História No Angels 2 - Simulação (parte 1)

Jelliel P. O. V.:

Estava puta com o Gabbe, afinal, como ele pode ficar se abraçando com outra daquele jeito e na minha frente?! Sorrio diabólica imaginando diferentes formas de torturar aquela piranha, vagabunda, idiota, vaca... As lágrimas descem por meu rosto sem parar enquanto tento mater a pose de durona andando pelos corredores com olhares sobre mim. Um garoto de cabelos pretos esbarra em mim quase me derrubando.

_ Ei! Olha por onde - ele para a frase no meio ao me olhar. - anda... Você está bem?

Começo a chorar e me teletransporto para o banheiro com o rosto todo molhado, mas fico confusa, já que aquele garoto me parecia muito familiar... Como se já nos conhecêssemos... Vou até a pia e lavo o rosto tentando em vão afastar as lembranças daquela cena da minha cabeça. "Gabbe... Você já era.",  enxugo a face e saio de lá indo para a aula de simulação determinada ignorando todos em meu caminho.

Luke tenta me cumprimentar mas não tinha paciência para ele, precisava desestressar urgentemente ou mataria alguém. Sorrio de lado imaginando a cara daquela praga sendo esfregada na parede enquanto seus ossos se quebram cravando seus dentes na mesma... O sangue... Seu último suspiro... Seria uma linda visão...

Abro a porta com força ao chegar lá e recebo olhares surpresos dos alunos. Os selecionados me temiam e admiravam, porém todos já haviam feito uma missão de campo, menos eu. Nunca entendi, mas parece que estão me escondendo algo e é isso que impede de eu sair daqui e enfrentar os perigos lá fora.

_ Jelliel Cobert. Está atrasada. - diz Marcos com sua prancheta na mão. - Mas vamos deixar isso de lado. Hora da simulação.

Vasculho com os olhos a sala toda em busca dele e não o encontro , "Provavelmente com a piranha.", sigo a turma toda até a câmara de simulação e o mesmo garoto de cabelos pretos aparece do nada ao lado de Marcos junto com Jenna sorrindo como se fosse uma piada interna da qual não estou sabendo.

_ Ah sim. Turma, esse é o mais novo selecionado. Friedrich Herman.

_ Olá. - diz arrancando suspiros e gritinhos das meninas inclusive da Clarys que ganha um olhar ciumento de Cam no mesmo instante. - Me chamem de Fried, tenho 18 anos e sou nephilim.

Seus olhos param em mim com um sorriso de lado enquanto caminha na minha direção com passos firmes. Ergo uma sobrancelha e cruzou os braços com ar superior, pois ninguém é melhor do que eu. Ele era um pouco mais alto em uns centímetros, mas isso não me intimidou criando um clima de tensão entre nós atraindo todos os olhares.

_ Perdeu alguma coisa? - pergunto o encarando.

_ Sim, isso. - abro a boca para protestar, mas seus lábios chegam primeiro me prendendo em um super beijo.

Fico paralisada sem corresponder ainda sem compreender muito bem o que está acontecendo. De repente somos separados bruscamente por Gabbe que o empurra acertando um soco em seu rosto com raiva, mas a briga não dura muito, pois Jenna e Marcos entram em ação os separando e colocando na sala Zen (apelido que coloquei na detenção, pois nessa sala não dá para se usar nossos poderes). Fico totalmente indiferente  ao que aconteceu e sigo para minha simulação.

Sou a primeira por prioridade e fecho os olhos assumindo minha forma de luta fazendo surgir minha foice de 2 lâminas com tons de roxo brilhando por toda minha roupa e corpo. Abro novamente e estou em uma guerra, como a batalha que teve no Instituto há dois anos por minha culpa. Bato com a ponta no chão causando um terremoto enquanto todas as criaturas se voltam para mim correndo.

_ Espada celestial amaldiçoada! - digo alto e a foice vira uma espada dourada com escritas roxas brilhando.

Giro a lâmina e dou um corte giratório que emana uma forte magia destruindo todos eles. Desapareço com a arma esperando o velho bip que anuncia o término da simulação, mas isso não acontece me deixando um pouco preocupada. Então ele surge em minha frente. Meu pai...

Gabbe P. O. V.:

Sinto a Sant apertar minha bunda e sorrio de lado, "Safada.", escuto um bater de porta e lembro da Jelliel que não deve ter ficado da feliz com essa aproximação minha. Solto a Dany e a mesma associa olhando para cima com um sorriso culpado no rosto.

_ Era ela não é? - pergunto já sabendo a resposta e corro no banheiro não a encontrando. - A gente se fala mais tarde.

Saio dali correndo e a procuro pelos corredores desesperado, pois esse mal entendido pode acabar com meu relacionamento. Muitos olhares são dirigidos a mim, mas ignoto, afinal, minha namorada pode estar por aí triste e super irritada comigo. Seu título de Rainha Branca não é atoa e não quero comprovar ele.

Vejo ela em frente a um garoto chorando e fico furioso, "Não mexa com ela!", mas ao me aproximar ela se teletransporta para Deus sabe onde. Observo um sorriso no rosto do desgraçado surgir me deixando puto, caminho a passos rápidos até ele e o prenso na parede segurando na gola de sua blusa.

_ Se você se aproximar dela... - faço sinal apontando para onde ela estava antes. - Eu te arrebento.

_ Ok - responde e some também se teletransportando.

Ando nos corredores e vou para a sala de simulação devagar pensando em tudo que aconteceu em tão pouco tempo... Mas ao abrir a porta vejo a pior cena do dia: aquele filho da puta beijando a Jelliel. "Foi a gota d'água!", corro até eles acertando um soco no cara e partindo para cima dele.

(...)

Fomos parados por Jenna e Marcos que nos trancam na sala Zen (apelido que Jelliel deu para a sala) "para refletir nossos atos", eu devia era socar a cara dele no chão. Tento ouvir o que está acontecendo do lado de fora, mas só pude observar pelo vidro, já que ali dentro nossos poderes não funcionavam.

Então de repente enquanto observo, um alvoroço se forma do lado de fora, mas preciso, perto da câmara de simulação...