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História Nightcall - Fantoche


Escrita por: cecistydiax

Notas do Autor


esse episódio tá muito misterioso, amo!
boa leitura sz

Capítulo 20 - Fantoche


Fanfic / Fanfiction Nightcall - Fantoche

San Francisco, Califórnia

Dias atrás

 

No andar de cima, Camille consegue ouvir o barulho da porta batendo.

— Vamos, Flash! — A menina se levanta do chão, chamando o cachorro de raça beagle — Papai chegou!

Ela sai do quarto correndo, sendo seguida pelo cachorro e já no topo da escada, vê o pai colocar as malas no chão e abrir um sorriso genuíno ao ver a pequena.

— Papai! — Cami desce as escadas com cuidado e assim que pisa no chão plano, corre para os braços do pai.

O homem a tira do chão, a abraçando com toda a saudade que sentia de sua filha. Depois de longos meses em viagem ao Japão, não via a hora de chegar em casa e agora que está, o alívio explode em seu peito.

— Que saudade que eu estava de você, pequena — Ele sussurra, sentindo o cheiro dos fios de cabelo da menina.

Já no topo da escada, Meredith sorri ao ver o marido com a filha.

— Não só de você — Ele fala, ajeitando a menina no braço.

— Mais um dia longe e eu sentiria saudade — Meredith brinca, descendo as escadas.

Ao se aproximar do marido, sela seus lábios nos dele, coisa que sonhou em fazer todos os dias longe dele.

— Eu te amo — Ele murmura, encostando sua testa na de Meredith.

— Eu te amo — A mulher responde, sorridente.

Quando se afasta, ela passa a mão no cabelo de Cami.

— Filha, posso falar com seu pai a sós rápido? — Mer pede, preocupando levemente o marido, que a olha.

— Claro.

Ele coloca a menina no chão, que corre pra longe dali com o cachorro.

— Aconteceu alguma coisa? — Ele pergunta, cerrando os olhos.

Em silêncio, Meredith tira uma carta de seu bolso traseiro, entregando ao esposo.

— Chegou há alguns meses pra você — Ela conta — Quando eu vi de quem é, resolvi esperar.

Ele estranha e ao girar para a frente da carta em suas mãos, seu coração congela.

 

Dias atuais

 

— Sr. Thomas Wood?

— Sim?

O homem de cabelo e barba grisalha, olhos escuros e extremamente elegante se vira pra prestar atenção no recepcionista do hotel.

— Já ajeitamos o reserva — O rapaz avisa, educadamente — Hospedagem sem data limite.

— Isso mesmo — Thomas assente com a cabeça — Obrigado.

Tom segue pelo saguão do hotel, chegando ao elevador. Ele entra, ficando sozinho.

A cabeça do marido de Meredith vive exatamente igual um tornado desde que recebeu aquela carta. A felicidade e a confusão vivem juntas dentro dele, mas o maior sentimento é a tristeza por perceber o tempo perdido.

O elevador para no andar que está hospedado e segue até seu quarto. Assim que abre a porta, sente seu telefone tremer em seu bolso. Ao pegar, vê o nome da esposa estampar a tela.

— Oi, amor — Ele fala ao atender.

Como você está? — Meredith pergunta do outro lado da linha.

O suspiro cansado de Sebastian assim que se senta na beira da cama, o longo silêncio é a resposta para Meredith.

Você precisa falar com ela, Tom.

Não é assim tão simples, Mer — Thomas fala, angustiado — Como eu deveria chegar e contar isso pra ela?

Ela merece saber a verdade — Meredith diz — Você já perdeu tempo demais.

Só mais alguns dias — Tom dá a si próprio um prazo — Só mais alguns dias e eu falo com ela.

Tudo bem. Tenha cuidado com ele, ok?

Eu sempre tive.

Meredith e Thomas se despedem rapidamente no telefone e ao desligar, o homem massageia sua testa, tentando relaxar diante de toda a situação.

Mas, ao lembrar do rosto dela, é impossível.

 

——————————

 

Mesmo com a água gelada caindo por Mitch e Lydia, os dois estão quentes.

Os gemidos de Lydia, as pernas dela entrelaçadas na cintura dele, a mão dela espalmada no box embaçado, a cabeça de Mitch escondida em seu pescoço enquanto ele movimenta o quadril, a penetrando de maneira difícil, deixando as coisas ainda mais quentes.

Os dois ardem por dentro, mais uma vez se entregando a paixão.

Os segundos vem se passando lentamente, no qual os namorados desfrutam do prazer. Prazer esse que resulta no orgasmo de ambos, que se desmancham ali mesmo de baixo da água fria.

A cabeça de Mitch ainda deitada no ombro dela e a respiração ofegante mostra o cansaço prazeroso dele.

— Eu acho que nosso dia vai ser bom — Lydia fala, soltando uma risada.

— Você acha? — Mitch brinca, finalmente se afastando da namorada — Você me surpreende cada dia a mais, você sabe disso, não sabe?

— E ainda é só sete horas da manhã — Ela responde, passando suas mãos pelo pescoço dele — Imagine o que eu posso fazer a noite.

— Hora de tomar banho — Ele diz, desviando do assunto para manter o controle.

— Espera — Lydia pede, fincando as unhas no trapézio dele — Eu estou faminta.

— O que… espera, tomar café?

— Acertou.

— Porra, Lydia, você quase me fez ter outra ereção agora — Mitch brinca, fazendo ela rir.

— Eu adoraria outra, mas eu tenho que me arrumar pra ir pra empresa.

— Sério, precisamos decidir algo — Mitch fecha a cara, desligando a água.

— O que? — Lydia pergunta preocupada, sem entender a mudança dele.

— Lydia, isso é sério.

— O que? — Ela questiona de novo, mais preocupada.

— Sério, quando você vai me deixar foder você na sua mesa?

Mitch fala tão sério que faz Lydia gargalhar.

— Porque você está rindo? — Mitch se ofende, erguendo a sobrancelha — Isso é realmente sério.

— Pode aparecer lá quando quiser — Lydia morde o lábio inferior, ficando de ponta de pés para dar um longo selinho nele — Só pra você saber, eu vou de vestido hoje.

— Jesus, Lydia, você realmente levou a sério? — Mitch franze o cenho, brincando, porém, sério — É seu ambiente de trabalho, mostre algum respeito.

— Mitch.

Ok, obrigado pelo aviso, vou dar um pulinho lá mais tarde.

 

——————————

 

Amsterdam

Meses atrás

 

A respiração ofegante de Chloe se mistura com o frio da cidade a noite. Mas ela não sente o frio, ao contrário, Chloe ferve.

O coração acelerado dela, a cabeça tonta por causa da bebida, mas, mesmo assim, sabe o que está fazendo e gosta do que faz. Gosta de estar beijando James ali no beco escuro ao lado da boate.

As mãos escondidas dentro da jaqueta dele, as dele firmes em seu pescoço, e o beijo firme dos dois os impedem de parar.

— James — Chloe sussurra, ofegante assim que se afasta dele — O que estamos fazendo?

— Não se preocupe — J responde, fitando os olhos dela — Não tem nada de errado.

Chloe assente com a cabeça, dando um sorriso que faz James sentir um frio na sua barriga.

E eles se beijam, sem a intenção de pararem.

 

Washington DC

Dias atuais

 

Sozinha na sala de reunião, Chloe relembra da noite em qual ela e James se beijaram.

Ao perceber sorrir sozinha, ela mexe a cabeça em negação, tentando afastar a lembrança tão boa, mas, é impossível. Assim que é impossível lamentar o desencontro entre eles.

Ver James com outra pessoa não a chateou, mas somente sentir um pingo de desconforto a assusta, a fazendo se questionar verdadeiramente sobre o que está acontecendo ali. Porém, Chloe sabe que os questionamentos não importam mais, principalmente por estarem com outras pessoas.

Chloe agradece mentalmente pela chegada de Lydia na sala, podendo finalmente esquecer.

— Conversou com o James?

— Porque você fez isso? — Chloe joga a cabeça pra trás, irritada por Lydia não ajudar.

— O que? — A ruiva estranha, dando um sorriso desconfiado — Alguém está tensa hoje, graças a Deus eu não sei o que é isso.

— Você transou hoje de manhã, não foi? — Chloe volta a olhar pra amiga, cerrando os olhos.

— Você deveria também — Lydia se senta na cadeira ao lado de Chloe, a olhando — A dúvida é, com o James ou com o Paul?

— Lydia! — Chloe a repreende, realmente chateada — Você não está ajudando.

— Desculpe — A namorada de Mitch volta atrás, finalmente entrando no assunto da maneira certa — Você conversou com ele?

— Bem ocupado ele estava — Chloe não evita de soltar, incomodada somente ao lembrar da loira — Mas, sim, conversei com ele e a verdade é que ele não gosta de mim romanticamente, quer dizer, não mais.

— Porque eu sinto um pouco de decepção na sua voz? — Lydia franze o cenho, sem entender a desanimação de Chloe.

— Não estou decepcionada, eu só… — Chloe coloca as mãos em suas coxas, tentando encontrar uma forma de dar a resposta certa — Eu só estou triste porque isso tudo criou um clima entre nós dois.

— Ou talvez você só está vendo esse clima agora — Lydia pontua, atraindo o olhar de Chloe pra ela, confusa — Chloe, eu perdi as contas de quantas vezes eu vi James praticamente derreter ao seu lado, você falar e ele olhar pra você como se você fosse o próprio sol, sabe? Sim, ele provavelmente não gosta mais de você, mas… todo esse tempo, você estava cega.

— Porque você nunca me contou isso?

— Porque chega um ponto que somente você é capaz de enxergar — Lydia fala e comprime os lábios, lamentando toda a situação — Não os outros.

A conversa das duas é interrompida com a porta se abrindo, revelando a secretária delas.

— Mrs. Martin e Mrs. Wilders, posso mandá-los entrar? — A mulher questiona.

Somente Lydia assente com a cabeça, enquanto Chloe ainda reflete as palavras da amiga.

— Confie em mim — Ela toca a perna dela, fazendo-a olhá-la — Algumas coisas se resolvem com o tempo.

Chloe comprime os lábios e em seguida, dá um longo suspiro.

— Vamos trabalhar.

A reunião toma rumos completamente diferentes da do outro dia. Diferente dos outros dois, os homens a tratam com respeito a atenção, sempre ouvindo Lydia e Chloe.

Após bons longos minutos de conversa e discussões, Lydia coloca a pergunta.

— Então, qual é a proposta final de vocês?

Assim que um dos dois faz menção para responder, o telefone de Lydia toca, interrompendo.

— Desculpe — Ela logo tenta se redimir e pega o aparelho pra desligá-lo, mas ao ler o nome do pai estampado na tela, trava.

— Você não vai desligar? — Chloe questiona, sem entender, soltando um sorriso nervoso.

— É o meu pai — Lydia responde e no mesmo segundo, Chloe se ajeita na cadeira, desconfortável somente ao ouvir isso — Eu tenho que atender. Vocês me dão licença?

— Claro — O homem responde educadamente.

Lydia se levanta, saindo da sala de reunião, deixando Chloe sozinha com os dois homens. Mas, ela se mantém inquieta, até mesmo inconformada com a inocência de Lydia e não demora muito pra Chloe também pedir licença e sair da sala.

Ela chega no mesmo segundo que Lydia desliga o telefone.

— Aconteceu alguma coisa? — Ela pergunta, cruzando os braços.

— Meu pai está precisando de mim.

— E eu estou precisando de você lá dentro pra fechar um contrato importante, Lydia.

Lydia respira fundo somente ao perceber o rumo da conversa.

— Meu pai está doente, Chloe — Ainda calma, Lydia tenta a compreensão da amiga.

— Seu pai é milionário, com certeza ele está tendo os melhores cuidados exatamente nesse segundo, Lydia — Chloe cerra os olhos — Você realmente acredita que ele é um homem melhor por causa da doença?

— Você não está sendo justa, Chloe. Eu tenho certeza que você consegue resolver isso sozinha! Você é ótima nisso e eu confio em você.

— E você está sendo ingênua! — Chloe eleva minimamente o tom da voz, tentando fazer com que a amiga acorde.

— Eu não vou ficar aqui ouvindo isso — Lydia fica desconfortável, chateada com a amiga — Eu tenho que ir, ok? Você consegue resolver isso sozinha.

— O combinado era pra resolvermos juntas — Chloe pontua — Mas, pelo visto, não é necessário.

Chloe dá de costas pra amiga, voltando pra dentro da sala.

Do lado de fora, Lydia por alguns segundos se vê relutante, sem saber o que fazer. A vontade de entrar e ajudá-la, mas, ao mesmo tempo, o medo de acontecer algo com Sebastian.

Porém, Lydia faz sua decisão e vai embora dali.

A ruiva passa em sua sala, pega sua bolsa e desce para fora do prédio. Lydia entra em seu carro e faz um caminho rápido até a mansão Martin. Quando chega, estaciona o carro e se apressa em subir as escadas, já entrando.

Lydiazita! — Rosa se surpreende em vê-la ali — O que faz aqui?

— Meu pai, aonde ele está?

— Eu não sei — Rosa não entende a pressa da garota — Eu ainda não vi ele hoje, não tomou café.

— Vou subir.

Lydia sobe as escadas apressadas, sob o olhar desconfiado de Rosa. Em todos os anos que trabalha na gigante casa, nunca viu ela se preocupar assim com o pai.

A ruiva chega no corredor, segue até o quarto do pai e quando abre a porta, se surpreende em vê-lo de pé, parado em frente a janela.

— Pai — Lydia se aproxima, angustiada — Você está bem?

Em silêncio, o homem somente se vira, encarando a filha.

— Você está linda — Ele sussurra, com seus olhos marejados.

— Pai…

Sebastian somente caminha até ela, segurando as mãos de Lydia e a puxando delicadamente para sentar na cama gigante. Ela não entende, somente o encara confusa.

— Eu sei que tudo o que eu fiz nessa vida foi magoá-la, Lydia — Sebastian murmura, tocando o rosto dela — Eu sei que sempre fui um pai terrível.

— Não — Lydia tira a mão dele de seu rosto somente para segurá-la, carinhosamente — Você nunca me deixou faltar nada, pai. Sim, tivemos nossas brigas, mágoas, mas quando eu era pequena… Jesus, quando eu era pequena, não via a hora que você chegasse em casa depois do trabalho.

— Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, Lydia — Sebastian, verdadeiramente, deixa as palavras saírem de sua boca — Nunca tenha dúvida disso.

— Porque você está falando essas coisas? — Lydia franze o cenho, ainda confusa.

— Porque eu não vou suportar perder você um dia — Sebastian muda o tom de voz, sendo mais duro nela — E eu vou fazer qualquer coisa no meu poder pra não perdê-la.

Antes que Lydia responda, depois de muitos meses, ela se vê nos braços do pai, que a puxa para um abraço.

Ela não consegue reagir, mas se deixa ali. Ficar parada, processando, isso faz com que Lydia perceba que não importa o que aconteça, sempre estará faltando algo entre os dois. Entendimento, carinho, tantas coisas que Lydia se assusta, pois se trata de seu pai.

Seu pai, aquele que a magoou, a machucou e mesmo assim, mesmo não estando cem por cento com ele, não pode dar as costas pra ele. Não pode dar as costas para as coisas boas que um dia ele ofereceu a ela.

Sentir o desconforto nos braços nele é a prova que no fundo, as sensações de Lydia estão certas. Ela não pode confiar novamente em Sebastian, mas isso não significa dar as costas pra ele.

Mas por achar que ele precise de seu carinho, Lydia engole esse desconforto e devolve o abraço do pai, pousando as mãos em suas costas.

E não poder olhar nos olhos dele permite que Sebastian dê um sorriso vitorioso, satisfeito pela aproximação que serve de caminho para controlá-la novamente.

 

————————

 

Dentro de sua sala, Chloe ajeita sua bolsa, depois de um longo dia de reuniões e coisas pra resolver da empresa. Não se sente cansada por resolver tudo só, mas se sente triste por não compartilhar das coisas com Lydia.

Duas batidas em sua porta a faz olhar pra mesma, se deparando com Mitch quase dentro da sala.

— Interrompendo? — Ele pergunta, educadamente.

— Nunca — Chloe responde, fechando sua bolsa — Já estava de saída.

— Eu passei na sala da Lydia, mas ela não está lá. Aconteceu alguma coisa? Tínhamos combinado de jantar fora agora de noite — Mitch fala, já entrando na sala.

Chloe se sente desconfortável em responder Mitch, mas, não faz rodeios.

— Ela foi até a casa do Sebastian — Ela conta, arrodeando a mesa e se encostando na mesa.

Chloe consegue sentir de longe a decepção de Mitch somente com o olhar dele.

— O jeito que ela foi correndo, a preocupação dela… — Chloe continua, verdadeiramente angustiada com tudo isso — Isso me preocupa.

— Somos dois — Mitch solta um sorriso entristecido, passando as mãos em seu cabelo — Devemos assistir, certo?

— Eu não confio nele — Chloe cruza os braços — E eu não consigo acreditar que depois de tudo que ele fez, Lydia vai atrás dele.

— A doença mudou ele, não é? — A ironia de Mitch é coberta por um tom triste, cansado — Ele é um homem bom agora.

— Talvez ele esteja melhor — Chloe dá de ombros — Mas é um erro mergulhar de cabeça assim.

Mitch, realmente magoado por Lydia não ter avisado, não ter feito nada em relação ao encontro deles, simplesmente se senta na cadeira, quase de frente a Chloe.

— Eu tenho esse medo dentro de mim, sabe? — Ele sorri, tentando diminuir a tensão da conversa, em vão — Um medo que ele consiga usar da ingenuidade dela pra fazê-la de fantoche. Um medo que ele destrua o que nós reconstruímos.

— Ele vai — Chloe fala, causando um nervoso em Mitch, que a olha — Se vocês deixarem.

Mitch absorve as palavras de Chloe, mas, não fala nada.

— Você falou com o James hoje? — Ela pergunta inconscientemente e se arrepende no mesmo segundo.

— Não, porque? — Mitch se encosta na cadeira, levando a mão na boca rapidamente.

— Nada — Ela desvia o olhar, respirando fundo.

— Desculpe por ter sido tão irônico ontem. É que ele é meu melhor amigo, você sabe.

— Está tudo bem — Chloe comprime os lábios, minimizando — Ele mesmo disse que não gosta de mim, então…

Mitch se surpreende com o que Chloe diz, fica desejando em falar que é exatamente ao contrário, mas, somente James passa em sua cabeça. Se ele falou isso, existe uma razão.

— Você gosta dele?

O frio na barriga de Chloe a deixa incomodada somente por sentir isso. Mas, ela ignora.

— Ele é um ótimo amigo — Ela frisa, recebendo um Mitch somente assentindo com a cabeça — Mas, vamos mudar de assunto. Você está com fome?

— Faminto — Mitch responde, se levantando da cadeira.

— Afim de um sushi? — Chloe pergunta, pegando sua bolsa.

— Jesus Cristo, como você consegue me perguntar isso? — Mitch fala tão sério que Chloe gargalha — Detesto peixe cru.

— Hamburger com fritas, então.

— Agora sim, mrs. Wilders.

 

————————

 

Estar em Washigton depois de tantos anos o faz se dividir em dois. Um lado seu sente saudade, as lembranças que surgem em sua mente são tão felizes. Mas, do outro lado, as lembranças tristes também retornam e entristece Thomas.

Caminhar pelas avenidas e lembrar como era tudo aquilo antigamente. Washington em seus anos setenta não era tão bondosos.

Como estava disposto, Thomas anda por ali em silêncio, procurando relaxar a mente depois de dias tão confusos e dolorosos.

O relaxamento que procurava funcionava, até parar diante de um carro que caminha devagar para estacionar e ver pelo vidro, o reflexo de um homem por trás dele, o encarando.

Quando o carro passa, Thomas continua a caminhar, fingindo que ainda não enxergou o homem. Ao atravessar a avenida, entra em um restaurante e disfarçadamente, percebe ainda ser seguido.

Tom entra dentro do banheiro e pede silêncio ao rapaz que está dentro. Sem entender, ele somente encara Thomas se esconder atrás da porta.

Quando ela se abre e se fecha, é o suficiente pra Thomas avançar em cima do homem, agarrando o pescoço dele por trás e com força, empurrá-lo na parede, que arfa de dor.

Ele tenta reagir, mas Thomas é como uma estátua.

— O que você quer? — Ele questiona e ao receber o silêncio, se irrita.

Sem paciência, Tom agarra a cabeça dele, afasta e empurra o rosto do homem na parede.

— Porque você está me seguindo? Quem mandou você atrás de mim? — Thomas questiona irritado.

— Sebastian — O homem finalmente abre a boca, ofegante — Sebastian Martin.

Raivoso somente em ouvir esse nome, Thomas vira o homem com força e pela gola da camisa, o esmaga na parede.

— Você é um bom funcionário, não é? — Mesmo sem entender a pergunta, o homem somente assente com a cabeça, nervoso — Então diga ao seu chefe que se ele tentar mais alguma coisa, eu acabo com ele.

É Thomas que abre a porta e sem paciência, empurra o capanga de Sebastian pra fora.

Quando fica sozinho, ele dá um longo suspiro cansado depois de todo o esforço que fez.

No canto, o mesmo rapaz o encara petrificado.

— É a idade, meu rapaz. Um dia você vai entender isso.


Notas Finais


eai, quem será que é esse thomas wood? aonde ele deve se envolver nessa história?
até o próximoooo sz


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