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História Next To You - Them lips won't let me go (part. 2)


Escrita por: TiffyB

Notas do Autor


Boa tarde leitoras! Desculpem a demora, aqui está mais capítulo. Beijos! Boa leitura.

Capítulo 10 - Them lips won't let me go (part. 2)


Fanfic / Fanfiction Next To You - Them lips won't let me go (part. 2)

Nicola Peltz


Ética era a última aula que eu teria a tarde, depois ficaria inteiramente livre. Andava apressadamente pelos corredores, quando esbarrei nas costa de alguém, caindo para trás por conta do impacto.


Subi o olhar encontrando lindos pares de olhos azul piscina. Com uma das mãos na testa, encarava o garoto em minha frente.


— Você está bem? — perguntou ele, juntando os livros espalhados pelo chão.


— Oh, sim. Desculpe por esbarrar em você. — sorri.


— Não tem problema — abriu um sorriso. — Espera, você é da turma de engenharia? — perguntou após olhar os livros em sua mão. Assenti. — Nunca te vi por lá, lembraria de você.


— Hm, deixa eu ver… Não tenho sobrenome forte, nem tenho algum cargo importante — gesticulava com os dedos — Então, você não poderia me notar. — dei de ombros.


Ele parecia surpreso com a minha resposta, mas não aparentava estar ofendido.


— Você é daquelas que não se misturam? — soltei um riso.


— Não. Só sou do tipo normal. — afirmei.


Ele me encarou profundamente. Cocei a garganta, e olhei para os meus livros que ainda estavam em sua mão.


— Ah, desculpe! Ainda estou com seus livros. — coçou a cabeça sem jeito.


— Obrigada. — agradeci após organizar os livros em minhas mãos.


— Disponha. — ele deu uma piscadela.


Segui até a sala de aula, sentando nas primeiras fileiras. Abri o livro e passei a acompanhar a leitura que a professora começara a fazer.


...


— Alô? — falei após atender a ligação em meu celular.


— Nicola? — ouvi a voz do outro lado da linha. Franzi a testa sem identificar quem era.


— É ela. Quem fala? — perguntei.


— Não reconhece a voz da pessoa mais linda do mundo? — gargalhei alto ao reconhecer imediatamente sua voz.


— Muito engraçadinho, Justin. O que houve?


— Onde você está? — perguntou ele.


— Estou a caminho da casa das coelhinhas. — respondi apoiando o celular entre a orelha e o ombro. Ele deu uma risada alta do outro lado.


— Chego aí em dez minutos, se arrume rápido.


— Mas... — comecei a falar e a ligação foi finalizada. Filho da mãe!


Entrei no quarto jogando os livros na cama e indo até o banheiro. Após o banho me enrolei na toalha, indo até o guarda roupa procurando algo para vestir. Peguei uma blusa jeans de mangas longas, e um shortinho básico da cor preta vestindo as peças.


— Toc toc. Eu mesmo. Entrei. — virei a cabeça em direção a porta e a figura loira invadiu meu quarto vestindo suas típicas calças rasgadas, camiseta cinza, e uma camisa jeans de botões aberta por cima. Ridículo, isso que ele era.


— Santa educação. — rolei os olhos para cima, escutando sua risada em seguida. — Invejoso. — disse ao notar que nós dois vestiamos camisas jeans.


— Invejosa é você, eu vesti primeiro. — empinou o nariz. — Já está pronta? — perguntou e eu neguei com a cabeça, começando a fazer uma maquiagem leve.


— Você já é linda, não precisa desse troço. — falou referindo-se a minha maquiagem.


— O que te trouxe até aqui, Bieber? — mudei o assunto, ignorando sua fala anterior.


Você. — ri em em escárnio.


— O real motivo. — virei a cabeça para olhá-lo.


— Além de você? — levantou uma das sobrancelhas. —  Eu estou sozinho, você também está, nossos amigos nos abandonaram, e está uma linda noite lá fora.— sorriu de canto.


— Ah, então quer dizer que eu sou sua segunda opção senhor Bieber? — coloquei as mãos na cintura fingindo estar ofendida.


— Na verdade, 


Era impressão minha ou Justin Bieber havia acabado de dar em cima de mim?


— Estou pronta. — disse, pegando a bolsa de cima da cama, colocando-a nos ombros.


Descemos as escadarias da ZBZ’s, e graças a Deus não esbarramos em Avery, se não seria aquele interrogatório ridículo. A moto de Justin estava estacionada em frente ao prédio, e algumas garotas cochichavam entre si quando me viram subir na mesma. Ele propositalmente saiu cantando pneu assustando alguma delas.


Segurava firme em seu abdômen, sendo capaz de sentir todos os gominhos que haviam ali. Justin passava feito vento entre os carros, e por incrível que parece eu não sentia medo, confiava nele.


A velocidade foi acabando aos poucos, e enfim paramos em frente ao Club Trio. Era um bar muito popular na cidade, tinha uma frente iluminada em neon e estava lotada. Justin entrelaçou nossas mãos, não me dando tempo para questionar. Passamos por entre as pessoas de mãos dadas.


Bieber escolheu uma mesa no canto, perto do bar. Observava o lugar com grande curiosidade, assim como na entrada, a parte externa do bar era em neon.


— Duas cervejas, por favor. — pediu Justin ao garçom.


Assim que o garçom trouxe as cervejas, abriu-as e nós agradecemos.


— Como você ficou sabendo daqui? — perguntei me referindo ao lugar.


— Ryan havia me falado um dia desses. Você já conhecia? — ele perguntou.


— Não, eu e Emma vamos com mais freqüência ao Music Farm. — dei de ombros.


— Fomos nele assim que eu e Ryan chegamos a cidade, lembra? — disse se recordando do dia em que nos conhecemos.


— Lembro  de você me irritando, das nossas farpas trocadas, e de você com uma loira oxigenada. — falei com o polegar e o indicador no queixo.


— Boa memória. — sorriu. — Mas na verdade, foram duas loiras. — disse se gabando.


— Poupe-me dos detalhes. — revirei os olhos — Mas eu também me dei bem naquela noite.


— Alguém em especial? — sua curiosidade era nítida


— Não o conheci, só nos beijamos e puf, uma confusão na pista de dança cortou nosso beijo, e nunca mais o vi. — ri bebericando a cerveja pela primeira vez.


— Comigo aconteceu o mesmo! — falou arregalando os olhos — Espera, você não acha que…


— Que eu sou sua outra loira e você meu cara misterioso? — o olhei. — Sem chance! — gargalhei e ele me acompanhou dando um gole em sua cerveja.


— Você já teve algum namorado, Nicola? — perguntou ele e de início eu fiquei surpresa, mas depois relaxei os ombros.


— Não, nunca namorei. — levei a garrafa à boca e voltei a beber o líquido gelado que estava começando a relaxar meus músculos tensionados.


— Então, você nunca namorou ninguém ou… Nunca fez sexo? — perguntou indiscretamente e eu gargalhei alto novamente.


Escorei-me no encosto, olhando as pessoas que dançavam a nossa volta.


— Você ainda não respondeu minha simples pergunta. — ouvi Justin perguntar baixinho perto da minha orelha e o meu sorriso desapareceu quando todos os pelos do meu corpo se eriçaram.


— Digo que, são duas coisas totalmente diferentes. — o encarei.


Touché. — Ele me encarou de volta, sorrindo de canto.


Tomamos mais duas cervejas e alguns drinques com cores vibrantes especiais do lugar.  



Justin Bieber


— Vem, vamos dançar. — disse, e Nicola negou fazendo careta.


— Ah não, eu não sei dançar. — falou pronta para sentar-se, mas eu a puxei do banquinho do bar.


— A música é rápida, você só precisa se mexer aleatoriamente. As pessoas nem vão notar. — insisti, ela me olhou por um tempo e depois sorriu.


Puxei-a novamente até estarmos no meio de uma quantidade de pessoas que dançavam animadamente.


No começo Nicola parecia meio tímida, apenas se mexia lentamente ao som da música que tocava. Depois ela fechou os olhos, virou de costas, e essa foi a minha deixa. Rodeei minhas mãos em sua cintura. Nick me olhou sobre os ombros e virou-se colocando os braços em meus ombros, me deixando um pouco surpreso.


Ela me encarou por longos segundos, de modo que os seus olhos pareciam penetrar no fundo dos meus. Eu queria que ela penetrasse, queria que ela adivinhasse a única coisa que se passava em minha cabeça naquele momento.


— Eu vou te beijar. — falei indo de encontro aos seus lábios vermelhos. Ela abriu um sorriso, e propositalmente virou o corpo, ficando de costas novamente.


Bufei e ri, apertando sua cintura com minhas mãos. Nicola as segurou incentivando-me a seguir seus movimentos, mexia meu quadril junto ao dela. Colei ainda mais nossos corpos, e respirei ferozmente o perfume adocicado de seu pescoço. Senti ela estremecer entre meus dedos.


Abri um sorriso. Era incrível como ela vivia como se não tivesse medo de nada, vivia o momento e o fazia sua prioridade. O engraçado era que ela abrangia tudo que eu sempre procurei, e parecia que eu abrangia tudo que ela fazia questão de correr.


— Vou até ao bar pegar uma bebida. — falei perto de seu ouvido um pouco gritante por conta da música alta. — Você quer?


— Sim, por favor. — gritou de volta.


Assenti e saí por entre as pessoas, até chegar ao bar, logo o barman veio me atender. Olhava o movimento em volta, quando senti alguém ocupar o assento ao lado.


— É novo por aqui? — uma voz feminina falou, virei-me a fim de saber quem era.


Uma morena bebericava sua bebida ao meu lado.


— Sim, minha primeira vez. — respondi educadamente a sua pergunta.


— Imaginei… Lembraria de você — me olhou da cabeça aos pés. Não deixei de notar suas fisionomias também. — Acompanhado? — sua voz transbordava interesse.


— Quase isso. — sorri de canto.


O barman me entregou as bebidas. Saquei a carteira do bolso tirando algumas cédulas, mas senti as mãos da mulher de cabelos escuros segurarem as minhas.


— É por minha conta. — disse ao barman e lançou-me uma piscadela.


Abri a boca para contestar, mas a mesma colocou o indicador nos meus lábios.


— Não me faça insistir. — falou sensualmente em meu ouvido. Assenti.


— Obrigada. — peguei minha bebida e de Nicola do balcão.


— Eu que agradeço. — sorriu maliciosamente. — Se caso a sua “quase” companhia não for o suficiente, me liga. — beijou o canto da minha boca, colocou um cartão no bolso de trás da minha calça e saiu rebolando.


— Cara, que sorte a sua. — falou o barman.


— Você a conhece? — perguntei.


— Ela é a dona do lugar.


— Uau. — peguei o cartão do meu bolso, olhando-o. — Você pode precisar mais do que eu. — entreguei para o cara, que arregalou os olhos me agradecendo.


— Tô te devendo uma. — falou ele, fazendo um toque comigo.


Peguei as bebidas novamente do balcão, e fui em direção ao lugar que havia deixado Nicola alguns minutos atrás. A avistei de longe, parecia estar agitada e discutindo com alguém. Franzi o cenho e forcei a vista. Um cara alto tentava agarrá-la e ela esperneava em seu aperto.


Soltei as bebidas em cima de uma mesa qualquer, caminhando em passos largos e pesados.



Nicola Peltz


Havia dançado uma música e meia, à espera de Justin que havia ido até ao bar do lugar. Senti alguém chegando por trás, levando meu corpo de encontro ao seu. Imaginei ser Justin que chegara com nossas benditas bebidas.


— Se você continuar dançando desse jeito, não vou me responsabilizar pelos meus atos. — gelei ao perceber que não era a voz de Justin.


Virei-me com tudo, vendo quem era a figura descarada que encostava as mãos em mim. Moreno, alto, corpo atlético, típico garanhão. Mereço.


— Oh, sério? — me fiz de confusa e ele estreitou os olhos pra mim, apertando ainda mais as mãos. — Com licença.


— O que foi? Não gosta de pegada, gatinha? — sorriu malicioso.


— Eu disse, com licença. Você é surdo por acaso?  — disse, tentando mais uma vez libertar-me de seus braços.


— Se eu fosse você, não falaria assim comigo! — o cara rangeu os dentes, estremeci começando a ficar com medo.


— Mas que porra é essa? — Justin apareceu como um furacão.


— Briga de casal, não se meta. — o cara mentiu e eu arregalei os olhos para Justin.


Ele gargalhou debochadamente alto.


— É mesmo? — disse ele. — E qual o nome dela? — apontou para mim.


O cara me encarou, e depois encarou Justin cerrando o punho.


— É sua garota? — ele soltou-me de vez, ficando frente a frente com Justin.


Permanecemos em silêncio, intercalando olhares entre nós.


— Caso contrário, terei o prazer de levá-la para um lugarzinho mais reservado. — sorriu de lado.


— Sim, ela é. — disse ele com dureza.


— Mesmo? Então prove. — cruzou os braços.


— Ah, pelo amor de Deus. — falei trazendo a atenção deles para mim. — Eu não tenho que provar nada a você. — Apontei o dedo na cara do sujeito.


Eu realmente não tinha medo de morrer, ou até mesmo levar uns tapas na cara. Algumas pessoas já olhavam a movimentação, odeio chamar atenção.


— É isso, ou o seu namoradinho”, vai ter que sair no braço comigo. — fez aspas com os dedos referindo-se ao Justin. — É pegar ou largar.


Estava pronta para contestar e dizer umas poucas e boas para aquele atrevido. Quem ele pensa que é? Foi quando Justin se aproximou de mim, olhou no fundo dos meus olhos e segurou meu queixo com ambas as mãos.


— Relaxa amor, não é nada que a gente já não tenha feito, huh? — arqueou uma das sobrancelhas, esperando minha resposta. Assenti, encarando-o profundamente, permitindo que ele me beijasse, ali e agora.


Sem perda de tempo, ele cobriu meus lábios com o seus, e meu coração saltitou. Sua língua tocou meu lábio inferior e eu lhe cedi passagem. Logo, sua língua acariciava a minha de uma forma sensual e ao mesmo tempo um pouco apressada. Praticamente todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, enquanto ele me beijava. Paramos o beijo quando ouvimos um limpar de garganta. Bieber abriu os olhos e me encarou. Suas orbes brilhavam e percebi que suas pupilas estavam dilatadas...


Eu sabia que aquele beijo era pra ser encenação, que nós dois não precisávamos provar nada a ninguém. Sabia também que Justin havia aproveitado a oportunidade e no fundo era isso que eu também queria.



— Ok, deu para entender. — o cara revirou os olhos. — Da próxima vez, acho bom não deixar sua garota sozinha num lugar como esse. — encarou nós dois e saiu andando.


Respirei fundo em alívio. Justin fez o mesmo, ele estava com a boca borrada de vermelho. Dei risada e ele me olhou confuso.


— Você está parecendo um palhaço. — falei enquanto andávamos de volta à mesa. Ele tentou limpar, espalhando ainda mais por suas bochechas.


Neguei com a cabeça, pegando um guardanapo, limpando os borrões em seu rosto.



Justin Bieber


— Batom de longa duração. — disse ela risonha, me ajudando a limpar o rosto.


— Não sei porque as mulheres usam essas coisas. — revirei os olhos, sentindo um tapa em meu braço.


— Eu deixo você parecendo o Bozo.


Dei risada e a encarei profundamente. Desde seus olhos verdes, suas bochechas rosadas, a boca um pouco borrada assim como a minha, seus fios de cabelos loiros…


— Promete que nada vai mudar entre a gente depois de hoje? — perguntei. Ela sorriu e assentiu, jogando o papel sujo na lixeira.


— Vamos sair daqui? — chequei a hora. Já passava de meia noite.


— Você sabe que hora é essa? Amanhã temos aula. — me olhou como se eu fosse um louco.


— Deixa de ser cdf. — revirei os olhos. Ela abriu a boca em perfeito “o”.


— Nunca mais me chame assim, Bieber. — ela parecia irritada, mas não ofendida.


Saímos do bar e alguns minutos de viagem depois paramos em um píer, um pouco distante da cidade. Nicola que sugeriu. Estacionei a moto, tirei meus sapatos e Nicola os dela também, caminhávamos pela areia da praia, ouvindo as ondas bater ao longe.


— O que você pensa sobre o amor? — perguntei de súbito e ela me encarou confusa.


— É muito importante, já que eu amo meus amigos. — respondeu depois de pensar um pouco.


— E sua família? — a olhei.


— Todos que eu conheço abandonaram minha mãe quando ela ficou doente. — aquela fala havia saído amargurada e com indignação.


De repente lembrei-me de minha mãe, meus irmãos e até mesmo meu pai. Por mais que ele pareça durão e implicante com tudo o que eu faço, ele era um bom pai. Quando eu era criança, todos os dias Jeremy me levava num parquinho perto da minha antiga escola. Aquela foi a melhor época, quando ele tinha tempo e não desperdiçava-o somente com o  negócios da empresa. Não imagino a dor que seria perdê-los, até se forma um nó em minha garganta só de pensar.


Meus pensamentos vagaram por todas as vezes que eu pensei que amava alguém sem amar. Em toda minha vida eu havia namorado sério apenas duas vezes, digo, de apresentar para os meus pais e conhecer os pais da garota também. Nenhuma delas eu cheguei a amar. Costumo dizer que quando é amor, não se acaba. Se acabar, então não era amor.


Quando você é jovem, qualquer faísca que você sente pelo corpo, ou qualquer embrulho no estômago você denomina de amor. Eu acredito naquele tipo de amor que você se doa por inteiro aquela pessoa, que você passa por cima dos dias ruins, que está disposto a tudo por um único ser na face da terra que faz você feliz, que torce para que chegue logo a hora de vê-la e torce para que o tempo pare quando estiverem juntos.



— Eu nunca amei ninguém. — disse repentinamente. Nicola me encarou novamente franzindo a testa.


— Por que está dizendo isso?


— O que você falou, me fez refletir sobre minha vida. Cheguei à conclusão de que nunca amei alguém.


— E seus pais, seus irmãos? — me olhou brevemente.


— Não estou falando desse tipo de amor.


Ela olhou ao redor, as ondas batiam fortemente sobre as pedras, permanecendo concentrada somente naquilo. Depois voltou a me olhar.


— Não quis destruir o que você acredita. — falou sinceramente.


— E o amor romântico? — perguntei com curiosidade.


— É uma porcaria. — riu — Todo mundo sabe que até nos filmes é a maior enganação que existe no mundo. Eles só servem para nos deixar com raiva do quão distantes estamos daquele amor irrealista de cinema. Não existe essa de príncipe encantado, ou o cara certo, os homens são todos iguais, só mudam de endereço.


— É isso que você realmente pensa? — sorri. Ela balançou a cabeça para cima e para baixo repetidas vezes. — Fico muito feliz em saber sua visão em relação aos outros do meu gênero. Mas, não sou igual a todos os homens.


— Isso é mentira. Se você mente, isso torna você igual a todos os outros. — respondeu.


Touché. — disse.


Nicola pareceu pensar um pouco no assunto e então me olhou nos olhos, repetindo minha pergunta.


— E você Justin, o que pensa sobre o amor?


— É a segunda coisa mais importante do mundo. O respeito vem em primeiro lugar. — respondi, encarando-a.


— Boa resposta. — sorriu assentindo.


— Que tal um mergulho? — sugeri apontando para o mar a nossa esquerda.


— Uma corrida? — me olhou com uma sobrancelha arqueada.


— Você quer apostar? — perguntei. Ela cruzou os braços afirmando.


— Quem perder, faz o que o vencedor mandar. — disse ela.


— O que seria? — perguntei.


— Se eu vencer você vai...hm… — pensou — Raspar a cabeça!


— O que? — quase gritei. Meu cabelo era a coisa que eu tinha mais ciúmes. — Não, com certeza não!


— Está com medo de perder? — perguntou cruzando os braços.


— Não!


— Parece que está. — debochou.


— Tudo bem… — suspirei — Mas, se você perder vai ter que… — pensei — Fazer uma tatuagem, onde eu escolher.


Nicola arregalou os olhos e eu sorri vitorioso.


— Ainda quer continuar? — gargalhei. Nicola assentiu posicionando-se. — Você sabe que vai perder, né?


— Veremos Bieber, veremos… — me olhou, sorrindo de forma desafiadora.



Nicola Peltz


— No três. — Justin falou. Assenti, concentrada na distância a minha frente.


— Um….Dois… Três! — sai correndo, mas Justin passou de mim. Tentava acompanhá-lo, quando o vi tropeçar e cair.


Essa era a minha chance de vencer!


Aumentei a velocidade dos meus pés e sentia o vento frio bater em meu rosto, assanhando os cabelos. Já estava chegando perto de Justin, ele tentava levantar-se.


— Pronto para ficar careca, Bieber? — zombei passando por ele.


Senti uma de suas mãos agarrarem meu calcanhar, consequentemente me levando ao chão. Justin ria incontrolavelmente com as mãos na barriga.


— Não valeu, seu trapaceiro. — disse, jogando areia na altura de seu peito.


Ele me olhou com os olhos semicerrados. Levantei-me depressa, vendo-o encher as mãos de areia. Corri na direção contrária a sua, quando senti o impacto da areia molhada em minhas costas.


— É guerra que você quer? É guerra que você vai ter Bieber. — disse baixinho. Justin me encarou, chamando-me com uma das mãos.


Peguei um quantidade de areia, indo em sua direção. Justin saiu correndo, eu estava determinada a me vingar. Parecíamos duas crianças que vão à praia pela primeira vez.


— Você nunca vai conseguir me pegar, Nicola. — disse, mergulhando no mar.


Mergulhei sentindo água estupidamente gelada, me fazendo bater os dentes. Tentava alcançar Justin que estava longe o suficiente de mim. Uma onda enorme começava a se formar, e estávamos exatamente onde ela quebraria. Corri na tentativa de não ser arrastada.


— Sua medrosa! — gritou Justin de longe.


Minutos depois a mesma onda o arrastou até parar a poucos metros de mim. Justin tossia e esfregava os olhos freneticamente. Gargalhei agradecendo ao mar mentalmente.


— Cansou de tentar me pegar? — Justin sacudia os cabelos, igual um cachorro molhado.


— O mar já se vingou por mim. — eu ia rir novamente, mas seus braços seguraram nos meus e me puxaram para perto.


Estava lenta demais para processar o que estava acontecendo, mas meu corpo todo se acendeu quando ele chocou nossos lábios. Justin colocou uma mão em minha nuca e a apertou, abri a boca fazendo sua língua tomar conta da minha.


Era louco o modo que elas se encontravam, era louco e eu odiava isso. Odiava porque ele iria questionar depois, iria me confundir, iria começar a comentar coisas que estavam fora de cogitação e eu seria a louca. Queria que ele entrasse na minha mente e entendesse o porquê de eu não querer beijá-lo. O porquê de não estar fazendo sentido algum. Queria que ele soubesse, mas era tarde demais. Ele havia feito, e eu havia gostado.



Justin Bieber


E lá estávamos nós nos beijando pela segunda vez. Eu gostava do seu beijo, era lento e sem pressa de acabar. Nicola sabia me envolver de uma forma inexplicável e eu me perguntava se algum dia eu preferiria outro beijo. Esse pensamento me deixava atordoado e um pouco confuso, sem exatamente o que estava sentindo ou melhor, se iria ser correspondido da mesma forma. Era precipitado, eu sei.


— Então, quem ganhou a aposta? — perguntei enquanto voltávamos para onde eu havia estacionado a moto.


— Eu, é claro. — disse — Você trapaceou!


— Você que tropeçou e caiu, a culpa não foi minha. — me fiz de inocente.


— Trapaceiro! — falou, visivelmente irritada. — Mas quer saber, vou fazer essa tatuagem. — descruzou os braços.


— Você não está falando sério — ri — Está? — perguntei ao vê-la me encarando seriamente.


— Porque não estaria? — continuou andando.


— Ainda posso escolher o local? — arqueei as sobrancelhas. Nicola parou, me olhou e sorriu de canto.


Ela pegou o capacete, colocando-o.Tirei a camisa jeans encharcada, colocando meu capacete, dando partida. Ela me dava as coordenadas para um estúdio de tatuagens a poucos quilômetros dali. Ao chegarmos ao lugar indicado por Nicola, ela parecia um pouco apreensiva ao descer da moto e observar o lugar.


— Não precisa fazer isso se não quiser. — falei, chamando sua atenção.


— Essa é a segunda, na minha lista de coisas que me faltava coragem de fazer. — riu.


— E qual é a primeira?


— Pular de paraquedas. — me olhou risonha. Neguei com a cabeça e adentramos o lugar, estava vazia, talvez por conta do horário.


Uma atendente veio ao nosso encontro, nos entregando um livro grosso com algumas ideias de tatuagens. Nicola folheava as páginas, olhando detalhadamente cada uma delas. Rodeava o lugar, olhando os quadros expostos pelas paredes.


— Não consigo me decidir, Justin — falou ela — Todas parecem ser grandes e dolorosas demais. — me aproximei dela.


— Dói no começo, mas depois você se acostuma. — acariciei seus cabelos. — Posso dar uma olhada? — apontei para o livro. Nenhuma combinava com ela.


Peguei uma folha de papel no balcão, escrevendo no mesmo e entreguei a moça da recepção.


— Confia em mim? — Nicola pensou, e assentiu.


— O próximo cliente está indo, Will. — gritou .


Entramos na pequena sala,  Nicola sentou-se, enquanto o tatuador trocava as agulhas.


— Bem, onde vai ser?— perguntou o cara barbudo, colocando uma máscara.


— Hmm.. — ela me olhou esperando que eu escolhesse um local. Fiz um sinal com a cabeça para que ela mesmo escolhesse, já que eu já havia escolhido o que seria.    


— Na lateral das costelas, abaixo dos seios. — falou ela.


— Ótima escolha. — falou ele.


Não processando muito bem sua fala, vi seus dedos tocarem os botões da camisa que ela vestia, desabotoando-os. Logo suas mãos afastaram o sutiã, fazendo-me perder todo o foco. Sua pele era alva e totalmente sensual, o sutiã que ele usava fazia os seios praticamente saltarem para fora. Era realmente uma visão maravilhosa. Ela se posicionou na cadeira, jogando os cabelos para o lado, me olhando pelos ombros.


Fiquei hipnotizado com aquele ato. Tentava pensar em qualquer merda nojenta, para evitar o pau duro, seria muito humilhação. Ela era linda demais, eu não estava brincando, chegava ser até surreal. O tal de Will, pressionou a agulha contra a pele de Nicola, e ela urrou.


— Caçarola! — fez careta — Isso dói pra caralho. —  comecei a rir, até fazendo careta ela conseguia continuar linda. — Justin seu mentiroso, isso não para de doer nunca. — foi a vez do tatuador dar risada.


— Não disse que ia parar de doer, disse que você se acostuma com um tempo. — sorri de canto e ela mostrou o dedo do meio.


Nicola choramingou algumas vezes, e eu achava graça de longe. Depois de uns quarenta minutos, finalmente havia ficado pronta, Live Fearless — viver sem medo”. Will, colocou o plástico por cima, e disse para ela deixar no mínimo uns quatro ou cinco dias.



Nicola Peltz


Fui até o espelho e dei uma bela olhada na minha nova marca. Não sabia porque Justin tinha escolhido esta frase, mas de alguma maneira eu sentia que se encaixava perfeitamente comigo.


Olhei a hora em meu celular, marcava exatamente 4:30 da manhã e meu corpo já dava visíveis sinais de cansaço.


— Vamos? — perguntou Justin, ajudando-me a levantar. — Ainda temos um caminho longo até a Universidade.


— Está muito tarde, porque não ficamos lá no meu apartamento? — sugeri.


Ele me encarou pensativo, e logo depois um sorriso malicioso brincou em seus lábios. É claro que aquela poderia não ser uma boa ideia, contando que eu e ele estaríamos sozinhos no apartamento, que nos beijamos duas vezes, e que possivelmente eu sentia atração por ele. Mas até o último minuto iria negar.



Destranquei a porta, jogando a bolsa na poltrona. Pus as chaves no chaveiro e tirei os sapatos.


— Vou tomar um banho. — prendi os cabelos em um coque.


Ele assentiu, tirando seu tênis. Peguei a toalha, e entrei no quarto começando a me despir, jogando as roupas levemente molhadas no cesto de roupas sujas. Entrei no box, liguei o chuveiro regulando a água para morna, e aos poucos meu corpo foi relaxando com a temperatura. Lavei os cabelos e por fim acabei o banho, pus o roupão que estava pendurado e abri a porta enquanto balançava os cabelos.


Justin estava deitado na cama, ergueu o olhar rapidamente e sorriu, levantando-se indo em direção ao banheiro. Vesti rapidamente um vestidinho de dormir soltinho, deitei na cama e pela primeira vez na noite peguei meu celular. Haviam várias mensagens de Emma, seguidas por vinte e cinco ligações. Vinte e cinco. Ela iria me matar, certeza.


Ouvi o barulho da porta abrindo, e todos os meus pensamentos foram interrompidos pela bela visão do seu corpo forte, os pingos de água escorrendo, traçando caminhos pelo seu peitoral, não ajudaram muito.


Oh céus! Ainda me pergunto como consigo dormir com ele sem tirar uma casquinha.



— Tem vinte e cinco ligações de Emma, acredita? — disse rindo e ele me encara. — Ela vai me matar.


— Que exagero! — disse ele, desenrolando a toalha da cintura, revelando a cor de sua cueca.


Nossa senhora das calcinhas molhadas, dai-me equilíbrio. Engulo em seco, espantando os pensamentos impuros que começavam a se formar em minha cabeça.


“Você tem tem que parar com isso Nicola! É só o Justin, você já o viu de cueca, já dormiu agarradinha com aquele corpo, já…”


Meus pensamentos foram interrompidos com Justin falando algo sobre Chris ter ligado para ele também. Bem a cara de Emma, ser desesperada e deixa todos desesperados também.


Justin deitou-se ao meu lado, e bocejou um “boa noite” para mim, desligando o abajur que estava do seu lado da cama.


Eu não estava com um pingo de sono, acho que o banho gelado havia me despertado um pouco. De repente, me senti um pouco incomodada em relação a estar ao lado de Justin, não de uma forma negativa, eu estava… nervosa.


Ele parecia estar do mesmo jeito, já que ele não parava quieto debaixo do cobertor. Solteira uma risada e virei, ficando de frente para ele.


— Parece que está meio difícil aí pra você, huh? — ele parou de remexer e me olhou.


— Sou só eu que estou achando que a cama diminuiu? — perguntou — Estou sem apoio. Preciso dormir abraçado a algo.


Arqueei as sobrancelhas.


— Então quer dizer que você e os garotos dormem abraçados, huh? — zombei. Ele entortou a boca.


— Não, mais algumas garotas da sua fraternidade aparecem por lá às vezes. — revirei os olhos e me virei.


— Sem graça — murmurei baixo.


Ouvir aquilo não tinha me deixado chateada, nem magoada e muito menos surpresa. Eu estava normal na verdade, no fundo, eu já sabia.


Fechei os olhos, me forçando a dormir. Passou alguns minutos e nada. Maldita insônia! Justin parecia ter se aquietado ao meu lado, pois não ouvia os lençóis sendo mexidos. Meu corpo inteiro entrou em alerta quando senti a mão de Justin parar em minha cintura. Ele fez um pequena carícia.


Respirei fundo contando até dez, era muita tentação para uma pessoa só. Quase comecei a me arrepender de sugerir que vinhecemos dormir aqui, poderia muito bem ter dito para ele dormir no quarto de Emma, já que estava vazio.


— Justin… — o repreendi.


— O que foi? — ele riu.


Resmunguei, virei e levei um leve susto ao ver seu rosto quase colado ao meu.


— Nossa! Já disse que seus olhos são lindos. — disse e abriu um sorriso, que mostrava boa parte de sua perfeita arcada. Um lindo sorriso, eu admito.


— Onde você quer chegar com isso, Bieber? — perguntei olhando sua mão que ainda estava em minha cintura. — Se está esperando eu corar com seus elogios ou me intimidar por estar desnudo, com a mão na minha cintura e com a boca quase colada na minha, está redondamente enganado.


Sussurrávamos, o clima tinha tudo para estar quente. Fazia tempo que não sentia toques como aquele, me controlava mentalmente e fisicamente para não fazer nada que eu venha a me arrepender no dia seguinte.


Qualquer movimento dele e eu me perderia por completo e faria coisas que a muito tempo eu vinha imaginando… Tarada! Isso que eu sou. Justin me olhou indo em direção a minha boca, prendi a respiração alguns infantes, até ele desviar e beijar minha testa carinhosamente.


— Boa noite, Nicki. — sorriu de canto.


Soltei o ar preso nos pulmões, aliviada.


Boa noite? Como assim Boa noite? Respirei fundo e fechei os olhos começando a contar carneirinhos. Eu precisava controlar esse desejo compulsivo por Justin. Eu precisava e iria.






Notas Finais


Passando pra avisar que a história também está sendo postada no wattpad. Até a próxima.


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