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História NEWTMAS:From Beginning to the End - I have to say goodbye


Escrita por: IcePegasus

Notas do Autor


It started out as a feeling
Which then grew into a hope
Which then turned into a quiet thought
Which then turned into a quiet word
And then that word grew louder and louder
'Til it was a battle cry
I'll come back when you call me
No need to say goodbye

Capítulo 17 - I have to say goodbye


Fanfic / Fanfiction NEWTMAS:From Beginning to the End - I have to say goodbye

Newt’s POV

 

  ̶  Mas o que ele quer com a gente, porque só nós, e os outros?  ̶  pergunta Winston impaciente.

  ̶  Olha sinceramente não faço ideia, mas estamos aqui seguros graças a ele, então só vamos obedecer o homem, ok?  ̶  digo tentando acalmar Winston  ̶  Não temos o que temer, ele só quer conversar.

  ̶  Cara espero que não seja nada demais  ̶  diz Zart.

  ̶  Relaxa gente, não temos o que temer   ̶  digo tentando parecer despreocupado  ̶  Pelo menos eu acho...

 

  Chegamos no lugar em que Janson pediu para estarmos presentes, era uma espécie de auditório.

  O homem com cara de rato se posicionou a frente de um palco, mas não subiu nele, e pediu para todos que estavam ali, sentassem nas primeiras cadeiras.

  Aparentemente a “reunião” não seria apenas comigo, Zart e Winston. Eu não conhecia nenhuma daquelas pessoas ali presentes, mas todos adolescentes assim como nós.

  Eu e meus amigos nos aproximamos e sentamos na primeira fileira diante de Janson que se posicionou centrado, no meio de um corredor que levava aos dois lados inversos de assentos. Ele então limpou a garganta e começou a falar:

  ̶  Bom dia a todos, gostaria de começar agradecendo por terem comparecido para nossa conversa. Quero que saibam primeiramente que são livres pra tomarem suas decisões, ou seja, o que conversarmos aqui fica a critério de vocês, se irão ou não contar para seus companheiros  ̶  ele então faz uma pausa olhando um pouco pra nós  ̶  Vejo que estão curiosos então irei direto ao ponto. Para um experimento obter resultados precisamos de algo que chamamos grupo-controle, e é isso que são.

  ̶  O que quer dizer com isso?  ̶  alguém no meio da pequena plateia pergunta.

  ̶  Bom, tenho que ser honesto com vocês   ̶  retorna a falar então  ̶  Vocês já estão cientes que uma terrível praga devastou a humanidade, um vírus terrível chamado Fulgor, que ataca o cérebro, é algo que começa, devagar, mas depois deixam a pessoa que está infectada num nível extremo de loucura, conforme o desenvolvimento da doença. Esse vírus está pelo ar, então não tem como evita-lo, e por enquanto não existe cura.

  ̶  O que está querendo dizer com tudo isso, desembuche logo   ̶  novamente a mesma pessoa que eu não conheço diz.

  ̶  Vocês são diferentes dos outros adolescentes daqui, todos além de você, são de algum jeito imunes a essa doença, e não irão contraí-la, já vocês são de fato não-imunes, e isso quer dizer que é só uma questão de tempo até contraírem essa doença terrível.

 

  De repente o mundo pareceu desabar em minha volta, eu vi tudo caindo, todos os planos, todos os sonhos, todas as vontades. Eu estava literalmente destinado a morte certa, Jamais poderia ter uma vida normal. Uma onda de tristeza invadiu todo meus ser, logo agora que eu achava que as coisas iam se ajeitar. Eu pude sentir as lágrimas pedindo pra descer, mas eu fui forte e engoli meu choro.

  ̶  Infelizmente, não podemos deixar vocês em contato com os imunes por muito tempo, portanto nas próximas noites vocês serão chamados para levarmos vocês para um lugar, onde...... Bem, onde poderão viver em paz, até que sua hora chegue, eu sinto muito por isso, mas logo vocês virarão Cranks, sua sanidade será perdida, e matariam até seu melhor amigo, acreditem, é o melhor pra vocês, eu realmente sinto muito.

  De repente já se ouvia todo o tipo de conversa, pessoas chorando, gritando, ou simplesmente em choque, como estavam Zart e Winston.

  ̶  N-Newt, o que iremos fazer agora?  ̶  pergunta Winston totalmente chocado.

  ̶  Não acredito que chegamos até aqui, para simplesmente virarmos malucos, e morrer  ̶  diz Zart.

  ̶  Não temos escolha gente, a não ser simplesmente aceitar, nós não somos imunes e podemos prejudicar nossos amigos  ̶  digo eu.

  ̶  Talvez não devêssemos contar a eles  ̶  disse Winston.

  ̶  Eu não irei contar, isso só afetará eles, vamos manter isso em segredo, e quando chegar a hora, iremos embora  ̶  eu falo, já novamente com vontade de chorar  ̶  Bom, acho que é isso que nos resta, se quiserem contar pra quem achem importante vocês que sabem, como ele disse cada um tem sua escolha. Mas não quero ninguém sentindo pena de mim, e muito menos prejudicar nossos amigos com isso, afinal, não tem o que fazer.

  ̶  Você tem razão  ̶  disse Zart.

 

  Depois que a tal reunião acabou eu me separei de Zart e Winston, eu corri pra longe, nem sei onde eu estava, eu simplesmente parei em um corredor, me encostei na parede, me sentei, e chorei entre minhas pernas. Nunca havia chorado tanto na vida, eu soluçava sem parar, as lágrimas simplesmente não paravam de cair. Tudo tinha acabado de repente, eu iria morrer, nunca poderia ter uma vida feliz, nunca teria uma vida normal. Tudo se desmoronou simplesmente de um momento pra outro.

  Eu senti alguém se aproximar de mim, mas simplesmente ignorei, continuei chorando, eu não conseguia parar.

  ̶  Newt  ̶  ouvi me chamarem  ̶  Você está bem? O que aconteceu?

  Levantei a cabeça e levei meus olhos pra cima pra ver quem era, ali paradas diante de mim em pé, estavam Sonya e Harriet.

  ̶  E-eu, eu não......eu....  ̶  eu simplesmente não conseguia dizer uma palavra, eu soluçava, e minha cabeça estava a mil.

   As duas meninas então se sentaram do meu lado e colocaram a mão sobre meu ombro.

  ̶  Newt se acalme, vamos respira com a gente  ̶  disse Harriet.

  ̶  Inspira, respira, inspira, respira  ̶  dizia Sonya enquanto eu respirava com Harriet.

  ̶  Fique calmo, e por favor, nos conte o que está acontecendo.

  Sonya e Harriet sempre foram meninas muito gentis, eu confiava nelas, e precisava tirar aquilo de dentro de mim, então decidi contar a elas.

  ̶  Antes de tudo, vocês tem que me prometer que nunca irão contar isso pra ninguém, principalmente pro Thomas, vocês tem de jurar.

  Elas aceitaram, e então eu contei tudo o que Janson havia nos dito.

  ̶  Oh Newt, eu sinto muito  ̶  disse Harriet.

  ̶  Vai ficar tudo bem  ̶  disse Sonya.

  ̶  Vai sim, mas pra isso eu preciso ficar longe de vocês, Janson nos contou como podemos ficar perigosos, eu não quero machucar ninguém.

  ̶  Newt, acho que vocês devem conversar com todos os Clareanos  ̶  disse Harriet.

  ̶  Não, isso só fara eles sofrerem ainda mais, já conversei com Winston e Zart, simplesmente iremos embora, como se tudo estivesse bem.

  ̶  Mas e o Thomas, Newt, o que você fará em relação a ele?  ̶  perguntou Sonya.

  ̶  Ainda não sei, mas eu não quero magoa-lo, ele me faz tão feliz, não posso fazer nada que o prejudique.

  ̶  Pensa bem Newt, ele gosta muito de você  ̶  disse Harriet.

  Decidi depois de todo aquele surto, e de tanto chorar voltar ao dormitório, eu só queria dormir um pouco, pensar, colocar a cabeça no lugar, e decidir o que eu iria fazer em relação ao Tommy.

  Estava indo pro dormitório quando meu Tommy me parou perto do refeitório e me deu um grande abraço, me fazendo sentir pior do que já estava.

  ̶  Hey, onde você esteve? Te procurei por toda parte  ̶  ele disse sorrindo pra mim.

  ̶  E-eu acordei com fome, então vim atrás de algo pra comer  ̶  não sei porque menti, eu não conseguia dizer a verdade pra ele, eu não queria magoa-lo. Me lembrei de quando ele me disse: “Seria impossível viver sem você”, e então meu coração apertou, eu não podia contar pra ele.

  ̶  Newtie, tá tudo bem? Você está pálido, e me parece nervoso  ̶  ele pergunta já desconfiado.

  ̶  Eu estou com dor de cabeça, e um pouco cansado, acho que preciso voltar a dormir  ̶  minto novamente.

  ̶  Está tudo bem mesmo?

  ̶  Está sim, eu vou descansar um pouco, mais tarde a gente se fala tá?

 

  Eu dou as costas para Tommy indo para o dormitório, novamente as lágrimas começam a escorrer.

  Entro e me jogo na minha cama, ela tem o cheiro do Tommy, eu abraço o travesseiro e choro tudo que está entalado, vendo ali, todos meus sonhos indo embora.

 

Thomas’ POV

 

  ̶  Eu to te falando Minho, ele estava todo estranho, como se acabasse de ver um fantasma ou sei lá  ̶  digo sentado na mesa do refeitório, apenas com a companhia de Minho  ̶  Você não sabe de nada mesmo?

  ̶  Te juro que não sei Thomas, até ontem o Newt parecia super normal pra mim  ̶  diz o asiático dando de ombros.

  ̶  Eu senti uma tristeza terrível no olhar dele,vi seus olhos marejados, como se algo péssimo fosse acontecer, estou preocupado.

  ̶  Relaxa vai ficar tudo bem, trolho. Acho que vamos ficar um bom tempo por aqui, você vai descobrir o que está incomodando ele.

  De repente Sonya chega sentando ao lado de Minho, eles então dão um selinho.

  ̶  Oi gata, tava com saudade já  ̶  diz Minho sorrindo pra ela.

  ̶  Eu também meu lindo  ̶  diz ela beijando a bochecha dele  ̶  Oi Thomas, tudo certo?

  ̶  Oi Sonya, tudo sim  ̶  me levanto, pois vi que estou sobrando ali  ̶  Eu vou falar com o Newt, vejo vocês depois.

 

 

Newt’s POV

 

  Passei praticamente o dia todo deitado na cama, eu não senti vontade de comer, eu só queria que aquela dor terrível sumisse de dentro de mim.

  Chorei por horas seguidas, tentei dormir mas foi um fracasso total. Então eu pensei, pensei e pensei por horas.

  Eu percebi que Thomas é o amor da minha vida, e nada importa pra mim como ele, é por ele que eu viveria, por ele eu morreria. Eu deveria protege-lo da dor, então decidi não contar a ele absolutamente nada.

  Mas eu sabia o que eu tinha que fazer, logo eu iria embora como Janson disse, para um lugar, e viver em paz até minha morte. Eu sabia que podia demorar para o fulgor se propagar pelo meu corpo, mas eu também sabia que era inevitável. Então eu iria fazer o que tinha que fazer.

  Eu irei me despedir do Tommy, para sempre...


Notas Finais


Música do capitúlo: The Call - Regina Spektor
Espero que tenham gostado, vou criar uma playlist em breve para a fanfic.
A gente se vê logo logo, bjoos


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