História New York Bitches volume 2 (Camren G!p) - Evoluir é uma obrigação

Sexta-feira 11:30 h Constance. 

Camila 

-Não Vic nós temos que ir atrás dele, confia em mim! O Tom já esta à nossa espera! Vem logo pra cá! -Eu falava ao telefone com Vic.  

Coloquei Sam para seguir o Luke. Tom estava a nossa espera para saímos da Constance atrás do meu mordomo eficiente. 

Nos últimos dias Luke tomou chá de sumiço e ontem ele deu o ar da graça, o cerquei e aproveitei para colocar as pendências em dia, aquilo da clínica para malucos era algo muito sério. Tive o azar de ser filmada sem perceber em meio a nossa conversa essa que durou muito pouco já que ele fugiu do assunto rapidamente.  

 

Hanna ter feito uma live no Instagram nos filmando e dando a entender que Lauren era corna complicou para o meu lado, a minha namorada se enfureceu pelos boatos mentirosos e tive de contar os porquês de estar querendo tanto contato com o Luke, que segundo ela desnecessários. Sempre sem filtro não deu paz nem no almoço, e eu não me calei, respondendo tudo com o mesmo tom de voz, tivemos uma mini discursão na frente de todo mundo em plena cafeteria porque ela não conseguia aceitar que ele não tem intenções comigo, além de achar que qualquer aparição com o meu ex possa ser tida como flagrante para as más bocas. 

 

Vídeos da nossa briga foram parar no Twitter e facilmente se espalharam pelas outras redes. Na porcaria do site da CNN destacavam Lauren como fadada a ser solteira, uma solteira um tanto promissora. 

 

Sabem quantas mensagens e ligações de agentes de relacionamento público eu recebi naquela tarde? É.. foram umas trinta. Tive que desligar a porra do telefone pois o fim da linha foi quando recebi uma ligação de uma clínica psiquiátrica, fazendo pacotes de promoção para terapia de casal. Aquela secretária fofoqueira me tirou do sério. 

 

A mídia em geral estava começando a ficar fascinada com a família Jauregui. A não resolução do caso de Michael resultou em muitos ciclos abertos. Matérias e artigos envolvendo Lauren não paravam de vir à tona. Tais repórteres levantavam muitos incidentes do passando da minha namorada, além da longa lista de traições com Halsey até chegarem a mim, a nova namorada. Lauren não se importava com todas essas matérias, a única coisa que levava em conta era a sua nova doença de saímos sempre acompanhadas de seguranças. 

 

Eu venho tentando engolir o fato dela ter novas admiradoras e fãs. A margem para as interesseiras cresceu em dobro e isso me tirava a paz em grau igual como o do Luke em irritar Lauren. Ela dizia estar preocupada que minha imagem relacionada a ele dessem especulações e burburinhos. Lauren preferia colocar a culpa em ser cuidadosa com a sua imagem de nunca traída, como desculpa para não admitir que tinha ciúmes, seu orgulho gritava mais alto, e eu tinha que aprender a lidar com esse seu lado. Brigamos umas cinco vezes em um único dia e isso era novo pra mim, ligar com nossos extremos não era fácil. 

 

Nossa última briga em meio a aula de cálculo foi a mais feia, e eu nem fiz questão de voltar para a cobertura dela. Já estava saturada de tantas discussões por motivos idiotas e fui para a minha casa.  

 

Papai, mamãe e Allyson estranharam minha presença ali, não era tão típico. E eu dei a desculpa mais plausível, essa de estar com muita  saudade. Porém Lauren se mostrou um tanto insistente depois de muitas mensagem e chamadas perdidas, chegou ao ponto de ligar para a minha mãe, tive que contar para dona Sinuhe toda a situação e ela simplesmente achou graça, minha mãe se divertiu com os motivos idiotas das nossas discussões, segundo ela típicas de falta de maturidade. Eu me tranquei no quarto já cheia de ouvir seus gracejos. E novamente Lauren voltava a ligar, deixei ela sofrer não atendendo a nenhuma das chamadas, mas como Lauren não desiste fácil das coisas... quando deu zero horas ela me aparece lá na ante-sala da minha casa, acompanhada de uma banda que não sei como entraram sem fazer tanto barulho, ela encheu o espaço livre no chão de buquês de flores, cada um com uma letra formando a frase "Sou uma idiota, me desculpa Camz." 

 

Não preciso dizer que fiquei com vergonha principalmente pelo fato da Sinuhe ficar dando uma de debochada divertindo Allyson que ria sem disfarçar, já papai estava achando lindo, e fazendo relação ao  costume mexicano de contratar mariachis.

 

No final da serenata brega Lauren falou que me amava e toda aquela baboseira de mil e umas declarações, além de ter a coragem de dizer que estava disposta a aceitar quantos dias de greve eu quisesse lhe dar. Me rendi as suas súplicas levando em conta o tamanho do seu arrependimento, não sei como ela arrumou aquele buquê enorme de morangos, mas enfim, ela veio disposta a mostrar do jeito mais brega cinematográfico possível o quando seu coração ficou arrependido. 

 

Naquela noite nós fizemos as pazes, voltei para sua cobertura e só fomos dormir depois do meu terceiro orgasmo. Lauren tava pouco se lixando em relação ao seu eu, o foco era somente me dar prazer. Ela sabia como ninguém onde colocar a sua talentosa língua. 

 

Na sexta-feira de manhã eu comecei a dar instruções a Sam e Tom caso vissem Luke. Eles o seguiriam e posteriormente me fariam chegar ao tal lugar onde ele tinha como destino final. Lauren não disse uma palavra em meio às minhas instruções, me surpreendeu em dar algumas dicas para Sam sobre seguir sem levantar suspeitas. Minha namorada finalmente estava pondo em prática os frutos do arrependimento. Fiquei feliz pela sua força naquele meu planinho. 

 

Cálculo dois chegou para coroar minhas suspeitas, o Luke não foi para a tal aula, recebi uma mensagem de Tom. Ele me esperava na porta do colégio. 

 

Lauren rapidamente entrega o nosso  trabalho para a professora e a mesma nos dispensa. Lauren pega um táxi de volta a sua cobertura, porém até o tal parar nos envolvíamos naqueles selinhos de despedida por ansiedade. 

 

Agora só faltava a Vic... 

 

-Eu inventei que estava passando mal! Só você Camila para me fazer criar tal cena! -Vic comentava após ter entrado na limusine . Tom toma o seu lugar no volante e não demora a nos levar para a última parada do meu ex. 

 

-Ele foi até a clínica e depois de uma hora saiu de lá meio abatido, parecia triste.. o segui até aqui.. -Sam falava totalmente sentido pelo que descrevia sobre Luke. Ele aponta para o mesmo discretamente. 

 

Luke estava sentado num daqueles tantos bancos do Central Park. Ele pouco se importava com a possível umidade aparente no mesmo. Seu sobretudo parecia ser impermeável. Os fones da Sony o pareciam conectar a outro mundo, Luke olhava permanentemente para baixo. Suas mãos para dentro dos bolsos do sobretudo coroavam toda aquela paisagem de menino solitário. 

 

Caminho até ele, Vic vinha ao lado, Luke estava tão concentrado em se isolar que não deu importância a nossa chegada. Me sentei de um lado e Vic do outro. Retiro com cuidado seu fone e ele ergue o rosto estranhando. Seus olhos estavam vermelhos e uma lágrima vinha a cair. O meu coração apertou, não gostava de ver as pessoas chorando principalmente sendo amigo ou familiar meu. 

 

Vic repousa sua mão nas costas dele, alisando com leveza atraindo os olhares do mesmo que de tão atônico mal tinha reconhecido sua presença ali. Luke se dividia em nos entre olhar, parecendo se segurar para não desmoronar na nossa frente. Tão frágil, intimidado e preocupando, esses eram os aspectos do seu olhar profundo e não menos triste. 

 

Vic retira o outro fone de ouvido que fica rente ao pescoço de Luke . Ele desenlaça dali, desconecta do iPhone e em seguida o coloca no bolso do sobretudo. Eu e Vic o cercávamos entre encaradas insistentes pela sua palavra. Luke suspira dá indícios que iria dizer algo, mas é pego de surpresa pela emoção e vejo seus olhos tornarem a ficar úmidos e não menos avermelhados. 

 

Rapidamente o envolvemos um abraço Vic pegava um lado e eu o outro. Suas lágrimas multiplicarão de proporção. Fiz sinal para Sam e ele entendeu o recado, esse de pedir para Tom vir com a limusine até a entrada mais próxima de onde estávamos. 

 

Tom não demorou a estacionar numa saída próxima a que estávamos. Sam perguntou se precisávamos de ajuda com Luke, mas o mesmo engoliu o choro por alguns segundos tentando repor a pose. Vic segurava em um dos seus braços e eu no outro, caminhamos devagar até a limusine em meio às tantas fungadas de Luke. 

 

Tom abre a porta da limusine para nós três. Vic entra por último e se senta de frente pra mim, o bar a sua direita atrai rapidamente a atenção. Ela pega uma garrafa de uísque e três copos de vidro enchendo rapidamente cada um deles e engradando para mim e Luke. Ele  negar, mas nós insistimos, pelo menos para dar um pouco de alívio e quebra de nervoso. 

 

-Para onde Srta? -Tom me pergunta após Sam ter se sentado ao seu lado no banco da frente daquela limusine. 

 

-Cobertura da Lauren. -Luke me olha desconfiado com aquilo. 

 

-Não se preocupe.. -Sussurro pra ele e puxo mais pra mim. Ele deita sua cabeça no meu ombro. Pego o copo vazio da sua mão e deixo junto com o meu na bancada do pequeno bar. 

 

3:15 do Bazzi tocava no som baixinho. Vic cantava algumas partes discreta, eu não estava diferente, nos encarávamos, e a concordância daquele silêncio com olhares não menos avaliativos para o Luke e os porquês que o levavam a sofrer assombravam nossas curiosidades e preocupações. 

 

Ele cochila durante todo o caminho. Tive que lhe despertar assim que Tom estacionou. Em completo silêncio subimos até o último andar, os olhares dele sobre mim e Vic indicavam que não iria falar nada agora. 

 

Sam abre a porta e entro no apartamento sendo seguida por Vic e Luke. 

 

-Amor! Que bom que chegou! Eu tenho que contar uma novidade! A Dinah ligou, e... -Lauren gritava em meio aos corredores, ela sabia que eu tinha chegado devido ao barulho de saltos tão característicos segundo ela. O som dos seus passos rápidos ficam mais evidentes e sua fala é cortada assim que entra na sala e põe seus olhos em mim e ao meu redor. 

 

-O que? Porque.. 

 

-Sam! Uísque! Agora! Para minha a namorada! Ela precisa!  -Grito e Sam rapidamente entrega um copo para a mesma. Lauren estava confusa e diria com uma certa raiva contida. 

 

-Deixa a garrafa! -Peço e Sam a põe junto da mesa de centro. 

 

-Vic leve-o para o terceiro quarto ok? Sam vai lhe guiar. -Digo e os três transitam na direção do corredor. 

 

Me sento no sofá e bato na almofada do lado, Lauren entende o recado e se senta ali. 

 

-Antes que comece com a sua avalanche de incógnitas devo lhe dizer que encontrei-o no pior estado possível! Luke não está nada bem! Não sei o porque disso, porém a sua trava ao tentar contar, me pareceu sério. Então Lauren, por favor.. não comece a dar seus shows ok? Me prometeu que iria parar com a implicância lembra? -Seguro em sua mão. Lauren me escutava com tamanha atenção, ela concorda ao balançar a cabeça depois de ter se entupido com o que eu disse. 

 

-Ok.. -Sussurra e um bico somado a braços cruzados destacam o quão difícil passar por cima de uma mania sua poderia ser. Luke tinha que ser uma paranoia deixada no passado. 

 

-Não faça como eu! O papel de mimada cabe a mim! -Falo e Lauren solta uma risadinha leve. Ela descruza os braços e deixo alguns selinhos rápidos nos seus lábios pidões. 

 

Nos abraçamos e eu não tardo em começar a contar todo aquele paradeiro. Lauren não falou nada contrário e pouco deu vazão ao ciúmes, ela estava se esforçado de verdade para superar as implicações com o Luke. Vic se junta a nós e peço ao Sam para servir o lanche. 

 

-Ele está com olheiras feias. -Vic comenta se referindo ao Luke enquanto se deliciava com as tortinhas de framboesa. Lauren lhe estende um guardanapo, tinha chantilly no queixo da minha amiga. 

 

-Não é atoa que dormiu tão fácil no caminho..  -Digo e em seguida pego um pedaço de pizza. 

 

-Ele não disse nada? É tão estranho sabe.. isso de clínica.. -Lauren comentava não menos curiosa. 

 

-Completamente! -Vic responde. 

 

Alguns minutos depois Luke dá o ar da graça, tímido ao entrar na sala. Lauren se levanta e eu fico com medo do que iria vir. Se ela der uma de louca eu faço greve. 

 

-Sei que o meu passado me condena, mas espero de verdade que se sinta à vontade, eu estou tentando superar esse meu lado, e espero que me perdoe por minhas manias. Me desculpe Luke, é de coração ok. Não faço nada para agradar os outros então.. é isso. -Minha boca ainda estava aberta, Vic e os olhares não menos surpresos de Luke batiam constantemente em meio ao enredo mais do que maduro da minha namorada. Lauren.. Lauren.. hoje ganharia um bônus baby. 

 

Ela vai até Luke e estende sua mão para o mesmo que não tarda em corresponder. Selando mais um laço de paz. Eu não me aguento e levanto meio desajeitada e corro na sua direção, pulo no seu colo enlaçando minhas pernas na sua cintura e não demoro a colar nossos lábios num beijo apaixonado. Só sendo interrompido alguns minutos depois pelos pigarros de Vic. 

 

-Dá pra novela acabar? -Diz irônica arrancando um sorriso tímido de Luke. Lhe mostro a língua e ela devolve. 

 

Lauren segura na minha mão e me guia de volta para o sofá. Ofereço uma travessa de bolinhos para Luke, enquanto Lauren enchia o copo do mesmo com café. 

 

-Suco? -Lauren pergunta ao mesmo. E ele aponta para o de pêssego. Ele iria agradecer, mas não deixo e empurro um biscoito para sua boca. 

 

Tadinho não parecia bem alimentado. Luke estava mais pálido que o comum, pior que o normal da  Lauren. 

 

... 

 

-Foi assim, ela começou a entrar nessa vida e tudo desmoronou! Minha mãe é alcoólatra e meu pai tem parte de culpa nisso, se ele não  tivesse a traído tantas vezes, se fosse fiel e não obrigasse todo mundo a viver nesse mundo de aparências! Agora ela está internada naquela clínica enquanto meu pai exibe a nova esposa! Eu odeio ele! Ele destruiu minha mãe! -Luke contava transtornado entre muitas lágrimas e raiva evidente sempre que mencionava o pai. 

 

Eu e Vic simplesmente escutávamos atentas e tentávamos absorver a sua dor, Lauren sempre mais preparada a questões familiares hora ou outra opinava. Quem diria que compartilhar daquela sua dor fosse ser tão aceito por Lauren. 

 

-Aparências nem sempre definem, não lhe recrimino por sentir raiva do seu pai, e quem sou eu para lhe dizer o que sentir, porém as atitudes dele realmente são deploráveis, e sua mãe Infelizmente é boa demais por acreditar que ele iria mudar um dia, mas traidores são difíceis de mudar! Faz bem de focar na sua mãe, dê todo apoio a ela e conte conosco para lhe confortar. -Lauren dizia completamente concentrada, Luke já não chorava ele se sentia acolhido, pelas palavras da minha namorada que deixou claro entender o porque dele ter escondido tal lado. 

 

-Ele fez de tudo para ter a minha guarda, foi baixo o suficiente para colocar às dependências da minha mãe no meio, resumindo tem um mês que vivo obrigado com esse crápula! Enquanto isso o juiz comprado obrigou a minha mãe ser internada durante seis meses no mínimo na clínica! Eu só posso visitá-la pela manhã, pois segundo meu pai estar ligado a clínicas desse tipo acabam com a imagem da família perfeita. Tudo foi feito no maior poeira para baixo do tapete, a sujeira escondida e muitas vezes comprada, ele diz ter poder, e que todos têm um preço. A mídia abaixa a cabeça pelos seus tantos cifrões! 

 

-Você tem que ser forte Luke! Não importa as adversidades, tenha foco no seu futuro e poderá mudar a situação da sua mãe! Falta pouco para nos formarmos, até lá sua mãe já saiu dessa clínica e você irá para a faculdade. Enfim pode buscar um novo lar com ela. Seu pai não tem cara de que irá se incomodar tanto.. 

 

-Duvido muito, mas posso tentar! -Luke dizia nitidamente inseguro. 

 

-Óbvio! E se não resolver dessa forma busque meios jurídicos! Meu advogado Harvey ficaria feliz em lhe ajudar! -Lauren sugere e Luke concorda animado e surpreso. 

 

-Nossa Lauren eu nem sei direito o que dizer. Não sei como vou te pagar tal dívida. Muito obrigado mesmo! Isso do advogado pode fazer frente de verdade ao meu pai! Muito obrigado de coração! 

 

-Não precisa pagar nada, caso queira o auxílio do Harvey será de graça, não admito que ele cobre de você! Leve como um ato de boa fé! -Luke abraça Lauren. E eu não poderia estar mais orgulhosa e aliviada pelo meu amigo. Vic não parecia diferente de mim. 

 

Ao anoitecer Luke e Vic deixaram a cobertura. As minhas preocupações com o paradeiro triste do mesmo foram resolvidos pela última pessoa ao qual imaginava, minha namorada. 

 

Lauren superava as adversidades ou melhor dizendo conflitos com os outros de formas extremadas e diferentes. Com Carlo eu via o seu ódio aflorar e com Luke a questão das desculpas e sinal de que a bandeira branca vinha com força. 

 

Tive que contar a ele sobre as mentiras que Hanna tinha levantado, Luke não fez muito caso. E eu me auto autorizei a colocá-la no lugar dela por ele. Vic não temeu em dar ideias sobre como iríamos ferrar com aquela nova versão um tanto fraca da Mandy. 

 

Depois do banho em parceria com a minha namorada, jantei e agradeci a Sam por ter bancado mais uma vez o melhor espião. Lauren se divertiu ao ouvir o relatório do mesmo na sua perseguição atrás de Luke. Ter Sam em ação nas minhas armações era tão reconfortante. Como nos velhos tempos. A cada plano meu Sam e Tom sempre ajudavam muito, eles sempre estavam lá. Compravam as minhas picuinhas no ginásio e primário tão intensamente como Dinah. Eu e minha prima já os metemos em cada uma. Tinha me esquecido dessa época e hoje pude não só relembrar como repetir um pouco do mesmo. 

 

Antes de dormir dou um abraço no meu mordomo favorito, fazia tempo que não o abraçava, era difícil aceitar que ele não me via como a sua "garotinha" ou como Tom diz "princesa" eu sentia saudades de vê-los disputando corridas de patins comigo e Dinah, ou as disputas de diversos tipos de pulos na piscina, tão crianças como nós. Tenho medo do que será de mim quando não os tiver mais aqui. Durante aquele abraço pude sentir cada lembrança e me segurei pra não chorar na frente dele. 

 

-Eu te amo Sam, obrigada por hoje..  -Sussurro e deixo um beijo rápido na sua bochecha.  

 

Rapidamente me afasto olhando para o chão a passos rápidos até o quarto, entrando no tal me segurando inutilmente para não deixar lágrimas caírem dos meus olhos.  Lauren estava sentada na cama e assim que ergue sua cabeça eu limpo meus olhos, mas já era tarde ela tinha me pegado. 

 

Lauren pula da cama preocupada, me envolve num abraço e deixa alguns beijos no meu rosto enquanto me bombardeava com as tantas perguntas, essas totalmente desesperadas por respostas. Limpo minhas lágrimas, dou uma forte fungada e esclareço as tantas duvidaras paranóicas da mesma. Lauren suspira, e seu sorriso se alarga conforme eu aprofundava as tantas histórias de aventuras com Sam. 

 

Findando todos aqueles contos, vou escovar meus dentes. Na saída do cômodo sou surpreendida pela penetra que me pega no colo, e com cuidado me deita na cama. Seus múltiplos beijos detalhistas marcam o meu corpo acompanhados de declarações da minha namorada romântica e pegajosa quando queria. 

 

Sento entre as suas pernas, Lauren entrega o controle remoto em minha mão e passa seus braços ao redor da minha cintura me abrigando no seu corpo. 

 

-Eu te amo muito Camz.. -Sussurrou ao pé do meu ouvido e encosta a ponta do nariz no meu cabelo, inspirado suavemente. 

 

-Amo esse shampoo na Srta! 

 

-Abrigada Laur e eu também te amo.. -Sussurro. 

 

Ela solta um olhar tão fofo, brilhante e  dócil misturado a aquele sorriso largo adorável com os dentinhos de protagonistas pra mim. Os dois atributos me deixavam tão fraca,  involuntariamente me puxavam para ela, quando percebo meus lábios já estavam juntos dos seus. 

 

Nossa noite foi calma, Lauren negou algo pervertido naquela noite, ela estava com saudades de me ter em seus braços, eu não imaginava que sexo seria recusado tão cedo e logo ela a rainha carnal. Essa noite minha namorada queria somente assistir um filme ou série abraçadinha comigo. Deixo em Noivas em Guerra e aproveito o tema para especificar do que gostava e não gostava em festas e decorações de casamentos. 

 

-E para terminar.. como a Srta Jauregui já sabe eu gosto de atenção, então não fique tímida com o pedido de casamento! Reúna tudo de brega e moderno que passa pela sua cabeça e faça tal pedido! 

 

-Hahaha.. será a empreitada mais loucamente criativa que farei! 

 

-Não quero nada comum ok? 

 

-Quer nível ano novo, já entendi baby.. só não sei como irei fazer, mas acredite eu sei ser a mais exagerada do mundo quando quero! 

 

-Não duvido! E só para lhe atualizar, comemorações de meses de namoro também seguem esse padrão! 

 

-Hahaha.. anotado! 

 

-Laur? 

 

-Humm.. -Ronrona. 

 

-Quando eu cheguei no apartamento você veio toda animada contar algo, acho que sobre Dinah? 

 

-Isso! Que bom que lembrou! Então, ela me ligou depois de ter tentado falar com você, mas enfim.. ela vai comemorar mais um mês de namoro com Mani amanhã, e perguntou se poderíamos ficar com Sofia e seu amiguinho. Então eu aceitei, gosto de ficar com Sofia. 

 

-Somos duas! Eu amo muito aquela mini eu! Acertou de ir pra lá ou? 

 

-Eles vão vir pra cá! John vai ficar mais feliz que o normal! 

 

-O meu neném, quase não o vi hoje.. toda essa correria com o Luke tomou muito o meu tempo. 

 

-Ele está cada vez mais esperto! Sam disse que durante o passeio matinal no Central Park John obedecia a todos os seus comandos, Principalmente de não correr. 

 

-Meu neném é um lorde mesmo! 

 

-Haha.. está sendo muito bem educado! Sam só se supera! 

 

-Tá me cheirando a aumento! Ele merece muito! Não só ele, o Tom é um exemplo no trânsito! -Lauren concordava ao mexer a cabeça a cada palavra que saia da minha boca. 

 

-Hahaha.. Tom é fácil para presentear damos uma viagem de dez dias para Roma hum? Agora o Sam.. 

 

-Pode ser um dos teus carros haha.. ele vai amar! 

 

-Nem amarrada! Negativo! Se for carro eu compro um novinho pra ele! Mas nos meus ninguém mexe! 

 

-Ninguém?

 

-Você é a única exceção baby.. não é atoa que te dei o Escorpião Vermelho. 

 

-Pensei que estivesse falado da boca pra fora, Lauren esse carro é um dos seus top três, tem certeza? 

 

-Tenho absoluta certeza! Eu te amo milhares de vezes mais! Leve a sério quando eu digo algo, o carro te pertence baby. -Não aguento e encho sua boca de selinhos. 

 

Sábado 10:30 da manhã. 

 

 

 

Lauren 

 

Sam arrumou a minha sala da forma mais segura para as crianças. Ele era cuidadoso e paranóico quando tinha menores envolvidos, me senti identificada e acolhida com o mesmo. 

 

Camila e Tom foram buscar Sofia e seu amigo(a) na casa de Dinah. Pego John no colo e me sento no sofá a espera da minha namorada. Não demora e escuto a porta ser aberta, coloco John no chão e o mesmo corre em direção a ante-sala. Gritos e saudações não menos alegres de Sofia ecoam. Sam me acompanha naquele pequeno caminho. 

 

Viro o corredor e sou surpreendida por Sofia que deixa John no chão e corre na minha direção, pulando nos meus braços. Seu abraço era forte e da boca da mini Camila metralhava muitas ideias e múltiplas coisas para fazermos. Empolgada demais me envolvendo por completo. Tanto que me atrapalha de situar onde minha namorada estava. 

 

Deixo Sofia no chão e busco pelo olhar de Camila. Minha latina estava tirando o sobretudo pra lá de reforçado de um garotinho, ele estava de costas pra mim, se eu era exagerada a mãe dele ganhava de mim, o mesmo ainda estava com mais dois casacos por baixo do sobretudo. Camila entrega os sobretudos tanto o dela como o dele para Sam, que já segurava o de Sofia. O menino deixa sua toca com Sam que logo toma seu caminho. 

 

Camila se vira na minha direção e o garoto em tamanha sincronia. Merda! Aqueles cabelos loiros de novo não! Porque em? Eu sou azarada ou o que? 

 

-Lauren, eu quero te apresentar o meu namorado Rick! Sei que já se conhecem, mas agora é mais especial! Estamos juntos a uma semana! Isso não é incrível! -Sofia falava sem parar e eu tentava digerir toda aquela situação. Camila era somente olhares de surpresa. 

 

E eu só queria quebrar alguma coisa, como assim? Logo ele? Sofia não tem idade para essas coisas! Como Dinah aprovou isso! 

 

-Mamãe disse que formamos um casal muito lindo! -Sofia complementa e em seguida segura na mão do mesmo. Lhe encaro não muito amistosa e era óbvio que ele sentia o impacto e estava me encarando todo fechado de volta. Desafiador descarado! 

 

-Lembra que disse que fizemos as pazes! Então, agora somos namorados! -Sofia não parava de jogar aquilo na minha cara e eu estava me segurando para não dar um show. 

 

-Sofia, por que você não mostra ao Rick a sala de tv! -Camila sugere nitidamente preocupada. 

 

- Ok prima Camila! -Sofia responde rápido e em seguida saiu puxando o tal do Rick para dentro. 

 

-Calma, respira fundo.. assim ô. Vamos Lauren, faça! 

 

-Fazer o mesmo não irá me acalmar! Ela trouxe o tal aqui, e ainda fica exibindo como seu namorado! Logo ele? Sério não podia ter escolhido melhor! Mas que merda! 

 

-São crianças Lauren.. são puras! 

 

-Ele não me pareceu tão puro na época que a tratava mal! Repito, ele não presta! 

 

-Amor, deixa de ficar tão na defendida ok? Eles são crianças, isso não será permanente! Eles só têm cinco anos! 

 

-Não importa a idade, não a quero andando com qualquer um e principalmente com históricos como o dele! 

 

-Históricos como o dele?! Hahahahaha.. para com isso sua ciumenta! 

 

-Eu a amo, não posso deixar isso ir pra frente! Sério! Se ela quer namorar eu lhe arrumo muitos candidatos à altura! 

 

-Hahaha.. Lauren hahaha.. para com a paranóia ok? Ele aprendeu a lição, lembra? Pediu desculpas a Sofia e passou a tratá-la tão bem que olha só estão juntos agora! 

 

-Essa tua filosofia não é lá muito convincente! Da na mesma dizer que se Taylor lhe pedisse desculpas e quisesse ser sua namorada a Srta Cabello aceitaria! 

 

-Eles não tem tanta maldade e ressentimento Lauren, por isso é mais fácil de amar! E sobre a Taylor você nem acredita nas próprias palavras então não me venha com essas comparações absurdas! Como se eu e Taylor tivéssemos um quase além da "amizade" hahaha.. nós duas sabemos que somos somente colegas. 

 

-Tá bom, você venceu! E contra a minha vontade vou deixar esse tal de Rick passar! Mas qualquer gracinha dele e irá ouvir o que não quer! 

 

-Ok Srta vista grossa! 

 

-Sou mesmo! Amo a Sofia demais para aceitar qualquer coisa! 

 

-Hahaha.. tá bom já deu! Vem vamos ver algum filme com eles, trás o John! 

 

Peguei o John e segui atrás de Camila. O filme foi um verdadeiro tratamento de tortura. Sofia e Rick estavam mais grudados que nunca, Camila se divertia com as minhas seguradas de ânimos. Vê-los de mãos dadas não era legal, tudo começou a ficar pior quando Sofia decidiu deitar a cabeça no ombro do ilustre namorado, e ele deu um sorriso sacana pra mim. 

 

Finalmente aquele tormento de duas horas teve fim. Camila levou Sofia ao banheiro e aproveitei para colocar as cartas na mesa com Rick. 

 

-Você vai se afastar! 

 

-Você não manda em mim! 

 

-Pode apostar que mando! Todos têm um preço, qual é um seu hum? Seria um PlayStation, um iPhone ou um daqueles skates elétricos? Só escolher e lhe compro o que quiser, só tem que se afastar da Sofia! 

-Não vou me afastar! Ela é minha namorada e eu a amo! Eu ganho mesada não preciso que me compre nada! 

-Se prefere dessa forma, mas se magoá-la eu te arrebento está ouvido?! 

-Isso não vai acontecer! 

-É melhor mesmo, para o seu bem querido Rick! Não quero lhe ensinar o verdadeiro significado de levar uma surra! 

-Eu não tenho medo de você! Se duvidar é você que tem medo de mim! Tá vendo isso? -Ele mostra o muque. E eu que até segundos atrás estava com raiva da sua audácia caio na gargalhada. 

Em meio a aquelas minhas risadas começo a questionar certas atitudes, eu realmente tinha chegado ao nível de ameaçar um garoto de seis anos? Sério que o meu protecionismo estava me levando para um lado tão  insano? E agora o garoto quer brigar comigo hahaha.. Camila tinha toda razão desde o início, e eu preciso de álcool. 

Foi só pensar nela e pronto, a minha namorada apareceu. Camila entrelaçou as nossas mãos e fomos para a mesa de jantar. Sam nos serviu o lanche e Sofia e Rick atacaram em grande proporção pouco deixando Camila pegar algumas daquelas frutas vermelhas. Camila fez bico e Sofia obrigou Rick a dar um de seus morangos a minha namorada. 

As horas passaram praticamente voando e a minha implicância inicial com o rebelde loiro foi diminuindo. Ele fazia Sofia rir e isso era fofo de ver. Ao final daquele dia Tom os levou de volta. 

Camila não perdeu tempo e entrou rapidamente no banho, fui obrigada pela mesma a participar e recebi um oral de bônus. A mimada não quis que lhe retribuísse colocando seu desejo de dormir logo em primeiro lugar. Não sentimos necessidade de jantar levando em conta o quão farto se deu o segundo lanche. Então finalizamos aquele sábado dentro dos nossos padrões, ou seja com Camila pedido o auxílio dos meus braços na hora de dormir. 

Esses três últimos dias, seviram de aprendizagem. Eu não poderia insistir mais no erro de bancar a loca tirana do ciúmes quando se tratava de Luke, e ao mesmo tempo não tinha opção a não ser aceitar o Rick. Os meus pontos fracos finalmente foram superados. 

Antes a minha rendição evolutiva e madura, do que ver Camila e Sofia infelizes.