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História Nicotine - Party


Escrita por: yluj

Notas do Autor


demorei um pouquinho né, desculpem.

Capítulo 2 - Party


Fanfic / Fanfiction Nicotine - Party

— Jeongguk! — gritou Hoseok, correndo em minha direção, para logo depois pular em cima de mim.

— Hoseok! — gritei de volta, segurando-o pelas coxas. 

— Se você não aparecesse, eu juro que iria até a sua casa te arrastar pelos cabelos. 

— Tenho certeza que sim — sorri. Ele se aproximou mais do meu rosto e me deu um rápido selinho.

Soltei-o cuidadosamente no chão e arrumei minha camiseta, cujo fora muito trabalhosa para passar, e o meu melhor amigo acabara de amassá-la novamente. 

Ah, a amizade. 

— E então? — perguntou, com a mão direita na cintura — Meus parabéns, Jeongguk. Onde estão? 

— Nem sei. Mais tarde te dou seu presente — respondi, com um sorriso malicioso nos lábios. 

— Não quero sexo. Quero presente, digo, coisas que durem mais, sabe? Coisas que o dinheiro compra e tal. 

— Dinheiro também pode comprar sexo, mas pra você, é sempre de graça. 

 

Hoseok riu, dizendo que iria me cobrar algo decente depois, e fomos até a cozinha. A mesa de centro estava cheia de garrafas, e os copos ao lado da pia. Até então, tudo estava arrumado, considerando que eu fui o primeiro a chegar, para que eu pudesse ajudar na decoração. 

Colocamos as caixas de som do quarto de Hoseok na sala, ao lado da televisão. Levamos os dois sofás para a garagem — que não era muito longe, mas foi doloroso pra caralho — e deixamos as latinhas de tinta em uma pequena mesa, ao lado da porta de entrada. Todos os convidados já estavam avisados que deveriam usar roupas brancas, e a ideia da tinta veio da minha pessoa, porque eu sempre achei sensacional me sujar.

Isso ficou estranho. 

Enfim. 

Pouco tempo após terminarmos de arrumar a casa, as pessoas já começavam a chegar. Fui até o banheiro dar uma última olhada em mim mesmo; eu estava com uma camiseta branca e lisa, com uma calça jeans também branca com um rasgo em cada joelho, e all star, adivinhem? Também branco. O que eu posso fazer, se são as instruções da festa?

Até que eu estava apresentável, eu acho. Meus cabelos pretos se destacavam mais, junto com os meus olhos. Um contraste bonitinho, disse o Jung. 

Como sempre, eu e Hoseok eramos os primeiros a dar a brilhante ideia de virarmos doses. Dessa vez, fora apenas um pouquinho diferente.
A ideia era simples; você se encaixava na rodinha que criamos no meio da sala, virava uma dose de vodca, e depois beijava a pessoa que se localizava do seu lado (independente de quem ou o quê fosse). Nem preciso contar que quem pensou nisso fui eu, né? Perdoa o meu instinto de puta e não desiste de mim.

Na minha vez de virar, a pessoa próxima a mim era uma garota ruiva, muito bonita. Nos beijamos intensamente por uns dois minutos, e ao voltarmos para a realidade, fui fuzilado pelo olhar do meu hyung. 

— Vocês não abusem, seus héteros. — disse Hoseok, vindo em minha direção — Quem quiser beijar essa delícia aqui — apontou para mim —, que fique a vontade. Mas saibam que quem transa com ele, sou eu, suas vagabundas.

Todos riram. Praticamente todo mundo sabia da minha relação com Hobi, alguns estranhavam, e outros tinham certeza que iríamos acabar nos apaixonando um pelo o outro; acontece que, para nós dois, era apenas diversão. Nós nos comemos só na brotheragem, sabe? Fortalece a amizade. 

A melhor parte de sermos assim, digamos, um pouco foda-se para sentimentos, é que não temos ciúmes um do outro. As vezes, eu fazia um pequeno teatro perto de algum ficante dele e vice versa, mas era só por ser engraçado a reação alheia. 

Eu amo Jung Hoseok demais. Amo o beijo dele também, porque o viado beija bem. Mas não desse jeito.

 

 

Horas depois, a casa estava completamente lotada, e eu estava tão bêbado que já me encontrava tombando pelos cantos. Todos já estavam sujos de tinta, inclusive eu, que quase fiquei cego quando um garoto jogou uma tinta amarela no meu rosto. 

Com certa dificuldade, caminhei até o lado de fora, sentando-me no chão. Apoiei minha cabeça nas duas mãos, como se eu pudesse perdê-la. Na verdade, eu só estava tentando me concentrar ao máximo para não morrer ou entrar em coma alcoolico. 

— Bêbado é foda, hm? — disse uma voz desconhecida, que eu julgo ter vindo de um garoto. Levanto minimamente a cabeça para olhá-lo, mas só enxergo um borrão. 

Um borrão bonito.

— Sim... — gemi, em um tom quase inaudível. 

— Queria conseguir chegar nessa sua situação, mas infelizmente, eu sou muito tolerante com o alcool — sorriu, eu acho — Você precisa de ajuda?

Nah... — respondi. Era pra ser um não. 

Ele riu. Sua risada é bonita também.

— Continuarei aqui, para garantir que você não cometa suicídio, ou coisa pior aconteça. Então... Você é amigo do Hoseok, né? 

— Sim... Amigo barra peguete nas horas vagas. — sorri, com os olhos fechados.

— Disso eu sei. 

— Todos sabem. Algumas pessoas shippam a gente, sabia? Nos deram um nome, é Hopekook, conjunto dos nossos apelidos. Engraçado, hm? 

— Meu Deus — riu — Você tá' péssimo. 

— Ei! — gritei — Não jogue na minha cara.

Ele riu ainda mais alto dessa vez. Qual é a graça de ver um menino alcoolizado contando sobre sua amizade colorida? É no mínimo bizarro, eu sei. Mas não é pra tanto.

 

Permaneci ali com aquele desconhecido por um tempo. Não que eu tivesse muita opção, já que em um certo momento, tentei levantar e quase cai, sendo segurado pelo outro. Uma cena deprimente. 
Acho que, em meu círculo de amizade, todos já me viram nesse estado deplorável — ou pior. Não me orgulho disso, mas o alcool é uma forma que eu tenho de ignorar algumas merdas aí. Assim como o cigarro também, que por falar nele, eu perdi o meu maço em algum canto da sala. Tenho que me lembrar de comprar outro antes de voltar pra casa, ou terei um colapso nervoso. 

Dentre todos os assuntos aleatórios que tive com aquele estranho, teve um em especial que me chamou a atenção. 
Estávamos falando sobre faculdade, provas e toda essa babaquice que temos que aguentar no Ensino Médio. Eu não sei ao certo o que eu disse para ele, mas lembro de sua resposta:

Sua saúde mental vale mais do que as suas notas. 

Anotado.



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