História Ninfomaníaca - Chapter Forty-Four

Illinois, August 2015

Point Of View Candice Adams

-O que? –perguntei confusa, virando meu corpo.

-Pedi se você quer namorar comigo? –disse calmo.

-Ahn...

-Diga “sim”, por favor. Você não veio à minha casa, teve uma crise de ciúmes para chegar agora e dizer não, hum? –perguntou arqueando a sobrancelha. Ri com seu comentário e respondi:

-Eu aceito ser sua namorada Drew. –disse sorrindo.

-Agora sim. –disse malicioso me dando um beijo calmo. –Não fomos ao sex shop né? –perguntou depois de um tempo.

-Não, e prefiro ir sozinha. As mulheres do sex shop iam te devorar. Conheço esses lugares, está sempre cheio de mulheres. –disse simples.

-Tudo bem. –disse pensativo. Sorri e lhe beijei novamente.

-Pode deixar... comprarei somente coisas que você irá gostar. –disse sorrindo maliciosa.

-Não tenho dúvidas de que irei gostar. –disse sorrindo.

-Vai trabalhar amanhã? –perguntei. Ele assentiu contragosto.

-Vou amar passar o dia escutando Jeremy Bieber dizer que está rodeado por imbecis.

-Não conseguiram muita coisa em Nova Iorque? –perguntei curiosa.

-Não. Não sei o que fazer. –disse revirando os olhos.

-Logo você terá uma ideia, a melhor de todas, tenho certeza. –disse lhe confortando.

-E você, conseguiu algum trabalho? –perguntou.

-Sim. Estou trabalhando em um call center. –bufei. -Ajudando as pessoas com seus problemas.

-Posso sentir o quanto está gostando de trabalhar lá. –disse irônico. –Por que você saiu do Bieber Times mesmo? –perguntou debochado.

-Idiota! –disse rindo. –Mas, falando de coisas que eu realmente gosto... Já escrevi meu terceiro artigo para aquele site que te falei, sabe?! Cailin, a garota dona do site disse que os leitores estão adorando os artigos. –disse sorrindo.

-Oh, que bom. –disse sorrindo.

-Vou escrever mais um, essa semana, para ela postar na próxima segunda-feira. –disse animada.

-Você poderia escrever um sobre mim, uma matéria sobre o quanto me ama. –disse convencido, enquanto caminhava até seu quarto.

-Idiota. –disse rindo.

-Estou falando sério e você me chama de idiota? Que tipo de namorada é você? –disse fingindo estar indignado.

-Eu amo quando me chama de namorada. –disse sorrindo enquanto me sentava em seu colo, na cama.

-Você ama qualquer coisa, hein. –disse rindo.

-O que acha de me colocar pra dormir? –disse bocejando. Justin riu e assentiu.

-Pelo visto não terei sexo em comemoração ao início do nosso namoro. Vamos dormir então Srta. Estou com Sono. –disse debochado.

-Eu odeio seu ar de deboche. –soltei enquanto ele me ajeitava em sua cama.

-E eu a sua ironia, mas você acha que eu reclamo? –questionou divertido.

-Me acorda só às 8:30. –disse sorrindo.

-Que horas você trabalha? –perguntou.

-Às 9 a.m. –disse rindo de sua cara.

-Vou te acordar às 7:30, eu começo às 8 a.m. –disse cansado.

-Tudo bem. –disse cansada. –Te amo. –disse olhando em seus olhos.

-Eu também. –disse sorrindo, me dando um beijo logo depois.

Deitei em seu peito e dormi como nunca tinha dormido nessas duas semanas que estávamos longe.

***

-Alô. –disse enquanto atendia mais um telefonema no call center.

-Oi. –disse uma voz fraca.

-Em que posso ajudar? –perguntei.

-Eu... minha vida está um inferno. –disse a voz, rápido. –Eu tenho uma vontade enorme de matar o meu marido e meus filhos, eles só dão trabalho e não me ajudam em nada. –disse brava.

-Hum, bom, senhora... Acredito que esteja se exaustando muito ultimamente e isso está te fazendo pensar nisso.

-Você também me acha louca? –gritou a voz, me fazendo tomar um susto.

-Não, não é nada disso. Eu só acho que, seja lá o que você faça em casa e que sua família não ajude, eu bom, matar não é a melhor solução para acabar com seus problemas. Você já conversou com seu marido e seus filhos?

-Não. -respondeu ela.

-Então, eu sugiro que converse com eles. Explique o que está te deixando incomodada, tenho certeza que ao saber, eles vão querer mudar a situação. –escutei a voz na outra linha, suspirar.

-Eu sou uma mãe tão má. –disse mais calma. –Eu lutei tanto para ter meus filhos e agora estou cogitando a ideia de mata-los.

-Ei, ahn, acredito que todas mães em um momento da vida pensam nisso. Quer dizer, minha mãe sempre disse que queria me enforcar quando eu era pequena e deixava a toalha em cima da cama. –disse tentando acalma-la. –Escute, mães sempre são sentimentais e sempre acham que fazem tudo sozinha, mas olhe ao seu redor, talvez algum dia os seus filhos fizeram uma coisa tão básica que você nem percebeu, como por exemplo... levar a roupa suja na lavanderia, ou sei lá, pelo menos colocar os pratos sujos na louça depois do almoço. Mães sempre querem estar certas e na maioria das vezes estão, mas não deve se cobrar tanto assim dos seus filhos... São crianças, adolescentes, tudo o que eles querem é ter uma mãe que não haja tanto como mãe. Que se preocupem, que lhe perguntem como foi o seu dia, a sua escola, se tirou um A na prova ou um D. Quantas vezes você disse que amava os seus filhos hoje? Talvez eles esperam ter mais afeto de você, para estarem dispostos a te ajudar no que precisar, depois.

-Oh, você está completamente certa. –disse sincera. –Eu nunca tinha me colocado no lugar deles, e o pior era que minha mãe agia da mesma forma comigo. Talvez seja por isso que não consigo dizer que os amo, minha mãe nunca me disse isso.

-Diga a eles que os ama. Eles se sentirão bem e você se sentirá melhor ainda. –disse.

-Eu irei dizer. Obrigada.

-De nada. –disse, sorrindo após a ligação terminar.

-Hey, vamos almoçar? –perguntou Alisha, minha colega de trabalho. Assenti, peguei meu lanche indo em seguida até a cozinha do Centro de Atendimento.

-Eu estou tão exausta. –disse, colocando meu Big Mac no micro-ondas.

-Não é só você. Conversei com um cara por uma hora, a noiva dele o traiu com o irmão.

-Coitado. –disse rindo.

-Eu a entendo, o cara é um pé no saco. –disse gargalhando.

-Só nós para rirmos das desgraças dos outros. –disse comendo meu Big Mac que acabara de ser esquentado.

***

-Hum, o que você acha de sairmos sábado? Queria que você conhecesse as minhas amigas. –disse na expectativa.

-Por mim tudo bem. –disse Alisha, sorrindo.

-Vou marcar com elas então. –disse. Olhei no relógio vendo que marcava 6 p.m. –Hora de irmos. –disse levantando de minha cadeira.

-Até amanhã. –disse ela, se despedindo de mim.

-Até quinta. –corrigi-a.

-Ah, esqueci que pegou uma folga. –disse rindo.

-Tchau gata. –disse sorrindo. Entrei no meu carro e dirigi até o meu apartamento.

***

-Fez a janta? Que milagre. –disse Lilly entrando dentro do apartamento.

-Afs, vou passar fome de novo. –disse Nat divertida.

-Tá uma delícia idiota! –disse rindo.

-O que você fez? –perguntou Lilly. –Eu e a minha garotinha estamos com fome. –disse alisando sua barriga de quase 6 meses de gestação.

-Fiz lasanha.

-Lasanha em terça-feira? A reconciliação com o Bieber rendeu hein. –disse Nat maliciosa e eu revirei os olhos rindo.

-Queria saber se querem sair comigo e Alisha, uma colega de trabalho? –disse me servindo.

-Por mim tudo bem. –disse Nat, e Li assentiu.

-Ok. Vocês vão gostar dela. –disse sorrindo.

***

Passei a minha folga inteira a procura de apartamentos baratos para eu morar.

A única coisa que achei foi uma casa em um dos bairros mais pobres de Chicago. Tinha uma cozinha ao lado da sala, banheiro e um quarto. Era o bastante para mim, que recebia pouco com o call center e os artigos no site de Cailin.

Entrei dentro da minha casa cansada de tanto procurar por um apartamento.

“[26/08/2015 17:11]

Sobre a sua mãe querer o jantar com a minha família estava pensando... Já não está na hora de todos se conhecerem? Nós estamos namorando de verdade agora!”  –Amor

“[26/08/2015 17:13]

Você já pensou em como o seu pai vai ficar quando descobrir que do nada temos algo?!

Sem jantar em família..

Resolve logo o que vai fazer para esse jantar não acontecer! Xx”

“[26/08/2015 17:13]

Você podia ser menos teimosa e aceitar as coisas que eu pretendo fazer...”  –Amor

“[26/08/2015 17:14]

O que você pretende fazer é me jogar na cova de leões.”

Depois de enviada a mensagem, não recebi mais nada vindo de Justin.

Eu não podia deixar que a minha família conhecesse os Bieber’s. Sei que talvez pela Pattie não teria problema, mas só de pensar em Jeremy, eu começava a ficar nervosa. Ele foi meu chefe, como reagiria ao saber que eu estava com o seu filho?!

Dois dias depois...

Peguei meu notebook e pensei em várias coisas que eu poderia escrever.

Sorri, hoje Justin seria a minha inspiração.

***

-Tenho um plano para nós hoje. Primeiro vamos ao sex shop e à noite iremos a um restaurante para vocês conhecerem a Alisha, lembram? Comentei sobre ela na terça...

-Por que eu iria a um sex shop? –perguntou Lilly baixinho. –Sou uma mãe de família agora, não devo ir para lugares como estes. Minha menina já pode escutar sabiam? –eu e Nat demos uma gargalhada.

-Vai ser divertido Lilly, vamos comprar coisas para nós também. -disse Nat.

-Eu estou grávida Natalie, e não tenho com quem usar essas porcarias. –disse revirando os olhos.

-Lilly, sem desculpas. Sua filha nem sabe o que é sex shop, não precisa ficar assim. -disse a ela.

-Fala baixo sua perdida na vida. –disse ela com os olhos arregalados.

-Só falo baixo ou nem falo, se ir com nós lá... é sério, quero fazer umas coisas diferentes com o Justin. Ele precisa se desligar um pouco do jornal.

-Ok, vamos lá. –disse ela ainda contragosto.

Peguei minha carteira, celular e a chave do carro.

***

Entramos na Sex Boutique e Lilly logo arregalou os olhos.

-Ainda bem que a minha filha não pode ver dentro da minha barriga. –disse ela assustada.

-Relaxa Li. –disse rindo. Olhei o local a minha volta vendo várias fantasias e apetrechos para usar na hora do sexo.

Entrei em um dos corredores vendo que nem Li e nem Nat estavam atrás de mim. Melhor assim.

Peguei gel lubrificante, algemas, calcinha vibratória, vibrador, bolinhas do prazer e dados eróticos para um jogo.

-Vem aqui Candy. –disse Natalie. Fui até ela e vi várias fantasias.

-Imagina você com essa fantasia de enfermeira, amiga, só de pensar já estou tendo um orgasmo. –gargalhei e Li abriu a boca assustada.

-Quantas vezes vou ter que dizer que a minha filha já pode escutar? –disse ela.

-Lilly ela escuta, mas não sabe o que isso significa. E outra, você pode até fazer sexo que ela nem saberia. –disse maliciosa.

-Eu preciso tomar um ar, espero vocês lá fora. –eu e Nat nos olhamos e soltamos uma risada.

-Espero não ficar assim quando for mãe. –disse ela. Revirei os olhos e peguei a fantasia de enfermeira e médico que tinha ali, além dessa, peguei mais uma de ganguester e policial, e professor e aluna.

-Safada você hein, Candice. –disse Natalie rindo.

-Justin me deixa assim. –falei sorrindo.

-Estou feliz que vocês estejam namorando. De longe dá para ver o quanto se amam.

-Nunca pensei que iria namorar com Justin Bieber, sério. Somos tão iguais, mas ao mesmo tempo tão diferentes.

-Vocês se completam. –disse ela.

-E você, está saindo com alguém?

-Estou. –disse sorrindo. –Faz algumas semanas que nos conhecemos e conversamos todos os dias. Você já imaginou eu gostando de um cara tímido?

-Oh meu pai, você não está a fim de uma pessoa e sim gostando dela.

-Para você ver. –disse ela rindo.

-Ainda por cima tímido. –gargalhei tanto que saiu lágrimas de meus olhos. –Sério, nunca pensei nessa combinação.

-Ok, vamos pagar essas coisas logo porque não podemos deixar a Lilly sozinha por muito tempo lá fora. –disse ela e eu assenti.

***

Assim que chegamos em casa, depois de ter jantado no restaurante, fui até meu quarto.

As meninas adoraram Alisha e ela as duas. Em algum momento do jantar as meninas falaram sobre a situação do Bieber Times e Alisha deu algumas ideias do que poderia ser feito em relação ao financeiro da empresa. Nat pegou o número dela para passar para o Chris, diretor financeiro do jornal.

Mandei um e-mail pra Cailin com o próximo artigo para ela colocar em seu site.

“[28/08/2015 22:48]

Fui ao sex shop hoje, comprei muitas coisas para usarmos, você vai adorar.”

“[28/08/2015 22:48]

Só de pensar já fiquei duro.” –Amor

“[28/08/2015 22:49]

Pode ter certeza que amanhã você vai estar pior amor. Vou deixar você louco.”

"E garoto, você me deixou andando desequilibrada."