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História Nightmares - O Rei e a Rainha


Escrita por: darky_galaxy

Notas do Autor


Hey!!!
Queria começar pedindo desculpas pela demora para postar esse capítulo! Como eu comentei no Tumblr, eu acabei passando alguns dias no sítio que era da minha avó no interior e lá a internet não é das melhores!! Eu até tentei postar antes, mas a internet acabava caindo e eu só passei raiva kkkkkkkkk Então decidi postar o capítulo depois mesmo!!

Como eu comentei no Tumblr, nesse capítulo temos a Maya e o Caspian, a Gwne e o Chase e também o segundo casal mais votado (que na verdade empatou com Marcus & Chuck), MYAH e Liam!! Temos também a coroação da nossa Rainha e do nosso Rei do baile e um momento entre um casal que você me pedem DEMAIS hehehehe

Vou deixar agora vocês lerem o capítulo em questão!! Boa leitura e até lá embaixo o/

Capítulo 31 - O Rei e a Rainha


Fanfic / Fanfiction Nightmares - O Rei e a Rainha

CAPÍTULO VINTE E SEIS – O REI E A RAINHA

Maya riu levemente do que Fred havia dito enquanto observava a garota morena ao seu lado se virar para dar uma cotovelada de brincadeira no ruivo, um sorriso brincalhão em seu rosto enquanto ela o mandava calar a boca e o garoto sorria para ela. A mais velha ficou apenas observando os dois interagindo antes deles se despedirem dela quando uma música que Mary alegava ser uma de suas preferidas começou a tocar.

Ela observou enquanto Mary pegava a mão de Fred e o puxava para a pista de dança com um grande sorriso em seu rosto que era prontamente retribuído pelo garoto mais velho. Um pequeno sorriso surgiu no rosto da loira enquanto ela observava os dois se juntando aos outros alunos para dançar a mais nova música. Um riso divertido saindo de seus lábios enquanto ela observava o familiar grupo de amigos dançando e se divertindo na frente de todos, Kaled com sua capa balançando para todos os lados enquanto ele e Zack copiavam os passos que Gwen tentava ensinar para eles.

Os olhos castanhos de Maya logo pousaram na familiar figura de longos cabelos negros e olhos escuros do outro lado do Salão Principal. Mesmo com a máscara preta que cobria grande parte de seu rosto, a loira conseguiria reconhece-lo em qualquer lugar e, pelo visto, outros alunos também já que o rapaz amis velho estava cercado de alunos tentando convencê-lo a dançar com eles. Maya não podia negar que ele parecia ainda mais bonito com seu traje formal e com seu cabelo geralmente bagunçado perfeitamente arrumado para combinar com o resto.

A garota de longos cabelos loiros ficou apenas observando com atenção enquanto o garoto parecia recusar educadamente os convites para dançar que algumas garotas faziam enquanto seguravam o braço do garoto que claramente ria sem graça enquanto tentava se afastar. Maya não pode deixar de rir levemente, a cena fazendo-a lembrar da época em que eles frequentavam esses bailes como alunos. De como em todos os bailes Caspian era sempre cercado por garotas tentando convidá-lo para dançar e como ele sempre tentava recusar educadamente, mas não conseguia e acabava passando a noite inteira na pista de dança, cada música com uma pessoa diferente.

Ela se lembra do primeiro baile em que eles foram juntos depois de terem começado a namorar, de como as garotas a olhavam feio por ela estar acompanhada dele, de como Caspian ignorou a existência de todas as outras pessoas e dedicou toda sua noite a dançar com ela. Maya sorriu tristemente ao se lembrar de como naquela noite eles se divertiram juntos enquanto dançavam, principalmente quando Maya acidentalmente pisava no pé de Caspian e dizia que era culpa dele por ser um péssimo professor de dança o que só fazia com que eles rissem mais.

Naquela época Maya estava se apaixonando cada momento mais por ele, naquela época a vida era mais simples e muito mais alegre. Às vezes Maya não podia impedir os pensamentos negativos de que os melhores anos de sua vida já haviam passado, ela se via ficando com medo de que nunca mais viveria momentos alegres como aqueles que viveu com seus amigos e com ele, ela se via apavorada com o que o futuro reservava e com raiva do que aconteceu no passado e de como as coisas poderiam ser diferentes.

Maya percebeu que deve ter ficado encarando-o por muito tempo, pois logo o olhar dele se encontrou com o dela e ela sorriu envergonhada antes de desviar o olhar e balançar a cabeça levemente em reprovação por ter sido pega olhando. Com tudo o que estava acontecendo nos últimos meses Maya tinha certeza de que a última coisa que Caspian precisaria se preocupar no momento é com o relacionamento deles que nem mais existia.

A garota suspirou tristemente ao perceber que seus pensamentos estavam, mas uma vez, seguindo um caminho que ela sabia que a deixaria mal depois. Os sentimentos conflitantes dentro dela brigando cada vez mais ao ponto dela sentir que aos poucos estava desmoronando e isso fazia com que ela desejasse poder ir até o garoto do outro lado do Salão Principal e simplesmente abraça-lo como ela costumava fazer quando se sentia sobrecarregada com todas as coisas, mas ela sabia que não podia fazer isso.

– Hei. – a voz familiar da pessoa que ocupava seus pensamentos soou ao seu lado e ao levantar o olhar Maya se viu olhando diretamente nos olhos escuros de Caspian. – Eu... Hum... Você está muito bonita.

Maya sorriu timidamente antes de abaixar a cabeça envergonhada o que fez um sorriso surgir no rosto de Caspian.

– Obrigada. Você também não está nada mal. – respondeu a garota com um sorriso enquanto voltava seu olhar para o garoto.

– Isso é tudo que eu ganho? – perguntou com um tom brincalhão. – Perdi horas da minha tarde me arrumando para ficar gato desse jeito e recebo apenas um “nada mal”? Isso é decepcionante.

– Parece que alguém está querendo aumentar o ego. – disse de volta com o mesmo tom o que acabou fazendo com que os dois rissem. – E, fala sério, horas? Se bem te conheço você começou a se arrumar dois minutos antes do horário que combinamos de nós encontrar.

Touché. – respondeu o garoto de cabelos negros com um sorriso em seu rosto que logo foi retribuído pela loira.

Os dois então ficaram em silêncio por algum tempo, nenhum dos dois sabendo ao certo o que dizer em seguida. Aquela era a primeira vez em um bom tempo que os dois tinham uma breve conversa em que ambos riam e depois ficavam em um silêncio confortável e não tenso como de costume. Maya não pode evitar morder o lábio inferior ao mesmo tempo que olhava ao redor e se mexia inquietamente, revezando o peso de um pé para o outro, enquanto procurava por palavras para preencher o silêncio antes que ele se transformasse em tensão.

O silêncio nunca foi exatamente um problema para os dois, eles sempre foram capazes de se comunicar bem sem a necessidade de palavras. Antigamente apenas a presença um do outro já era mais do que suficiente para que eles encontrassem conforto e relaxassem e naquele momento Maya tinha dúvidas do que realmente sentia com o silêncio e proximidade deles. Se não fosse pela música alta e as conversas por todo o salão, ela tinha certeza de que conseguiria ouvir a respiração de Caspian já que conseguia sentir o calor que emanava de seu corpo apenas pela sua proximidade. Era tudo ao mesmo tempo confortante e familiar, mas isso não deixava de deixar a garota ansiosa; sua mente dizendo que a qualquer minuto eles poderiam começar a discutir de novo.

– Então... – começou Caspian quebrando o silêncio entre eles enquanto parecia tão inquieto quanto Maya. – Eu... Hum... Vim falar com você porque... Porque eu queria pedir desculpas.

Caspian disse antes de se virar levemente para encarar Maya que não pode deixar de franzir as sobrancelhas em confusão enquanto olhava para o Black ao seu lado, não sabendo ao certo sobre o que ele poderia estar se referindo. Vendo a confusão no olhar da loira, Caspian logo suspirou antes de abaixar o olhar aparentemente envergonhado.

 – Pelo jeito como eu ando agindo. – completou ele enquanto Maya se mantinha em silêncio sabendo muito bem que o garoto procurava por mais palavras para dizer. – Eu ando agindo como um idiota com você e... Eu realmente sinto muito.

– Está tudo bem. – Maya começou antes de ser interrompida por Caspian que a olhava com o cenho franzido.

– Não, não está. Eu não tenho o direito de ser grosseiro com você, ainda mais quando você não fez nada. – Caspian suspirou novamente antes de jogar a cabeça levemente para trás e soltar um riso sarcástico. – Eu pensei que se eu fosse um babaca com você eu conseguiria fazer com que você me odiasse e dessa maneira... Dessa maneira eu não...

– Eu sei. – disse Maya com um tom baixo sabendo exatamente quais eram as palavras que Caspian queria expressar.

O rapaz de longos cabelos negros sorriu levemente para a loira antes de abaixar o olhar novamente e colocar as mãos nos bolsos.

– De qualquer maneira, eu percebi que não queria isso. – continuou enquanto sentia o olhar de Maya sobre si. – Seria a maneira mais fácil, é claro, mas não me parecia certo. Quando nós brigamos aquele dia eu... Eu percebi que não queria que você me odiasse. Não conseguiria viver comigo mesmo sabendo que você me odeia. Eu só... Não podia. – humedecendo os lábios, Caspian balançou a cabeça levemente, mas não se atreveu a levantar o olhar e encontrar o de Maya. – Eu pensei que não que queria por perto, mas então eu percebi que não queria isso.

– Então por que você continua se afastando? – perguntou a garota com um tom de voz baixo e carregado de emoções. – Por que você foi embora?

– Era a coisa certa a se fazer.

– Era mesmo? Ou era a coisa fácil de se fazer? Há uma grande diferença entre elas. – Maya disse antes de suspirar. – Se você sente minha falta por que você continua arranjando maneiras de me afastar de você? Sirius, eu sinto sua falta também. Todos os dias então, por favor, apenas me diga. Me diga por que você foi embora? Por que você me abandonou? – perguntou a garota com a voz cheia de diversas emoções enquanto sentia sua respiração ficar mais acelerada assim como as batidas de seu coração.

– Você sabe o porquê. – Caspian respondeu antes de suspirar audivelmente e levantar seu olhar para encontrar o de Maya. – Eu sinto sua falta e quero você por perto, mas eu sei que não posso. E eu me odeio por isso. Eu realmente queria não sentir sua falta e não te querer por perto, isso tornaria as coisas bem mais simples.

Maya ficou em silêncio depois disso, apenas encarando Caspian com um olhar que o garoto não conseguia decifrar. Diversos pensamentos passavam pela cabeça da garota enquanto ela olhava diretamente nos olhos escuros daquele que uma vez ela pensou que seria o amor de sua vida, aquele que ela sempre pensou que estaria ao lado dela para sempre, que sempre a ajudaria e estaria lá para ela. A mesma pessoa que agora quebrava o coração dela mais uma vez.

Ela queria dizer o quanto ela achava que ele era ridículo naquele momento, queria dizer pra ele que não importa o que ele diga, ela sempre estaria ao lado dele. Ela sempre estaria ao lado dele para lembrá-lo que ela sempre o amaria mesmo quando ela desejava profundamente não amar. Havia diversas palavras que ela queria dizer, várias perguntas que ela queria fazer, respostas que ela tinha necessidade de escutar, mas olhando para Caspian naquele momento Maya percebeu que não adiantaria.

Ele havia feito a escolha dele, mesmo que não percebesse, e agora era a vez dela de respeitar a escolha dele mesmo que pra isso ela tivesse que lidar com o coração quebrado mais uma vez. Suspirando ela fechou os olhos brevemente.

– Maya...

– Você deveria ir. – Maya disse antes que Caspian pudesse dizer qualquer outra coisa. – Já está tarde, você deveria ir logo. Ele precisa de companhia, nós podemos cuidar do resto.

Caspian apenas acenou com a cabeça levemente, mas não fez nenhum movimento para se afastar. Maya observou enquanto ele abriu e fechou a boca algumas vezes antes de suspirar e pedir desculpas mais uma vez. A loira apenas forçou um sorriso para ele antes de dizer que estava tudo bem e que não havia nada com o que ele se preocupar. Mesmo hesitante, o moreno apenas assentiu com a cabeça antes de se afastar, mas não sem antes abrir a boca mais uma vez como se quisesse dizer algo, mas não pudesse.

Maya se viu engolindo em seco enquanto mantinha o olhar fixo na entrada do Salão Principal pela qual Caspian acabara de sair, o coração em seu peito se apertando com a ideia de que talvez eles nunca mais voltariam a ser o que eram antes. Ela estaria mentindo se dissesse que não tinha uma pequena esperança dentro de si de que um dia eles se resolveriam, de que um dia Caspian perceberia que a culpa que carrega não é dele e assim ele deixaria que ela se aproximasse dele mais uma vez.

Ela então sentiu a mão quente de alguém repousar sobre seu ombro nu de maneira reconfortante e ao se virar se viu encarando os olhos castanhos preocupados de Teddy por debaixo da máscara que ele usava.

– Você está bem?

– Eu vou ficar. – respondeu com um sorriso triste que Teddy logo correspondeu.

Logo uma música que ela não conhecia começou a tocar pelo Salão Principal e ela se virou para ver Avalon dando risada no palco junto com Jake enquanto Gwen parecia gritar de entusiasmo antes de arrastar seus amigos para a pista de dança onde ela começou a mostrar uma coreografia que Maya nunca tinha visto antes. Ela não pode evitar o riso que saiu de seus lábios ao observar os rostos felizes dos alunos, principalmente da corvina que dançava com tanto entusiasmo.

– O que você me diz, me daria a honra de aprender a dançar Macarena comigo? – perguntou Teddy enquanto estendia a mão de maneira dramática para Maya que riu antes de pegar na mão do amigo.

– Guio o caminho.

 

 

. . .

 

 

Gwen tinha a respiração ofegante enquanto se aproximava da mesa de comes e bebes e se apoiava levemente contra a mesma enquanto tentava controlar sua respiração, inspirando e aspirando com calma antes de passar a mão em sua testa para tirar alguns fios que haviam grudado na mesma. Seus pés doíam de tanto dançar com os saltos o que só a fazia se recordar do motivo de nunca os usar. Sinceramente, ela estava surpresa por ainda sentir seus pés naquele momento!

Desde o momento em que a banda começou a tocar, Gwen não saiu da pista de dança, somente durante alguns minutos quando Zack teve que literalmente arrastá-la para uma mesa porque ela não conseguia mais se manter em pé com os saltos que sua mãe havia lhe enviado. Pelo menos ela estava conseguido andar com os saltos, pensava a garota enquanto fazia uma careta ao se recordar do desastre que foi a primeira vez que ela usou saltos para a festa de quinze anos de uma amiga e acabou caindo na entrada da festa em cima de um arbusto. Sorte dela que seus colegas bruxos não tinham redes sociais para verem a compilação de vídeos dela caindo enquanto usava saltos em festas.

Ela sabia que devia ter descansado um pouco como Simon havia sugerido mais cedo depois dela ter dançado várias músicas seguidas ao lado de Zack e Kaled, mas o que ela deveria fazer? Quando tinha decidido se sentar a melodia familiar de Macarena começou a soar por todo Salão Principal. Gwen simplesmente não poderia ignorar um chamado desse, era lei dançar Macarena nas festas de onde ela vinha! Se seu pai soubesse que ela não dançou Macarena na festa ele ficaria decepcionado. Claro, seus pés foram aqueles que sofreram as consequências da dança animada, mas Gwen não se arrependia nenhum pouco.

Fazendo uma pequena careta de dor ao virar o pé levemente Gwen xingou em voz baixa o maldito salto antes de olhar levemente ao redor e se abaixar ali mesmo na frente da mesa de comes e bebes, arrancando os saltos de seus pés e jogando eles para um canto aleatório, não é se ela fosse sentir falta deles de qualquer maneira. Suspirando de alívio Gwen deixou o chão gelado do Salão Principal ajudarem com a dor que ela sentia.

– Alguém ainda vai tropeçar nesses sapatos e não ficará muito feliz com isso. – disse uma voz atrás de Gwen e a garota institivamente pulou de susto, quase caindo sobre a mesa de comida se não fosse pelo aperto firme e ao mesmo tempo delicado em seu braço. – Desculpa, não teria te assustar.

– Puta que pariu, cara! – exclamou Gwen enquanto colocava a mão sobre o peito e se virava para encarar o garoto com um sorriso divertido atrás dela. – Nunca te falaram pra não chegar de fininho assim nas pessoas? – resmungou a garota o que só fez o garoto rir dela.

– Desculpa. – disse Chase apesar de ainda estar sorrindo o que fez Gwen acreditar que ele não estava tão arrependido assim. Os dois então notaram que Chase ainda segurava o braço de Gwen o que fez a garota ficar levemente envergonhada enquanto Chase limpava a garganta e soltava a garota, colocando as mãos em seus bolsos.

– Vou te perdoar só dessa vez porque você não me deixou cair em cima da comida. Isso seria um desperdício de doces. E desperdiçar comida é o maior pecado do mundo. – Gwen falou antes de se virar e pegar um doce em cima da mesa e comê-lo. – O que devo o prazer da sua companhia?

– O que? Não posso mais conversar com minha garota preferida? – disse com um tom brincalhão que fez Gwen sorrir forçadamente enquanto tentava ignorar as borboletas em seu estômago.

– Você não deveria estar com a versão sem glamour da Regina George? – perguntou ignorando o comentário anterior do sonserino.

– Quem? – perguntou confuso.

– Vocês bruxos e sua falta de conhecimento útil... – reclamou Gwen dramaticamente fazendo com que Chase sorrisse levemente. – A Quinnie.

– Ah ela. – disse com certo veneno em sua voz enquanto fazia uma careta por debaixo da máscara. – Eu meio que estou fugindo dela. – deu de ombros enquanto Gwen o encarava com uma sobrancelha arqueada. – Ela não para de falar e, Merlim, se eu ficar mais um minuto do lado dela eu vou acabar me afogando propositalmente no ponche.

Gwen não pode deixar de rir levemente do comentário de Chase.

– Aliás, eu meio que queria te pedir desculpas. – Chase continuou e Gwen o olhou confusa antes de dizer que estava tudo bem e que ela não estava brava por ele tê-la assustado. – Não, não por isso. Por não ter te convidado pro baile então ter dito nada sobre isso depois quando estávamos no comitê.

– Você não precisa se justificar pra mim, Chase. Não sou a dona da sua vida.

– Eu sei, mas... – Chase suspirou levemente antes de ficar em silêncio. Foi então que ele notou que uma música lenta começava a ser tocada pela banda, respirando fundo Chase limpou a garganta antes de oferecer a mão para Gwen que o olhou hesitante. – Você quer dançar?

– Tem certeza? – perguntou a garota com a hesitação clara em sua voz. – Seus amigos não gostariam de te ver dançando com uma “sangue-ruim” e você sabe disso.

– Eu não me importo com isso agora, quero aproveitar a pouca liberdade que ainda me resta. – comentou e Gwen o olhou confusa, prestes a perguntar o que ele quis dizer antes de Chase a interromper: – E estamos num baile de máscaras. – respondeu simplesmente antes de lançar um sorriso suplicante para Gwen que hesitou mais um pouco antes de concordar e segurar a mão de Chase. – Você não vai colocar seus sapatos?

– Quem precisa de sapatos? Confio em você para não pisar nos meus belos e já machucados pés. – comentou a garota com um tom divertido enquanto acompanhava Chase até a pista de dança, os dois passando despercebidos pela maioria o que fez Gwen agradecer Ártemis pelo tema ser mistério e nem todos saberem quem era quem.

Gwen observou Chase colocar a mão dela em seu ombro antes de colocar sua própria na cintura dela, puxando-a para mais perto com um pequeno sorriso em seu rosto enquanto o sonserino segurava sua outra mão na dele, guiando os dois ao ritmo da música que Gwen conhecia muito bem por sempre ouvi-la com sua mãe. A garota não pode deixar de se sentir levemente nervosa enquanto dançava ali no meio de tantas pessoas com Chase.

Ora ou outra Gwen se via olhando ao redor com medo de que alguém perceberia, mas ela era sempre tirada de seus pensamentos pelo aperto reconfortante que Chase dava em sua mão, como se dissesse que estava tudo bem. Mas Gwen não confiava completamente nisso. Depois de anos assistindo séries e filmes se tem algo que Gwen aprendeu é que tudo pode sempre dar errado. E que o que está ruim pode piorar, sempre. Jon Snow que o diga, pensou Gwen ao se lembrar do personagem que ela mais viu sofrer em uma série.

A maior preocupação da garota era que Zack poderia estar procurando por ela ou que então algum dos amigos de Chase, em especial Quinnie, vissem os dois dançando. A última coisa que ela precisava naquela noite era ter que lidar com pessoas a insultando pela família de qual venho. Gwen só realmente relaxou um pouco quando avistou Zack parecendo ter uma conversa séria com Sailon em uma mesa mais afastada, Sailon parecendo preocupado e até mesmo frustrado enquanto Zack parecia confuso tentando pensar em como dar um conselho sem zoar o amigo e fazê-lo se sentir pior.

Sentindo a preocupação se dissipar um pouco, Gwen respirou fundo e sentiu grande parte da tensão deixar seu corpo enquanto começa a dançar com mais leveza ao lado de Chase que sorriu para ela. Ela não podia negar que estava gostando de dançar com ele, de passar um tempo com ele para ser mais exata. Desde o baile de Halloween do ano anterior os dois meio que começaram a ter um relacionamento, ou pelo menos ao parecido com isso, e por mais que Gwen pensasse que fosse ser algo passageiro ela se via a cada dia mais confusa quanto ao que sentia em relação à Chase.

No começo, ela pensou que toda essa atração poderia não ser necessariamente por Chase, mas pela ideia de um romance proibido, afinal, quem nunca quis viver um romance dramático como o de séries e filmes? Mas depois de um tempo ela percebeu que não era a ansiedade e o medo de serem pegos que ela gostava e sim Chase. Ela gostava de conversar com ele, saber mais sobre ele, fazer coisas mundanas. No começo, a relação secreta não a incomodava nenhum pouco, eles nem mesmo eram exclusivos! Mas de um tempo pra cá Gwen se via cada vez mais desejando que eles pudessem ter um verdadeiro relacionamento. Ela se via cada vez mais pensando nele e isso a assustava um pouco.

Às vezes ela se via pensando ouvindo músicas e seus pensamentos iam direto para o sonserino sem ela nem mesmo perceber e isso estava começando a preocupá-la. As letras que antes serviam apenas para seu entretenimento agora começavam a fazer sentido e cada vez mais ela se identificava com o que os cantores que tanto sofriam sentiam e a única coisa que ela podia pensar era que ela estava fudida. Sendo amiga de Kaled, Gwen sabia muito bem que  gostar de alguém ou se apaixonar não era mágico como nos filmes. Que nem sempre o sentimento é recíproco e que muitas vezes o que é dito durante uma noite como essa são coisas que você não diria no dia seguinte.

Gwen nem mesmo sabia muito sobre Chase. Ele era uma pessoa cheia de segredos, misteriosa e que por mais que quando os dois saíssem ele dissesse uma coisa ou outra sobre ele mesmo, nunca eram coisas pessoais.  

– Por que “Chase”? – Gwen se viu perguntando por impulso, curiosidade estampada em seu rosto enquanto levantava o olhar para encontrar o de Chase.

Ao ver a reação do garoto Gwen se arrependeu e se amaldiçoou por seu impulso e por dizer coisas sem pensar, mas ao mesmo tempo ela se viu curiosa pra saber se ele responderia. A garota sabia até que muitas coisas sobre Chase, mas ela nunca soube o porquê de seu apelido. Ela nem mesmo se lembrava se sabia o verdadeiro nome dele já que nunca o viu sendo chamado por ele.

– O que? – questionou de volta confuso.

– Por que “Chase”? Por que você escolheu ser chamado assim? – continuou ela, sabendo que era tarde demais para voltar atrás e também porque sua curiosidade realmente a estava matando.

Chase sorriu levemente com a pergunta enquanto desviava seu olhar do da garota e olhava para o chão. Ele nunca tinha falado sobre isso, era algo pessoal e extremamente privado dele. Ninguém nunca o questionou sobre o apelido que de nada parecia estar relacionado ao seu nome, as pessoas simplesmente o chamavam desse jeito pois era como ele gostava de ser chamado. Era o nome dele.

Por um momento Gwen pensou que Chase a ignoraria como ele tinha feito na primeira vez que ela fez essa pergunta, lá pela quinta vez que eles se encontraram. A garota se sentiu ficando ansiosa e ela estava prestes a se desculpar quando viu Chase abrir a boca rapidamente e depois fechá-la.

– Quando eu era criança... – começou em seguida, mas logo hesitou por um momento. Ele respirou fundo, incerto de por onde começar. – Quando eu era criança, eu odiava meu nome.

– Seu nome..?

– Orion. – Chase disse com um olhar divertido ao ver o olhar surpreso de Gwen. – Não é exatamente um nome popular.

– Orion? Seu nome é Orion? Tipo...

– A constelação, sim. Uma tradição de família, por assim dizer.

– Você não tem cara de Orion. – comentou Gwen sem pensar e ao ver o olhar questionador de Chase a garota se viu ficando vermelha de vergonha. – Digo, Orion é nome de gente velha.

Chase riu levemente com o que Gwen disse antes de concordar levemente com a cabeça.

– Sim, eu concordo. É um nome horrível, mas não é por ser um nome de velho que eu não gosto dele.  

– Tem certeza? Porque se for eu entendo totalmente! Tente se chamar Gwendolyn Hale num país que as pessoas não sabem nem falar “thank you” direito! Era uma desgraça ir pra pré-escola com esse nome, nem mesmo eu sabia como pronunciava. – comentou Gwen fazendo Chase rir novamente. – Mas isso não é sobre os micos que passei pelo meu nome. Então... Porque não gosta do seu nome?

– Ninguém bom na minha família teve esse nome. Não é como Sirius ou Regulus... Orion não estava ligado à uma pessoa boa e isso me atormentava mais do que eu gostava de mostrar. – contou o garoto olhando para longe da garota. – Eu via o Sirius conversando com nosso pai, como nosso pai contava sobre os feitos de nosso avô e de seu irmão, como Sirius e Regulus eram corajosos, valentes e tinham um bom coração. – Chase balançou a cabeça levemente ao se lembrar das vezes que observou escondido a interação que Sirius e seu pai tinham, a interação que ele invejava. – Sirius sempre foi... Ele sempre foi uma inspiração, sabe? Tudo aquilo que eu queria ser, mas não tinha coragem.

– Chase... Se você não se sentir bem falando sobre isso, não precisamos falar. – disse a garota com um tom preocupado enquanto tentava encontrar o olhar com o do mais velho. Gwen queria saber ais sobre ele, mas ao mesmo tempo não queria forçá-lo a falar sobre algo que o incomodava. – Podemos mudar de assunto. Se quiser posso te contar da vez que fui fazer uma tatuagem de chiclete pra uma festa e fiquei um mês com um desenho mal feito de cristal debaixo do meu olho.

– Não, está tudo bem. Mas eu adoraria ouvir essa história depois. – disse com um sorriso antes de engolir em seco, humedecendo os lábios e logo em seguida suspirar. – Um dia eu acabei desabafando com o Sirius, disse que odiava meu nome e as pessoas a quem ele estava relacionado. Sirius disse que eu não deveria ter vergonha “seu nome não te define”, foi o que ele disse. “Se não há nenhum Orion que fez algo que você admire, seja o primeiro e dê um novo significado ao nome”. – citou o garoto enquanto levantava o olhar para encontrar o de Gwen. – Ele viu que mesmo assim eu estava inseguro então ele sugeriu que eu usasse apenas meu nome do meio já que eu gostava dele, mas eu não quis.

– Qual seu nome do meio? – perguntou com curiosidade o que fez Chase rir levemente enquanto puxava a garota para mais perto de si, dançando ao ritmo lento da música.

– Arcturus, é como minha família costuma me chamar. Todos os nomes bons foram para o meu irmão, como você pode ver. – brincou Chase apesar de ter certa amargura em seu tom. – De qualquer maneira, Sirius então disse que me chamaria de Chase. Orion era um caçador na mitologia grega, filho de Poseidon e Chase significa caçador. Sirius disse que se eu não estava pronto para ser Orion, eu deveria ser Chase.

– Pessoas diferentes, mas com a mesma essência. – Gwen concluiu e Chase confirmou com a cabeça.

– A constelação de Orion fica próxima a de Sirius e de acordo com alguns mitos, eles eram próximos um do outro em vida. – Chase contou enquanto deixava seu olhar vagar pelo Salão Principal cheio de estudante e pousar em seu irmão que estava parado perto da entrada. – Ser “Orion” seria ser quem eu sempre desejei ser, mas não tinha coragem. Seria ser como Sirius e traçar seu próprio caminho e não o caminho que haviam imposto a ele. Ser “Chase” é... É não estar pronto para isso.

– Você sabe – começou a corvina enquanto fazia a atenção de Chase voltar para ela. – não acredito que exista um momento certo ou um momento em que você estará pronto, sempre haverá um problema no caminho. Acho que... Acho que estar pronto só depende de você. Se você quer isso, realmente quer, então vá atrás disso. Não espere por um sinal, nem sempre ele virá. E se ele vir, pode não ser tão claro quanto um Kaled chegando voando no baile.

Chase riu do comentário de Gwen junto com ela e depois de um tempo o garoto não pode deixar de sorrir para a garota enquanto a olhava com admiração, seus olhos presos nos olhos castanhos dela escondidos atrás da máscara que ela usava.

– Você é muito sábia, Hale.

Gwen deu de ombros enquanto um pequeno sorriso surgia em seus lábios.

– Andar com o Capitão América ali tem suas vantagens. – brincou ela enquanto apontava com a cabeça para Jimin e Simon dançando desajeitadamente do outro lado da pista de dança, Jimin reclamando enquanto Simon pisava no pé dele e logo em seguida se desculpava envergonhado. – E o que eu posso dizer? Não fui para a Corvinal apenas por ser esquisita demais para qualquer outra casa.

– Não acho você esquisita. Você é...

– Exótica. – respondeu a garota com um tom brincalhão. – A palavra bonita para esquisita e diferente.

– Às vezes ser diferente é bom. – comentou enquanto dava de ombros. – Você é sempre você mesma mesmo que seu jeito não seja o convencional, você não tem medo do que as pessoas vão falar sobre você ou do que elas acham. Eu queria ser assim. – Chase disse antes de olhar diretamente para Gwen que estava envergonhada pelo elogio do garoto. – Na verdade, isso vai soar muito brega e ridículo, mas... Quando eu estou com você eu sinto que eu sou mais como eu mesmo e não como os outros querem que eu seja.

Gwen olhou em silêncio para Chase, sem saber ao certo como responder ou mesmo como reagir ao que ele disse. Parte dela se sentia imensamente feliz pelo o que ele disse e lhe dava a esperança de que talvez os sentimentos realmente fossem recíprocos e que quem sabe eles poderiam ter um relacionamento de verdade. Essa sua parte aprecia tomar conta de seus pensamentos e Gwen estava pronta para dizer algo sobre isso quando viu por cima dos ombros de Chase a figura de Quinnie conversando com Luana enquanto as duas apreciam tirar sarro de um aluno.

A morena então fechou os olhos com força enquanto sentia toda a esperança que tinha antes sumir aos poucos. Ela ouviu Chase chamando por ela e ao levantar o olhar para encontrar o dele, Gwen percebeu que ele provavelmente diria algo que ela queria ouvir, mas sabia que não devia porque se ela ouvisse ela não seria forte o suficiente pra se afastar depois. Gwen sabia que o que ela queria com ele, ela nunca teria. Chase poderia dizer que era mais como ele mesmo quando estava com ela, ele poderia até mesmo se declarar, mas Gwen sabia que isso não mudaria o fato de que a relação que ela queria nunca existiria e que ela só estava adiando seu sofrimento.

No momento em que a música que eles dançavam parou de tocar, Gwen respirou fundo com o intuito de segurar as lágrimas que ela sabia que provavelmente derramaria. Ela sempre afirmou para seus amigos que não tinham sentimentos em relação à Chase, ela dizia a Kaled que não estava apaixonada por ele, mas ela sempre soube que no fundo ela dizia isso para tentar se convencer de que seus sentimentos eram platônicos,

Gwen não podia mais negar que gostava dele, que estava apaixonada por ele, mas ela também não podia mais negar e se iludir pensando que um dia eles teriam algo a mais. Ela então sentiu a mão de Chase tocar delicadamente seu rosto antes de aproximá-lo do seu. Gwen se via quase cedendo a sensação de beijá-lo mais uma vez, mas ela sabia que não podia pois seria ainda pior do que ouvir ele dizer o que ela queria. Suspirando, Gwen reuniu forças que ela não sabia que tinha e afastou Chase levemente dela fazendo com que ele a olhasse confuso.

– Não deveríamos fazer isso – disse com um tom baixo que nem ela mesma conseguiu ouvir direito. – Não está certo.

– Do que você está falando? – perguntou confuso. – Gwen, eu quis dizer o que disse. Eu realmente sinto q...

– Eu tenho que ir, Chase.

Sem esperar por uma resposta, Gwen deu as costas para Chase e caminhou apressadamente para longe dele, seus pés descalços sobre o chão gelado do Salão Principal enquanto ela caminhava em direção à saída do Salão Principal. A garota sentia sua respiração ficar irregular a medida que seus olhos começavam a lacrimejar.

 

 

. . .

 

 

Myah suspirou mais uma vez enquanto observava sua taça vazia como se fosse a coisa mais interessante dentro do Salão Principal. Sua cabeça estava apoiada em uma de suas mãos enquanto a outra brincava com a taça afim de tentar entretê-la, o que de fato não estava acontecendo. A garota se mexeu desconfortavelmente na cadeira enquanto tentava arrumar a grande saia de seu vestido que ora ou outra se prendia em alguma coisa.

O baile nem mesmo havia chegada a sua metade e Myah já cogitava a ideia de voltar para a sala comunal da Sonserina, ir para seu dormitório, tirar esse vestido extravagante e dormir. O baile sempre foi um evento que Myah admirou, mas que nunca havia realmente aproveitado. Talvez pelo fato dela todos os anos ter ido ao baile com Scorpius ou quem sabe era o fato de ninguém nunca tê-la convidado antes. Esse ano, porém, Myah pensou que às coisas poderiam ser diferentes já que Liam seria seu par para o baile. Pela primeira vez Myah se sentiu orgulhosa de ser a primeira entre seus irmãos a ter um par, por ter sido convidada por alguém antes de Margo receber dezenas de convites como todos os anos.

Mas ela já devia esperar que não seria exatamente uma noite mágica como ela se iludia imaginando. Quando a noite começou, tudo estava indo perfeitamente bem, tão bem que a platinada até mesmo estranhou. Ela foi elogiada por seus colegas por seu traje e até mesmo chegou a ser o centro das atenções quando entrou no Salão Principal ao lado de ninguém menos que Liam Potter. Myah insistiu que o motivo dos olhares eram Liam, mas ele assegurou que definitivamente era ela o que só fez Myah se sentir mais envergonhada. Normalmente ela não gostaria de chamar atenção, ela preferiria passar despercebida, mas pela primeira vez ela se sentiu orgulhosa de ser aquela que todos estavam observando e por estar ao lado de Liam nem mesmo sua insegurança conseguiu derrotar seu orgulho.

Durante o jantar, ela teve uma longa e maravilhosa conversa com Liam e depois os dois dançaram algumas vezes o que só fazia a noite se tornar cada vez mais perfeita aos olhos de Myah, mas é claro que toda felicidade chega ao fim. Foi durante uma música lenta que eles dançavam que as coisas começaram a desandar, mais precisamente no momento em que ela se viu aproximando o rosto do de Liam. Por um momento ela realmente pensou que beijaria o cara pelo qual ela era apaixonada há anos, que ela finalmente teria seu primeiro beijo, mas quando seus lábios estavam a centímetros de distancia um do outro, Liam recuou antes de se desculpar e se afastar, deixando-a sozinha no meio da pista de dança.

A platinada bufou levemente enquanto soltava a taça de vidro e balançava levemente a cabeça. Será que ela havia lido os sinais de maneira errada? Que era tudo coisa da cabeça dela? Provavelmente, Myah pensava. Agora, ela havia definitivamente assustado Liam e o garoto começaria a evitá-la. Myah estava no meio de seus xingamentos internos quando ouviu a cadeira ao seu lado ser arrastada e alguém se sentar na mesma de maneira um tanto quanto dramática. Ela então se virou para encontrar Chuck sentado ao seu lado, uma careta em seu rosto enquanto ele suspirava profundamente e pegava um salgado que estava em um dos pratos.

– Onde o Liam tá? – perguntou o garoto.

– Conversando com o Kevin. – informou ela antes de olhar com uma sobrancelha arqueada para Chuck. – O que aconteceu?

– Garotos. – respondeu com um resmungo antes de se virar para encarar a platinada. – Você?

– Mesma coisa. – Myah disse fazendo com que Chuck risse levemente. – Por que vocês garotos tem que ser tão complicados?

– Não faço ideia. – Chuck murmurou antes de jogar a cabeça para trás, apoiando seu pescoço no topo do encosto da cadeira e virando a cabeça levemente para continuar encarando a amiga. Myah sorriu levemente divertida enquanto observava o jeito dramático de Chuck.  – Eu acho que o Marcus não gosta de mim e está me evitando. – desabafou o moreno pegando Myah de surpresa.

– O que te faz pensar isso? Vocês dois pareciam estar se dando tão bem na hora da foto. – comentou a garota com o cenho franzido em confusão enquanto dedicava toda sua atenção ao amigo que suspirou.

– Realmente, tudo estava indo muito bem! Eu até mesmo pensei que talvez teria uma chance sabe? Fazer uma declaração decente e não forçada pelo Kaled. – disse antes de revirar os olhos fazendo Myah rir levemente ao se lembrar de como Chuck ficou envergonhado depois de Kaled gritar seu nome aquele dia no jantar. – Aquele cupido endemoniado... – resmungou fazendo Myah rir mais uma vez. – De qualquer maneira, o jantar foi ótimo! Nós sentamos com os amigos deles e conversamos muito sobre arte e coisas assim, ele me contou sobre o que gostava de pintar e por ai foi. Depois disso começou aquela música animada e todos nós decidimos dançar um pouco, não que tivéssemos escolha já que Gwen literalmente puxou a cadeira do Zack quando ele se recusou a dançar.

Myah riu levemente ao imaginar a cena. Ela não conhecia Gwen muito bem, só havia falado com a nascida trouxa algumas vezes durante o clube de artes, mas mesmo assim ela sabia do jeito extrovertido e empolgado que a corvina tinha.

– Até agora não vejo nada que indique que ele não gosta de você. – comentou Myah enquanto observava o amigo. – Ele até mesmo te convidou para jantar com os amigos dele! Amigos em Hogwarts é como família.

– Eu sei! – Chuck respondeu exasperado. – Foi depois dessa dança que as coisas ficaram estranhas. Quando acabou e começou uma mais lenta, ele perguntou se não devíamos sentar um pouco e eu disse que deveríamos dançar pelo menos mais uma porque era uma ótima música, mas ele disse que não gostava dela. – contou o sonserino enquanto fazia alguns gestos com a mão. – Nós então voltamos pra mesa e ficou um silêncio esquisito até o Simon vir falar comigo sobre as fotos e coisa assim, perguntando se eu não poderia tirar algumas fotos rápidas do baile porque ele não aguentava mais ouvir a Ártemis reclamar e blá blá blá. Eu perguntei pro Marcus se tudo bem e ele pareceu bem aliviado quando eu saí pra tirar as fotos.

– Talvez ele só estivesse nervoso, não tire conclusões precipitadas. – disse a garota enquanto Chuck revirava os olhos.

– Eu também tinha pensado isso então não liguei muito na hora. – Chuck disse antes de se arrumar na cadeira de maneira que seu corpo estivesse virado em direção à Myah enquanto ele apoiava o braço na mesa. – Quando eu voltei eu convidei ele pra dançar e ele disse que não estava afim ainda então eu apenas me sentei e ficamos conversando. Tocaram umas dez músicas e sempre que eu convidava ele pra dançar ele dava uma desculpa mais estranha que a outra. Começou então a tocar uma música que eu sei que ele gosta porque ele comentou durante o jantar e eu pensei que essa ele não recusaria, mas antes que eu pudesse perguntar ele levantou dizendo que precisava ir ao banheiro molhar o cabelo? Eu sei lá. – Chuck suspirou mais uma vez antes de bater a cabeça levemente na mesa e dizer com um tom abafado: – O pior é que eu nem sei o porquê dele estar me evitando!

Myah ficou em silêncio por alguns instantes enquanto pensava sobre o que Chuck havia lhe contado.

– Por que você não pergunta pra ele? – sugeriu enquanto chamava a atenção de Chuck de volta para si. – Talvez ele esteja nervoso em dançar com você porque uma dança lenta pode ser muito... Intima às vezes.

– É, talvez você esteja certa... – murmurou Chuck antes de arrumar sua postura e sorrir para Myah. – Vou tentar falar com ele então, obrigado Myah, você é incrível! – disse o sonserino animado enquanto se levantava e dava um beijo na bochecha da melhor amiga que corou levemente com o gesto. Ela observou enquanto Chuck se afastava antes de parar no meio do caminho e voltar. – Que péssimo amigo eu sou. Nem te perguntei! O que aconteceu entre você e o galã?

– Nada demais. – mentiu a garota enquanto desviava o olhar e sentia seu rosto esquentar com o olhar malicioso que Chuck lhe lançava.

– Lyncis Malfoy não minta pra mim.

– Eu prometo que te conto depois, okay? – disse a garota enquanto continuava a olhar para pontos aleatórios afim de disfarçar sua vergonha.

– É bom mesmo! – Chuck disse antes de se afastar de novo fazendo com que Myah soltasse um suspiro aliviado pelo amigo não ter persistido no assunto.

Myah ouviu enquanto a última nota da música era tocada pela banda antes de aplausos serem ouvidos mais uma vez. A garota não se deu o trabalho de prestar atenção no que Avalon dizia apesar de que pelos gritinhos animados ao seu redor ela supôs que a garota de cabelos rosas havia anunciado mais uma música lenta que pelo visto seria cantado por Jake uma vez que a voz familiar do ruivo começou a cantar junto da melodia de mais uma música que Myah não conhecia.

Suspirando a garota voltou a encarar a taça na sua frente até sentir alguém tocar seu ombro com delicadeza e hesitação fazendo com que a platinada piscasse algumas vezes antes de se virar para encontrar um nervoso Liam atrás de si.

– Hei. – disse sem graça enquanto se sentava na cadeira que antes era ocupada por Chuck.

Myah sentiu seu coração acelerar levemente enquanto observava Liam que parecia não ter coragem de encará-la nos olhos. Ela se sentia culpada por ter feito o garoto se sentir desconfortável e por, provavelmente, tê-lo assustado durante a última dança que tiveram.

– Eu não estou sendo lá o melhor par do mundo, não é? – disse o garoto tentando fazer Myah rir enquanto um sorriso nervoso aparecia nos lábios dele. – Desculpa por isso.

– Está tudo bem, sério. – garantiu Myah enquanto sorria sem graça para o moreno. – Eu que devia estar me desculpando pelo que aconteceu mais cedo... Eu realmente sinto muito, não sei o que estava pensando e-eu só... Sinto muito. – murmurou num tom baixo enquanto olhava para suas mãos em seu colo, brincando com o anel que tinha em de seus dedos.

– O que? Não, não, você não precisa de desculpar por aquilo. – Liam logo disse enquanto levantava a cabeça e tentava encontrar seu olhar com o de Myah em vão o que resultou no garoto suspirando enquanto mantinha seu olhar na platinada. – Eu que devia me desculpar por aquilo. Não queria que parecesse que eu não queria, eu só... Eu só... – Liam suspirou novamente antes de soltar um riso nervoso. – Eu não sei mais como agir perto de você. – concluiu fazendo com que Myah levantasse a cabeça para olhá-lo com confusão.

– O-o que... O que você quer dizer com isso? – perguntou incerta.

– Desde o... Desde o enterro do James – Liam começou com certa dificuldade sua voz vacilando levemente fazendo com que Myah instintivamente levasse sua mão até a do garoto e a apertasse levemente fazendo com que ele sorriso levemente para o gesto.  –, eu não venho me sentindo muito como eu mesmo. Eu tenho essa... Essa raiva dentro de mim e eu não consigo controlá-la, eu não sei como controlá-la. – o garoto mantinha seus olhos presos na mão delicada de Myah sobre a sua. – Mas toda vez que eu estou perto de você ela vai embora. É como se sua presença me acalmasse. Desde aquela noite minha vida se tornou um inferno que aprece piorar a cada hora que se passa. – contou ele enquanto tinha as sobrancelhas franzidas. – No dia do enterro quando eu me sentia pior do que nunca, você foi aquela que ficou comigo quando eu precisei chorar. Nas férias quando eu me sentia mal, eram suas cartas que me faziam sentir melhor. Quando eu tinha um ataque de pânico, era a sua voz que eu imaginava para me acalmar. Eu nunca imaginei que um dia você seria a pessoa que... A pessoa que consegue espantar todos esses sentimentos ruins. – Liam levantou o olhar para encontrar os de Myah que o olhava com a boca entreaberta e os olhos brilhantes. – Sempre que eu precisei você esteve aqui para me acudir. E eu... Isso significa muito pra mim. Nunca vou poder te agradecer o suficiente por tudo que fez e continua fazendo por mim. – disse com um tom sério fazendo com que Myah sorrisse levemente enquanto sentia Liam apertar a mão que ela tinha sobre a dele, pegando a pequena e delicada mão entre as suas.

– Liam, você não precisa me agradecer po... – começou Myah antes de ser interrompida por Liam.

– Por favor, me deixe terminar enquanto ainda tenho coragem para falar sobre isso. – pediu Liam enquanto sorria levemente. – O motivo de eu ter fugido daquele jeito é que... Como eu disse, eu não sei mais como agir perto de você. – relembrou o garoto antes de respirar fundo e continuar: – Desde as férias eu venho tendo esses sentimentos em relação à você e eu não faço ideia do que eles significam. – admitiu o garoto antes de soltar uma risada nasalada. – Começou naquela tarde, durante o enterro, quando você me abraçou e eu chorei no seu ombro... Eu não sei porquê e nem como, esses sentimentos simplesmente surgiram e eu não posso mentir, eu fiquei apavorado. – Liam manteve seu olhar preso no de Myah enquanto a garota mordia o lábio inferior levemente tentando disfarçar a ansiedade que sentia e a maneira como seu coração batia descontroladamente em seu peito. – Eu posso não entender direito o que esses sentimentos significam ou mesmo como eles surgiram, mas eu acho que... Eu acho que eu estou me apaixonando por você, Myah.

Myah soltou seu lábio inferior da pressão que seus dentes faziam sobre ele, abrindo e fechando a boca levemente enquanto piscava algumas vezes, sem fazer ideia do que dizer ou mesmo fazer naquele momento. Ela sempre sonhou que um dia Liam se declararia pra ela, que um dia ele corresponderia seus sentimentos, mas naquele momento enquanto Liam a encarava a procura de uma reação, Myah se sentia paralisar. Que a verdade fosse dita: ela nunca imaginou que isso realmente aconteceria um dia. Naquele momento, Myah agradecia por sua máscara esconder grande parte de seu rosto e consequentemente suas bochechas vermelhas que queimavam como fogo.

– Não estou pedindo pra você namorar comigo ou algo assim. – começou Liam depois de um tempo ao ver os olhos chocados da garota. – Eu só estou dizendo que se... Que se você quiser, é claro, eu... Eu gostaria de tentar. – informou ele hesitante enquanto encarava a garota, ele próprio agradecendo a máscara que escondia sua expressão levemente atordoada por debaixo dela.

– E-eu... – Myah começou com a voz vacilante antes de limpar a garganta e respirar fundo, tentando reunir toda a coragem e força que possuía. – Eu gostaria disso. – respondeu por fim com um tom envergonhado.

Um grandioso e brilhante sorriso surgiu no rosto aliviado de Liam enquanto toda a tensão que ele parecia ter sobre seus ombros desaparecia. Os dois ficaram ali por alguns instantes apenas sorrindo feito idiotas um para o outro enquanto suas mãos continuavam entrelaçadas. Liam foi o primeiro a cortar o contato visual, abaixando a cabeça e rindo levemente antes de voltar a encarar Myah.

– Então... Você gostaria de dançar? – perguntou o garoto e só então Myah percebeu que mais uma música havia chegado ao fim e que uma nova música lenta começava a ser tocada. Sorrindo, Myah concordou com a cabeça antes de se levantar e caminhar para a pista de dança junto a Liam.

Com delicadeza, Liam colocou uma de suas mãos na fina cintura da garota enquanto segurava a mão dela com a outra; a mão delicada e pequena dela contra a suas fizeram um calafrio passar pelo garoto enquanto involuntariamente ele a puxava para mais perto e a segurava com mais firmeza. A garota deixou que Liam guiasse a dança enquanto ela apenas se sentia relaxar e desfrutava da proximidade dos dois, um sorriso verdadeiro em seus lábios enquanto seu olhar e o do garoto se encontravam.

Ela então sentiu enquanto Liam a puxava levemente para mais perto dele e logo ela se viu pensando que talvez eles poderiam terminar o que ela havia começado na última música que dançaram juntos.

– Liam, eu tenho que te contar uma coisa. – murmurou Myah timidamente enquanto desviava os olhos. – Eu... Eu nunca beijei ninguém antes. – admitiu em um tom tímido e envergonhado.

– Hei, olha pra mim. – pediu o garoto e Myah o fez depois de hesitar um pouco. – Está tudo bem. Nós não precisamos fazer nada que você não queria.

– Eu quero! – garantiu a garota com um pouco mais de firmeza do que o necessário fazendo com que ela sentisse seu rosto esquentar mais uma vez. – Eu só... Não sei como fazer. – concluiu com vergonha enquanto Liam sorria docemente para ela.

– Acredite, não é tão difícil quanto parece. – afirmou o garoto. – É meio que algo automático. No começo pode ser meio estranho, mas logo você pega o jeito e... Bom. – o garoto riu levemente junto com Myah. – Não tem nada do que se ter medo, confie em mim. Além disso, eu posso te ensinar. – disse com um tom de falso flerte antes de lançar uma piscadela para Myah, fazendo a garota rir antes de um sorriso surgir em seu rosto. – Você confia em mim?

– Eu confio em você.

 

 

. . .

 

 

– Eu amo essa música. – comentou Margo enquanto sorria para Vincent sentado ao seu lado. – Você se lembra dela? A gente costumava dançar ela toda vez que o Caspian e o Chase iam me visitar e vocês estavam lá.

Vincent riu levemente enquanto se lembrava das diversas vezes em que Caspian ficaria tocando piano e cantando enquanto os outros dançariam, ou ao menos tentariam, no salão de festas da mansão Malfoy.

– Com dançar você quer dizer você acabar com meus pés de tanto pisar neles, certo? – provocou o garoto fazendo com que Margo jogasse um pedaço de guardanapo no garoto que apenas riu da amiga. – Apenas admita que você era uma péssima dançaria.

– Ah cale a boca perna de pau. – retrucou a garota enquanto tentava disfarçar o sorriso em seu rosto. – Não era minha culpa que você tinha essas pernas gigantes e eu não conseguia acompanhar seus passos! – se defendeu Margo enquanto Vincent apenas jogava a cabeça pra trás e ria da amiga.

– Claro, a culpa é minha. Você está sempre certa. – Vincent disse enquanto revirava os olhos de forma brincalhona.

– É lógico! As mulheres sempre estão certas, Goyle, quando vai aprender isso? – disse a morena antes de sorrir para o amigo. – Não me olhe assim, você sabe que me ama!

Vincent apenas sorriu para a garota enquanto observava ela sorrir para ele antes de desviar o olhar e começar a conversar com Nena que estava sentada ao seu lado. O garoto se sentia inquieto desde que a noite havia começado, ele tentava ao máximo não agir de maneira estranha ao lado de Margo, mas ele não conseguia ao certo evitar. Ele a havia convidado para o baile como mais do que amigos, mas não sabia exatamente o que fazer já que tinha medo de assustá-la ou então estragar a amizade dos dois.

Suspirando, o garoto se viu olhando para a melhor amiga por quem ele nutria sentimentos há anos enquanto tentava criar coragem para convidá-la para uma dança e quem sabe assim admitir o que ele realmente sentia. Ele nunca planejou se apaixonar pela melhor amiga, mas ele acredita que nunca teve escolha quanto a isso. Era impossível ele não se apaixonar por ela e ele sabia disso. Tudo que lhe restava era dizer o que sentia e torcer para que ela sentisse o mesmo.

Respirando fundo, Vincent abriu a boca para convidar Margo para dançar a música que eles já haviam dançado tantas vezes, mas aparentemente as coisas não pareciam querer colaborar com ele já que logo a música chegou ao fim. Avalon anunciou que eles dariam uma pequena pausa enquanto a diretora anunciaria quem seriam o Rei e a Rainha do baile de Halloween daquele ano, não que Vincent se importasse de qualquer maneira.

Logo a banda ficou de lado, com exceção do baterista que permaneceu no mesmo lugar, enquanto McGonagall pegava sua varinha e lançava um feitiço fazendo com que almofada azul onde as coros e o cetro do Rei e da Rainha do baile descansavam flutuasse até o seu lado enquanto ela sorria para os alunos.

– Muito bem. – disse McGongall depois de ter dito mais algumas coisas que Vincent não prestou atenção. – Por favor, gostaria que todos os candidatos subissem no palco. Garota a minha esquerda, garota a minha direita. – instruiu McGonagall. – Senhor Patil, sem as asas, por favor.

Vincent logo se levantou e ofereceu a mão para Margo que sorriu agradecida para ele enquanto se levantava e arrumava a saia de seu vestido. Os dois caminharam lado a lado até o palco antes de se separarem, cada um subindo por um dos lados enquanto paravam ao lado dos outros alunos concorrendo ao título fictício.

McGonagall sorria levemente para os alunos enquanto Ártemis contava as pessoas em cima do palco com o cenho franzido. A garota de vestido amarelo logo arregalou os olhos antes de se aproximar de McGonagaal e murmurar alguma coisa no ouvido da mais velha que logo fez um sinal para a lufana voltar ao seu devido lugar.

– Agora que todos os candidatos a Rei e Rainha estão aqui no palco, vamos começar a cerimônia. – começou a diretora ignorando o olhar que Ártemis lançava para ela. – Esse ano tivemos vários concorrentes, mas as votações chegaram ao fim e o momento que todos esperavam chegou. Tambores, por favor. – pediu McGongall enquanto se virava para encarar Hector que apenas assentiu com a cabeça antes de fazer o pedido da diretora. Um envelope branco e delicado apareceu em frente a coroa do Rei do baile e Mcgonagall logo pegou o mesmo antes de abri-lo com calma, fazendo com que os alunos a olhassem ansiosos. – E o Rei do baile de Halloween desse ano é... Vincent Goyle! – anunciou McGonagall com um grande sorriso.

Os alunos começaram então a bater palmas enquanto Vincent sorria timidamente para todos e acenava levemente, caminhando até McGonagall que sorria para ele e o parabenizava antes de pegar a coroa na almofada e pedir para que Vincent se agachasse, assim ela poderia colocar a pela coroa em sua cabeça. A coroa então adquiriu as cores do traje de Vincent, se tornando um tom prateado escuro enquanto suas joias brilhavam em um tom verde esmeralda que realçava os olhos do sonserino e combinavam perfeitamente com suas vestis.

McGonagall então entregou o cetro para Vincent, que assim como a coroa, adquiriu as cores de seu traje. A direta logo abraçou o aluno antes do mesmo erguer o cetro fazendo com que seus colegas gritassem e batessem palmas em comemoração enquanto ele se virava e lançava uma breve piscadela para Margo que apenas revirou os olhos para o melhor amigo.

– E agora que já temos nosso Rei, vamos ver quem será sua companheira. – disse McGonagall com um sorriso antes de pegar o outro envelope que acabara de aparecer em frente a coroa da rainha. – E o título de Rainha do baile de Halloween deste ano vai para... – McGongall parou por um instante enquanto tirava o papel com o nome da vencedora de dentro do envelope. Quinnie sorriu maldosamente para as garotas ao seu lado enquanto propositalmente batia seu ombro no de Gwen e dava um passo a frente, pronta para pegar sua coroa. – Serpens Malfoy!

No mesmo instante os alunos começaram a bater palmas enquanto Quinnie gritava que aquilo estava errado e Margo ria da reação de sua prima, contente por ter ganho apenas para poder ver o olhar de humilhação que Quinnie em seu rosto. Sorrindo arrogantemente para a prima, Margo lançou uma piscadela para ela antes de caminhar até a diretora que sorria para ela enquanto batia palmas levemente até que a garota parasse ao seu lado.

McGonagall então a parabenizou igual havia feito com Vincent antes de pegar a coroa e coloca-la delicadamente sobre o cabelo de Margo afim de não bagunçar seu penteado e logo em seguida lhe entregou o cetro que a sonserina pegou com orgulho antes de levantá-lo, fazendo com que seus colegas gritassem e batessem palmas da mesma forma que haviam feito com Vincent antes. Ela então abraçou McGonagall enquanto observava seu cetro mudar de cor e imaginava que o mesmo acontecia com sua coroa, ambos aderindo a cores iguais as de Vincent e consequentemente correspondentes ao de seu vestido e joias.

Margo então caminhou até o lado de Vincent que sorria para ela antes estender a mão para que a garota a pegasse o que ela fez com prazer. Logo Chuck apareceu no palco com um sorriso antes de erguer sua câmera e tirar algumas fotos dos dois, dizendo que ele estava feliz por eles terem ganhado. Depois de algumas – várias – fotos, Chuck se afastou e McGonagall aprou ao lado dos dois com um sorriso no rosto.

– Com vocês o Rei e a Rainha do baile de Halloween de 2020. – anunciou McGonagal enquanto batia palmas e Vincent e Margo erguiam seus cetros com suas mãos livres. – E agora, com parte desta tradição, teremos a dança do Rei e da Rainha.

Os dois então sorriram enquanto entregavam seus cetros para Ártemis que os parabenizou e disse que deixaria os objetos na mesa dos professores. Logo, os alunos deixaram o palco enquanto a banda voltava para sua posição anterior e Avalon lançava uma piscadela maliciosa para os dois e anunciava que estava na hora de todos observarem o casal principal da noite dançar.

– Tá preparado, Goyle? – provocou Margo com suas mão em volta do braço de Vincent enquanto os dois desciam do palco e caminhavam lado a lado até o centro da pista de dança vazia, uma luz prateado iluminando os dois como se posse a própria luz da lua cheia que ilumina a noite do lado de fora do castelo.

– Eu nasci preparado. – respondeu o mais alto enquanto se virava para encarar a amiga com um sorriso. – E você, está pronta, Malfoy?

– Sempre, meu Rei. – disse a garota dando ênfase na última palavra o que fez Vincent rir. – Só espero que você consiga me acompanhar.

Vincent riu novamente enquanto colocava sua mão na cintura de Margo e a puxava para perto de si, sua outra mão segurando a dela enquanto a mão livre da garota descansava delicadamente sobre o braço do garoto.

– Farei meu melhor, minha Rainha.

Com isso, o som de piano soou por todo o salão sendo acompanhado de outros instrumentos antes da voz de Avalon começar a recitar os versos da música com um tom mais rouco do que o que ela usava em outras músicas. Uma melodia lenta e até mesmo melancólica tocando enquanto Margo sorria para Vicent e os dois dançavam e perfeita sincronia no meio de todas as pessoas ali presentes, ambos ignorando completamente a presença de todos os outros.

Vincent se via hipnotizado pelos olhos verdes de Margo que brilhavam tanto quando as joias em sua coroa enquanto a garota olhava diretamente para ele com uma expressão que ele jurava nunca ter visto em seu belo rosto antes. O garoto se via instintivamente aumentando seu aperto sobre a cintura da amiga, um aperto com mais ternura enquanto a puxava levemente para mais perto de si o que parecia não incomodar a garota que sorria docemente para ele, o sorriso que apenas ele via ela usar.

O garoto se deixou levar pela melodia, a letra da música soando em sua cabeça enquanto ele se sentia identificar com ela a medida que ele e Margo se movimentavam perfeitamente pelo centro da pista de dança, a luz do luar os seguindo enquanto Vincent a afastava temporariamente antes dela girar e voltar para seus braços. Os dois riram levemente quando seus corpos encontraram novamente um com o outro e Vincent podia jurar que eles se encaixavam perfeitamente um no outro.

Sem nem mesmo se dar conta, Vincent se viu se inclinando para mais perto de Margo e para sua surpresa a garota parecia fazer o mesmo. Os dois estavam com o rosto há centímetros de distância um do outro quando a música chegou ao fim e os alunos começaram a bater palma fazendo com que os dois saíssem do transe em que estavam e se afastassem com vergonha em seus rostos.

Logo os outros alunos voltaram para a pista de dança enquanto Avalon começava uma nova música, dessa vez uma música mais animada fazendo com que os alunos em volta deles começassem a pular e a girar, alguns parando para parabenizá-los. Margo e Vincent permaneceram parados no mesmo lugar, em frente um do outro e separados por um pequeno espaço enquanto olhavam diretamente para os olhos do outro, nenhum deles sabendo ao certo o que dizer ou mesmo o que fazer.


Notas Finais


Bom gente, aqui está nosso capítulo de hoje!! Como eu havia dito anteriormente ele seria mais focado em romance e drama kkkkkkkk Originalmente era para esse capítulo ter tido uma cena a mais, mas ele ficaria muuito longo então acabei cortando a cena e talvez eu coloque ela como Cena Extra no Tumblr, não tenho certeza ainda >.< O próximo capítulo já começou a ser escrito e, espero eu, será postado entre os dias 27 de junho e 4 de julho!!

Hoje não estou conseguindo pensar em nenhuma viso o que é estranho já que sempre tenho avisos kkkkkk A playlist desse capítulo já foi postada no Tumblr e como prometido farei agora uma relação entre as músicas e o capítulo ^^


_____A PLAYLIST:
....01 - Total Eclipse Of The Heart - Bonnie Tyler: essa música estaria relacionada aos que a Maya está sentindo no começo do capítulo e sobre a reflexão que ela tem da época que namorava o Caspian, etc.
....02 - Love Of My Life - Queen: vulgo a música do casal Maya&Caspian está aqui obviamente representando novamente o que a Maya sente, em especial, durante a conversa dela com o Caspian!
....03 - Macarena - Los Del Río: a música da Gwen que não podia faltar kkkkkk Eu coloquei ela aqui mais como zuera, mas também porquê é a música que a Gwen dança e que o Teddy e a Maya dançam juntos também ^^
....04 - Do I Wanna Know? - Arctic Monkeys: essa música seria a que estaria tocando enquanto a Gwen e o Chase conversam, sendo que ela meio que fala sobre os sentimentos da Gwen em relação ao Chase e coisa do tipo!
....05 - With Or Without You - U2: é a música lenta que a Gwen dança com o Chase!
....06 - Secret Love Song - Little Mix feat. Jason Derulo: essa é uma das minhas músicas preferidas quando o assunto é Gwen e Chase! Ela representa exatamente os sentimentos dos dois e sobre como eles querem assumir, mas não podem e mantém o "relacionamento" em segredo! Coloquei ela aqui porque ela descreve bem o que a Gwen sentia enquanto eles dançavam.
....07 - …Baby One More Time - Britney Spears: essa música é de uma cena que não apareceu no capítulo, mas que pretendo transformar em uma cena extra! Nela teríamos uma interação de Gus, Charlie e Dominique!
....08 - Somebody To Love - Queen: seria a música que estaria tocando enquanto a Myah está na mesa pensando! Ela também refletiria bem os sentimentos da Myah no momento assim como e de outros personagens da fanfic que estão procurando por alguém que poderia amá-los e tals, como o Liam ou então o Chuck!
....09 - FallingForYou - 1975: essa música é de uma cena que não apareceu no capítulo, mas que será o foco de uma Cena Extra! Essa cena estra seria aquela que eu comentei do Chuck e do Marcus dançando juntos hehehe Eles dançariam essa música!
....10 - The Night We Met - Lord Huron: essa música também é de uma cena que não apareceu porque não queria colocar muita dança no mesmo capítulo! Ela seria a música que o Liam e a Myah estariam dançando no finalzinho da cena deles. Essa música também foi pedida por vocês!
....11 - Can’t Help Falling In Love - Elvis Presley: essa seria a música da qual o Vincent e a Margo estariam falando, sendo que essa música também descreve muito bem os sentimentos do Vince em relação à Margo!
....12 - Wicked Game - Ursine Vulpine: essa aqui nada mais seria que a música que o Vince e a Margo dançam juntos como Rei e Rainha, sendo que, ela também descreve bem os sentimentos do Vince (e da Margo) e coisa do tipo >.<
....13 - Because I Had You - Shawn Mendes: essa música era de uma cena que eu acabei cortando e que vinha logo depois da dança da Margo e do Vince! Ela seria em relação à outro casal muito votado por vocês: Scorpius e Kate! talvez eu faço uma Cena Extra com eles, depende de vocês!
....14 - Happier - Ed Sheeran: essa música também se refere a cena do Scorpius e da Kate que eu acabei cortando do capítulo! talvez eu faço uma Cena Extra com eles, depende de vocês!
....15 - Here Without You - 3 Doors Down: e essa eu coloquei inicialmente porque teríamos uma dança entre Caspian e Maya, mas eu acabei descartando a ideia! Entretanto mantive a música porque amo ela e acho que se encaixa bem com o clima desse capítulo!


Eeeee por último só queria anunciar que EU POSTEI A FANFIC DE PERCY JACKSON oficialmente!! Ela já está postada e aqueles que fizeram reserva antes já tem seus photoplaylers garantidos ^^ Aqui está o link dela para quem quiser dar uma olhada: https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-segredo-do-olimpo--interativa-19715543

E é isso pessoal! Até o próximo capítulo, comentários e/ou Tumblr!!!!

xoxo


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