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História Ninguém Sabe - 7


Escrita por: ismary

Notas do Autor


>> Plágio é crime.

"Aquilo me machucava muito, e ao invés de eu tentar afasta-las, eu as acolhi, abracei sem pensar duas vezes."

Capítulo 7 - 7


Fanfic / Fanfiction Ninguém Sabe - 7

 

Mesmo sem saber o que aquilo significava, tentei não dar bola e voltei para o meio da pista. Direcionei minha visão para o camarote, quando notei que minha mãe estava em pé, de costas para Justin, e ele a abraçava. Revirei os olhos e então vi Amber sentada no open bar, virando pequenas doses de uma coisa que parecia ser tequila, pensei que poderia estar esperando o homem que a puxou, mas Amber quase nunca bebia. Dei uma boa olhada em sua volta para ver se encontrava o cara, mas ninguém comparado aquele rapaz alto, moreno, com um piercing no nariz. Foi quando meu celular tocou, eu não escutaria nada se não tivesse colocado no vibrador, peguei meu celular que estava na bolsinha que carregava na mão e vi que era James. Olhei para Amber para conferir se ela ainda estava bebendo, olhei em volta novamente para marcar o lugar onde ela estava e fui o mais rápido possível para a área de fumantes da balada. Era um lugar aberto, e o som não penetrava tão intensamente naquele local.

Ligação onn ;

  - Oi. Que saudades, porque não me ligou? A sua mãe esta bem? Você esta bem?

  - Oi Susan. Eu estou bem. A minha mãe ela... Ela vai ficar internada, descobriram um tipo de câncer que surgiu no pulmão dela. - sua voz estava um pouco trêmula. Não soube o que responder então, por alguns segundos, o telefone permaneceu mudo. Até que ouvi um gemido baixo, feminino e quase rouco do outro lado da linha, chamando por James.

  - Quem é que esta te chamando? - perguntei. Novamente o celular ficou mudo. Depois notei que James havia desligado.

Ligação off ;


Aquela voz martelou em minha cabeça, ficava me perguntando de quem poderia ser aquela voz. Tentei evitar criar a possibilidade dele estar me traindo, sempre tivemos muita confiança um no outro, mas não poderia ignora-lá. Fiquei ali por uns minutos, então decidi entrar para procurar Amber. A balada estava tão cheia que era quase impossível se mover com facilidade, as pessoas se movimentavam como se estivessem dançando pela última vez na vida, estava me dirigindo até o open bar, quando senti alguém puxando com delicadeza os fios do meu cabelo. Me virei depressa pois odiava que tocassem em meu cabelo.

  - Olá menina. - era um homem bem mas velho que eu, notei isso pois ele parecia ter lá seus quarenta e pouco, mas o seu corpo era como de um homem mais novo. - Eu estava te observando ali fora. Você fuma?

  - Não. - respondi o mais rápido que pude para não perder tempo, e me virei.

  - Qual o seu nome? - bufei e voltei olhar para o mesmo.

  - O meu nome é Susan. - respondi sem paciência.

  - Você é linda Susan. - apenas dei um sorriso forçado e sai andando.

 Assim que cheguei na mesa que jurava ter visto Amber, a única coisa que encontrei foi copinhos pequenos de tequila, com algum tipo de "terrinha" no fundo. Olhei para frente e virei olhando para pista que estava atrás de mim, olhei rapidamente para os cantos da balada, quando vi aquele mesmo cara que havia chamado Amber entrar no banheiro masculino. Fui o mais rápido possível Até lá e o esperei do lado de fora. Quando ele saiu, tomei sua frente sem ao menos deixá-lo andar direito para fora do banheiro.

 - Cadê a minha amiga? - perguntei.

 - Você é Susan não é?

 - Não foi isso que eu perguntei. - ele sorriu.

 - Ela esta ali fora, tava passando mal. Eu estava te procurando. Venha, vou te levar até ela. - ele pegou em meu braço com um pouco de força e foi me puxando para fora da balada, pensei que poderia ser mentira dele então pensei em uma forma de defesa caso ele tentasse algo. Foi quando lembrei que o camarote do Justin era virado para a porta de saída, então olhei rapidamente para o mesmo e vi que Justin estava aos beijos com minha mãe.

 - Ahh Justin, seja útil pelo menos uma vez nessa droga de vida. - foi quando notei que algo tinha caído de seu bolso, e no mesmo momento ele parou de beija-lá, assim que abaixou, nossos olhares se encontraram, e ele viu que estava sendo 'acompanhada'.

 - Vamos, Susan. - ele me puxou com uma certa força, a qual me fez dar um pulo para frente.

Quando chegamos ao lado de fora da balada, vi Amber desmaiada, jogada no chão, corri até ela para ver o que tinha acontecido.

 - Amber? - disse me ajoelhando ao seu lado e apoiando sua cabeça em minhas coxas. - Amber? - dei dois leves tapas em seu rosto. - O que você fez com ela? - perguntei sem tirar os olhos da mesma.

  - O que eu fiz? O que você fez Susan. Você deixou ela sozinha. - neguei com a cabeça. - Eu só aproveitei um pouco. - foi quando me virei-me para ele.

  - Você estuprou ela? Você é louco?

  - Ei, ela também quis, então não foi um estupro. - ele riu sarcasticamente em seguida.

  - Você é nojento. Você fez ela beber aquilo tudo e ainda colocou alguma coisa na bebida dela. Eu vou denunciar você. - enquanto eu falava, ele ria como se não se importasse. Nesse momento, a porta da balada foi aberta, e vi que Justin e mamãe saíram de lá.

  - O que esta acontecendo aqui? - perguntou mamãe. - O que aconteceu com Amber, filha? 

  - Mãe, ele estuprou ela, deu uma coisa pra ela beber e estuprou. - mamãe e Justin se viraram para ele com expressão de raiva. 

  - Eu vou ligar para polícia. - continuou mamãe.

  - Vem aqui seu porco. - Justin foi para cima do homem com toda raiva do mundo. Puxou ele para um canto e lhe deu alguns socos no estômago. O estranho foi que o mesmo não revidava em hipótese alguma. - Seu nojento, acabou com a vida dessa garota.

  - Você também acabou com sua vida não foi Justin. - Justin fez uma expressão de não entender. Foi quando eles voltaram para onde nós estavamos, ficamos em silêncio por alguns segundos...

  - Já liguei para polícia... - fiquei intrigada pois o homem não reagia.

  - Se lembra Justin? Eu trabalho para aquele que te fez um grande favor. - Justin arregalou os olhos puxando-o para o canto, o que despertou curiosidade em mim e em mamãe, porém tenho quase certeza que mamãe não notou.

   - Já liguei para polícia querida, e para ambulância também, quando Amber acordar vamos visita-lá, ta? Susan?

  - Ta. - mamãe fez uma expressão de não entender nada.

A polícia junto com a ambulância chegaram mais rápido do que o esperado, mamãe pediu para eu entrar no carro, não demorou muito para que Justin e ela entrassem no mesmo. Justin me olhou pelo espelho de seu carro e sorriu educadamente.

  - Você esta bem? - perguntou.

  - Sim, Justin. - falei.

Ele deu a partida e seguimos para casa, fiquei me perguntando o que aquele cara quis dizer com "Eu trabalho para aquele que te fez um grande favor". Naquele momento, bilhões de coisas passaram pela minha cabeça, será que Justin era envolvido com coisas erradas? Que grande favor era este? Quem era esse cara? E porque Justin não comentou nada assim que voltou? Isso eram perguntas que estavam martelando em minha cabeça, tentei ignorar mas era quase impossível ignorar aquilo. Quando chegamos em casa, subi direto para meu quarto, joguei a bolsa na cama e fui direto para o banho, coloquei meu pijama e sai, assim que abro a porta, vejo Justin parado olhando para um quadro que tinha uma foto minha com papai. Ele observava com atenção cada detalhe que tinha na mesma e eu apenas observava com atenção.

  - Você se parecia com seu pai.

  - É. Acho que puxei mais a ele do que a mamãe. - falei. 

  - Temos que ver agora, dizem que as pessoas mudam quando crescem. - ele disse em meio de sorrisos. - Vocês eram muito próximos? - abaixei a cabeça. - Ah, me desculpe Susan... Não foi minha intenção deixar você triste.

  - Não tem problema, você não é a primeira pessoa que fala isso. E sim, éramos muito próximos. Tyler sempre foi mais ligado com a mamãe. Mas eu e meu pai... - suspirei - era incrível, brincávamos juntos o tempo todo, ele sempre procurava me ouvir. - ele sorriu. - Mas isso tudo acabou.

   - Não fale assim Susan, ele e sua ... - o interrompi.

  - Acabou Justin. Ela está com você agora. Acabou. - ele soltou um ar farto. - Preciso dormir, meu dia doi cheio.

   - Sua noite. - corrigiu ele.

   - É. - revirei os olhos. - Deseja mais alguma coisa?

   - Você ouviu alguma coisa que aquele cara disse? - engoli seco.

   - Ouvi apenas o necessário.
  
   - Ótimo. - respondeu. - Boa noite, Susan. - ele veio em minha direção e em seguida deu um beijo em minha testa. - Durma com seus amigos. - fitei ele por alguns segundos franzindo a sobrancelhas.

   - Meus amigos? - ele riu.

   - Os anjos, Susan. - deixei um sorriso escapar e vi que ele fez o mesmo.

Deitei em minha cama, e rapidamente consegui pegar no sono.


                          ~ ××× ~

       Algumas semanas depois


Era sábado, eu estava deitada quando ouvi minha mãe me chamar. Ignorei pois qualquer coisa ela mandava Martins vir falar. Foi quando Amber entrou no meu quarto do nada.

  - Que susto Amber. - ela estava trêmula. - O que aconteceu?

   - Tenho que te contar uma coisa. - assenti positivamente.

   - Eu achava... - ela deu um suspiro - Eu achava que estava grávida do Lukas. Mas não estou.. - sua expressão estava desgastada.

   - Grávida? - perguntei.
 
  - É, nós.. - enxugou as lágrimas - nós queríamos ter um neném e foi planejado, mas eu não consegui.. - levantei para abraça-lá.

    - Oh amiga, não fica assim, foi a primeira tentativa não é? - ela assentiu positivamente. - Então Amber, não desiste não. Você vai conseguir, estou com você. - ela sorriu para mim e agradeceu. - Você esta melhor? Em questão daquela noite na balada...

     - To participando de um grupo de apoio, tem me ajudado bastante. - sorri.

    - Que bom. - respondi.

    - Mas e você e James? - franzi as sobrancelhas na intenção de que ela percebesse que o assunto não estava sendo confortável pra mim.

     - Não nos falamos mais. No dia da balada, ouvi um gemido feminino enquanto falava com ele. - ela pôs a mão na boca com a expressão de espanto. - Não se preocupe, estou bem. - eu fingia tão bem, que até me sentia confortável nas minhas próprias mentiras. 

Aquilo me machucava muito, e ao invés de eu tentar afasta-las, eu as acolhi, abracei sem pensar duas vezes. Era engraçado, pois eu nunca soube mentir, mais o mais engraçado, era que quando eu dizia que estava bem, ninguém desconfiou.


Notas Finais


Espero que gostem. XD

(Capa do capítulo: Amber Pevencci.)


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