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História Nicest Thing - About a Girl


Escrita por: vausemessy

Notas do Autor


Voltei, gatinhas, e trago a paz (ou não).

Então, provavelmente esse é o meu último post antes de sair a nova temporada. Portanto, boa maratona para todas vocês! O destino dessa fic depende muito do que vai acontecer daqui para frente na série, então vamos rezar muito pelo nosso casal.

Me deixem ser um pouquinho fangirl e celebrar a minha baby Laura Helene sendo mãe de uma menininha? Ok, obrigada *.*

Enfim, boa leitura, aproveitem.

Capítulo 21 - About a Girl


Mesmo sem querer, Piper sentia seu coração batendo disparado dentro do peito. Ela tinha ido ali para resolver um problema, ter uma conversa séria e definitiva com Alex, mas só a visão da mulher a sua frente, depois do tempo e do problema pelo qual haviam passado, fazia o seu coração relembrá-la do quanto ela gostava, se importava e precisava de Alex.

- Pipes... – Alex sentiu as pernas fraquejarem quando viu a loira em sua porta.

- Ei – a loira sorriu sem graça.

- Eu posso te dar um abraço? – Alex perguntou desconfiada.

Piper sorriu e foi em sua direção mas não a abraçou, passou pelo vão da porta e a fechou.

- Agora pode – abriu os braços para a morena que se agarrou a ela.

- Você precisa parar de se meter em confusão – disse passando a mão nos cabelos negros da mulher que lhe apertava.

- Eu sei, eu sei, me desculpa... – Alex disse com a voz abafada.

- Ok – disse depois de mais um tempo abraçadas. – Está tudo bem, querida, eu preciso tomar uma água – deu dois tapinhas no bumbum da morena. – Alex, por que você nunca usa roupa?

- Piper, eu estou vestida! – Alex se soltou do abraço e colocou as mãos no ar, sem entender.

- Você está com uma camiseta e uma calcinha, Alex – Piper disse da cozinha, onde pegava um copo d’água.

- E isso não é suficiente? Eu estou na minha casa – sentou-se em uma banqueta e ficou observando os movimentos da loira. – Se você quiser, eu posso procurar uma calça ou algo do tipo...

- Não, talvez a falta de roupa possa ser benéfica para você, dependendo do tom da nossa conversa – Piper disse distraída olhando para a tatuagem na perna de Alex.

A morena abaixou a cabeça e passou a mão nos cabelos, levantando e olhando nos olhos de Piper.

- Eu vou te explicar tudo desde o começo, e espero que você entenda.

- Eu estou aqui para isso – Piper assentiu.

Alex levantou-se e indicou o caminho da sala para que as duas seguissem. Piper percebeu que ela parecia um pouco nervosa, então segurou em sua mão até que as duas chegassem ao sofá. Ao se sentarem, Alex parecia querer evitar o olhar de Piper, tinha receio do que a loira poderia estar pensando de toda aquela história.

- Alex – Piper lhe chamou a atenção.

Ela subiu o olhar.

- Eu não estou te julgando, eu ainda sei muito pouco dessa história e estou aqui para te ouvir, ok? Você tem que olhar para mim e me contar, tudo, só isso – sorriu. – Você confia em mim, não é? – Alex assentiu. – Então, vamos lá.

- É tudo tão confuso e fodido, eu nem sei por onde começar – a morena suspirou e passou as mãos pelos cabelos, enquanto dobrava uma perna em cima do sofá.

- Do começo, Alex. Onde você a conheceu? – Piper foi direta.

Alex a olhou e ficou em silêncio por alguns segundos.

- Eu conheci a Jennifer há mais ou menos sete anos, a minha mãe tinha acabado de falecer, eu estava em um período de ainda mais rebeldia, começando a me aventurar em novos tipos de... – olhou de relance para Piper – de drogas, e aí ela apareceu na minha vida – abaixou a cabeça novamente.

- Como?

- O marido dela, ele... – Ela mexia nervosamente as mãos – ele me contratou. Disse que era um encontro duplo. Na verdade, mais ou menos duplo, disse que a esposa queria ver ele transando com outra mulher – olhou para Piper que pareceu um pouco surpresa.

- Isso é uma coisa comum? – Perguntou meio perdida em seus pensamentos.

- Mais do que você imagina – Alex respondeu. – Eu nunca tinha feito aquilo antes, mas ele ofereceu um bom dinheiro, então eu fui.

- E foi realmente isso o que aconteceu?

- Bom, na primeira vez, sim – ela balançou a cabeça. – Mas eu mantive contato visual com ela o tempo todo, eu sabia que ela queria me ver, ela mal olhava para o marido, aquilo era como se fosse uma desculpa. E, obviamente, eu me senti envaidecida por aquilo. Ela sempre foi uma mulher bonita, exuberante, com aquela pose superior a tudo e todos. Receber toda aquela atenção fez com que eu me sentisse especial, de alguma forma, então eu fiz todo o charme, o jogo de olhares, como se eu tivesse fazendo aquilo com ela e para ela, e não por ele – olhou para Piper que estava concentrada.

- Naquele dia eu não troquei uma palavra com ela, fui embora e pensei que nunca mais a veria na vida, até que, depois de algumas semanas, não muito tempo, o marido dela me ligou de novo, com a mesma proposta. Eu aceitei na hora, o dinheiro era bom e eu queria ver ela de novo, então eu fui. Ela também não participou dessa vez, mas ordenou que eu fizesse algumas coisas, ficasse em algumas posições. Eu ficava observando para tentar perceber se ela estava excitada, se ela estava se tocando, mas ela parecia totalmente sem reações, tudo o que fazia era olhar fixamente e cruzar e descruzar as pernas, o que chamou a minha atenção, também – Alex fixou o olhar em outra direção, sentia um pouco de vergonha em compartilhar detalhes tão íntimos com Piper.

- Desculpa, Pipes, eu estou sendo muito detalhista? Eu posso ser mais direta...

- Eu quero saber de tudo – Piper se acomodou melhor no sofá e disse olhando nos olhos de Alex.

- Okay... Na terceira vez que eles me chamaram, com um espaço de tempo ainda menor que o da primeira vez, ele me disse que talvez ela fosse participar. Eu fiquei nervosa e feliz ao mesmo tempo. Ele perguntou se havia algum problema e eu disse que não, só que seria mais caro, já que seriam duas pessoas. Ele não teve nenhum problema com isso, me pagou antecipado até – Alex mexia nos dedos enquanto sentia o olhar atento de Piper sobre si. – Eu não sabia o que ele fazia, não me interessava também, só ia lá, todas as vezes foram na casa dele, fazia o que tinha de fazer e ia embora, eu não gostava de me envolver muito com a vida pessoal dos clientes...

- E como foi? – Piper perguntou com a voz baixinha.

- Dessa vez ela participou. Ela parecia meio tímida, ficou mais focada no marido, mas no final eu tomei a iniciativa e me aproximei mais... Ela não me rejeitou, então eu segui em frente. Ela tinha uma postura meio defensiva, mas eu sabia que ela estava gostando, e eu também estava.

Alex se ajeitou no sofá sendo observada por Piper.

- Não é estranho transar com duas pessoas ao mesmo tempo? – Perguntou.

- Depende – Alex respondeu meio distante mas logo a olhou nos olhos. – Às vezes é bem estranho, não se encaixa. Às vezes é bom, mas não ótimo, nem todos conseguem se satisfazer – sorriu brevemente. E às vezes é muito bom, melhor do que quando é com duas pessoas. Tudo depende. Depende das pessoas, da sua vontade, da ocasião, do seu humor no dia... Sexo em geral é assim – sorriu sem graça para Piper que a escutava com atenção.

- Depois disso, eles me chamaram mais algumas outras vezes. Por fim, quem estava se tornando telespectador era ele, e não era algo que ele reclamava.

- Eles não se gostavam? Desculpa, Alex, eu sei que não tenho moral para falar do relacionamento de ninguém, mas eu acho isso um pouco estranho – a loira se manifestou, parecendo confusa com o relato.

- Pipes, eu não sei – balançou a cabeça. – Talvez eles possam ter se gostado no início do relacionamento, mas o que eu sei é que o casamento foi muito mais um acordo do que a vontade de ficar juntos realmente. A Jennifer nasceu em uma família rica e basicamente foi empurrada para esse casamento para ajudar o David, que resolveu entrar para a política.

- Talvez por isso ela seja tão amargurada – Piper disse sem olhar para Alex.

- Essa é uma das muitas razões. A Jennifer sempre teve uma vida conturbada e difícil, apesar de todo o dinheiro. Ela acabou se tornando uma pessoa egoísta e egocêntrica que acha que o mundo a deve algo. Ao mesmo tempo ela é totalmente carente e dependente emocionalmente – olhou nos olhos da loira que a encorajou a continuar.

- Depois de um tempo, naturalmente, ela teve coragem de me ligar e marcar encontros sozinha. Ela me tratava muito bem, pagava mais que o dobro do que eu cobrava na época e eu realmente gostava de estar junto com ela. Eu não sei explicar... – ela gesticulava – minha mãe havia falecido há pouco tempo, eu tinha ido morar em, literalmente, um bordel com a Nicky e as coisas não estavam nada boas para nós – falava com dor ao se lembrar da época. – A Nicky, coitada, estava afundada nas drogas, pior do que eu jamais estive, eu fazia o que podia para ajudar, mas era só uma criança tão perdida quanto ela.

Piper segurou em uma das mãos de Alex, logo a segurou e lhe deu um beijo.

Alex sorriu. – Então, estar com a Jennifer era um refúgio. Com ela, eu tinha conforto físico e mental. Era bom para esquecer os meus problemas, focar em ouvir os dela que não eram nada próximos do que eu vivia – sorriu levemente.

- E o sexo? – Piper perguntou ainda segurando em sua mão.

- Era bom – Alex moveu as sobrancelhas. – Era muito bom. Ela nunca tinha estado com mulheres antes, mas sabia de tudo. Grande parte dessa quase psicopatia da Jennifer vem da repressão que ela sofreu a vida toda, ela sempre quis estar com mulheres mas nunca teve coragem, e isso causou muitos problemas para ela... – passou a mão no cabelo e levantou a cabeça.

- Então desde o começo você acredita que ela fez isso com o objetivo de ter algo com você? Isso de assistir o marido foi só desculpa?

- Sim, Pipes, absolutamente. Ela não se importava com ele, nunca se importou, o que importa para ela, é apenas o status e a imagem de um homem ao lado dela. Tirando isso, ela não liga muito para ele.

- Isso é triste – Piper disse pensativa.

- Essa é a realidade de muitos casamentos, principalmente se tratando da aclamada “alta sociedade” – fez aspas com as mãos e descruzou as pernas.

- E como a relação de vocês passou a ser mais do que “profissional”? – Piper encostou a cabeça no ombro de Alex.

- Bom, foi natural. Nós passamos a nos ver quase todos os dias, eu naturalmente fui me apegando até perceber que estava completamente apaixonada, e ela também se apaixonou por mim. Com isso, eu passei a não envolver mais dinheiro nos nossos encontros, mesmo que ela insistisse que tinha que me ajudar e cuidar de mim. A nossa relação passou a se tornar muito mais afetiva do que profissional, e foi aí que começaram os problemas...

Piper virou a cabeça para cima e passou a prestar ainda mais atenção.

- Obviamente, o primeiro sintoma foi o ciúme. Desde o começo eu já tinha falado que não ia parar, que aquele era o meu trabalho, a minha vida, e que ninguém me faria parar, mesmo que eu amasse muito – Piper abaixou a cabeça novamente. – Ela dizia que entendia, que não iria me pedir para parar, que ia tentar se adaptar à minha vida, o que obviamente não aconteceu.

- E o marido dela? – Piper questionou.

- Bom, ele sempre foi muito ocupado com o trabalho e viagens, então nós nos encontrávamos na casa deles ou em hotéis, quando ele estava na cidade – suspirou. – Mas, na verdade, ele sempre soube de tudo, desde o começo. Ele nunca pareceu se preocupar ou ter raiva de mim ou dela por causa disso. Quando eu disse que não poderia mais atendê-lo, ele sabia o porquê, e a única coisa que me pediu foi que eu o indicasse outras garotas. Realmente não era um problema para ele.

- Al, sem querer ofender mas você se envolveu com as pessoas mais estranhas que eu já ouvi falar...

- Pipes, esse é o mundo real. Quando você vive do jeito que eu vivi, você conhece o melhor e o pior do ser humano. Eu tenho cada história e sei de cada coisa que deixaria você e o resto do país de cabelo em pé – sorriu e deu um beijo nos cabelos loiros.

- Continuando, depois que nós nos envolvemos de verdade, as coisas ficaram muito feias. Normalmente ela fazia escândalos terríveis de ciúmes, quando não, assumia uma postura passivo-agressiva para me fazer sentir mal... Ela chegou a tentar e conseguir me agredir fisicamente algumas vezes. Sinceramente, para mim esse era o modo menos doloroso das brigas, ela desabafava e logo as coisas ficavam melhores.

- E por que você não saiu logo dessa?

- Bom, Pipes, quando você tem vinte e poucos anos, é prostituta, não tem uma casa ou ninguém que possa cuidar de você, uma figura como a da Jennifer parecia perfeita, mesmo com as brigas e a pressão constante. Eu pensava em terminar. A Nicky quando estava bem conversava muito comigo, brigava, chegou até a se desentender com a Jennifer, mas eu estava presa àquilo, sabe?

Piper se agarrou ao seu braço e lhe deu um beijo por ali.

- Sem contar que, quando nós estávamos bem, ela me tratava como uma rainha, era carinhosa, bem humorada. Acho que pela idade e pelo poder que ela tinha, eu me sentia protegida, querida, importante para alguém. Até com as brigas e o ciúme excessivo, no começo eu achava que era legal ela se importar comigo, sentir algo por mim. Eu não tinha muita ideia do que era normal e do que era excessivo...

- Desculpe perguntar isso, Al, mas porque você foi parar em um bordel? Você não tinha condições de pagar algum lugar com a Nicky?

- Era tudo bem difícil, Pipes, eu não cobrava nem perto do que cobro hoje, e a questão maior era a segurança, é perigoso fazer isso sem proteção, você tem que ter um certo status e uma grana para ter quem te ajude na hora do perigo, e mesmo assim é perigoso – explicou. 

- Isso significa que você tem isso hoje? – A loira levantou a cabeça e a olhou nos olhos.

- Eu posso dizer que sim – retribuiu o olhar e moveu as sobrancelhas.

- E quem seriam essas pessoas que te ajudam na hora do perigo?

-Você não precisa se preocupar com isso, Pipes...

- Alex... – A morena a olhou com impaciência. – Como eu não preciso me preocupar com isso? É você, a sua vida, a sua segurança...

- Piper, é só que eu não quero te envolver nisso, ok? Eu tenho pessoas com quem eu conto em alguma situação de perigo ou algo do tipo, é gente barra pesada, entende? Você não precisa saber de mais que isso – fixou os olhos verdes nos da loira.

- Você sabe que eu morreria se algo acontecesse com você, não sabe?

Alex desviou o olhar.

- Você não precisa se preocupar com isso. É muito raro eu passar por alguma situação de violência, não é como se eu precisasse de um cafetão ou algo do tipo.

Piper a olhou de lado. – Eu não sei, geralmente quando você diz que eu não preciso me preocupar, é porque eu preciso.

Alex balançou a cabeça e revirou os olhos. – Eu não quero discutir isso agora, tudo bem?

Piper a olhou por um tempo e fez um gesto concordando.

- Bom, depois de um tempo vivendo uma relação cheia de altos e baixos com a Jennifer, ela me convenceu a parar. – Piper a olhou surpresa. – É, eu acabei cedendo e ela me colocou contra a parede, disse que eu tinha que escolher entre os programas e ela, e eu fiz a minha escolha.

- Ela disse que ia me ajudar a voltar a estudar, que iria cuidar de mim até eu poder fazer isso sozinha. Então, eu me mudei para um apartamento, era pequeno, e a minha condição foi que a Nicky pudesse ir comigo. Ela não gostou muito mas acabou aceitando, nessa época a Nicky ainda fazia programa e eu sabia que não poderia deixa-la para trás, ela odiava a Jennifer mas acabou ficando comigo.

- E como foi isso? – Piper perguntou com cuidado.

- Bom, foi horrível – a morena passou as mãos no cabelo e sorriu sarcástica. – Eu pensei que seria fácil encontrar algum trabalho informal para que eu não ficasse dependendo dela, mas não foi. Então eu basicamente passava o dia sozinha, tentando me concentrar para estudar, o que não dava certo, e aí acho que não é difícil imaginar o que aconteceu... – Virou o rosto.

- E como ela reagiu em relação a isso?

- Ela não ligava muito, na verdade. Enquanto eu estivesse ali, presa, sob os domínios dela, ela não se preocupava com o resto, até porque ela também não era o que eu chamo de pessoa sóbria...

- Eu odeio essa mulher – Piper disse com raiva.

- Não fique assim, ela não merece nem o seu ódio – Alex lhe deu um beijo no ombro.

- E aí o que você fez? – Perguntou séria.

- Bom, basicamente eu cheguei ao fundo do poço – sorriu nervosa. – Foi a minha pior época, eu experimentei de tudo, entrei em um grau depressivo completamente auto-destrutivo... Foi horrível, Piper, horrível, eu só queria me drogar até morrer, eu não via saída, alternativa, nada – dizia séria com sua voz rouca, sem olhar para Piper.

- E ela não via isso? Ela não fez nada? – A loira perguntava com revolta.

- Nos piores momentos ela dizia que ia me ajudar, que ia me colocar em uma clínica, mas nunca chegou a fazer nada – disse enquanto mexia nos dedos, ainda sem olhar para Piper.

- E como você conseguiu sair dessa? – Piper passou a mão em seu braço.

- Um dia, uma amiga minha, uma das meninas que morava na antiga casa comigo, disse que iria me levar em uma festa. Eu fui escondida, claro, e lá eu conheci uma pessoa...

- Quem? – Piper logo perguntou, curiosa.

Alex a olhou brevemente e sorriu. – Um amigo.

Piper revirou os olhos. – Ele? – Perguntou insatisfeita.

Alex assentiu. – Era uma festa comemorativa e ele estava lá representando a empresa do pai. Ele não tirou os olhos de mim por um minuto. Eu acho que você deve imaginar que eu não sou a maior fã de homens – olhou para a loira – mas , depois de tanto tempo praticamente encarcerada, eu me senti bem em ver uma pessoa de fora me desejando, interessada em mim. Eu flertei com ele de volta até que ele decidiu vir falar comigo. Eu fiz a difícil, claro, mas ele não saiu do meu pé, nunca mais. Acho que, se eu não tivesse conhecido o Daniel naquela época, talvez eu não estivesse aqui hoje – olhou para a loira.  

- Então ele é o herói da história? – Apoiou a cabeça no braço e olhou para Alex.

- Pelo menos dessa história, sim – Alex assentiu. – O Daniel me salvou de mim mesma, entende? Eu queria me destruir, me afastar de tudo, e ele não desistiu de mim por um segundo, por isso que eu sinto que tenho essa grande dívida com ele.

- Você deveria ter me falado antes sobre isso – disse a observando.

- Eu deveria ter falado antes sobre muitas coisas, mas eu pensei que esconder todas essas histórias trágicas fizessem com que você gostasse mais de mim – olhou para baixo.

- Você sabe que isso é besteira, não sabe?

- Piper, não tem nada de bonito e glorioso no meu passado, eu fiz coisas erradas e me envolvi com as piores pessoas possíveis, mas você é tão diferente de tudo isso que eu não queria contar, não queria que você soubesse de toda essa sujeira – disse sem olhar nos olhos de Piper, encostada ao sofá com as pernas cruzadas.

- Alex, não é sujeira, é a sua vida, e tudo que se relaciona a você, me interessa! – Piper alterou o tom de voz enquanto a olhava diretamente.

Alex levantou a cabeça e a olhou por alguns segundos. – Pipes, não é só isso, é que também é doloroso falar sobre essas coisas, foi um período muito obscuro, me dá arrepios só de lembrar – olhou para baixo de novo e mexeu nos dedos.

Piper se aproximou dela e deslizou os dedos em seus cabelos. – Eu sei, eu sinto muito por você ter passado por tudo isso – lhe deu um beijo no rosto.

- E então ela simplesmente te deixou ir?

- Chegou um momento em que ficou insustentável, eu não era mais companhia para ninguém, então já que ela não me ajudava, ela pelo menos deixou que o Daniel e a Nicky fizessem isso. Foi muito difícil para a Nicky, também, ela tinha decidido ficar limpa e logo eu me afundei, ela merecia cuidado e apoio, e não outra viciada na vida dela – virou o rosto e pareceu falar com raiva.

- Não é sua culpa, vocês eram duas crianças irresponsáveis e inconsequentes – a abraçou pela cintura, mesmo ela parecendo querer evitar o contato.

- Enfim, a Jennifer me deixou em paz por um tempo, eu consegui me recuperar, seguir com a minha vida. Quando eu sai do apartamento, já me mudei para outro lugar com a Nicky e voltei ao trabalho. A partir daí as coisas foram melhorando, eu passei a cobrar mas caro e surpreendentemente as pessoas pagavam, e aos poucos a Nicky foi deixando essa vida, que foi o que sempre destruiu ela – levantou a cabeça e olhou rápido para Piper. – Sabe, não exatamente que eu goste do que eu faço, mas na maioria do tempo, eu consigo segurar a barra, eu consigo conciliar isso com o meu psicológico, mas para ela e para muitas outras meninas, não é nada fácil. Ela não dava conta, sabe? Sempre sentiu nojo, raiva, nunca nada de bom saía daquilo, então eu assumi a responsabilidade de tirar ela disso, eu não queria ver a única pessoa que eu tinha no mundo se destruir por algo que eu podia resolver.

- Isso é lindo, Alex – Piper a olhou, apoiando a cabeça em seu ombro.

- Sem contar que eu sou uma pessoa que se mete em muitos problemas, eu preciso de alguém para cuidar de mim – finalmente sorriu.

- E ela faz isso muito bem – aproximou-se mais de Alex.

- Yeah... – Relaxou um pouco nos braços de Piper. – Bom, depois disso a Jennifer voltou algumas vezes, eu nunca consegui dizer não de verdade para ela, sempre foi muito difícil.

- Há quanto tempo você não a via? – Piper questionou.

- Bom, acredito que já tenha mais de um ano. A última vez foi definitiva, eu dei um basta de verdade, achei que ela não fosse voltar.

- Mas ela voltou por mim... – Suspirou.

- Ela voltaria ao me ver feliz com qualquer pessoa, não é nada pessoal, Pipes.

- Você está feliz? – Piper questionou olhando em seus olhos.

- Sim – sorriu. – Eu estou feliz – Piper segurou em seu rosto e lhe deu um beijo leve.

- E o que você fez para convencê-la a nos deixar em paz?

- Pipes, isso é algo que eu realmente quero deixar você de fora, eu já sinto que te expus demais com tudo isso, é melhor que você não saiba – afastou-se um pouco.

- Alex, você não se colocou em perigo por causa disso, certo? – Perguntou desconfiada.

- Não, Pipes, foi só um aviso, eu não acho que eles vão voltar a me importunar.

- Eles? – Levantou a sobrancelha.

- Sim, o que eu tenho em mãos envolve ela e o marido, mas é a única coisa que eu posso te falar – olhou-a nos olhos.

- Você acha que ela sabe muito sobre mim?

- Eu não sei, mas acredito que não, ela deve ter feito isso só para colocar medo na gente.

- Ok – Piper assentiu. – Mas eu tenho medo por você, Alex, eu não quero te ver em perigo.

- Fique tranquila, baby, eu sei me cuidar e eles não teriam coragem de fazer nada contra mim.

- E como o Daniel te ajudou nisso?

- É difícil explicar, mas ele tem em mãos provas valiosas contra eles – olhou para Piper.

- Eles se conhecem?

- Sim, mas não por minha causa. A empresa do Daniel já prestou serviços para eles.

- Certo – ficou pensativa por um instante. – Eu só quero ter paz para ficar com você, Alex, tudo já é muito conturbado para as coisas ficarem ainda pior – apoiou a cabeça no ombro da morena.

- Eu sei – encostou a cabeça na dela. – Foi tão triste, sabe? Ela ficou completamente desesperada, desequilibrada, se agarrou a mim e disse que me amava na frente do próprio marido – Alex dizia com a voz carregada.

- Sério? – Piper a perguntou muito surpresa.

Alex não respondeu, só assentiu.

- E ele não fez nada?

- Bom, não tinha muito que ele pudesse fazer, só tentou controla-la, foi bem estranho – ela carregava tristeza na voz.

- Você acha que ela realmente gosta de você? – Virou-se para ela.

- Sim, Piper, eu acho. Ela tem uma maneira errada, doentia e obsessiva de amar, mas eu não duvido do sentimento dela.

- E você? – Alex a olhou sem entender. – Você ainda gosta dela? – Analisava os detalhes do rosto da morena.

Alex desviou o olhar e balançou a cabeça.

- Eu quero uma resposta.

- Piper, essa foi a primeira vez em anos que eu consegui dizer não à Jennifer, que eu consegui me manter sã, que eu consegui não me entregar a ela. Isso, para mim, é uma confirmação de que eu não sinto mais nada por ela que não seja pena... Eu não quero estar com nenhuma outra mulher que não seja você, Pipes, eu preciso que você entenda e acredite nisso – terminou e olhou nos olhos da loira.

- Ok – Piper disse assentindo.

- Ok? Isso não parece convincente para mim – Alex a desafiou.

- Eu acredito em você, Alex, é só que... A influência dessa mulher sobre você é algo que me preocupa.

- Você não precisa mais se preocupar com isso, a Jennifer é um problema resolvido.

- Eu vou tentar afirmar isso para mim mesma – sorriu sem graça.

- Por favor... Eu não posso deixar que isso estrague o que a gente tem – fixou os olhos verdes e brilhantes nos de Piper.

- Não vai - falou baixinho.

Alex abriu o seu melhor sorriso, que logo se transformou naquele cheio de sensualidade que Piper tanto amava.

- Vem aqui, minha garota problema – Piper falou baixinho, chamando-a com o dedo.

Alex não recusou, aproximou-se de Piper e as duas se envolveram em um beijo cheio de saudade e desejo. Lentamente, as duas se deitaram no sofá, sem se largar um minuto. Alex ficou por cima e passou a comandar o beijo, sua língua era exigente e as duas ficaram naquele jogo até ficarem sem ar. Quando terminaram, deram pequenos selinhos e riram juntas, deitando uma ao lado da outra.

- Eu estava com saudades – Alex foi a primeira a dizer, tirando o cabelo do rosto de Piper.

- Eu também – observava cada detalhe do rosto de Alex, aproveitando para deslizar a mão em sua coxa e cintura. – Você é tão linda – disse passando os dedos de leve no rosto da morena.

Alex fechou os olhos e sorriu. – Eu só sou assim quando estou com você.

Piper a beijou de novo, dessa vez com mais leveza, apenas dando pequenos selinhos e mordidinhas nos lábios de Alex, que retribuía.

- Al...

- O que? – Disse ainda com os olhos fechados

- Naquele dia... Que eu vim aqui e tudo aconteceu – falava pausadamente – você disse que tinha algo importante para me contar. O que era? – Passou a mão nos cabelos de Alex, que logo abriu os olhos.

- Droga! – Reclamou baixinho.

- Isso não é bom, certo? – Desconfiou.

- Não. Mais uma vez, eu vou precisar da sua compreensão – disse olhando nos olhos de Piper.  – Eu preciso me sentar – levantou-se, sendo acompanhado pela loira.

- Eu estou ficando nervosa, Alex, por favor...

- Ok – respirou fundo. – Naquele dia, antes da Jennifer aparecer, eu tinha feito um programa – olhou para Piper que a olhava com atenção. – E aconteceu uma coisa inesperada que eu acho que você precisa saber.

- O que? Alex, você não transou sem camisinha, foi? – Desesperou-se.

- Não, Pipes, não foi isso – negou. – É que teve uma terceira pessoa – olhou desconfiada para Piper.

- Outro homem?

- Não... – Negou com a cabeça.

- Oh... – A loira virou-se, parecendo surpresa e abalada ao mesmo tempo.

- Pipes, eu não faço isso, eu não faço programa com mulheres, ainda mais depois de você, mas essa foi uma situação complicada.

- Eu não sabia que você não fazia programa com mulheres. Sempre uma nova descoberta – sorriu nervosamente.

- Eu não achei que precisasse mencionar isso, você sabe que eu quero te manter o mais distante possível dessa parte da minha vida.

- E o que aconteceu de complicado nessa situação? – A olhou, Alex sentia sua raiva no olhar.

- Eu não ia fazer, eu recusei, mas a moça insistiu, ela está passando por uma situação difícil e disse que precisava do dinheiro, eu não consegui dizer não – tentava explicar para Piper.

- Que tipo de situação? – Disse secamente.

- A mãe dela está doente e ela precisa de dinheiro para o tratamento, além de ter um filho pequeno. Ela precisa dar conta de todos, e no momento, o que eu poderia fazer por ela, era isso.

Piper ficou calada por longos segundos.

- Pipes, fala alguma coisa.

- Eu não sei o que falar – moveu as sobrancelhas. – Você gostou? Foi bom?

- Piper, não é essa a questão, eu só queria que você soubesse o que aconteceu, não queria esconder de você.

- Certo, obrigada por compartilhar, mas eu mantenho as minha perguntas – encarou-a.

- Isso importa, Piper? – Alex disse impaciente.

- Importa. 

A morena fechou os olhos e balançou a cabeça. – Foi normal, Piper, como qualquer outro programa ou pessoa com quem eu me deito. Nada de espetacular – falou direta.

- Ok – balançou a cabeça. – Você gozou?

Alex a olhou surpresa.

- Piper, por favor...

- Só me fala isso, eu quero saber – Piper insistiu.

- Sim, Piper – foi sincera.

- Com ela?

Alex assentiu. Piper passou a mão no rosto.

- Piper, eu sou um ser humano. Eu tenho um corpo e eu reajo a estímulos. Eu me sinto atraída por mulheres, então, em uma situação sexual, essa é a minha reação corporal. Não significou absolutamente nada para mim, tanto que, se você não tivesse falado, eu nem lembraria disso. Não é importante, Piper, foi como é com qualquer pessoa, eu mal lembro o nome dela – tentou explicar para Piper.

- Eu sei, Alex, mas é complicado para mim te dividir com outras pessoas, ainda mais outras mulheres – disse sentida.

- Você não me divide – aproximou-se. – Eu – apontou para si – essa Alex que você está vendo, é sua, só sua.

Piper abraçou-se a Alex que lhe acolheu.

- Promete que vai tentar não fazer de novo? – Falou quase como uma criança.

- Claro que prometo, eu não queria fazer dessa vez e não quero fazer nunca mais, só com você – deu um beijo no topo da cabeça de Chapman.

- Eu preciso ir – disse ainda no meio do abraço.

- Não precisa, ainda está cedo, eu conheço os seus horários – Alex disse carinhosa. – Vamos transar?

Piper riu. – Não peça, Alex, aja – olhou para cima e sorriu junto a morena que lhe deu um beijo molhado e cheio de tesão.

As duas logo esquentaram o ambiente. Alex deitou Piper no sofá e ficou novamente por cima dela. As duas trocaram um beijo sensual, cheio de mãos e gemidos carregados de luxúria. Alex logo desceu os beijos para o pescoço de Piper que gemeu baixinho ao sentir os lábios da morena ali, lhe molhando o colo, voltando para a sua boca, descendo por sua bochecha, seus ouvidos, até chegar ao pescoço e distribuir beijos misturados com lambidas e mordidas sutis.

- Eu senti tanto a sua falta – a loira dizia sem ar, extremamente excitada só pelos beijos da parceira.

- Eu também – Alex lhe lançou seu olhar cheio de sensualidade, com a pequena luz que entrava deixando seus olhos verdes brilhantes como uma pedra preciosa.

Delicadamente, mas com pressa, Alex desabotoou os botões frontais da blusa de Piper e logo distribuiu beijos em seu colo, na parte dos seios exposta pelo sutiã e na barriga. Piper tentava observar tudo, mas seus olhos insistiam em se fechar, tamanho o prazer que sentia.

Fazendo uma trilha de beijos, Alex beijou sua barriga e seguiu até o maxilar, contornando cada pedaço, tirando o seu chão. Logo, lhe retirou o sutiã e sorriu ao ver seus seios com os bicos eretos, cheios de excitação. Sorriu dissimulada para ela e colocou um deles na boca enquanto brincava com o outro mamilo com os dedos. Piper arfava nervosa, talvez ela já tivesse esquecido como Alex era boa naquilo. Foi tirada do devaneio quando Alex trocou a posição e colocou o outro na boca, lambendo e soprando com cuidado, observando cada reação da mulher abaixo de si.

- Você quer mais? – Disse beijando o rosto de Piper inteiro

A loira só assentiu, não tinha forças nem para falar.

- Isso é um sim? – Alex sorriu, satisfeita por se ver causando tanto prazer à loira.

Piper assentiu novamente, Alex lhe deu um beijo breve e se colocou sentada no meio de suas pernas, abriu o fecho de sua calça e logo a tirou, jogando longe. Colocou uma mão no sexo de Piper por cima da calcinha, e logo sorriu para a loira ao constatar que ela já estava molhada.

- Obrigada por isso – Alex disse irônica. Piper quase revirou os olhos pela piadinha sem graça, mas acabou o fazendo pela morena apertá-lo, causando um prazer incrível.

Sem avisar, Alex afastou sua calcinha e introduziu um dedo devagar. Ela estava sentada no meio das pernas de Piper e passou a olhar concentrada o que fazia. Piper se sentia no céu, Alex era a mulher mais sexy do mundo em qualquer posição sexual que ela assumisse.

- Al... – Gemeu o nome da mulher e lhe subiu o olhar. – Tire a sua camiseta – disse rápido, não tinha muito controle de sua dicção no momento.

Alex sorriu e balançou a cabeça, mas logo retirou o dedo de dentro de Piper devagar e o chupou, olhando para a loira. Piper abriu de leve a boca, hipnotizada pela cena, e Alex logo retirou a camiseta, deixando seus seios rosados à mostra para o deleite de Piper.

- Bem melhor – a loira balançou a cabeça, sem retirar o olhar da região que tanto amava.

Alex sorriu e retirou a calcinha de Piper, logo introduziu dois dedos na loira, de uma vez. Piper deu um pequeno impulso para trás e Alex segurou em sua cintura. Assim que Piper se recompôs, Alex aprofundou os dedos e começou a movimentá-los rápido e com força. Piper gemia sem nenhuma vergonha, o que incentivava Alex a se empenhar ainda mais. A morena logo se colocou acima de Piper e lhe beijou. Piper aproveitou e passou as mãos por todo o seu tronco desnudo e macio, tentando massagear seus seios, sem muito sucesso pela descoordenação dos movimentos.

Quando percebeu que Piper estava perto, voltou ao meio de suas pernas sem tirar os dedos e chupou-a com vontade. Subia e descia a língua, dava chupadinhas leves em seu clitóris inchado e roçava os lábios por toda a extensão. Piper agarrou-se a seus cabelos, impedindo-a de sair dali. Percebendo o desespero da loira, Alex deu uma risada fraca e o tremor de sua voz em contato com o sexo sensível de Piper a fez gozar no mesmo instante. Alex retirou os dedos mas continuou com o sexo oral, chupando todo prazer que Piper lhe ofereceu.

Alex sorriu satisfeita e subiu para dar um beijo molhado em Piper. A loira ainda estava enfraquecida, mas conseguiu retribuir bem.

- Isso foi bom, doc? – Deitou-se ao lado de Piper e perguntou, admirando seu rosto avermelhado e respiração pesada.

- O melhor de todos – balançou a cabeça com os olhos ainda fechados. – Você realmente sabe como fazer uma mulher te perdoar.

Alex sorriu e lhe beijou no rosto.

- Eu quero mais – disse com os olhos brilhando para Piper.

- Você sempre quer mais – Piper resmungou.

- Vamos para o chão, eu sou muito grande para esse sofá – Alex sugeriu.

Piper reuniu forças e deitou-se no tapete macio.

- Eu já estou muito velha para fazer sexo no chão, Alex – reclamou ao se deitar.

- Só uma vez, depois iremos para o quarto – a morena montou em cima dela e começou a distribuir beijos novamente.

- Depois eu preciso ir embora – disse com os olhos fechados, excitando-se novamente pela boca de sua morena.

- Shhh – Alex a ordenou.

Concentrando-se nos beijos que recebia, sentiu o sexo de Alex roçar em sua perna, extremamente molhado. Queria chupá-la até que ela gozasse, mas resolveu lhe deixar um pouco na vontade e foi colocando apenas sua mão por ali, como quem não quer nada.

- Você quer? – Alex encaixou o meio de suas pernas em cima da mão de Piper.

- Não sei, você quem está sentando na minha mão – disse inocente.

Alex sorriu roucamente e rebolou de leve.

- Ok, então vamos continuar com o plano A.

Continuou com os beijos no pescoço e colo de Piper, até sentir seus dedos curiosos tentarem invadir sua calcinha.

- Agora vai dizer que sou eu quem estou mexendo nos seus dedos? – Perguntou divertida.

- Sim, é você, eu não estou fazendo nada – disse olhando nos olhos da morena que sorriu.

Alex ficou de joelhos e tirou a calcinha, jogando-a para perto de Piper que lhe deu um tapa na perna.

- Por que você tirou a sua calcinha? Eu não mandei você fazer isso – falou sensualmente quando a morena voltou para cima de si.

- Ela estava me incomodando... – Disse quando sentiu a mão da loira fazer o mesmo caminho.

Alex desceu a própria mão até seu sexo e masturbou-se na região do clitóris. Piper não aguentou mais e colocou a ponta dos dedos na entrada da morena que logo engoliu-os com o seu sexo. As duas gemeram com o movimento. Alex, sempre impecável, movimentou-se de maneira a deixar a loira maluca. As duas se beijaram e Piper tentava mexer seus dedos dentro dela, por mais que ela comandasse tudo com seu quadril enquanto gemia no beijo.

Quando estava quase gozando, apoiou as mãos no chão e movimentou-se mais rápido e com mais força. Piper revezava o olhar entre seus seios suados e seu rosto que demonstrava todo o seu prazer.

Com a outra mão, deu um tapa na coxa de Alex que gemeu alto.

Do nada, a luz da sala foi acessa.

- UAU – as duas ouviram o grito assustado e divertido ao mesmo tempo.

- Nicky? – Alex, ainda em sua posição, virou-se bruscamente para a porta.

- AI – Piper gritou.

- O que? – Alex voltou-se a ela.

- MEU DEDO, ALEX, ACHO QUE VOCÊ... – Não conseguiu terminar, fazendo uma expressão de dor.

Alex saiu dali rapidamente dali.

- Pipes... – Desesperou-se.

- MEU DEUS, ALEX, VOCÊ QUEBROU O DEDO DELA – Nichols disse chocada e prestes a cair na maior risada de sua vida. 


Notas Finais


Escrevi com sono e não corrigi, então deve ter uns errinhos aí, sorry!

E AGORA, MINHA GENTE?


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