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História New York - Brooklyn


Escrita por: _Amora_

Notas do Autor


Resultado da maratona de GG Hahaha

Espero que vocês gostem!

Capítulo 1 - Brooklyn


Fanfic / Fanfiction New York - Brooklyn

O sino da porta tilintou o que me fez me desligar dos devaneios. Um grupo entrou e a porta se fechou, eu observei a xícara de café a minha frente, o vento vindo da porta fez com que a sua fumaça se espalhasse, mesmo estando longe da porta o vento me alcançou. Mordisquei o croissant e tomei mais um gole do café, fui terminando o lanche e entrando nos devaneios novamente.

-Já terminou seu intervalo – Recebi meu aviso, com batidinhas leves de dedos na mesa.

-Sim, Sr. Abrams.

Meu chefe era exigente, e estava completamente certo, olhei no relógio dependurado atrás do balcão e fiquei surpresa. Era um bom homem, me deixou cinco minutos de carência esperando que eu me tocasse de voltar ao trabalho sem ele precisar me avisar, como qualquer coisa. Esse item está na minha lista de ano novo para coisas que eu quero fazer ou deixar de fazer.

Juntei minha sujeira e louça suja e levei até a cozinha, passando pelo balcão. A deixei na pia e quase não pude segurar a risada.

-O que faz lavando a louça?

-Pagando minha penitencia – Ele disse e eu o lancei um olhar desconfiado – Quebrei um copo, este é meu castigo.

-Não faz sentido nenhum.

-O que? – Zacky me perguntou.

-Se você quebrou um copo porque te deixar tão próximo da louça.

-Por que não explica isso a ele? – Sugeriu.

-Porque ele me mandaria lavar a louça – Falei obvia – E é muito engraçado te ver aí.

-Ah – Se virou surpreso deixando seu trabalho de lado – Pois saiba que copos quebram, e se isso acontecer na sua bandeja, bem... Não querendo ameaçar.

-Ainda bem que não é uma ameaça, porque não me pôs medo nenhum. Bobão – Terminei e lhe deu uma boa espirrada de água.

-Hey! – Me olhou e reprimiu um xingamento.

-Preciso de funcionários aqui na frente – Ouvi e assim que me virei pude ver um senhor Abrams um tanto irritado pela passagem de pedidos com seus olhos postos em nós.

-Desculpe – Falei já tomando postura e saindo da cozinha.

-Mesa 7.

-Certo.

Observei de longe, ele estava longe das demais mesas onde o acúmulo de pessoas era maior, era a mesa em que eu estava sentada, fui me aproximando já retirando o pano do avental. Encostei ao lado da mesa, pedi licença e terminei ali a limpeza, logo após estar com o bloco de pedidos e caneta a postos o encarei.

-O que deseja?

Ele sorriu e eu desviei o olhar por um instante, como se ele não esperava essa pergunta. Ele levou uma leve surpresa, como se acordasse e ficou um tanto constrangido.

-É... – Começou sem graça e pegou o cardápio a mãos – Bem, o que me recomenda? – Neste momento seu celular que estava em cima da mesa tocou.

-Com licença – Falei e ameacei sair.

-Não – Disse e ignorou a chamada – Posso resolver isso depois – Queria não ter visto, mas acabei reparando. “Hannah” no visor da tela.

-Croissant de queijo.

-Hã?

-Eu recomendo, são uma delicia – Falei sorridente.

-Ah, claro – Soltou – Então me traga dois, e – Começou e correu os olhos pelo cardápio – Um sanduiche de peito de peru e um suco de laranja.

-Ok – Soltei assim que terminei de anotar todo pedido.

Entrei pelo balcão e fiz o pedido a cozinha. Voltei para trás do balcão e procurei alguma mesa para atender ou limpar, mas estava tudo no mais perfeito estado. Observei o garoto da mesa 7, e uma impressão de o conhecer ou tê-lo visto em algum lugar me atingiu. Tentei me lembrar, mas não sou muito boa com feições, ele havia sorrido pra mim, passou que eu poderia o conhecer e nem mesmo o cumprimentei. O que seria uma falta de educação, porém ele também não me disse nada, então não devo me preocupar. A campainha soou atrás de mim e eu peguei o pedido colocando rapidamente na bandeja e levando até ele.

-Dois croissants de queijo, um sanduiche de peito de peru e um suco de laranja.

-Ok, muito obrigado – Ele agradeceu e eu sai.

Atendi mais algumas mesas, acertei a conta em outras, saí e voltei para o balcão várias vezes. Quando consegui um tempinho livre me peguei olhando para mesa dele, pude ouvi seu celular tocando mais três vezes – Não que eu estivesse contando – e ele ignorou todas, mal encarava o aparelho e comeu bem vagarosamente. Mesmo quando terminou ficou pensando, por muito tempo, em um devaneio profundo.

-Hey! – Sr. Abrams me chamou, me assustei e acabei derrubando um copo repleto de suco.

-Ah! – Soltei assustada – Desculpe, eu, desculpe.

-Só ia pedir pra pegar os canudos, mas bem, limpe isso.

-Claro – Falei envergonhada.

-Muito obrigado – Falou e saiu para terminar de atender.

Rapidamente fui pegar o pano para me livrar da bagunça, vi o rapaz da mesa 7 levantar a mão para pedir a conta, chamei Ben que estava do outro lado do balcão e pedi para que ele resolvesse.

-A vingança é um prato que se come frio.

Zacky disse, estava a me observar limpando a bagunça que eu fiz e recolhendo os cacos.

-Esta falando de que Zachary? – Perguntei entediada – Não faz nem trinta minutos que você comentou sobre o copo.

-Achei que seria uma boa frase de efeito – Falou e deu de ombros vindo para o balcão.

-Eu tinha água de munição, agora eu tenho cacos de vidro – Disse sugestiva arqueando minha sobrancelha, fazendo minha melhor expressão mafiosa. Ele gargalhou.

-Vim em missão de paz.

-Terminou de lavar a louça? – Perguntei me levantando e jogando os cacos fora.

-Pode resolver isso? – Ben perguntou me apresentando a conta. O encarei sem entender e liguei a torneira para lavar minhas mãos – Ele disse que a conta está errada.

-Deixa que eu resolvo – Peguei a conta em mãos e revisei enquanto caminhava até a mesa, não encontrei nada de errado.

-Aqui está – Ele falou enquanto eu abria para querer pronunciar uma palavra – Fica com o troco.

-Achei que tinha algo para resolver – Disse confusa. Ele se levantou e parou em pé na minha frente.

-Eu só queria que você terminasse meu atendimento – Ele falou e sorriu, então deu as costas e eu fique sem saber como agir, ele então parou e retrocedeu alguns passos.

-Como é seu nome? – Questionou, o que me deixou com menos reação ainda.

 -Irrelevante – Soltei em um quase sussurro. Ele me encarou e quase riu.

-Sou Brian, um prazer, tchau.

E assim foi embora sem olhar para trás novamente, só o sino da porta anunciando sua ida. Isso foi estranho, pensei. Tomei meu rumo e fui para o balcão, Zacky e Ben me esperavam ansiosos para a resolução.

-Ele não reclamou – Disse e eles me encaram mais confusos do que eu estava, se é que é possível – Só pagou e foi embora.

-Como assim? – Eles perguntaram em uníssono.

-E disse que queria ser atendido por mim – Falei o mais enrolado, baixo e rápido possível e como reação eu tive um belo e sonoro...

-HÃ?

-Está resolvido! – Dei por fim – Agora circulando.

-Mas o que você disse?

-Vamos trabalhar!

Saí dali rapidamente para procurar afazeres e me situar.

Passei sem pensar no acontecido durante todo o período do trabalho e só me dei conta do horário quando vi Zacky se livrando do avental ao meu lado. Passou seu cartão e sorridente sugeriu que eu fosse rápido. Passei meu cartão, e fui para o vestiário me agasalhando melhor, o frio lá fora era rigoroso.

Saímos de lá conversando, era um importante dia para nós, o resultado da prova para entrarmos na Millicent, uma das melhores escolas de Nova York sairia hoje, ir pra lá, nem que fosse por esse nosso último ano, nos garantia uma chance melhor para a faculdade, o que era exatamente o motivo para a bolsa. Zacky tentou me convencer do contrário, de que jamais nos encaixaríamos naquele lugar, mas até mesmo ele se convenceu que seria uma boa ideia, visando a faculdade.

-Você vai virar uma patricinha? – Ele perguntou e logo segurou o riso – Ah não, nem devo perguntar.

-Ainda bem que sabe! – Disse irritada.

-É uma afirmação! –Disse e me olhou de canto de olho – Lógico que vai!

-Hey! – O censurei – Eu não tenho a mínima intenção de que isso aconteça! Eu nem quero fazer amizades, só conseguir a entrada para a liga Ivy.

-Então não vai poder me abandonar!

-Eu nunca faria isso – O encarei e sorri – Nem imaginei que essa brincadeira era ciúmes.

-Não é ciúmes! – Ele falou surpreso – Estou só te protegendo daquelas lavagens cerebrais que com certeza elas fariam.

-Oh meu grande herói!

-Você ta cheia de gracinha heim! – Me disse cerrando os olhos fazendo sinal negativo com a cabeça.

Cheguei a minha casa agradecendo por me livrar daquele frio, Zacky entrou logo atrás de mim, quando me livrei dos casacos observei pela janela a fina camada de neve se formar. Fui correndo até meu quarto e Zacky me acompanhou, liguei o computador e rapidamente digitei o site onde seria divulgado o resultado. Esperei ansiosamente e olhava fixamente para aquela pequena esfera que rodava.

Logo que a lista se formou, Zacky posicionou sua cabeça muito próxima da tela do computador, quase me impedindo de ver o resultado também. Dei um empurrão nele e pude escutar ele reclamar baixinho, me encarou zangado com um bico enorme e logo se voltou para a tela do computador novamente. Subi e desci a tela várias vezes, procurando meu nome.

-Espera! – Zacky disse sem paciência – Não consigo ler nada assim.

Assim que ele conseguiu avistar o próprio nome, seu queixo caiu. E ele caiu junto, sentando-se no chão, incrédulo que havia conseguido a bolsa integral. Eu corri mais uma vez a página, e descrente do que meus olhos estavam captando. Meu nome, na primeira posição da lista.

Pulei da cadeira soltando um grito forte de alegria, Zacky me acompanhou no pulo, nesse primeiro e nos demais que não nos casávamos de dar. Soltávamos frases sem sentido, a alegria dominava a razão.

-A gente conseguiu! Conseguiu, conseguiu, conseguiu! – Eu repetia, tentando acreditar.

Nos abraçamos ainda pulando, sem faltar os gritos e risadas que ainda soltávamos. Sem perceber, encostamos na cama, e sem mais nada a fazer, caímos deitados. Na tentativa de nos acalmar, nos ajeitamos deitados encarando o teto, nossos sorrisos eram tão grandes, que quase alcançava as orelhas.

-Vida nova, Zacky – Disse feliz, me imaginado sendo aceita na faculdade, o que me fez ter a ideia de como seria a comemoração disso, não pude segurar uma gargalhada, deixando minha mente fazer uma comparação com a comemoração que tinha acabado de acontecer – Imagina a comemoração quando for a faculdade – Ele gargalhou junto.


Notas Finais


Espero mesmo que tenham gostado, apareçam e me deixem feliz!

Beijos mil... Amora <3


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