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História New security - Im Jaebum - Você tem um cigarro?


Escrita por: yOverthrow

Notas do Autor


IM JAEBUM NARRATION

Capítulo 55 - Você tem um cigarro?


 

Sabia que não era coisa boa quando ele me enviou uma mensagem falando que precisávamos conversar. Já se passavam da meia noite e o homem deveria estar dormindo, ao invés de perambulando por aí em um horário tão tarde como esse.

Mas quem diabos eu era para julgar? Também não conseguia me acalmar, embora fosse por um motivo diferente.

Encarando Nalu dormir ao meu lado esquerdo, soltei um pequeno suspiro inquieto.

Sua respiração era calma e o braço em volta do meu corpo fazia-me pensar em como confiava tão bem em mim. Em como me dera uma chance para ser seu segurança e protegê-la.

Talvez soasse idiota, mas se realmente houvesse anjos neste mundo, ela seria a personificação perfeita de um.

Não somente pela beleza e delicadeza, mas simplesmente pelo jeito de ser.

- Prometi que passaria a noite aqui, mas preciso ir, desculpe - murmurei, tocando suavemente seu cabelo.

A ideia dela estar grávida ainda passava pela minha cabeça e isso me assustava. Não por não querer uma criança, mas porque seria uma preocupação a mais.

Ainda assim, se fosse verdade, quão insano seria? Duas pessoas imaturas tentando cuidar de um recém nascido...

Observei quando ela se mexeu um pouco com o toque, mas não acordou. O sono profundo a impedia disso.

Sorrateiramente, levantei-me da cama e peguei meu blaser do chão, saindo do quarto de relance e caminhando pelo longo corredor.

As luzes estavam apagadas quando entrei no escritório de Holden, mas isso não foi um problema. Em cima da enorme mesa de madeira, o abajur amarelo era o suficiente pra iluminar aquele cômodo mórbido.

O prefeito encontrava-se na varanda quando me aproximei. Os olhos encaravam o céu frio e ele parecia pensativo. Mais que o seu habitual.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei.

Assim que notou minha presença, ele virou-se para mim.

- Você tem um cigarro?

Acenei com a cabeça, dando-lhe um.

Era o penúltimo da minha cartela e mesmo ciente que ele não deveria usar coisas assim tão cedo, não era o momento para repreendê-lo. Ele já tinha Nalu para isso. Eu também.

- Pensei que tivesse parado de fumar.

- Eu tentei - ele sorriu insatisfeito. - Mas é meio impossível quando o mundo começa a cair sob nossa cabeça.

Holden retirou o isqueiro do bolso e acendeu o cigarro. Tragou-o por algum tempo, então voltou a falar, quando já estava na metade:

- Queria tratar alguns assuntos com você e sei que não terei tempo amanhã, por isso o chamei tão tarde.

- Sou todo ouvidos.

- Você já estar ciente, já que é bom nessas coisas, então apenas serei direto: disse a Nalu que não sabia de nada sobre o infeliz incidente, mas eu menti - Holden expôs.

De fato, eu não estava surpreso com isso. No hospital, quando acordou e disse aquelas palavras, senti que algo estava incomodando-o. Que o homem escondia algo.

Mas se não estava disposto a dizer tudo naquele momento, então significava que não era a hora certa.

- E o que aconteceu naquele dia, senhor?

- Eu estava indo encontrar Mark - ele falou e, diferente do hospital, suas palavras pareceram reais. - Tinha um assunto sério a tratar com ele.

Até esse ponto, eu já sabia.

- E foi sem os seus seguranças - contestei o óbvio.

- Sim.

- Mas por que?

- Pode parecer paranóia, mas estava me sentindo estranho perto deles esses dias. Como se ao invés de protegido, estivesse sendo vigiado.

- Não acho que seja paranoia - eu disse.

Para um homem que confiava em todos desconfiar de algo assim, certamente algo estava errado.

- Nós marcamos de nos encontrar no bar que Nalu era acostumada a tocar piano, mas pareceu estranho demais. Por isso o garoto disse que conhecia um lugar. E que poderia ser mais seguro. No final, toda essa droga aconteceu.

- Isso não soou estranho? - indaguei, pensativo. - É quase como...

- Uma emboscada? Não. Conheço aquele garoto desde que estudava com a minha filha, Jaebum. Ele não é uma má pessoa.

Senti vontade de contestar, uma vez que suas atitudes diziam sempre o contrário, mas me mantive calado. Dizer a Holden sobre minhas desconfianças não seria o certo a se fazer no momento.

- Por que ficou tão sério de repente? Aconteceu algo que não sei? - o prefeito retrucou, erguendo uma sobrancelha ao notar meu incômodo.

Enquanto me olhava, recordei-me da festa que Nalu havia ido, o café da manhã com seu pai e o dia no hospital.

Sim, de fato, haviam ocorrido várias coisas, mas era tudo ciúmes. Ou eu esperava que fosse apenas ciúmes.

Já tinha registado seu passado assim que comecei a trabalhar e ele parecia estar ok. Nunca havia sido sido, zero reclamações no colégio e atualmente, o único vício que o matava eram as drogas.

- Não é isso, senhor - disse, ignorando o incômodo. - Eu só quero ter certeza que está em volta de pessoas confiáveis, assim como Nalu. Lidar com política, lidar com a família, é tudo complicado. E o senhor deve saber que até mesmo os mais próximos traem.

O fato é que o prefeito era confiável demais, bom demais, é isso não era tão favorável quanto parecia ser. Pessoas boas tinha grandes tendências a sofrer.

Holden voltou a tragar seu cigarro e a fumaça se espalhou pela varanda, sendo levada lentamente com o vento.

- Eles me seguraram a força quando sai do carro e me bateram, varias e varias vezes. Então perguntaram porque eu estava sendo tão teimoso - o homem falou, com um sorriso amargo. - Usavam máscaras e eram tantos.

- Como conseguiu fugir?

- Eu tinha uma arma comigo. Mas acho que a levaram quando atirei em um deles. Não sei como, mas sinto que não iriam me matar. Estão jogando, Jaebum. Um tipo de jogo que nunca vi na vida e isso assusta como o inferno - o prefeito soltou um suspiro.

Senti a raiva crescer dentro de mim e tentei me controlar com tamanha injustiça. Nada fazia sentido.

Primeiro as cartas, depois o ocorrido em Miami, agora isso? O que aconteceria em seguida? Quem seria o próximo a sofrer consequências horrendas por pura diversão de um desconhecido?

- Ainda assim, o que estava indo falar com ele, senhor? Com Mark. - eu fui direto, porque me sentia apreensivo.

- Era sobre o pai dela - ele respondeu. - O verdadeiro pai dela. Mark falou que tinha algumas pistas, então pensei em dar uma chance.

- Mas como ele sabia disso?

Se o prefeito não havia me contado sobre a identidade da garota, como uma pessoa que não tinha nada haver com ela sabia?

Notei quando Holden de repente ficou apreensivo, como se estivesse numa batalha interna consigo mesmo. Ele não sabia se deveria ou não falar e mesmo curioso, apenas aguardei.

Quando pareceu desistir de se conter ao possível segredo, ele soltou, de um jeito que me pegou completamente desprevenido:

- Porque eles são irmãos.

 

 


Notas Finais


FOGO NO PARQUINHOOOO


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