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História New age - Uma amiga ?


Escrita por: S2LunaS2

Notas do Autor


Bem gente, sei que demoro a bessa para postar caps.
Desculpa é que eu ando muito desanimada >.<

Capítulo 6 - Uma amiga ?


Fanfic / Fanfiction New age - Uma amiga ?

Seus olhos doíam e sua cabeça pesava.

Max podia sentir que alguma coisa úmida havia sido colocada sobre a sua testa.

Abrindo lentamente os olhos e os deixando se acostumar com a fraca luz presente no pequeno quarto em que se encontrava, Max percebia que até então estivera dormindo no colo da vampira que a pouco tempo a havia mordido e bebido o seu sangue.

Com um rápido movimento a mão de Max se dirigiu rumo ao seu pescoço, sentindo os pequenos furos já cicatrizados causados pelas presas de Chloe.

--calma, calma – Dizia Chloe levando as mãos aos cabelos de Max os afagando – Viu você não esta presa, esta tudo bem, você apenas desmaiou . –

Chloe sentia sua voz falhar ao se lembrar do enorme esforço que teve de fazer para retirar as suas presas do pescoço de Max. Nunca antes em toda a sua vida havia provado algo tão bom, algo tão puro e delicioso.

Ela a cada gole, a cada gota que escorria por sua garganta, era como se a força preenchesse todo o seu corpo restaurando cada ferida e a tornando mais forte.

--Vai demorar muito para amanhecer ?—a voz de Max ainda soava fraca e cansada, mas o medo de ser encontrada e ser arrastada de volta a sua família era de mais para fazer com que a jovem voltasse a dormir.

-- Falta pouco tempo agora, a maioria das pessoas já deve estar voltando para a sua casa – Um sorriso se passava pelo rosto de Chloe enquanto acariciava os cabelos de Max, ela não sabia a quanto tempo a jovem escrava havia fugido, mas mesmo com sujos e embaraçados Chloe não podia deixar de admirar como eles eram bonitos.

Ao mesmo tempo em que Max já não mais conseguia deixar de olhar para os olhos profundamente azuis da vampira que até então a estava ajudando.

Por um momento Max se pegou admirando os pequenos traços presentes no rosto de Chloe, seus cabelos azuis, seus olhos, a maneira como o gorro colocava algumas mechas de seu cabelo sobre seus olhos.

Foi então que ela percebeu, a estranha tatuagem de um crânio com vinhas entrelaçadas em seu braço direito, Max não pode deixar de ficar fascinada pelas cores e detalhes presentes no braço da vampira. Sem que ao menos pudesse se dar conta do que estava fazendo Max estendeu seu braço pousando seus dedos na tatuagem.

-- você gostou?—dizia Chloe agora parando de acariciar os cabelos de Max e trazendo seu braço para que a jovem escrava pudesse admira-la melhor.

 -- nunca antes havia visto algo assim. –

-- aaa quer dizer que os velhotes não possuem, nada parecido? – um sorriso safado tomava o rosto de Chloe.

Max apenas negava com a sua cabeça, enquanto cuidadosamente percorria as vinhas tatuadas no braço da vampira, o toque de seu dedo a pele pálida de Chloe era tão suave e cuidadoso que por um segundo a vampira acreditou que seu braço inteiro era uma escultura feita da mais fina porcelana.

-- elas começaram a ser feitas a pouco tempo. Uma pessoa aqui das favelas descobriu como traça-las sem que o processo de regeneração interferisse com a tintura. –

--aaa—Max simplesmente parecia hipnotizada pelo que via, até finalmente sua mão deixava de contornar o enorme crânio localizado no ombro de sua até então cuidadora.

Ao sentir o toque ser retirado de seu braço, Chloe não pode deixar de admitir para si mesma que não queria que a escrava parasse. As peles dos vampiros sempre foram gélidas e frigidas nunca antes havia tido um toque tão quente e confortável.

Por um segundo Chloe não pode deixar de se lembrar dos cobertores quentes que eram dados a ela antes de ser transformada.

-- então tem ideia de como pretende não ser devorada pelas bestas que vivem do lado de fora quando a noite cair?—

Max apenas virava seu rosto agora olhando para o centro da casa, em um sinal claro de que não sabia o que iria fazer.

--Olha... e ... e se eu for com você?—

Um fraco riso escapava dos lábios da escrava.

-- Não acho que deixariam uma vampira entrar no abrigo. –

Um sorriso brincalhão tomava conta de Max ao imaginar os mesmo seres que sempre foram escravizados por vampiros e os transformado em seu alimento, aceitando um deles entre os seus, por mais simpática que Chloe fosse não havia a menor chance de ela poder acompanha-la. 

--Você realmente sabe onde fica esse abrigo? Ou se ele se quer existe? –

O sorriso assim como veio logo desapareceu, mais uma vez Chloe havia falado a verdade, Max havia ouvido sobre o abrigo de um escravo que estava tentando fugir, mas diferente não teve tanta sorte ao passar ao sair pelos enormes portões blindados que protegiam o território dos mais velhos.

O frio percorria a espinha de Max como se um raio a tivesse atingindo, enquanto se lembrava de tivera de rastejar e se espremer por centenas de metros de esgoto fétido e mal cheiroso que a levaria até a segunda área.

O estomago e Max embrulhava ao se lembrar do limo percorrendo todo o seu corpo enquanto a água rançosa penetrava em suas roupas, quantas vezes, fechara seus olhos e apenas confiava nos seus instintos, apenas se deixando levar pelas lembranças do mapa que havia conseguido daqueles labirintos subterrâneos.

Quantas vezes ela não sentiu estranhos insetos e criaturas roçarem em seu corpo enquanto seu estomago embrulhava e sua implorava a qualquer um dos seres que controlassem esse mundo que não a deixassem morrer ali.

Quando finalmente encontrou um pequeno sinal de luz, seu coração se enchia de esperança e assim como consideração, o trato que havia feito com uma escrava, das cidades do meio, a garantiu que a mesma estivesse esperando na estação de tratamento de esgoto, com roupas limpas e disposta a ajuda-la a sair daquele inferno nojento que havia coberto a maior parte de suas roupas.

Embora muitos não acreditassem quem realmente houvesse um abrigo além dos muros, uma coisa era certa, todos os escravos odiavam os vampiros, e se conhecesse as pessoas certas elas estariam mais do que dispostas a ajudar qualquer escravo a fugir do abatedouro que era a sua casa.

 Max apenas continuava a encara o centro da casa sem coragem de admitir que Chloe estivesse certa.

Uma vampira a ajudando, isso não seria possível nem ao menos nos seus mais perigosos e degenerados sonhos, mas ela sabia da verdade Chloe não era uma alma altruísta que apenas se sensibilizou com a condição que ela se encontrava, ela estava atrás de seu sangue.

Fechando os olhos enquanto começava a pensar nos prós e os contras de leva-la com sigo: saindo do portão ela não tinha ideia de por onde deveria começar ou até mesmo que caminho seguir, a floresta estava cheia de predadores muito mais fortes que os vampiros, por outro lado Chloe poderia apenas mata-la quando tivesse a chance. Mas olhando por outro ângulo seria muito preferível que ela quisesse que Max ficasse viva, já que nas florestas não haveria como conseguir sangue através das maquinas que alimentavam toda a cidade, mesmo que Chloe ainda pudesse se alimentar dos estranhos seres que viviam na floresta, aquelas bestas pareciam nojentas.

Mas ainda havia a possibilidade, de Chloe encontrar outra criatura que tenha o sangue mais saboroso que o seu o que faria de Max apenas um peso morto. Não caçar criaturas ainda demandava tempo e energia, fora o perigo de acabar sendo caçada por outro predador enquanto buscava seu alimento.

Após dois minutos Max finalmente se deu conta do que estava fazendo.

Levando a mão a sua testa mal acreditando que realmente estava considerando a possibilidade Chloe ir consigo. Ela era um monstro, o mesmo tipo de monstros que a aprisionaram e a tentaram matar, não havia como confiar em tais seres mesmo que essa a tivesse ajudado não significa que podia confiar nela, afinal sangue era a única resposta. Esses seres eram movidos unicamente por seu desejo por sangue, assim como o fato de que de ela querer ir consigo, apenas estava relacionado a Max poder lhe oferecer porções de seu sangue enquanto seguiam.

“Mas será que ter uma guarda costas que trabalharia pelo seu sangue, seria tão ruim assim?“

Pensamentos e mais pensamentos inundavam a mente de Max , pipocando como se fossem grãos de milho atirados em uma panela quente com manteiga.

Porem antes que realmente pudesse tomar uma decisão, Max sentiu os dedos de Chloe acariciando o seu cabelo enquanto a ouvia dizer. 

-- Eu vou entender se não quiser me levar junto—

Foi então que uma ideia surgiu em sua mente.

-- Se você conseguir não ter problemas com o sol.—

Era isso a maioria dos predadores caçavam a noite, percorrer um enorme caminho durante o dia e a era essencial, se Chloe pudesse conseguir cumprir com essa condição, Max não teria como não aceitar uma guarda costas completamente disposta a ajuda-la em troca  de um pouco do seu sangue.

É claro que no começo Max apenas lhe deu essa opção como uma desculpa para não levar Chloe consigo, porém assim que viu o sorriso no rosto da vampira brilhar, não ode deixar de engolir o seco enquanto a culpa por ter lhe dado essa oportunidade martelava em sua cabeça.

-- Bem melhor eu ir então .—Dizia Chloe fazendo sinal para que Max se levantasse.

-- A onde você vai ? – Dizia Max que agora se mexia para sentar no sofá.

-- Conseguir um traje de proteção antes que o sol se erga. —

E com essas ultimas palavras a vampira que até então havia cuidado dela como nenhum outro vampiro havei feito antes, saiu pela porta, correndo a toda velocidade para um destino incerto ao qual Max não conhecia.

 

Chloe saia de sua casa com pressa, nunca antes em toda a sua vida havia se sentindo tão rápida, os prédios das favelas voavam sendo deixados para trás em questão de segundos. Nunca antes o ar da noite parecia estar tão frio e bonito, a suavidade da brisa a envolvia como se um manto acolchoado a preparando para dormir.

Chloe sabia como conseguir um traje de proteção e exatamente nesse momento que valia a pena o trabalho que ela fazia para os borboletas azuis.

Não importa em como seja, onde seja ou até mesmo o tipo de pessoas que existam, onde quer que aja desigualdade e injustiça haverá aqueles que se levantaram para lutar contra aqueles que exploram esse mundo.

Nas favelas, esses eram os borboletas azuis, de fato Chloe não sabia muito sobre eles, apenas sabia que era um grupo de vampiros que lutavam contra as desigualdades e não gostavam de ser governados por velhos reis que nem ao menos sabiam seus nomes.

Embora muitos acreditavam que os borboletas apenas atuavam nas favelas, Chloe já tinha conhecimento sobre alguns que se infiltraram entre os guardas da cidade, e ela já suspeitava que seus membros se estendiam até a área da ciência e a parte média da cidade.

Correndo até o posto da guarda mais afastado da pequena região onde morava, quatro batidas na porta eram o suficiente para que fosse recebê-la.

Diante de si apresentava-se uma mulher de enormes cabelos loiros e olhos castanhos, sua carranca já deixava bem claro que não importava que ela fosse uma guarda odiava a população das favelas como a maioria dos habitantes da cidade média.

--o que você quer ?—Dizia ela, deixando bem claro que não gostava de ser incomodada tão breve ao nascer do sol.

-- Preciso falar com Jony—A recepcionista saia exibindo uma carranca, enquanto entrava mais a fundo no quartel.

Como o quartel era proibido para o povo das favelas, Chloe não teve escolha se não esperar. 

Não demorou muito e logo um homem auto e robusto com uma pele pálida de cabelos e olhos castanhos encarava Chloe com um meio sorriso.

Jony sempre fora um amigo para Chloe, pelo menos umas das poucas que ela realmente poderia confiar, de fato na primeira vez que se conheceram, Jony a havia pegado roubando a comida destinada aos escravos, e a chamara para se juntar aos borboletas azuis.

-- Olha se não é a senhorita, sou boa de mais para trabalhar com vocês, mas posso fazer alguns trabalhos.— Dizia Jony como um ar de sarcasmo.

--Você sabe que não quero me envolver muito Jony, não quero acabar como os membros dos borboletas capturados.—

Muitos já sabiam que se descobrissem que você era um membro dos borboletas primeiro você seria torturado, enquanto cada um dos seus  dedos era arrancado, após dois meses de intensa tortura indescritíveis, você seria executado em praça pública diante de uma multidão reunida nas favelas.  

-- é por causa de coisas assim que lutamos –

-- vocês lutam. Eu só ajudo como posso. --  

Um suspiro escapava dos lábios de Jonny ao ouvir a resposta de Chloe, embora ele preferisse que todos se juntassem a causa vampiros como ela. Não eram tão incomuns, aqueles que apenas pretendiam ganhar um pouco mais na vida ao invés de arriscar suas vidas por um objetivo nobre, já estavam se tornando comuns na sociedade.

 -- Vim cobrar um favor—

-- Qual deles?—

--Todos –

Ao ouvir essas palavras Jony não pode deixar de levantar uma sobrancelha, espantado pelo que a jovem vampira desejava.

 -- você ainda não esta na época de iniciar os testes para se mudar para a zona do meio –

Os borboletas azuis atuavam de dois modos, se você fizesse trabalhos para eles, você poderia exigir alguma compensação de imediato como sangue, favores e até mesmo conseguir vencer algumas lutas arranjadas.

Porém havia outra maneira, você poderia acumular favores para poder troca-los, muitos usavam esses favores para se entupirem de sangue antes da grande luta que decidiria se entrariam ou não na cidade o meio.

 Ou vezes eram forçados a utiliza-los quando estavam com muitos problemas, apenas algumas conversas com os borboletas poderia terminar problemas com guardas ou até mesmo se tivesse acumulado muitos favores poderia conseguir se mudar para uma boa casa dentro e uma das maiores construções das favelas.

-- é para outra coisa –

-- esta bem, o que você precisa ?—Jony não podia eixar e se assustar ao mesmo tempo em que se sentia intrigado pela seriedade presentes no rosto de Chloe.

--Preciso de um dos trajes de proteção, que a guarda usa para poder sair durante o dia.—

-- VOCÊ ESTA MALUCA – Assim que gritou Jony imediatamente olhava para os lados rezando para que ninguém tivesse notado o quanto havia se exaltado. – Você esta maluca – Falava Jony agora num tom mais calmo.

-- Eu vou dar o fora dessa cidade e merda— Dizia Chloe ainda mais baixo com medo que alguém viesse ver o que eles estavam fazendo.

-- Você não vai durar um minuto do lado de fora com as criaturas que rondam aquela merda—

-- eu tenho um plano esta legal. Eu fiz muita merda para vocês, para não me deverem isso. Quase perdi meu braço – Chloe apontava  para o braço direito—você sabe quanto tempo fiquei presa no esconderijo do Lirian, eu quase fui a loucura lá dentro. --  

-- Você não precisava ter aceitado o acordo—

-- E vocês me garantiam que seria seguro! Nunca disseram que eu podia ser capturada pela porra de um psicopata! –

Um suspiro escapava pelos lábios de Jony, não era tão difícil substituir uma roupa de proteção, apenas precisava dizer que a roupa havia sido danificada, como muitas vezes acontecia ou que tinha vindo com defeito.  Mas ainda assim...

Jony sabia que sair da cidade era quase uma sentença de morte, e Chloe havia sido como uma filha para ele desde o dia em que tentara recruta-la para os borboletas azuis. Ela era jovem destemida e odiava qualquer um que tentasse formar gangues para dominar qualquer uma das zonas bairros ou ruas das favelas.

-- Você vai acabar se matando.— Dizia Jony em um suspiro.

-- Pelo menos será uma morte que eu escolhi, e não uma vida de morte que me foi imposta por velhos reis que apenas me vem como um instrumento para uma futura guerra, que pode nunca vir a acontecer. –

Mais uma vez Jony, olhava para os olhos de Chloe. Ela estava determinada, e se as coisas continuassem assim, ela iria para fora com ou sem o traje.

“Talvez isso não seja a pior coisa o mundo, se ela viver tempo suficiente talvez as drogas saiam do seu organismo” – O punho de Jony se apertou embaixo da mesa ao lembrar das ordens que os mais velhos haviam dado.

Não importa o quantos estejam entre os borboletas azuis, ainda não haviam números para acabar com a guerra que haveria se espalhassem a verdade sobre as drogas que eram misturadas entre o sangue falso que era dado para os moradores da favelas.

Finalmente Jony havia cedido, seus se fechavam enquanto um suspiro escapava de seu peito, por um lado ela estava certa, seria melhor morrer buscando um objetivo do que morrer vivendo uma vida que sempre odiou. 

-- Prometa que vai ficar viva?—

Por um segundo Chloe pode notar todo o carinho havia tio por ela desde o momento que a recrutou, porém isso foi apenas por um instante.  Logo seus olhos outra hora tão cheios de vida e carinho, voltaram a ficar frios com a mesma centelha de ódio alimentada pelas lembranças de tudo aquilo que as favelas e os reis lhe haviam arrancado.

-- Ficarei—

Chloe já havia se acostumado com tal chama, não importa quem fosse ou quem estivesse la dentro, todos ardiam e trabalhavam alimentados por um único motivo, ódio.

Não importa quanto os dias passem, quantas eras levassem, as lembranças ainda permaneceriam as mesmas, a fome, a raiva, os amigos que perderam, a vida de merda a qual foram expostos. Não importava qual fosse o motivo, mesmo aqueles que conseguiam uma vida melhor, ainda sentiam no fundo de seus âmagos, o ódio queimando em suas almas devido a tudo que foram forçados a passar durante os anos que ficaram presos as favelas.


Notas Finais


Por favor gente ç.ç
queria muito alguns comentários me contando o que estão achando


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