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História New Horizon- Hinny e Romione - Sustos, feitiços e conflitos


Escrita por: Dralrs

Notas do Autor


Vamos lá pessoal.
Esse capítulo trata das consequências, as vezes dolorosas, de ouvir conversas atrás das portas, mesmo que por uma boa causa.

Capítulo 9 - Sustos, feitiços e conflitos



Uma semana depois…

Hogwarts- 

Gina e Hermione observavam o fogo crepitante da lareira da sala comunal da Grifinória, que esse dia estava especialmente vazia, cada uma imersa em seus próprios pensamentos. Estavam numa semana cansativa. Gina com vários e vários treinos de quadribol, Hermione com suas obrigações de monitora-chefe. 

Rubi entrou pela janela aberta e piou baixinho ao pousar sobre os ombros de Gina, sobressaltando-a. 

— Rubi! Mais uma cartinha pra gente, Mione! 

Dessa vez parece que é uma carta só pra nós duas.

— Deixe-me ver isso.- Disse com energia, tomando a carta de Gina. 

Ao vê-la, estranhou. 

—É a letra do Rony. 

E abriu para lerem. 

“ Gina, Hermione,

Eu e Harry estamos mandando a carta juntos apenas pra avisar que estamos bem, não se preocupem conosco quando lerem os jornais amanhã. Houve uma confusão no ministério, e estávamos envolvidos nela até o pescoço. Amanhã vocês vão entender.

Estamos com saudades de vocês.

Fiquem bem. 

Ass: Rony e Harry.”


— 'Não se preocupem'! É sério que disseram isso?- Hermione bufou

— Estaria menos preocupada se me dissessem o que aconteceu! "Estamos bem", grande ajuda!- esbravejou Gina, tão nervosa quanto Hermione. 

— Aqueles dois só se metem em confusão! 

As duas foram se deitar, embora nenhuma tenha conseguido dormir de verdade. Mal amanheceu, voaram pro salão pra não perder o correio matinal. Hermione olhava para as torradas a sua frente, incapaz de fazer qualquer coisa com elas. Gina, por outro lado, esvaziava a quarta taça de suco de abóbora e batia os dedos na mesa incansavelmente.

Finalmente, as corujas apareceram, deixando cair um profeta diário em cima de Hermione. 

— Leia em voz alta por favor!- Advertiu Gina. 

— Tá bem! 

Logo na primeira página, uma imagem enorme com três indivíduos amarrados cercados por Aurores, e uma parede destruída no fundo. 

Tentando ignorar o medo que sentia ao não ver Harry e Rony na imagem, começou a ler. 

“ Plano obscuro de depor Kingsley resulta em duelo triplo nos corredores do ministério!

 Os jovens Aurores Harry Potter e Ronald Weasley, famosos por derrotarem o Lord das Trevas e atualmente professores de defesa pessoal contra Artes das Trevas, descobriram um audacioso plano de Crowerd, chefe do departamento de Cooperação Internacional em Magia, para depor o atual Ministro da Magia Kingsley Shacklebolt. 

Os aurores escutaram dois comparsas de Crowerd conversando há alguns dias e descobriram que seriam postos sob maldição Imperius para despistar e dopar o ministro, pra que seus fios de cabelo fossem usados em poção polissuco, transformando Crowerd no duplo de Kingsley. A ideia era manter o ministro dominado com a Imperius e Crowerd agir em nome dele, tomando medidas impopulares até que finalmente fosse deposto, quando então pretendia matar Kingsley fazendo parecer acidental e lançar sua candidatura a Ministro da Magia. Entretanto, seus planos foram frustados. Com a ajuda do chefe de Departamento de Tecnologia dos Trouxas, Arthur Weasley, e seu subordinado Dougal McField, emboscaram os comparsas de Crowerd no momento exato em que se preparavam pra lançar as maldições nos jovens, ontem pela manhã. 

Teve início então um duelo sangrento bem no andar do Ministro da Magia, que por pouco escapou de um Avada Kedrava de Crowerd. Como um autor experiente que é entretanto, Kingsley o derrotou com facilidade. 

O Auror Ronald Weasley foi atingido por um sectumsempra, mas um experiente bruxo que estava por perto o socorreu imediatamente, impedindo que sangrasse até a morte. Nossas fontes não revelaram o nome desse bruxo. Já o Auror Potter, foi atingido pela maldição Cruciatus lançada por um dos capangas, que só foi interrompida com a chegada de Kingsley na cena de batalha alguns minutos depois. 

Os jovens aurores foram admitidos no Saint Mungus e passaram essa noite em observação, mas seu estado de saúde é estável, devendo receber alta logo mais. 

Crowerd e os comparsas foram levados à Azkaban em prisão perpétua, sem direito a julgamento, por usar maldições imperdoáveis e atentar contra a vida do ministro. 

Procurado pela reportagem, Arthur Weasley explicou como os garotos descobriram o plano, e disse que quaisquer outras informações seriam esclarecidas pelo Ministro em pessoa.

Esperamos o pronunciamento do Ministro da Magia sobre o caso, o que acontecerá ainda essa tarde e claro, será noticiado no profeta de amanhã. 

Até lá. 

Att. Bethany Dillon, correspondente do Profeta Diário.”


Hermione tirou os olhos do Jornal e olhou trêmula para Gina, que estava da cor de um copo de leite. As duas sequer se moviam. 

Hermione foi quem falou primeiro:

— Gina, aulas são importantes, mas eu preciso ver Harry e Rony, saber que estão bem!

— Eu também. Tô com o coração apertado. Rony quase foi morto. E AINDA TEM A AUDÁCIA DE MANDAR A GENTE FICAR CALMA!! E O OUTRO, SÓ LEVOU UMA MALDIÇÃO IMPERDOÁVEL, MAS TÃO SUPER BEM!

— CALMA GINA! Vem, vamos falar com a prof. McGonagall. 

 Por sorte àquela hora, Minerva estava saindo de seu escritório para almoçar quando as garotas se aproximavam da Gárgula de Pedra. 

— Professora McGonagall!- Hermione a chamou. 

— Meninas, porque estão nesse estado? Vocês estão mais brancas que as barbas de Dumbledore e tremendo. O que aconteceu? 

— Meu irmão quase foi morto no ministério, e Harry levou um Crucio.- Gina disse, arrancando os jornais da mão de Hermione e mostrando à diretora, que também terminou a leitura da matéria pálida e estupefata. 

— Venham pra minha sala. Vou tentar falar com Molly. 

As garotas entraram na sala circular da diretoria. Os retratos atrás do gabinete estavam todos atentos. Dumbledore assustou as garotas ao perguntar: 

— Aconteceu algo com Harry e o jovem Weasley, Minerva? 

— Sim, Alvo. Parece que houve um duelo no ministério e eles impediram um ataque ao Ministro da Magia, embora tenham se machucado no caminho. Mas parece que já estão melhor. De qualquer maneira, vou mandar um patrono à Molly. Ela deve estar com os garotos no hospital, e mandar as meninas até lá para visitá-los. 

Em instantes, o patrono de Minerva se foi, e a diretora fez sinal que elas se sentassem até que Molly respondesse. 

Não levou mais que dez minutos, Molly enviou um patrono falante com a resposta: 

Minerva, obrigada pela preocupação. Harry e Rony estão bem, foi só um susto. Mande as meninas pra cá. Vamos ficar no hospital até de tarde pra receberem alta. Não se desesperem meus amores. Eles estão vivos e consicentes

Gina e Hermione pareciam pregadas no chão. O alívio que desejavam não veio nem mesmo com a voz acolhedora de Molly.

— Ora Gina,Hermione, vocês a ouviram. Eles vão ficar bem, agora se controlem e venham aqui. 

Minerva se levantou, pegou um peso de papel em forma de gato de sua mesinha, e criou uma chave de portal com ele:

Portus!

Ele imediatamente ficou coberto por uma luz azul tremulante. 

— Vão, segurem-no depressa. Durmam lá e voltem amanhã de manhã pela minha lareira. E diga aos garotos para terem mais cuidado, por favor! 

— Obrigada professora!- as duas gritaram em uníssono antes de desaparecer. 


Hospital Saint Mungus


Molly estava com os garotos na enfermaria do Saint Mungus. Estavam bem agora, mas ela ainda estava assustada. As últimas 24h tinham sido de pura agonia. Harry e Rony cochilavam enquanto Molly andava de lá pra cá entre as duas camas, ora murmurando alguma coisa, ora olhando pra porta pra ver se via Gina e Hermione chegando. 

— Ah, até que enfim!- Molly correu a abraçar Gina e Hermione. Gina correu pra cama de Rony, e sentiu as pernas fracas ao vê-lo enfaixado no peito. Não fosse sua mãe segurá-la teria caído. Olhou então pra Harry, que embora não tivesse tido cortes aparentava estar bem machucado também. 

Afundou o rosto no peito da mãe. Pela primeira vez, nos braços de Molly, Gina se acalmou um pouco. 

Hermione se sentou ao lado de Rony, as lágrimas caindo sobre a testa do namorado enquanto passava a mão nos seus cabelos ruivos. Gina, abraçada com a Sra Weasley, perguntou: 

— Eles estão bem mesmo?

— Sim minha menina, só estão cansados. Daqui a pouco acordam. Já está quase na hora da poção de Repor Sangue do seu irmão. E Harry logo logo vai tomar sua poção pra dor. 

— Ficamos tão assustadas Sra Weasley. Os meninos mandaram uma carta falando que ia sair uma notícia sobre uma confusão no ministério, e que estavam no meio, mas jamais íamos pensar que estavam feridos.

—  E papai? Se feriu também?

— Apenas arranhões. Já está trabalhando normalmente. Rum! Aquele sim está encrencado comigo. Saber que os meninos corriam risco e não me contar, e tentar enfrentar três homens perigosos com 3 crianças do lado?

— Mas mãe, ninguém pode impedir esses dois. Você sabe disso. Eles nunca correm do perigo. Jamais deixariam de lutar junto com papai, independente do tanto de 'adultos' que tivessem lá. Você lembra da batalha no departamento de mistérios. Todos lutamos até sermos derrotados. 

Molly não respondeu. 

—Her..Mione..

Rony começava a acordar, abrindo os olhos e fechando várias vezes. Ao ver que não imaginara o cheiro de Hermione e que ela realmente estava ali, abriu um sorriso fraquinho. 

— Oi. 

— Oi Sr Ronald Billius Weasley? Sério isso? Você quase morre, manda uma carta pedindo pra não nos preocuparmos e nos deixa saber, só um dia depois que levou um Sectumsempra? E tudo o que me diz é oi?- Hermione falou, furiosa. Gina olhou pra Sra Weasley, que assim como ela segurava o riso. 

— Desculpe, não quisemos preocupar vocês.

— É, mas não funcionou. Ficamos desesperadas- disse Gina, se levantando e indo até o irmão. 

Nesse momento, Harry acordou, um pouco confuso. Ainda se sentia mais dolorido do que já tinha estado na vida. Parecia que suas entranhas ainda queimavam com o crucio. Mas ao olhar para o lado, sorriu: 

— Gina, Mione, que bom que estão aqui.

Gina correu abraçar o namorado, soluçando em seu ombro, deixando fluir as lágrimas que já não conseguia segurar. 

— Vocês precisam parar de nos assustar desse jeito!- disse Hermione, ainda zangada. 

— Desculpe. Mas mandamos a carta avisando que estávamos bem. 

— Acontece- disse Gina limpando os olhos- que é muito difícil acreditar nisso depois de ler que seu namorado foi cruciado e seu irmão cortado com Sectumsempra. 

— Se não fosse Malfoy não estaria aqui. 

— QUÊ?!- Gina e Hermione gritaram ao mesmo tempo.

— Shiu! Falem baixo meninas! Isso é um hospital, não a sala de casa. Rony, conte tudo a elas ou não vão sossegar.- ordenou a Sra Weasley.

— Tudo começou na véspera de dia das bruxas… 

E Rony contou tudo que havia acontecido na última semana…


Ministério da Magia- Londres- 5 dias antes. 

 

Harry e Rony saíram das sessões de treinamento e foram direto à sala do Sr Weasley. 

— E então, meninos, descobriram mais alguma coisa ontem?

— Sim Sr Weasley, eles estão pretendendo usar a reunião de Kingsley com os aurores daqui a 4 dias, para emboscar nós dois. Como a reunião é no andar do gabinete do ministro, querem nos tentar pegar antes que desçamos do elevador. Como teoricamente nós não os conhecemos, poderiam nos atacar com facilidade no elevador e não resistiriamos. 

— Enquanto isso Crowerd vai estar escondido no Almoxarifado esperando eu e Harry 'atacarmos' o Ministro. 

— Covardes!- disse o Sr Weasley, dando um soco na mesa.

— A vantagem é que sabemos quem eles são e o que pretendem fazer,e eles não sabem disso. 

— Exato, Rony. Vamos armar uma emboscada para eles. Eu e Dougal vamos nos unir a vocês e pegar o elevador, impedindo que ataque vocês na nossa frente. 

Então, quando chegarmos todos ao Nível 1, saímos e você e Rony lutam com Ruckwolt e Thors, enquanto eu procuro Crowerd e dou uma lição a ele com a ajuda de Dougal. Mas pra que ninguém se machuque precisamos espantar as pessoas dos corredores do Nível 1. 

— Isso é fácil- Sorriu Rony. Usamos o mesmo que Harry usou pra despistar os funcionários da Umbridge ano passado- Rony tirou um detonador chamariz do bolso, respondendo à pergunta muda do Sr Weasley. 

— Ótimo garotos!

Os dias se passaram e Harry e Rony foram tensos para o trabalho, bem como o Sr Weasley. Os três chegaram ao ministério aparatando, e, como se nada fosse acontecer, Arthur se separou dos garotos, que foram direto ao Nível 2, no quartel-general, para estarem pelo menos de corpo presente no treino. 

Quando chefe do esquadrão dos Aurores finalmente apitou o fim do treino e pediu que todos descessem até o Nível 1 para uma conversa com Kingsley, os dois se entreolharam, e com cautela se dirigiram ao elevador, onde para o alívio dos dois, Sr Weasley e seu acessor já estavam presentes, assim como os dois comparsas de Crowerd. Ao menos a primeira parte do plano dera certo. Thors e Ruckwolt, por outro lado, pareciam furiosos, olhando feio para o Sr Weasley, não conseguindo disfarçar o quanto gostariam que ele não estivesse ali enquanto tentava amaldiçoar o filho e o genro dele. Os dois se entreolharam, confusos, sem saber como atacariam sem que mais ninguém percebesse. 

Esperando que o nível 1 estivesse muito cheio e ninguém fosse reparar, decidiram atacar quando o elevador abrisse. Mas, tão logo pisaram no andar, Sr Weasley e seu assistente passaram reto, e Harry e Rony soltaram os detonadores-chamariz, fazendo um estardalhaço de furar os tímpanos. 

Desorientados com o barulho, os vários aurores que ali estavam correram pros elevadores, evacuando o local, e na correria, os capangas perderam os alvos de vista. 

— Nos procurando?- Rony perguntou num sorriso irônico enquanto surgia com a cabeça acima de uma mesa. 

— Sabemos quem são e o que querem. Desistam, não vão nos pegar!- completou Harry. 

— Ataca esses moleques!

Nesse momento, um barulho de vidro quebrando fez os quatro olharem pro lado. Sr Weasley e Dougal vinham duelando com Crowerd, jorros de luz verde e vermelha ricocheteando nas paredes e atingindo quadros, objetos, plantas, e tudo mais. 

Sem perder tempo, Thors e Ruckwolt atacaram os garotos, que rolando para trás da mesa escaparam por um triz de dois feitiços, um deles tendo feito a ponta da mesa virar poeira. 

Com cuidado, Rony se rastejou atrás de uma pilastra, atingindo em cheio Thors com um Impedimenta. Ruckwolt, após escapar de um Tarantallegra de Harry, mirou um crucio em Rony, que passou a milímetros da orelha do garoto. 

Thors se libertou e voltou à luta, os quatro duelantes nervosos demais pra acertar os feitiços nos alvos. 

Até que, ao ouvirem um grito do Sr Weasley após ele bater com força na parede, os meninos se distrairam e olharam para o lado. 

Sem perder tempo, Thors mirou um feitiço em Rony:

Sectumsempra

Dessa vez, preocupado com o pai, Rony não conseguiu se desviar. 

Foi atingido por três facas invisíveis, o sangue espirrando por todo lado. 

— NAAAAAAAAAAAAAAÃOOOOO!- Harry gritou enquanto se desviava de um dos feitiços e tentava correr até Rony. Foi então, que, sem se preocupar em se abaixar, Ruckwolt mira em Harry uma Maldição Cruciatus. 

O raio vermelho o atinge nas costas, e é o suficiente pra derrubá-lo. 

Caído, Harry se debatia: 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH  

Thors e Ruckwolt, riram satisfeitos, se revezando para mandar Crucio sucessivamente em Harry. 

Os gritos de Harry, agoniantes, fizeram com que o ministro, até então na sua sala conversando com Draco Malfoy, saísse para ver o que acontecia. 

Imediatamente, ao ver que Rony se esvaía em Sangue, Draco sacou sua varinha:

Protego!

Lançou um Protego em torno de Harry e Rony e de si próprio, correndo até Rony primeiro. 

— Desgraçados!- Draco berrou quando um feitiço quase o atingiu quando seu feitiço escudo se desfez. 

Se desviando dos vários raios de feitiços, finalmente ele alcançou Rony, murmurando rapidamente os contra-feitiços que permitiram a Snape salvar sua vida dois anos antes após o duelo com Harry. 

 Enquanto isso, Kingsley alternava entre atacar Crowerd, se desviar de seus feitiços, e tentar acertar os capangas que até segundos atrás continuavam se alternando pra torturar Harry. 

Estupefaça!- berrou Kingsley. 

 Enfim, o feitiço atingiu os alvos, então ele pode voltar a ajudar Dougal a duelar com Crowerd, enquanto Sr Weasley começava a recobrar a consciência.

Apanhando sua varinha ao seu lado, Arthur já ia voltar a atacar Crowerd, porém ao olhar pro lado,vendo que Harry e Rony estavam desacordados, Arthur correu até eles. Se deseperou ao ver Rony banhado em Sangue.

— Draco, o que aconteceu? 

— Sectumsempra. Já fechei os cortes. Mas ele perdeu muito sangue. Meu mestre medibruxo deve estar aqui a qualquer instante. 

— Ele vai viver?- Gritou o Sr Weasley, sacudindo Draco. 

— Sim, só precisa de sangue. 

Sr Weasley enxugou as lágrimas misturadas ao suor e correu até Harry, desacordado. 

— Harry, vamos lá, acorde..

— Hummm..  Harry murmurava fracamente.- Do..dor. 

Sr Weasley, entendendo que se tratava de um crucio, o tranquilizou: 

— já vamos te levar pro Hospital. Aguente firme Harry. 

Nesse momento, os demais aurores vinham descendo pelo ministério, certamente alertados pelo barulho que vinha do andar inferior. 

Enquanto O Sr Weasley e Draco levavam Harry e Rony pra longe da cena de batalha, os Aurores lançaram cordas nos comparsas de Crowerd, que a essa altura tinha deixado Dougal inconsciente, e duelava apenas com Kingsley.

— Então você queria que meu governo terminasse antes mesmo de começar, seu covarde?!- Kingsley berrava furioso, enquanto se desviava dos feitiços. O homem o havia interrogado sobre o que estava acontecendo enquanto atacava e se defendia. 

— Era pra ter sido eu! E depois que me passasse por você ia te matar. Mas pensando bem, já que está aqui na minha frente, te mato agora mesmo. AVADA KEDRAVA!!! 

O raio de luz verde bateu na parede atrás de Kingsley, abrindo um buraco. A maldição não o atingira por milímetros. 

— Já chega seu desgraçado!- Berrou Kingsley e outros 3 Aurores ao mesmo tempo, atingindo em cheio o peito de Crowerd com um quádruplo Estupefaça, fazendo-o cair desacordado. 

Rapidamente, foi amarrado com cordas junto aos outros dois, suas varinhas arrancadas. 

Em poucos minutos, três macas chegaram, levando Dougal, Harry e Rony ao hospital. O Sr Weasley, que tinha apenas alguns cortes menores mas estava bem consciente, foi atendido ali mesmo. 

— Arthur, vá com os garotos. Eu aviso Molly pra encontrar com vocês. Vou até a Toca via flu. 

— Obrigada Kingsley.- abraçando o amigo. 

— É o mínimo que posso fazer depois de vocês salvarem minha vida.- Sr Weasley piscou pra ele, à guisa de 'não foi nada'. 


Assim fazendo, Kingsley voltou a sua sala, dirigiu-se à lareira, e pegando o pozinho verde, entrou nas chamas e gritou: A Toca! 

Kingsley sentiu-se girando, e em segundos, avistou a sala da Toca, saindo da lareira com cuidado para não espalhar cinzas pelo carpete.

A Sra Weasley, que ao ouvir o barulho vindo da lareira vinha correndo com uma caneca na mão, deixou-a cair ao ver quem era a visita, dando um pulo.

— Ministro, o que faz aqui?

— Desculpe a invasão de domicílio. Houve um combate no ministério. Rony, Harry e seu marido acabam de salvar meu mandato e minha vida.- disse Kingsley calmamente, andando até Molly e segurando em seu ombro. 

— Onde eles estão?- Molly perguntava já sentindo que sabia a resposta. 

— Os meninos se feriram no duelo, Arthur apenas arranhões, mas Arthur já foi com eles ao St Mungus. Não se preocupem, estão feridos porém vivos. 

Molly desabou nos braços de Kingsley, chorando num misto de preocupação e alívio, ao olhar para o relógio e ver que nesse momento, nenhum dos dois corria ' Perigo Mortal'. 

Quando se acalmou, Molly agradeceu ao Ministro, e tão logo ele desapareceu nas chamas, Molly aparatou para o hospital. 

Correndo à recepção, Molly perguntou pelos garotos: 

— Ronald Weasley e Harry Potter, por favor, onde estão? 

A secretária a olhou com cara de desinteresse, e calmamente, enquanto lixhava as unhas, disse que se encontravam na enfermaria de danos causados por feitiços, no 4º andar. Molly correu para os elevadores. Na ansiedade para subir, quase esmagou o botão dos elevadores. 

— Ah, Arthur, finalmente!- Disse Molly ao chegar à sala de espera da enfermaria e encontrar o Sr Weasley. 

Abraçou-se com o marido, olhando seus arranhões. 

— Ah querido, como estão os meninos? Porque não estamos com eles? 

— Os médicos estão os examinando e tratando ainda, não me deixaram entrar.

— Mas como eles foram feridos? Kingsley brotou na nossa lareira falando sobre vocês terem salvo a vida e o mandato dele. Não estou entendendo nada! 

— Seguinte querida, na véspera do dia das Bruxas…- o Sr Weasley contou a ela toda a história, o plano contra Kingsley, e a solução que encontraram. 

— Genial! Realmente fantástico seu plano Arthur, e será que não pensou nem em um minuto que era má ideia colocar crianças no seu plano? 

— Não tão crianças, querida. 

— Arthur Weasley, aqueles dois acabaram de sair das fraldas. Não têm experiência suficiente pra sair duelando por aí. E você não discuta comigo! 

Se dando por vencido, Arthur apenas ficou abraçado com a mulher. Após mais alguns agoniantes minutos de espera, Molly e Arthur puderam entrar para ver os garotos. 

Fora apenas um susto. Rony precisaria de um pouco mais de cuidados por conta da perda de sangue, mas também ficaria bem. 

Molly pegou uma cadeira e a colocou entre as duas camas. Depositando um beijo molhado de lágrimas na testa de cada um, se sentou, exausta. 

Mais à noite, ao acordarem,Harry e Rony se desculparam com a Sra Weasley pelo susto que deram em todos e perguntaram pelas namoradas. 

— Não as avisamos ainda. Achamos que podem ficar assustadas. 

— Vão ficar mais assustadas se não souberem o que aconteceu e virem no jornal amanhã. Mione assinou o jornal de novo. 

— Rony tem razão, Sra Weasley. Melhor escrevermos pra elas. 

— Tá bem, acho que tenho um pedaço de pergaminho e uma pena na bolsa. 

Quando ela voltou com o papel e a pena, Rony se sentou na cama, mesmo fraco, e preferiu que ele escrevesse. Colocaram um apoio, e discutiram o que escrever. 

Mas só disseram que estavam bem. Não entraram em detalhes pra não as preocuparem mais. 

Depois, explicaram para Molly que Draco Malfoy havia salvado Rony. O sonserino, antigo desafeto dos garotos, era agora um aprendiz de medbruxaria. 

Ele foi com o professor medibruxo explicar ao casal Weasley o tratamento dos garotos, e que teriam que passar a noite ali. 

Molly resolveu passar a noite no hospital com os garotos, enquanto Sr Weasley voltava pra Toca e avisava a todos que eles estavam bem. 

[...] 

— Então foi isso Mione.- disse Rony em tom conclusivo. Essa é a história de como Draco salvou minha vida após termos impedido a morte de Kingsley. 

As garotas estavam, se é que é possível, ainda mais pálidas. 

— Ei, estamos bem, não fiquem assim- Disse Harry, vendo que as garotas ainda estavam assustadas. 

— Por favor, me prometam que vão parar de se meter em confusão!

— Difícil prometer isso sendo eu, Gina- acrescentou Harry com um meio sorriso. 

— Mudando de assunto. Só tem uma coisa que não entendi. O que Draco queria com o Ministro da Magia? 

— Ele foi pedir autorização para visitar o pai em Azkaban. 

— E precisa disso? Achei que era só ir lá uma vez ao mês…

— Kingsley mudou isso. Comensais da morte só podem ser visitados uma vez a cada seis meses, em data previamente combinada, e escoltados por um batalhão de autores. Pra evitar qualquer plano de fuga. 

— Faz sentido. Kingsley é um ótimo ministro, difícil acreditar que não o queriam lá! 

...

Os garotos foram liberados para voltar pra casa por volta das 16h, o que fizeram felizes acompanhados das namoradas e do casal Weasley. 

Com um delicioso jantar de comemoração, que devoraram com três pratos cada, eles foram dormir tranquilos na Toca após ganharem chamego das meninas, e ao amanhecer se despediram delas vendo-as desaparecer na lareira, esperando que dias mais tranquilos viessem por aí. 





































Notas Finais


E aí pessoal?
Desculpem, o coração de vocês ficou apertado, eu sei. O meu também, quando tava escrevendo.
Mas no fim deu tudo certo mais uma vez.
Que será que vai acontecer depois dessa lambança toda no Ministério?
Perdoe-me por qualquer erro de digitação. Por mais que revise, pode ficar alguma coisa.
Até a próxima!


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