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História Night Changes - Norminah - Vigés. Sexto Capítulo


Escrita por: norminahizer

Notas do Autor


Eu sei que devo uma explicação a vocês, mas a verdade é que eu não tenho nenhuma. A demora foi causada por puro relaxamento mesmo, e também pelo bloqueio :/ demorou, mas eu voltei :D

Enjoy;

Capítulo 26 - Vigés. Sexto Capítulo


DINAH'S POINT OF VIEW

 

 

 

Miami, Flórida – 08 de Outubro de 2016

 

 

 

Administrar as finanças de uma empresa requer foco e muita dedicação, de forma que se torna um desafio quando o empreendedor não domina certos conceitos, como faturamento, lucro, capital de giro e ponto de equilíbrio. Durante todos esses anos como presidente da Hansen's Fashion, eu nunca havia cometido erros tão graves a ponto de deixar a empresa em risco de falir, nem mesmo quando eu ainda era uma iniciante. Durante os quatro anos que eu cursei administração em uma das melhores universidades do país, eu aprendi que quando essa responsabilidade se junta às demais, como a gestão da produção e de funcionários, surge o risco de não dar a atenção necessária a determinados fatores, como dívidas ou necessidades de investimento, o que pode colocar o negócio em risco. Era sem dúvidas um peso enorme para uma mulher jovem como eu, ser administradora e presidente de uma empresa tão grande e renomada como a da minha família.

 

Nesse exato momento, Normani, Camila, Lauren, Ally e eu discutíamos sobre a condição atual da empresa que era tão importante para todas nós, mas especialmente para mim. Nossa conversa estava sendo, de certa forma, produtiva, pois desde a hora que nos reunimos até agora nós já havíamos resolvido boa parte do problema.

 

Eu estava sentada à minha cadeira de sempre, atrás da mesa de vidro situada em um canto específico da sala. Normani estava logo ao meu lado, sentada em uma cadeira parecida com a minha, e as outras meninas estavam à nossa frente, do outro lado da mesa, sentadas em puffs capotinê na cor preta.

 

:—Então, Dinah... É o seguinte. –Ally começou, chamando minha atenção, que antes estava focada nas asneiras que Camila dizia tentando descontrair um pouco. —Eu fiz algumas pesquisas sobre como a administrar uma empresa, e anotei aqui no meu caderninho. Preste bastante atenção. –Franzi o cenho, olhando-a sem entender nada. Encarei Normani que estava com a mesma expressão de confusão no rosto e voltei a fitar a baixinha. —Mantenha as suas finanças pessoais em dia porque quem não sabe controlar as próprias contas terá muita dificuldade para administrar o caixa da empresa. Determine o valor do pró-labore (remuneração do sócio ou gerente) e não faça retiradas extras do caixa da empresa. Nunca misture suas finanças pessoais com as finanças do negócio.

 

:—Ally, espere um pouco... –Normani se pronunciou, arrumando sua postura na cadeira. Sua amiga continuou distraída com seu monólogo. —Allyson! –Usa um tom mais alto dessa vez, interrompendo-a e finalmente atraindo sua atenção. —Dinah cursou administração na faculdade, e ela definitivamente sabe como administrar uma empresa. Ela só estava tendo problemas pessoais e as coisas saíram de controle, mas nós vamos resolver tudo. Nós vamos resolver essa droga de problema, porque eu não quero carregar essa culpa para o resto de minha vida. Eu não quero estragar o sonho da mulher que eu amo, e acabar com os negócios da família dela que têm lutado por isso durante anos!

 

Normani disse tudo em um folego só, fazendo com que a sala permanecesse em silêncio quase que absoluto, a não ser por sua própria respiração alterada. Alternei meu olhar entre as mulheres ali presente, constatando que todas elas estavam com expressões parecidas no rosto. Surpresas e assustadas. Olhos arregalados e bocas entreabertas em perfeito O.

 

:—Mani, isso não é ver... Normani que fitava suas mãos, ergueu a cabeça e me fitou com os olhos marejados. —Amor, não chore! –Prontamente levantei-me de minha cadeira, e me ajoelhei ao lado dela.

 

:—Não, Dinah! Não tente amenizar as coisas e me livrar da culpa, porque todas nós sabemos que eu sou a culpada. –Neguei com a cabeça freneticamente, peguei uma de suas mãos e apertei, tentando passá-la confiança.

 

:—Claro que não, amor. Eu não posso permitir que você deposite toda culpa em si mesma, quando você não nem uma parcela de culpa, por mínima que seja. –Usei a mão livre para enxugar as lágrimas que escorriam de seus olhos, e dei um beijo rápido e singelo em seus lábios molhados por aquele líquido salgado. —Eu prometo que nós vamos sair dessa, amor. Eu nos afundei, e eu mesma vou nos salvar. Você confia em mim? –Acenou positivamente com a cabeça, sorrindo fraco.

 

:—Eu te amo. –Ouvi-la dizer aquilo de repente, e sem motivo específico fez meu coração acelerar. Essa foi a vez dela de inclinar-se para juntar nossos lábios, mas dessa vez em um beijo mais demorado. No entanto, era só um toque de lábios, sem segundas intenções.

 

:—Eu amo você. –Agora de pé, sussurrei em seu ouvido ao abraçá-la.

 

Ouvimos um pigarrear e só então nos afastamos, um pouco ruborizadas. Eu realmente tinha esquecido da presença das mulheres naquela sala. Mas de certa forma, eu não estava surpresa. Era sempre assim quando eu estava com Normani. Era como se nós estivéssemos presas em uma espécie de bolha que somente nos permitia enxergar e ouvir uma a outra. Sorri com esse pensamento, imaginando como seria maravilhoso viver para sempre em um lugar onde existíssemos apenas ela, eu e o nosso amor. Longe de todos os problemas, longe das pessoas, longe de tudo que pudesse vir a nos separar.

 

 

 

 

[…]

 

 

 

Depois do dia produtivo, e consequentemente estressante e exaustivo, Normani e eu estávamos agora jantando na minha casa, sentadas em meu sofá e assistindo a um documentário sobre a importância da água. Quer dizer, ela estava olhando atentamente para a televisão, demonstrando interesse, enquanto eu estava admirando-a como de costume. Eu nunca cansaria de olhar para ela e pensar o quão sortuda eu era por tê-la na minha vida, e por saber que ela me amava quase tanto quanto eu a amava. Eu digo quase porque eu não sabia explicar a dimensão do amor que eu sentia por ela, e não importa quanto tempo passe e o que aconteça, o sentimento simplesmente permanece, e só tende a aumentar.

 

Normani era uma mulher excepcional. Não há nada sobre ela que eu não goste, pois cada detalhe era parte dela, a complementava. Fazia parte da personalidade forte que ela tinha, e isso só a deixava ainda mais bonita. Em termo de beleza, ela era perfeita. Normani fora abençoada por Deus com sua beleza extrema. A ela fora atribuído o dom da beleza negra. Ela o havia inventado. Eu era apenas uma pobre coitada diante de tamanha soberania. Uma pobre coitada muito sortuda, diga-se de passagem.

 

Eu estava tão imersa em meus devaneios que nem me dei conta quando Normani parou de prestar atenção no documentário da National Geographic, e passou a me fitar com uma expressão de confusão no rosto. Eu provavelmente estava parecendo uma retardada a encarando, mas com a cabeça no mundo da lua.

 

:—O que você está fazendo, boo? –Aquela voz. A minha voz favorita no mundo inteiro. Era rouca, e ao mesmo tempo tão doce e tão feminina. —Dinah?

 

:—O que? –Sacudi a cabeça, tentando espantar os pensamentos.—Oh... Ah! O que você disse, amor? –Normani arqueou uma de suas sobrancelhas.

 

:—Está tudo bem com você? –Assenti. —Dinah Jane, você tem certeza disso?

 

:—Sim, amor. Eu só estava te admirando e tentando entender o que eu fiz pra merecer você. –Normani estreitou os olhos em minha direção. —É verdade, amor. Eu juro.

 

 

 

 

 

NORMANI'S POINT OF VIEW

 

 

 

A água é um elemento essencial para a vida dos seres humanos, das plantas e dos animais sobre a superfície do planeta, é extremamente importante para a manutenção do clima da Terra. Embora seja um recurso natural renovável, a água deve ser tratada com muito cuidado, pois os gastos excessivos e indiscriminados, aliados à poluição, poderão causar sérios transtornos no abastecimento futuro. Quando se observa os grandes reservatórios naturais de água (rios, lagos, oceanos), depara-se com a existência de uma grande variedade de animais, desde grandes mamíferos aquáticos até os minúsculos protozoários, que constituem a fauna aquática. Para simplesmente sobreviver, uma pessoa necessita anualmente de aproximadamente mil litros de água potável.

 

A falta de água será problema mundial, desperdício, descaso e contaminação podem levar à escassez da água. Reavaliar nossas próprias ações pode ajudar muito. Desde que a Terra surgiu, a água é o elemento mais importante para a sobrevivência. Sem ela, o planeta seria desabitado. Mesmo assim, a humanidade desperdiça esse recurso.

 

Saber sobre essas coisas me deixava em estado de choque e de absoluta preocupação. Como as pessoas não davam a devida importância a água? Como elas podiam desperdiçar algo tão importante para a vida?

 

Isso me levava a pensar que daqui a alguns anos, a água estará escassa e as pessoas vão morrer com a falta dela. Existem muitas formas de sofrer com a falta de água e isso é aterrorizante, visto que, eu pretendia formar uma família. Ter filhos, netos e bisnetos, mas eu não poderia deixar que pedacinhos de mim morressem de sede e consequentemente de fome também, pois a água vai faltar para os animais também, e com isso, os animais e as plantas vão morrer. Eles não terão água para tomar banho, e não terão conforto. O quão horrível deve ser não poder tomar banho?

 

Eu com toda certeza me certificaria de que o chuveiro está fechado enquanto eu me ensaboo, usaria o mínimo de água possível para fazer as tarefas domésticas e não demoraria mais de dez minutos no banho. Dinah que se prepare pois ela está acostumada a fazer sexo durante o banho e deixar o chuveiro ligado, mas isto está definitivamente acabado.

 

Com esse pensamento, eu desviei minha atenção da televisão e fitei a loira ao meu lado, que me encarava com uma expressão indecifrável. Ela me encarava, muito embora seus pensamentos pareciam estar distantes.

 

 

[…]

 

 

 

:—Mas amor, por que nós não podemos tomar banho juntas? –Dinah tinha um bico enorme nos lábios, e o que despertou em mim uma vontade imediata de apertar suas bochechas, mas eu não o fiz. Tinha que ser firme.

 

:—Nós podemos e vamos tomar banho juntas, mas nada de gracinhas. Eu conheço muito bem as suas intenções! –Ela encolheu os ombros, sua expressão era de descontentamento. —Eu vou para o banho com você, apenas porque preciso me certificar de que você não vai desperdiçar água ou usar mais que o necessário.

 

:—Mas Mani...–Ergui a mão direita, indicando que ela deveria calar-se. Ela o fez.

 

:—Sem mais, Dinah. Se você tivesse prestado atenção no documentário mais cedo, entenderia meus motivos. –Dinah frisou os lábios, e suspirou rendida. —Agora você pode começar a se preparar para o banho, mocinha.

 

A Polinésia ainda fez um pouco de birra, mas logo começou a tirar suas roupas ali mesmo, na minha frente. Respirei fundo.

 

Eu teria que ser muito forte agora.

 


Notas Finais


Eu vou tentar não demorar mais, eu juro. Por favor não desistam de mim, bolinhos :)

Twitter: @norminahmatters


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