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História New Life - I will open my heart


Escrita por: dreamygirlS2

Notas do Autor


Capítulo novinho para vocês!

*Leiam as notas finais*

Capítulo 69 - I will open my heart



~~~~ Melissa ~~~~
As últimas semanas haviam sido insuportáveis, eu só conseguia pensar no Felipe e na conversa que tivemos. Sei que ele provavelmente não retribuirá meus sentimentos da forma que eu gostaria e, apesar de sentir como se tivesse tirado um peso das costas ao abrir meu coração, acredito que nossa amizade nunca mais será a mesma.
O almoço com a Carol na quarta - feira  até que tinha me dado um ânimo extra para aguentar alguns dias, só que hoje já é domingo e passei o final de semana inteiro em casa, de pijama, super desanimada. A Gabi bem que tentou me arrastar para passear, porém dei a desculpa de que tinha que estudar para uma prova difícil amanhã, mas a verdade é que eu estava com medo de encontrar o Lipe em algum lugar e não sei se estou preparada para encarar tudo o que ele tem para me dizer.
Depois de um banho, deitei na cama e peguei meu celular, checando algumas conversas, porém, as do meu melhor amigo (se é que ainda posso chamá-lo desse jeito) continuaram sem ser visualizadas. Combinava com o pessoal uma balada na terça - feira para nos despedirmos da Carol, já que ela vai para o Rio de Janeiro na manhã seguinte e volta só para o início das aulas em agosto, quando ouvi algumas batidas na porta do quarto e logo gritei um "entra" para quem quer que fosse.
- Oi, meu amor. - Minha mãe sorriu ao se aproximar. - Seu pai e eu vamos levar o Miguel na casa de um amigo e depois iremos ao cinema, quer nos acompanhar?
- E ficar segurando vela para vocês dois? Estou fora! - Fiz uma careta. 
Meus pais são aquele tipo de casal grudento, que parece viver em uma lua de mel sem fim. São super jovens, não só de idade, como de espírito, frequentam bares e baladas, academia, promovem churrascos para os amigos em casa, vivem se agarrando pelos cantos e criam a mim e meu irmão caçula com certa liberdade.
Começaram a namorar quando minha mãe tinha quatorze anos e, meu pai, quinze e estão juntos desde então. Ela nunca beijou outra boca, ao contrário dele, que já havia ficado com outras garotas antes dela e isso acaba sendo usado por dona Renata como uma carta na manga sempre que quer convencê - lo a fazer algo. Acabaram se casando aos dezoito, por livre e espontânea vontade, mesmo sem o apoio de ambas as famílias e, quando minha mãe tinha vinte, eu nasci. Nada disso a impediu de cursar faculdade, se formar e ter uma carreira, o que me faz sentir muito orgulho dela e a tenho como um modelo.
- Você que sabe. - Deu de ombros e mostrou a língua. - Vou deixar dinheiro em cima da mesa, pede algo para jantar quando tiver fome.
- Pode deixar, obrigada! 
Assim que minha mãe saiu do quarto, deixei o celular conectado ao carregador em cima do criado mudo ao lado da cama e peguei meu notebook, iria aproveitar o silêncio na casa para colocar minhas séries em dia. Enquanto o aparelho ligava, fui até a cozinha, coloquei um pacote de pipoca no microondas e peguei os ingredientes para fazer brigadeiro, quem sabe esse monte de comida não me fizesse esquecer de toda essa loucura que está a minha vida. Com as guloseimas prontas e um copo de refrigerante, voltei para o quarto e acomodei tudo ao meu redor na cama.
Optei por Grey's Anatomy, uma vez que precisava de um motivo para chorar que não fosse relacionado à minha vida amorosa. Objetivo atingido com sucesso, pois, antes mesmo dos primeiros dez minutos, meus olhos já estavam vermelhos e inchados e precisei pausar o episódio e ir até o banheiro, que ficava no corredor, pegar um rolo de papel higiênico. Voltando para meu cômodo, escutei a campainha tocar e estranhei, não havia pedido comida e nem esperava por ninguém, mas achei melhor verificar, poderia ser algo urgente. 
Ao abrir a porta do apartamento, me deparei com Felipe, ele usava roupas de treino, mas não estava soado, o que indicava que não tinha feito exercícios. Na mão esquerda, segurava o celular e, na direita, o fone de ouvido enrolado e me encarava com um sorriso sem graça no rosto. Eu estava tão perplexa com a presença dele que não consegui dizer nada, apenas mantive minha boca aberta em sinal de espanto.
- Oi... Encontrei seus pais saindo no portão do prédio e eles autorizaram a minha entrada. - Lipe disse e eu assenti com a cabeça. - Posso entrar? - Perguntou alguns segundos depois e coçou a nuca.
Dei espaço para que ele passasse e, assim que o fez, tranquei a porta. Antes de me virar, respirei fundo de olhos fechados e tentei colocar um sorriso no rosto, mas me lembrei que vestia pijama e provavelmente meu rosto se parecia com o de um zumbi, o que me desesperou.
- Senta aí, fica a vontade, já volto! - Disparei sem encará-lo e corri para meu quarto.
Arranquei a roupa em uma velocidade recorde e abri a porta do armário, procurando algo melhor para usar. Como estava frio, optei por calça jeans escura e um moletom cinza claro com vários trevos de quatro folhas estampados, na esperança de que isso me trouxesse sorte. Soltei o cabelo que estava preso em um rabo de cavalo e me olhei no espelho, suspirando frustrada em seguida. Já tive dias melhores mas, infelizmente, era o que podia ser feito no momento.
Retornei para a sala tentando controlar a respiração e as batidas do meu coração, que teimavam em seguir descompaçadas. Felipe se encontrava apoiado na mesa, olhando para o chão e deu um pulo quando percebeu minha presença.
- A que devo a honra da sua visita? - Perguntei me sentando no sofá e fiz sinal para que ele me acompanhasse. 
- Faz semanas que você ignora minhas mensagens e ligações... Queria saber o que está acontecendo...
- Hummm... nada demais, só tenho estudado muito, sabe como é, né? Provas finais e tal... - Tentei parecer despreocupada. 
- Você vai mesmo fingir que não aconteceu nada? - Me olhou com a sobrancelha arqueada.
- Como assim? - Me fiz de desentendida, mas sabia muito bem do que Lipe estava falando, só não queria conversar sobre o assunto.
- Te conheço há mais de quinze anos, sei quando você quer fugir de uma situação, não tenta me enrolar. - Lipe disse e eu revirei os olhos.
- Ok, vamos lá, o que quer que eu diga? - Soei um pouco ríspida. 
- Acha que pode me dizer tudo aquilo, sair correndo sem me dar explicações e ainda continuar vivendo normalmente, como se eu não existisse? 
- Para de drama, Felipe! Eu estava bêbada, nem lembro direito o que te falei. - Me levantei e fui até a cozinha para que ele não visse a palavra "mentirosa" estampada na minha testa.
- Bêbada, Melissa?! Era hora do almoço e você tinha acabado de apresentar um trabalho! 

FLASHBACK ON
- E aí, vamos comer no restaurante por quilo mesmo? - Lipe perguntou depois de nos encontrarmos em frente a biblioteca.

- Tanto faz. - Dei de ombros.P

Provavelmente o garoto estranhou minha atitude, uma vez que sou eu quem sempre quer escolher onde vamos fazer nossas refeições todas as terças e quintas - feiras.

- E se for sorvete? - Sugeriu sorridente, acho que tentando me animar.
- Estou sem fome. 
- O que tem de errado com você hoje, Mel? - Ele franziu o cenho.
- Nada...
- Quer conversar? 
Respirei fundo várias vezes. Guardar todo aquele sentimento dentro de mim estava me corroendo por dentro, não aguentava mais esconder isso do meu melhor amigo. Peguei então na mão dele, o puxei até uma área mais afastada, no jardim próximo à saída do campus e nos sentamos em um dos bancos por ali.
- Melissa, me diz logo o que está acontecendo!
Não conseguiria abrir meu coração encarando seus olhos, seria difícil demais para mim, por esse motivo, foquei meu olhar no chaveiro do Thor que eu tinha pendurado da mochila que carregava e comecei a mexer no mesmo.
- A gente é amigo desde que me entendo por gente. Em todos os momentos da minha vida, você estava presente, desde os mais legais até os mais tristes e isso significa muito para mim. - Comecei.
- É para isso que servem os amigos, não é mesmo? - Ele sorriu e me abraçou de lado.
- Acontece que de uns tempos para cá, meus sentimentos por você mudaram...
- O que está querendo dizer com isso? Que nossa amizade acabou? - Questionou confuso.
- Lipe, me deixa terminar o que tenho para dizer antes que eu perca a coragem... - O mesmo assentiu com a cabeça. - Comecei a te enxergar com outros olhos, a ter um carinho diferente por ti e tudo isso se intensificou depois do nosso beijo naquela balada de Carnaval. Eu lutei contra isso, tentei ignorar todos os arrepios que eu sentia quando chegava perto de você ou o ciúmes quando te via com outra garota, mas infelizmente a gente não manda no coração. - Fiz uma pausa. - Caso não tenha ficado claro, estou tentando dizer que sou completamente apaixonada por você. - Fechei meus olhos com força.
- Mel... - Lipe quebrou o silêncio que parecia ter durado uma eternidade e pegou na minha mão. - Eu... Não...
Uma crise de desespero tomou conta de mim, meu corpo estremeceu, meu coração quase saiu pela boca e, a única reação que tive, foi sair correndo sem nem olhar para trás ou ouvir o que Felipe tinha para dizer.


FLASHBACK OFF


- Vai ver foi isso então, tive um pico de adrenalina após a apresentação do trabalho, sei lá! - Servi dois copos de refrigerante e voltei para sala, entregando um deles para o visitante no sofá.
 


Notas Finais


Amores, gostaria de me desculpar pelo sumiço nos dois últimos domingos! Sabe como é... férias, viagem, acabou não dando tempo de escrever, mas estou de volta!

O que acharam da conversa entre Mel e Lipe? Será que eles vão se entender? E essa balada de despedida da Carol? Me contem suas suposições!

Obrigada por lerem, comentarem e favoritarem! Vocês são demais!

Até domingo,
Beijos


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