha casa ontem com a tal mulher que parece ser secretária dele. Ele falou comigo e com a minha mãe e disse saber o que houve enquanto eu estive desaparecido.

- E você disse o que? – perguntou Mike, ainda mais preocupado.

- Eu tentei ser evasivo, mas ele foi muito mais objetivo, falando claramente que sabia que eu havia sido sequestrado pelo monstro e que era peça-chave para o governo saber a razão de isso ter acontecido aqui, e mais as outras coisas recentes. Claro que ele deixou de fora toda a parte de que quer a Eleven de volta.

-E nós temos que encontrá-la antes! – vociferou Mike. – Mas, como? Ela não responde o contato nós tentamos.

- Ela disse que estava na floresta, da última vez que consegui falar com ela, mas depois, nenhum sinal. – comentou Will.

- Tem que ter algum jeito... meu Deus. – Mike fechou os olhos, implorando, fazendo o cérebro raciocinar. – Temos que vasculhar a floresta toda.

- E você não acha que ela já teria entrado em contato com você se estivesse por lá? – objetou Max.

- Na verdade, ela mora lá. – Lucas observou. – Se ela tivesse voltado para a floresta do lado real, ela deveria...

- Sim, é isso! – Mike pegou sua bolsa. – Meu Deus, como eu não pensei nisso? E se o Hopper a encontrou e a deixou escondida?

- Mas de todos nós? – Dustin se espantou.

- Ele tem medo mortal de que o Brenner a encontre, ele nunca foi a favor de nós sabermos das coisas... agora tá tudo mais claro... é uma esperança. – ele arregalou os olhos, saindo em disparada.

Mas ele não precisou ir muito longe, pois o inspetor o interceptou no corredor:

- Michael Wheeler, venha à minha sala, por favor.  

Mike sentiu vontade de mandar o inspetor se foder e continuar correndo para fora da escola, mas, resistindo ao impulso, o seguiu. Fez certo, pois assim que ele entrou na sala, deu de cara com o xerife Hopper.

- Precisamos conversar, garoto. – ele falou, a voz séria.

- Com certeza.- Mike levantou o rosto, desafiando-o.

Hopper percebeu que o garoto não estava totalmente amistoso, e se dirigiu ao inspetor:

- Preciso que Wheeler venha comigo, senhor. Ele está sendo arrolado como testemunha no caso de Troy Harrington... eu inclusive já falei por telefone com a mãe dele e ela já o liberou das aulas pela manhã, pode confirmar.

O inspetor ligou para Karen e confirmou o que Hopper dissera; Mike olhava o xerife de cenho franzido, sabendo que havia algo oculto naquela atitude, mas já que era de encontro a ele que iria mesmo, deixou a situação se desenrolar até estar no carro dele:

- Ela quer te ver. – foi tudo o que o policial disse antes de partirem rumo à floresta. 


Notas Finais


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