História NEWTMAS:From Beginning to the End - Take my breath

Thomas’ POV

  Como todos as últimas noites, eu não consegui dormir, meus pensamentos me incomodavam, eu me sentia preso, debilitado. E minha preocupação com Newt só aumentava cada vez mais.

  Comecei a pensar que talvez eu devesse ter raiva dele. Eu tentei fazer de tudo para darmos certos juntos, para nosso relacionamento funcionar.

  Lembrei-me da noite na Clareira em que Newt e eu brigamos por causa da chegada de Teresa. Depois daquela briga, já a noite na enfermaria, após o ataque dos verdugos. Lembro que acordei e Newt estava me fazendo companhia. Conversamos e prometemos nunca esconder nada um do outro, prometemos que não teríamos segredos um do outro, e que iriamos nos ajudar em tudo. Bom, Newt quebrou a parte dele quando simplesmente terminou comigo, foi embora e não deu uma explicação sequer para mim.

  Eu realmente deveria ter raiva dele.

  Estou deitado em um monte de cobertores por conta de estar bem frio essa noite. Mesmo com o frio os cobertores me incomodam, me dão uma sensação de aperto, como se estivesse preso. Tiro todos de cima de mim, e me ponho sentado. Esfrego os dois olhos com as mãos e bocejo. Parece que chega de dormir para mim hoje.

  Olho ao redor e vejo todos adormecidos. Uma vontade imensa de sair daqui me invade. Uma vontade de correr, gritar, deixar sair essa angústia, todo esse desespero que carrego a três dias.

  Sei que não posso, há uma grande chance de eu dar de cara com algum Crank lá fora. Posso simplesmente me perder ou.....Argh, que se dane.

  Me levanto apressado e vou em direção a porta. Abro ela com muito cuidado pra não acordar ninguém. Saio e tranco novamente os Clareanos ali dentro para que fiquem seguros.

  Dou uma rápida olhada por todo o “supermercado” em que estamos, avalio o de ponta a ponta para ver se não corro perigo. Quando vejo estar seguro saio andando por aí esfriando minha cabeça. O ar frio passa por mim, e cruzo meus braços na jaqueta numa tentativa falha de me aquecer. Dou uma olhada pelas prateleiras, corredores. Nada que eu não tenha visto. Decido então visitar o segundo andar, sei que combinamos de ir lá amanhã, porém se eu olhar hoje teremos mais tempo, e poderemos sair mais cedo pela manhã. Vou em direção na escada perdido nos meus pensamentos que sempre voltam pra Newt.

  Acredito que meu maior medo seja chegar no braço direito, e mesmo assim nunca mais ver ele. Com certeza se isso ocorrer eu iria atrá dele, com ou sem a aprovação de Minho.

  Subo a escada comprida e dou em mais algumas prateleiras. Novamente com mais comida e suprimentos. O segundo andar não é tão extenso, passo pelas prateleiras até chegar no fim do andar. Bem no fim há uma porta dupla. Nela está escrito: “Somente funcionários”.

  Como esse lugar está abandonado não tem problema algum entrar. Empurro as duas portas e me vejo em um corredor bem escuro. No corredor tem três diferentes portas.

  Caminho lentamente com medo do que posso encontrar, as duas primeiras portas estão abertas e a última fechada.

  Entro pela primeira e tudo que encontro são uma mesa com três cadeiras, uma atrás da mesa, e duas na frente. Parece ser a sala do dono desse lugar ou algo do tipo. Fuço um pouco mais não encontro nada a não ser papéis velhos, empoeirados e rasgados.

  Saio novamente no corredor e olho para a segunda porta. A segunda porta é iluminada pela luz da lua e faz sombra até para fora da sala, resolvo entrar nela para ver o que tem lá.

  Vou até a segunda porta, mas antes de adentrar o cômodo meu corpo se estanca na porta, parando com a visão que tenho.

  Meus olhos se enchem de lágrimas no mesmo segundo, não preciso nem forçar a visão para reconhecer quem está ali. Vejo um garoto loiro, sentado em frente uma grande janela, segurando as duas pernas, com a cabeça apoiada no joelho. Totalmente perdido nos seus pensamentos silenciosos. Com toda certeza é ele, é o meu amor, é ele que procuro a dias.

  ̶  Newt?  ̶  minha voz sai fraca e rouca.

  Ele se assusta e se põe de pé rapidamente, aposto que está com medo de ser algum Crank. Quando seu olhar encontra o meu já consigo sentir as lágrimas chegando.

  ̶  Tommy?  ̶  ele me olha como se não acreditasse.

  ̶  Eu te encontrei  ̶  caminho até ele  ̶  Eu sempre vou te encontrar  ̶  digo o abraçando o mais forte que consigo, nunca mais irei soltá-lo.

  Ele retribui o abraço enlaçando o braço no meu pescoço me agarrando, já posso ouvir seu choro baixinho. Me permito chorar junto. Finalmente o encontrei, e nunca mais irei perdê-lo.

  ̶  Tommy eu...  ̶  ele diz olhando em meus olhos, seus olhos estão cheios de lágrimas.

  ̶  Não diga nada  ̶  então eu o beijo, um beijo terno e totalmente molhado pelas nossas lágrimas, um beijo necessário. Eu quero tomar ele pra mim, quero guarda-lo e nunca mais soltar. Seguro com as duas mãos seu pequeno rosto ruborizado e ele segura minhas costas me apertando pra ele. Nosso beijo se intensifica, e empurro de leve até o pequeno sofá que tem na sala. E deito sobre ele. Não nos separamos por um segundo, continuamos a nos beijar necessitados. Newt é o mesmo de sempre, sua respiração se torna pesada, e ele fica vermelho, como sempre foi. Ahh, como eu estava com saudade. Eu tenho um milhão de perguntas, mas tudo que consigo por agora é beijá-lo. Eu precisava dele mais que tudo, ele é como uma droga e eu já estava sem ela à dias.

  Passo a mão lentamente por debaixo de sua camisa acariciando seu tórax. Percebo ele arrepiar com o ato e tiro a sua camisa branca fora, o deixando nú na parte de cima. Começo a beijar seu pescoço e vou descendo molhado até os seus mamilos. Beijo cada um com muita paciência enquanto Newt acaricia meu cabelo e beija o topo da minha cabeça. Minhas mãos correm até o cós de sua calça e a desabotoo, baixando o zíper. Deixo o loiro apenas de cueca enquanto ele retira minha camisa. Continuo a beijá-lo enquanto eu tiro a minha calça também, não consigo parar de beijá-lo um segundo. Eu e ele ficamos apenas de cueca enquanto nos entreolhamos. Eu quero dizer alguma coisa, mas simplesmente não consigo. Newt me puxa pela nuca e voltamos a nos beijar. Retiro nossas boxers e coloco meu membro em sua entrada. Percebo que ele quer isso, então eu o penetro. Vejo que ele sente um pouco de dor, pois faz tempo que não fazemos isso, além de não termos nos lubrificado dessa vez. Eu estoco lentamente para não machuca-lo, e também porque quero aproveitar cada segundo com ele. Newt segura meu pescoço e me abraça com força dando leves gemidinhos contra minha boca, ainda nos beijamos. Estamos totalmente sem folêgo, mas ele não é necessário quando se trata de Thomas e Newt.

  ̶  Eu te amo, amo você, sempre amei, sempre vou amar  ̶  me declaro.

  ̶  Você é minha vida, Tommy  ̶  ele se declara.

Continuo estocando lentamente, e ele choraminga. Eu o abraço e ele enfia seu rosto em meu pescoço. Faço o mesmo e nessa mesma posição continuamos a foder até que ambos desfrutemos do tão esperado orgasmo.

  Depois que acabamos ficamos simplesmente ali, abraçados, sem se soltar um segundo. O silêncio nos unia de uma forma que as palavras não faziam. E ali ficamos, desfrutando um do outro, levando embora toda angústia, toda preocupação e toda a saudade. Sinto um maldito sono, não durmo à dias, hoje pelo menos sei que Newt está bem, então posso dormir tranquilo, em paz.

  ̶  Nunca mais me deixe  ̶  sussurro para ele.

  ̶  Eu te amo mais que tudo  ̶  ele sussurra de volta.

  ̶  A partir de agora, ficaremos sempre juntos, eu amo você infinitamente.

  E então adormecemos abraçados naquele pequeno sofá, apenas nos tendo um para o outro, de agora em diante, até o fim dos tempos.